A real face do Islam
A real face do Islam
A real face do Islam
por Omar Nasser Filho em 11 de março de 2003
Resumo: Omar Nasser responde artigo publicado neste MSM de autoria de Dalton C. da Rocha.
© 2003 MidiaSemMascara.org
Por Omar Nasser Filho, especial para o MSM - A invasão norte-americana ao Iraque ainda não começou, mas o conflito de argumentos em torno desta ação já provocou uma vítima: o Islam. Novamente, assim como logo após 11 de setembro de 2001, o Islam vem sendo apontado, apressadamente, como responsável pela instabilidade política no Oriente Médio. A “argumentação” daqueles que vêem no Islam um foco de conflitos é fomentada por pseudo-especialistas, gente que, no afã de buscar culpados, agarra-se ao primeiro lugar comum que passa pela frente e, sem a menor responsabilidade – talvez até com uma boa dose de má-fé – desanda a falar do que não conhece.
Um exemplo disso é um livro, intitulado “Jihad in the West”, de autoria de um tal Paul Fregosi. Após demorada e cansativa pesquisa na Internet, não encontrei sequer uma referência sobre a carreira intelectual desta pessoa, se se trata de um historiador, sociólogo, teólogo, jornalista ou pesquisador diletante. A orelha do seu livro diz, apenas, que Fregosi é um “viajante pelo mundo”, nascido na França e educado na Grã-Bretanha, onde parece residir.
Pelo que se depreende do que escreveu, contudo, não aprendeu muita coisa durante sua carreira de “globetrotter”. O pior é que muitos patrícios, assumindo galhardamente a condição de integrante de uma nação subdesenvolvida, aplaudem qualquer besteira que se diga sobre qualquer coisa. Basta que o livro, a publicação, o paper venha do exterior e tenha como autor um nome estrangeiro. Basbaque, o macunaíma engole com farofa o que aparece na estande da livraria. Sem contestação, besta anestesiada pela profusão de informações.
Chegou-me às mãos – ou melhor, aos olhos – texto sobre o Islam, publicado neste respeitoso MSM pelo Sr. Dalton Catunda da Rocha. Poucas vezes na minha vida li tantos absurdos, tantas aleivosias, tantas acusações falsas assacadas contra o Islam quanto no referido escrito. Nele, o autor repisa uma série de antigos preconceitos, acrescentando informações difamatórias e de rasteira má-fé, algumas de absurda originalidade, como a de que o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s)* seria “anti-semita”. Caso o Sr. Catunda não saiba, semitas são os descendentes de Sem, um dos três filhos do Profeta Noé (a.s)**. Incluem-se neste grupo, além dos judeus, os assírios, aramaicos, fenícios e também os árabes.
Atribuir a designação de “semitas” apenas aos judeus, portanto, significa a apropriação indevida do termo por uma etnia específica, no caso os judeus, desconsiderando-se a justa caracterização de todo o grupo como tal. Acusar, portanto, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) de “anti-semita” é uma contradição em termos. A bem da verdade, aproveitando o espaço que sempre, de maneira generosa e amiga, os editores nos oferecem para escrever neste MSM, procurarei fazer os esclarecimentos que forem necessários para que o leitor tenha uma visão mais próxima da realidade do Islam.
Em primeiro lugar, religião nenhuma surgiu para defender a morte, o assassínio, a destruição. Todas elas, do Judaísmo ao Islamismo, passando pelo Cristianismo e Budismo, entre outras, nasceram com o intuito primordial de trazer à humanidade a certeza de que, para além da matéria, para além do mundo aparente, há uma realidade transcendente, de onde viemos e para onde retornaremos após a morte carnal. Elas nos auxiliam na tarefa de perceber a existência de um princípio criador de tudo e de todos. Para que voltemos em paz a esta origem comum, no entanto, é preciso trilhar, nesta vida terrena, um caminho virtuoso, praticar o amor e a compreensão, a fraternidade e buscar o bem comum.
O Islam surgiu no final do século VI da era cristã, no deserto da Arábia, a partir das revelações feitas pelo Arcanjo Gabriel ao caravaneiro Muhammad Ibn Abdallah, morador de Meca, pessoa de grandes virtudes, dentre as quais destacavam-se as de ser comerciante honesto e sábio árbitro de conflitos. A mensagem principal do Islam, a do monoteísmo, representado na máxima islâmica de que “Não há outra divindade além de Allah”, entrou em choque direto com o politeísmo praticado pelos árabes da época. No grupo que se formava em torno de Muhammad (s.a.a.a.s), os coraixitas – tribo de prósperos comerciantes que detinha o poder político de Meca – viu um grande perigo. Atento aos riscos que Seu Mensageiro e os primeiros muçulmanos corriam, Deus ordenou a Muhammad que emigrasse para Yathrib, cidade situada a 300 quilômetros de Meca. O oásis de Yathrib era habitado por uma comunidade significativa de judeus, árabes pagãos e alguns cristãos. Os hebreus estavam divididos em tribos, das quais as mais significativas eram Bani Nadir, Bani Qainuqah e Bani Quraizah. Com parte deles, Muhammad manteve cordiais relações de amizade. Outra parcela, no entanto, oscilou entre o apoio recalcitrante e a traição. Temerosas de perder o poder que tinham e seduzidas pelos apelos de aliança lançados a partir de Meca, postaram-se ao lado dos ricos coraixitas pagãos. Esta aliança velada com os pagãos de Meca veio às claras quando Medina – a esta altura Yathrib já era conhecida como Madinat ar’Rassul, a “Cidade do Profeta” – foi cercada por numeroso exército Coraixita. Os muçulmanos, que mal chegavam a mil, cavaram trincheiras ao redor da cidade para se defender das investidas da cavalaria inimiga. Apenas um ponto era mais vulnerável: o sítio ocupado pela tribo judaica dos Quraizah. Pouco antes do fatídico ataque coraixita, o chefe da tribo, Ka’b ibn Assad, concordou em ajudar os inimigos dos muçulmanos. O apoio, contudo, não foi suficiente para deter a vitória islâmica. Como punição pela traição, o Profeta Muhammad ordenou a morte dos componentes da tribo. Vencida a batalha, Muhammad (s.a.a.a.s) consagrou-se como senhor absoluto de Medina. Os judeus recalcitrantes juraram-lhe fidelidade. Para selar o acordo, como era comum acontecer entre os chefes tribais à época, o Profeta (s.a.a.a.s) desposou Safia, como conta o Sr. Catunda. Os detalhes escabrosos, contudo, que recheiam o restante do seu relato, são absolutamente fantasiosos e indignos da conduta de qualquer pessoa minimamente interessada em conhecer a realidade histórica do mundo em que vive.
A atitude do Profeta Muhammad em relação à tribo dos Quraizah, contudo, não pode ser tomada como medida da prática islâmica. Deve ser devidamente enquadrada no cenário político e social da época. Muhammad vivia numa região bárbara, era líder de uma comunidade religiosa que estava no início, era portador de uma mensagem revolucionária, que entrava em choque direto com o poder estabelecido.
É muito bonito imaginarmos, no recesso de nossos lares, que tal missão se impusesse com absoluta serenidade e paz. Isto nunca aconteceu na história do monoteísmo. Devemos nos lembrar do Rei Davi que, cioso guardião de Jerusalém e da fé mosaica, em determinada ocasião massacrou duzentos filisteus, castrando-os e mandando ao seu rei uma pilha de prepúcios. Para que se perceba o que era guerrear naquela época, basta ler os Salmos. A psiquiatria ensina que, como num mecanismo de auto-proteção psicológica, o indivíduo culpado, temendo o impacto que o reconhecimento das suas falhas teria sobre o seu próprio equilíbrio psíquico e emocional, transfere ao outro seus defeitos de personalidade, imputando-lhe, muitas vezes, até mesmo atos que este não cometeu.
Interessante notar que o mesmo procedimento é aplicado em relação à história. O fato relatado acima, conhecido na história islâmica como a “Batalha das Trincheiras”, nem de longe guarda relação com as atrocidades nazistas praticadas durante a II Guerra Mundial em nome de suposta “superioridade racial” dos arianos, com os pogroms que tiveram lugar no Ocidente cristão durante séculos e que dizimaram centenas de aldeias judaicas na Europa Oriental e muito menos com a conversão forçada de judeus ibéricos pela Santa Inquisição. A visão ocidental distorcida e preconceituosa sobre o Mundo Islâmico, muitas vezes, age como alívio psíquico às práticas comuns adotadas ao longo da história pelo próprio Ocidente contra seus inimigos – entre os quais, não nos esqueçamos, por séculos figuraram os judeus, tidos como “traidores de Cristo”, alcunha sequer imaginada por qualquer sábio muçulmano durante 1400 anos de tradição intelectual islâmica. Desde seu início, o Islam mostrou profundo respeito pelo povo do Livro, os judeus e cristãos.
Muitas são as passagens do Alcorão Sagrado que exortam os muçulmanos a ter uma atitude tolerante com ambos. “Não há compulsão na religião” (2:256); “Convida à senda de teu Senhor com sabedoria e uma suave exortação, e discute com brandura. Teu senhor sabe quem está no caminho certo e quem está no caminho errado” (16:125); “Dize: ‘Ó, adeptos do Livro, entremos em acordo sobre uma posição comum: que não adoremos senão a Deus, que não Lhe associemos ninguém, que não nos tomemos uns aos outros por Senhores em vez de Deus” (3:64).
Para sacramentar o respeito à fé de judeus e cristãos, quando chegou a Yathrib, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) firmou um tratado com os habitantes locais, conhecido como “Constituição de Medina”. Jurando por Deus, pelos Profetas, pelos crentes e pelos muçulmanos, Muhammad (s.a.a.a.s) afirma, entre outras coisas, “que desde agora não se obrigará a nenhum sacerdote cristão a renunciar a sua investidura, nem a nenhum indivíduo a abandonar seu culto, como, assim mesmo, não se obstaculizará aos monges no exercício de sua profissão, nem serão forçados a desalojar seus conventos, suspender suas viagens missionárias”. Este documento está em Medina até hoje. A vida dos califas está cheia de exemplos que revelam a humildade promovida pelo Islam.
Quando os exércitos Islâmicos chegaram a Jerusalém, no ano de 638, o patriarca cristão da cidade, Sofrônio, firmou posição de entrega-la ao califa em pessoa, Omar ibn Al’Khattab. Qual não foi sua surpresa ao ver aproximar-se, em lugar de um soberano imponente, ricamente trajado e seguido por um séqüito numeroso, um camelo transportando um humilde beduíno, trajado com um manto de lã! Sofrônio conduziu Omar, então, pela cidade.
No momento da prece islâmica (são cinco durante o dia) o califa estava dentro da Anástasis, o complexo construído pelos cristãos para lembrar a morte e ressurreição de Cristo (a.s). Omar negou-se a rezar ali, como havia sugerido Sofrônio, porque sabia que isto poderia ser usado pelos seus seguidores como pretexto para transformar o templo cristão em mesquita. Retirou-se, então, e rezou do lado de fora. Outro célebre episódio da história mundial, que ressalta a inerente tolerância do Islam, foi o domínio muçulmano na Espanha. Durante 700 anos, a Península Ibérica transformou-se no centro cultural da Europa. O desenvolvimento alcançado pela Civilização Islâmica na região promoveu o desenvolvimento não só do califado, mas, também, das comunidades cristã e judaica.
Tirando-se de lado o comportamento de alguns fanáticos católicos, que na esperança de alcançar o reino dos céus por intermédio do martírio, colocavam-se à saída das mesquitas, nos horários de oração, para ofender com palavras de baixo calão a honra do Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) e do Islam e, desta forma, incitar a ira dos guardas imperiais, o convívio entre as três fés foi da mais absoluta paz. Foi nesta época, inclusive, que floresceu a filosofia judaica. Influenciados pela falsafa, que trouxe para o Ocidente as obras de Aristóteles e Platão, pontificaram as figuras de Ibn Gabirol, Ibn Pakuda e Moses ibn Maimon (ou Maimônides). À medida que os exércitos cristãos de Aragão e Castela começaram a reconquista, descendo em direção ao estreito de Gibraltar – palavra derivada do nome do comandante muçulmano Táriq – os judeus vieram acompanhando os muçulmanos. Sentiam-se muito mais seguros sob a proteção do califa que dos reis católicos. A mesma convivência pacífica havia em Jerusalém, onde cristãos e judeus tinham suas religiões respeitadas, praticavam suas orações nas igrejas e sinagogas. Aos povos que viviam sob o governo islâmico, uma exigência era feita: o pagamento da jiziya, um imposto empregado pelo califa na manutenção do exército. Nada mais justo, afinal, pois eram os muçulmanos que garantiam a segurança dos povos conquistados.
A benevolência dos governantes islâmicos deu lugar a um dos episódios mais sangrentos da história da humanidade. Sob o pretexto de “libertar” Jerusalém dos “infiéis”, aos quais se atribuíam as mais terríveis acusações, o Papa Urbano II criou a I Cruzada. “Deus hoc vult” –(“Deus o quer”), exultava a platéia que ouvia o sumo pontífice bradar contra o Islam. Para relatar o que houve na Cidade Santa quando os exércitos cruzados transpuseram suas muralhas e para que não sejamos acusados de parcialidade, vamos citar fontes cristãs: “Se eu contar a verdade, não conseguireis acreditar. Basta, pois, dizer que no Templo e no Pórtico de Salomão, homens cavalgaram com sangue até os joelhos e as rédeas. Foi a esplêndida justiça de Deus que fez o sangue dos descrentes (muçulmanos, judeus e cristãos orientais) inundar esse lugar (...)” – Raymond de Aguiles. “Quem primeiro entrasse numa casa, fosse rico ou pobre, não era molestado por nenhum outro franco. Podia apossar-se da casa ou do palácio, bem como do que ali encontrasse” – Fulcher de Chartres. “Mataram todos os sarracenos e os turcos que encontraram, mataram todos, homens ou mulheres” – Gesta Francorum.
Não nos esqueçamos que, antes de chegar na Palestina, os cruzados massacraram os povoados judaicos que encontraram pelo caminho. As aleivosias anti-islâmicas não terminam por aqui, contudo.
É preciso acabar, também, com as falsas afirmações a respeito da posição de Cristo e Maria, a paz de Deus esteja com eles, no Islam. Depois do cristianismo, a única religião do mundo que reconhece e venera as figuras de Jesus e da Virgem Maria (a.s) é o Islam. Para ser considerado muçulmano, o indivíduo deve não só crer em ambos, mas na concepção divina de Cristo, na virgindade de Maria e que ele era um santo Profeta. Símbolo maior do profundo respeito do Islam é o fato de o Alcorão Sagrado conter um capítulo inteiro, chamado “Mariam” (Maria), que fala da anunciação e do nascimento de Nosso Senhor Jesus (a.s). Deus Altíssimo, no Alcorão, revela que, ainda no colo de sua mãe, Cristo (a.s) falou com os incrédulos: (...)“Eu sou, na verdade, um servo de Deus. Deu-me o Livro e designou-me Profeta. E tornou-me abençoado onde quer que me encontre, e recomendou-me a prece e o tributo dos pobres enquanto viver. E a bondade para com minha mãe. E não fez de mim um arrogante malfeitor” (Alcorão Sagrado, 19,30-32). O respeito e veneração pela figura de Santa Maria (a.s) são extensivos a todas as mulheres.
O Islam, desde o seu início, reconheceu a mulher como um ser humano completo, portador de talentos e capacidades, merecedora dos mais elevados sentimentos por parte do homem. O Islam significou a redenção da mulher, que na Arábia pré-islâmica (na época que conhecemos como jahilia) era enterrada viva ainda criança, se assim fosse o desejo do seu pai. Há um dito do Profeta Muhammad (s.a.a.a.s), segundo o qual "O amor à mulher é parte da moral dos profetas e o aumento da fé promove o aumento do amor pela mulher". O Ocidente tem lembrança fraca. Lembremo-nos que em Roma, a mulher era considerada um objeto, um “ativo fixo”, como a casa, os escravos e as fazendas do seu senhor. O mesmo comportamento era observado na Grécia antiga. Estimam os historiadores modernos que, em seu auge, Atenas tinha uma população de 500 mil habitantes. O estatus de cidadão era dado a algumas dezenas de pessoas. Fora desta condição estavam, além dos escravos, as crianças e as mulheres. O cristianismo não mudou consideravelmente a condição feminina. Tertuliano em “Do Traje Feminino”, escreve: “Não sabeis que sois, cada uma de vós, uma Eva? A sentença de Deus sobre esse vosso sexo permanece viva hoje: a culpa (pela danação da humanidade) deve necessariamente, viver também. Vós sois o portal do demônio; vós sois aquela que convenceu aquele a quem o demônio não foi suficientemente valente para atacar. Vós destruístes de modo tão irresponsável o homem, imagem de Deus. Por vossa culpa, até o Filho de Deus teve de morrer”. Atentem para o detalhe: “Vós destruístes (...) o homem, imagem de Deus”.
Ou seja, a fêmea humana era considerada algo à parte da criação divina. Somente o macho da espécie humana era “imagem de Deus”!! As cartas de Santo Agostinho são eivadas da mesma misoginia. Escreveu ele a um amigo: “Qual a diferença se se trata de esposa ou mãe, continua sendo a tentadora Eva, da qual devemos nos acautelar em qualquer mulher”. Em “O Sentido literal do Gênesis”, Santo Agostinho chega a questionar os (insondáveis) propósitos divinos, ao indagar: “se era de boa companhia e conversa que Adão precisava, seria muito mais conveniente ter dois homens como amigos”. Até o século XIX, os teólogos e estudiosos britânicos discutiam se a mulher era portadora de alma! E no Brasil, o voto feminino foi estabelecido em 1934! Diz Deus Altíssimo, por intermédio do Arcanjo Gabriel, no Alcorão Sagrado: “Os criou de uma mesma alma, da qual extraiu seu cônjuge” (39:6); antes, no capítulo 33, versículo 35, diz: “Os submissos e as submissas, os crentes e as crentes, os homens obedientes e as mulheres obedientes, os homens leais e as mulheres leais, os homens perseverantes e as mulheres perseverantes, os homens humildes e as mulheres humildes, os homens caridosos e as mulheres caridosas, os homens que jejuam e as mulheres que jejuam, os homens castos e as mulheres castas, os homens que invocam Deus com freqüência e as mulheres que invocam Deus com freqüência – para todos eles Deus preparou a indulgência e grandes recompensas”.
Ou seja, homens e mulheres estão no mesmo nível perante Deus Altíssimo. O que os diferenciará – assim como um homem de outro homem e uma mulher de outra mulher – é a piedade. Nada mais falso do que alegar que o Islam relega a mulher a uma condição submissa. O grande argumento dos ocidentais, quando falam sobre este tema, é o hijab, lenço com o qual a mulher muçulmana cobre a cabeça. O que dizer, então, da Virgem Maria, representada sempre com sua casta vestimenta, da qual o véu é parte inseparável? O Papa não recebe nenhuma mulher em audiência se ela não estiver com a cabeça coberta. E há até pouco tempo, as mulheres ocidentais cobriam suas cabeças quando entravam numa Igreja para rezar. O recato das muçulmanas ao se vestir as protege do olhar concupiscente. Ao proteger-se, a mulher assume sua condição de feminilidade de forma radical. Passa a ser admirada não unicamente pelos seus dotes físicos, uma porta para todo o tipo de ofensa, xingamentos e constrangimento na rua, dos quais muitas mulheres ocidentais são vítimas. Passa a ser vista como um ser humano, admirada pelas suas idéias e feitos, não pelas dimensões e feições do seu corpo. O hijab, portanto, não é símbolo de opressão, mas justamente o contrário: uma afirmação da liberdade feminina. Tanto que saíram às ruas da Turquia, recentemente, quando o governo sugeriu a abolição forçada da peça. O regime Taliban do Afeganistão, contudo, foi um achado para os “especialistas”, os “analistas políticos”, os críticos apressados do Islam. Apontava-se para as mulheres de burka na televisão e dizia-se: “Olhem como vive a mulher muçulmana”.
Pois muito bem, o regime Taliban acabou, assumiu um novo governo e as mulheres afegãs continuam usando burka. Por que? Porque este é um costume tribal, da etnia pashtu, predominante no País, um hábito herdado da Índia Ocidental, onde as mulheres de uma determinada casta são obrigadas, até hoje, a usar a purda, de onde derivou o traje dos pashtuns. Mas, ao falar da condição feminina no Islam, o Ocidente não mostra as primeiras-ministras, como Tansu Çiler, da Turquia, Benazir Bhutto, do Paquistão, líderes como Hanan Ashrawi, da Palestina, as deputadas ativas do Parlamento Iraniano, as médicas, engenheiras, professoras universitárias, doutoras, psicólogas, diplomatas muçulmanas.
Como num paste up diabólico, recorta-se apenas o que interessa mostrar. Pega-se um pedaço da realidade e se lhe amplifica pelos meios de comunicação de massa. O que é fato isolado passa a ser considerado geral. Assim, destrói-se a imagem de uma civilização que surgiu com base numa mensagem de fé, amor e respeito ao ser humano, de ambos os sexos, uma civilização que tem grande responsabilidade pelo avanço científico e tecnológico do Ocidente atual. Reconhecemos nós, muçulmanos, que todas as religiões, ao longo da história da humanidade, foram usadas por pessoas ou grupos mal intencionados com o objetivo de atingir fins inconfessáveis.
Os católicos do Exército Republicano Irlandês matam civis inocentes na Grã-Bretanha, dando seqüência a décadas de conflito cruento com os protestantes. Seitas cristãs suicidas, como os davidianos do fanático – de triste memória - David Koresh e do pastor Jim Jones pontuam em várias partes do globo, incitando seus seguidores ao suicídio ou ao assassinato. Ditaduras, de esquerda e direita, tomam o poder em nações de arraigada fé católica, promovendo opressão, repressão, extermínio. Não é correto, no entanto, que tomemos estes fatos isolados como exemplos acabados do cristianismo. Assim como não é justo adotar a pregação racista e anti-semita – pois que atenta contra a vida e a dignidade dos árabes palestinos - dos partidos religiosos judaicos com assento no parlamento israelense como síntese da religião judaica, que surgiu como mensagem libertadora para o povo judeu e como uma luz para a humanidade.
Da mesma forma, não é possível buscar o verdadeiro conhecimento sobre o Islam atendo-se à ação de grupos como o Taliban – rechaçado dentro do próprio mundo islâmico como uma degenerescência da fé muçulmana – ou das ações de um Osama bin Ladin. Infelizmente, publicações como as de Fregosi e textos como o de seu discípulo, Sr. Catunda, em lugar de aplacar os ânimos em época tão conturbada e colaborar para o estabelecimento de um diálogo sereno e racional sobre o papel das religiões no mundo, agem no sentido contrário. Distorcem a realidade, inquietam os corações, cobrem a verdade com o manto da ignorância.
por Omar Nasser Filho em 11 de março de 2003
Resumo: Omar Nasser responde artigo publicado neste MSM de autoria de Dalton C. da Rocha.
© 2003 MidiaSemMascara.org
Por Omar Nasser Filho, especial para o MSM - A invasão norte-americana ao Iraque ainda não começou, mas o conflito de argumentos em torno desta ação já provocou uma vítima: o Islam. Novamente, assim como logo após 11 de setembro de 2001, o Islam vem sendo apontado, apressadamente, como responsável pela instabilidade política no Oriente Médio. A “argumentação” daqueles que vêem no Islam um foco de conflitos é fomentada por pseudo-especialistas, gente que, no afã de buscar culpados, agarra-se ao primeiro lugar comum que passa pela frente e, sem a menor responsabilidade – talvez até com uma boa dose de má-fé – desanda a falar do que não conhece.
Um exemplo disso é um livro, intitulado “Jihad in the West”, de autoria de um tal Paul Fregosi. Após demorada e cansativa pesquisa na Internet, não encontrei sequer uma referência sobre a carreira intelectual desta pessoa, se se trata de um historiador, sociólogo, teólogo, jornalista ou pesquisador diletante. A orelha do seu livro diz, apenas, que Fregosi é um “viajante pelo mundo”, nascido na França e educado na Grã-Bretanha, onde parece residir.
Pelo que se depreende do que escreveu, contudo, não aprendeu muita coisa durante sua carreira de “globetrotter”. O pior é que muitos patrícios, assumindo galhardamente a condição de integrante de uma nação subdesenvolvida, aplaudem qualquer besteira que se diga sobre qualquer coisa. Basta que o livro, a publicação, o paper venha do exterior e tenha como autor um nome estrangeiro. Basbaque, o macunaíma engole com farofa o que aparece na estande da livraria. Sem contestação, besta anestesiada pela profusão de informações.
Chegou-me às mãos – ou melhor, aos olhos – texto sobre o Islam, publicado neste respeitoso MSM pelo Sr. Dalton Catunda da Rocha. Poucas vezes na minha vida li tantos absurdos, tantas aleivosias, tantas acusações falsas assacadas contra o Islam quanto no referido escrito. Nele, o autor repisa uma série de antigos preconceitos, acrescentando informações difamatórias e de rasteira má-fé, algumas de absurda originalidade, como a de que o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s)* seria “anti-semita”. Caso o Sr. Catunda não saiba, semitas são os descendentes de Sem, um dos três filhos do Profeta Noé (a.s)**. Incluem-se neste grupo, além dos judeus, os assírios, aramaicos, fenícios e também os árabes.
Atribuir a designação de “semitas” apenas aos judeus, portanto, significa a apropriação indevida do termo por uma etnia específica, no caso os judeus, desconsiderando-se a justa caracterização de todo o grupo como tal. Acusar, portanto, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) de “anti-semita” é uma contradição em termos. A bem da verdade, aproveitando o espaço que sempre, de maneira generosa e amiga, os editores nos oferecem para escrever neste MSM, procurarei fazer os esclarecimentos que forem necessários para que o leitor tenha uma visão mais próxima da realidade do Islam.
Em primeiro lugar, religião nenhuma surgiu para defender a morte, o assassínio, a destruição. Todas elas, do Judaísmo ao Islamismo, passando pelo Cristianismo e Budismo, entre outras, nasceram com o intuito primordial de trazer à humanidade a certeza de que, para além da matéria, para além do mundo aparente, há uma realidade transcendente, de onde viemos e para onde retornaremos após a morte carnal. Elas nos auxiliam na tarefa de perceber a existência de um princípio criador de tudo e de todos. Para que voltemos em paz a esta origem comum, no entanto, é preciso trilhar, nesta vida terrena, um caminho virtuoso, praticar o amor e a compreensão, a fraternidade e buscar o bem comum.
O Islam surgiu no final do século VI da era cristã, no deserto da Arábia, a partir das revelações feitas pelo Arcanjo Gabriel ao caravaneiro Muhammad Ibn Abdallah, morador de Meca, pessoa de grandes virtudes, dentre as quais destacavam-se as de ser comerciante honesto e sábio árbitro de conflitos. A mensagem principal do Islam, a do monoteísmo, representado na máxima islâmica de que “Não há outra divindade além de Allah”, entrou em choque direto com o politeísmo praticado pelos árabes da época. No grupo que se formava em torno de Muhammad (s.a.a.a.s), os coraixitas – tribo de prósperos comerciantes que detinha o poder político de Meca – viu um grande perigo. Atento aos riscos que Seu Mensageiro e os primeiros muçulmanos corriam, Deus ordenou a Muhammad que emigrasse para Yathrib, cidade situada a 300 quilômetros de Meca. O oásis de Yathrib era habitado por uma comunidade significativa de judeus, árabes pagãos e alguns cristãos. Os hebreus estavam divididos em tribos, das quais as mais significativas eram Bani Nadir, Bani Qainuqah e Bani Quraizah. Com parte deles, Muhammad manteve cordiais relações de amizade. Outra parcela, no entanto, oscilou entre o apoio recalcitrante e a traição. Temerosas de perder o poder que tinham e seduzidas pelos apelos de aliança lançados a partir de Meca, postaram-se ao lado dos ricos coraixitas pagãos. Esta aliança velada com os pagãos de Meca veio às claras quando Medina – a esta altura Yathrib já era conhecida como Madinat ar’Rassul, a “Cidade do Profeta” – foi cercada por numeroso exército Coraixita. Os muçulmanos, que mal chegavam a mil, cavaram trincheiras ao redor da cidade para se defender das investidas da cavalaria inimiga. Apenas um ponto era mais vulnerável: o sítio ocupado pela tribo judaica dos Quraizah. Pouco antes do fatídico ataque coraixita, o chefe da tribo, Ka’b ibn Assad, concordou em ajudar os inimigos dos muçulmanos. O apoio, contudo, não foi suficiente para deter a vitória islâmica. Como punição pela traição, o Profeta Muhammad ordenou a morte dos componentes da tribo. Vencida a batalha, Muhammad (s.a.a.a.s) consagrou-se como senhor absoluto de Medina. Os judeus recalcitrantes juraram-lhe fidelidade. Para selar o acordo, como era comum acontecer entre os chefes tribais à época, o Profeta (s.a.a.a.s) desposou Safia, como conta o Sr. Catunda. Os detalhes escabrosos, contudo, que recheiam o restante do seu relato, são absolutamente fantasiosos e indignos da conduta de qualquer pessoa minimamente interessada em conhecer a realidade histórica do mundo em que vive.
A atitude do Profeta Muhammad em relação à tribo dos Quraizah, contudo, não pode ser tomada como medida da prática islâmica. Deve ser devidamente enquadrada no cenário político e social da época. Muhammad vivia numa região bárbara, era líder de uma comunidade religiosa que estava no início, era portador de uma mensagem revolucionária, que entrava em choque direto com o poder estabelecido.
É muito bonito imaginarmos, no recesso de nossos lares, que tal missão se impusesse com absoluta serenidade e paz. Isto nunca aconteceu na história do monoteísmo. Devemos nos lembrar do Rei Davi que, cioso guardião de Jerusalém e da fé mosaica, em determinada ocasião massacrou duzentos filisteus, castrando-os e mandando ao seu rei uma pilha de prepúcios. Para que se perceba o que era guerrear naquela época, basta ler os Salmos. A psiquiatria ensina que, como num mecanismo de auto-proteção psicológica, o indivíduo culpado, temendo o impacto que o reconhecimento das suas falhas teria sobre o seu próprio equilíbrio psíquico e emocional, transfere ao outro seus defeitos de personalidade, imputando-lhe, muitas vezes, até mesmo atos que este não cometeu.
Interessante notar que o mesmo procedimento é aplicado em relação à história. O fato relatado acima, conhecido na história islâmica como a “Batalha das Trincheiras”, nem de longe guarda relação com as atrocidades nazistas praticadas durante a II Guerra Mundial em nome de suposta “superioridade racial” dos arianos, com os pogroms que tiveram lugar no Ocidente cristão durante séculos e que dizimaram centenas de aldeias judaicas na Europa Oriental e muito menos com a conversão forçada de judeus ibéricos pela Santa Inquisição. A visão ocidental distorcida e preconceituosa sobre o Mundo Islâmico, muitas vezes, age como alívio psíquico às práticas comuns adotadas ao longo da história pelo próprio Ocidente contra seus inimigos – entre os quais, não nos esqueçamos, por séculos figuraram os judeus, tidos como “traidores de Cristo”, alcunha sequer imaginada por qualquer sábio muçulmano durante 1400 anos de tradição intelectual islâmica. Desde seu início, o Islam mostrou profundo respeito pelo povo do Livro, os judeus e cristãos.
Muitas são as passagens do Alcorão Sagrado que exortam os muçulmanos a ter uma atitude tolerante com ambos. “Não há compulsão na religião” (2:256); “Convida à senda de teu Senhor com sabedoria e uma suave exortação, e discute com brandura. Teu senhor sabe quem está no caminho certo e quem está no caminho errado” (16:125); “Dize: ‘Ó, adeptos do Livro, entremos em acordo sobre uma posição comum: que não adoremos senão a Deus, que não Lhe associemos ninguém, que não nos tomemos uns aos outros por Senhores em vez de Deus” (3:64).
Para sacramentar o respeito à fé de judeus e cristãos, quando chegou a Yathrib, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) firmou um tratado com os habitantes locais, conhecido como “Constituição de Medina”. Jurando por Deus, pelos Profetas, pelos crentes e pelos muçulmanos, Muhammad (s.a.a.a.s) afirma, entre outras coisas, “que desde agora não se obrigará a nenhum sacerdote cristão a renunciar a sua investidura, nem a nenhum indivíduo a abandonar seu culto, como, assim mesmo, não se obstaculizará aos monges no exercício de sua profissão, nem serão forçados a desalojar seus conventos, suspender suas viagens missionárias”. Este documento está em Medina até hoje. A vida dos califas está cheia de exemplos que revelam a humildade promovida pelo Islam.
Quando os exércitos Islâmicos chegaram a Jerusalém, no ano de 638, o patriarca cristão da cidade, Sofrônio, firmou posição de entrega-la ao califa em pessoa, Omar ibn Al’Khattab. Qual não foi sua surpresa ao ver aproximar-se, em lugar de um soberano imponente, ricamente trajado e seguido por um séqüito numeroso, um camelo transportando um humilde beduíno, trajado com um manto de lã! Sofrônio conduziu Omar, então, pela cidade.
No momento da prece islâmica (são cinco durante o dia) o califa estava dentro da Anástasis, o complexo construído pelos cristãos para lembrar a morte e ressurreição de Cristo (a.s). Omar negou-se a rezar ali, como havia sugerido Sofrônio, porque sabia que isto poderia ser usado pelos seus seguidores como pretexto para transformar o templo cristão em mesquita. Retirou-se, então, e rezou do lado de fora. Outro célebre episódio da história mundial, que ressalta a inerente tolerância do Islam, foi o domínio muçulmano na Espanha. Durante 700 anos, a Península Ibérica transformou-se no centro cultural da Europa. O desenvolvimento alcançado pela Civilização Islâmica na região promoveu o desenvolvimento não só do califado, mas, também, das comunidades cristã e judaica.
Tirando-se de lado o comportamento de alguns fanáticos católicos, que na esperança de alcançar o reino dos céus por intermédio do martírio, colocavam-se à saída das mesquitas, nos horários de oração, para ofender com palavras de baixo calão a honra do Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) e do Islam e, desta forma, incitar a ira dos guardas imperiais, o convívio entre as três fés foi da mais absoluta paz. Foi nesta época, inclusive, que floresceu a filosofia judaica. Influenciados pela falsafa, que trouxe para o Ocidente as obras de Aristóteles e Platão, pontificaram as figuras de Ibn Gabirol, Ibn Pakuda e Moses ibn Maimon (ou Maimônides). À medida que os exércitos cristãos de Aragão e Castela começaram a reconquista, descendo em direção ao estreito de Gibraltar – palavra derivada do nome do comandante muçulmano Táriq – os judeus vieram acompanhando os muçulmanos. Sentiam-se muito mais seguros sob a proteção do califa que dos reis católicos. A mesma convivência pacífica havia em Jerusalém, onde cristãos e judeus tinham suas religiões respeitadas, praticavam suas orações nas igrejas e sinagogas. Aos povos que viviam sob o governo islâmico, uma exigência era feita: o pagamento da jiziya, um imposto empregado pelo califa na manutenção do exército. Nada mais justo, afinal, pois eram os muçulmanos que garantiam a segurança dos povos conquistados.
A benevolência dos governantes islâmicos deu lugar a um dos episódios mais sangrentos da história da humanidade. Sob o pretexto de “libertar” Jerusalém dos “infiéis”, aos quais se atribuíam as mais terríveis acusações, o Papa Urbano II criou a I Cruzada. “Deus hoc vult” –(“Deus o quer”), exultava a platéia que ouvia o sumo pontífice bradar contra o Islam. Para relatar o que houve na Cidade Santa quando os exércitos cruzados transpuseram suas muralhas e para que não sejamos acusados de parcialidade, vamos citar fontes cristãs: “Se eu contar a verdade, não conseguireis acreditar. Basta, pois, dizer que no Templo e no Pórtico de Salomão, homens cavalgaram com sangue até os joelhos e as rédeas. Foi a esplêndida justiça de Deus que fez o sangue dos descrentes (muçulmanos, judeus e cristãos orientais) inundar esse lugar (...)” – Raymond de Aguiles. “Quem primeiro entrasse numa casa, fosse rico ou pobre, não era molestado por nenhum outro franco. Podia apossar-se da casa ou do palácio, bem como do que ali encontrasse” – Fulcher de Chartres. “Mataram todos os sarracenos e os turcos que encontraram, mataram todos, homens ou mulheres” – Gesta Francorum.
Não nos esqueçamos que, antes de chegar na Palestina, os cruzados massacraram os povoados judaicos que encontraram pelo caminho. As aleivosias anti-islâmicas não terminam por aqui, contudo.
É preciso acabar, também, com as falsas afirmações a respeito da posição de Cristo e Maria, a paz de Deus esteja com eles, no Islam. Depois do cristianismo, a única religião do mundo que reconhece e venera as figuras de Jesus e da Virgem Maria (a.s) é o Islam. Para ser considerado muçulmano, o indivíduo deve não só crer em ambos, mas na concepção divina de Cristo, na virgindade de Maria e que ele era um santo Profeta. Símbolo maior do profundo respeito do Islam é o fato de o Alcorão Sagrado conter um capítulo inteiro, chamado “Mariam” (Maria), que fala da anunciação e do nascimento de Nosso Senhor Jesus (a.s). Deus Altíssimo, no Alcorão, revela que, ainda no colo de sua mãe, Cristo (a.s) falou com os incrédulos: (...)“Eu sou, na verdade, um servo de Deus. Deu-me o Livro e designou-me Profeta. E tornou-me abençoado onde quer que me encontre, e recomendou-me a prece e o tributo dos pobres enquanto viver. E a bondade para com minha mãe. E não fez de mim um arrogante malfeitor” (Alcorão Sagrado, 19,30-32). O respeito e veneração pela figura de Santa Maria (a.s) são extensivos a todas as mulheres.
O Islam, desde o seu início, reconheceu a mulher como um ser humano completo, portador de talentos e capacidades, merecedora dos mais elevados sentimentos por parte do homem. O Islam significou a redenção da mulher, que na Arábia pré-islâmica (na época que conhecemos como jahilia) era enterrada viva ainda criança, se assim fosse o desejo do seu pai. Há um dito do Profeta Muhammad (s.a.a.a.s), segundo o qual "O amor à mulher é parte da moral dos profetas e o aumento da fé promove o aumento do amor pela mulher". O Ocidente tem lembrança fraca. Lembremo-nos que em Roma, a mulher era considerada um objeto, um “ativo fixo”, como a casa, os escravos e as fazendas do seu senhor. O mesmo comportamento era observado na Grécia antiga. Estimam os historiadores modernos que, em seu auge, Atenas tinha uma população de 500 mil habitantes. O estatus de cidadão era dado a algumas dezenas de pessoas. Fora desta condição estavam, além dos escravos, as crianças e as mulheres. O cristianismo não mudou consideravelmente a condição feminina. Tertuliano em “Do Traje Feminino”, escreve: “Não sabeis que sois, cada uma de vós, uma Eva? A sentença de Deus sobre esse vosso sexo permanece viva hoje: a culpa (pela danação da humanidade) deve necessariamente, viver também. Vós sois o portal do demônio; vós sois aquela que convenceu aquele a quem o demônio não foi suficientemente valente para atacar. Vós destruístes de modo tão irresponsável o homem, imagem de Deus. Por vossa culpa, até o Filho de Deus teve de morrer”. Atentem para o detalhe: “Vós destruístes (...) o homem, imagem de Deus”.
Ou seja, a fêmea humana era considerada algo à parte da criação divina. Somente o macho da espécie humana era “imagem de Deus”!! As cartas de Santo Agostinho são eivadas da mesma misoginia. Escreveu ele a um amigo: “Qual a diferença se se trata de esposa ou mãe, continua sendo a tentadora Eva, da qual devemos nos acautelar em qualquer mulher”. Em “O Sentido literal do Gênesis”, Santo Agostinho chega a questionar os (insondáveis) propósitos divinos, ao indagar: “se era de boa companhia e conversa que Adão precisava, seria muito mais conveniente ter dois homens como amigos”. Até o século XIX, os teólogos e estudiosos britânicos discutiam se a mulher era portadora de alma! E no Brasil, o voto feminino foi estabelecido em 1934! Diz Deus Altíssimo, por intermédio do Arcanjo Gabriel, no Alcorão Sagrado: “Os criou de uma mesma alma, da qual extraiu seu cônjuge” (39:6); antes, no capítulo 33, versículo 35, diz: “Os submissos e as submissas, os crentes e as crentes, os homens obedientes e as mulheres obedientes, os homens leais e as mulheres leais, os homens perseverantes e as mulheres perseverantes, os homens humildes e as mulheres humildes, os homens caridosos e as mulheres caridosas, os homens que jejuam e as mulheres que jejuam, os homens castos e as mulheres castas, os homens que invocam Deus com freqüência e as mulheres que invocam Deus com freqüência – para todos eles Deus preparou a indulgência e grandes recompensas”.
Ou seja, homens e mulheres estão no mesmo nível perante Deus Altíssimo. O que os diferenciará – assim como um homem de outro homem e uma mulher de outra mulher – é a piedade. Nada mais falso do que alegar que o Islam relega a mulher a uma condição submissa. O grande argumento dos ocidentais, quando falam sobre este tema, é o hijab, lenço com o qual a mulher muçulmana cobre a cabeça. O que dizer, então, da Virgem Maria, representada sempre com sua casta vestimenta, da qual o véu é parte inseparável? O Papa não recebe nenhuma mulher em audiência se ela não estiver com a cabeça coberta. E há até pouco tempo, as mulheres ocidentais cobriam suas cabeças quando entravam numa Igreja para rezar. O recato das muçulmanas ao se vestir as protege do olhar concupiscente. Ao proteger-se, a mulher assume sua condição de feminilidade de forma radical. Passa a ser admirada não unicamente pelos seus dotes físicos, uma porta para todo o tipo de ofensa, xingamentos e constrangimento na rua, dos quais muitas mulheres ocidentais são vítimas. Passa a ser vista como um ser humano, admirada pelas suas idéias e feitos, não pelas dimensões e feições do seu corpo. O hijab, portanto, não é símbolo de opressão, mas justamente o contrário: uma afirmação da liberdade feminina. Tanto que saíram às ruas da Turquia, recentemente, quando o governo sugeriu a abolição forçada da peça. O regime Taliban do Afeganistão, contudo, foi um achado para os “especialistas”, os “analistas políticos”, os críticos apressados do Islam. Apontava-se para as mulheres de burka na televisão e dizia-se: “Olhem como vive a mulher muçulmana”.
Pois muito bem, o regime Taliban acabou, assumiu um novo governo e as mulheres afegãs continuam usando burka. Por que? Porque este é um costume tribal, da etnia pashtu, predominante no País, um hábito herdado da Índia Ocidental, onde as mulheres de uma determinada casta são obrigadas, até hoje, a usar a purda, de onde derivou o traje dos pashtuns. Mas, ao falar da condição feminina no Islam, o Ocidente não mostra as primeiras-ministras, como Tansu Çiler, da Turquia, Benazir Bhutto, do Paquistão, líderes como Hanan Ashrawi, da Palestina, as deputadas ativas do Parlamento Iraniano, as médicas, engenheiras, professoras universitárias, doutoras, psicólogas, diplomatas muçulmanas.
Como num paste up diabólico, recorta-se apenas o que interessa mostrar. Pega-se um pedaço da realidade e se lhe amplifica pelos meios de comunicação de massa. O que é fato isolado passa a ser considerado geral. Assim, destrói-se a imagem de uma civilização que surgiu com base numa mensagem de fé, amor e respeito ao ser humano, de ambos os sexos, uma civilização que tem grande responsabilidade pelo avanço científico e tecnológico do Ocidente atual. Reconhecemos nós, muçulmanos, que todas as religiões, ao longo da história da humanidade, foram usadas por pessoas ou grupos mal intencionados com o objetivo de atingir fins inconfessáveis.
Os católicos do Exército Republicano Irlandês matam civis inocentes na Grã-Bretanha, dando seqüência a décadas de conflito cruento com os protestantes. Seitas cristãs suicidas, como os davidianos do fanático – de triste memória - David Koresh e do pastor Jim Jones pontuam em várias partes do globo, incitando seus seguidores ao suicídio ou ao assassinato. Ditaduras, de esquerda e direita, tomam o poder em nações de arraigada fé católica, promovendo opressão, repressão, extermínio. Não é correto, no entanto, que tomemos estes fatos isolados como exemplos acabados do cristianismo. Assim como não é justo adotar a pregação racista e anti-semita – pois que atenta contra a vida e a dignidade dos árabes palestinos - dos partidos religiosos judaicos com assento no parlamento israelense como síntese da religião judaica, que surgiu como mensagem libertadora para o povo judeu e como uma luz para a humanidade.
Da mesma forma, não é possível buscar o verdadeiro conhecimento sobre o Islam atendo-se à ação de grupos como o Taliban – rechaçado dentro do próprio mundo islâmico como uma degenerescência da fé muçulmana – ou das ações de um Osama bin Ladin. Infelizmente, publicações como as de Fregosi e textos como o de seu discípulo, Sr. Catunda, em lugar de aplacar os ânimos em época tão conturbada e colaborar para o estabelecimento de um diálogo sereno e racional sobre o papel das religiões no mundo, agem no sentido contrário. Distorcem a realidade, inquietam os corações, cobrem a verdade com o manto da ignorância.
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Re.: A real face do Islam
MidiaSemMascara.org 

"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re.: A real face do Islam
Atribuir a designação de “semitas” apenas aos judeus, portanto, significa a apropriação indevida do termo por uma etnia específica, no caso os judeus, desconsiderando-se a justa caracterização de todo o grupo como tal.
O Dalton é um completo ignoante. Será que ele não sabe que Maometanos também são semitas?
Os maometanos odeiam Judeus. São anti-judeus!
Tá certo que sunnitas e shiitas vivem se matando para ver quem é mais maometano. Mas isso é outro papo.
O Dalton é um completo ignoante. Será que ele não sabe que Maometanos também são semitas?
Os maometanos odeiam Judeus. São anti-judeus!
Tá certo que sunnitas e shiitas vivem se matando para ver quem é mais maometano. Mas isso é outro papo.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- Apáte
- Mensagens: 9061
- Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
- Gênero: Masculino
- Localização: Asa Sul
- Contato:
Re.: A real face do Islam
[psicografando o bruno]MidiaSemMascara.org parei aqui[/psicografando o bruno]
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: Re.: A real face do Islam
Apáte escreveu:[psicografando o bruno]MidiaSemMascara.org parei aqui[/psicografando o bruno]

Eu li um pouco mais
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Re.: A real face do Islam
Daniel Pipes escreveu:O discurso histórico de Musharraf
Quando a moeda malaia despencou no final de 1997, o então primeiro-ministro Mahathir Mohamad declarou que sabia “de fonte segura” que os judeus eram os responsáveis. “Não queremos dizer com isso que se trata de um complô armado pelos judeus, mas quem, na realidade, provocou a desvalorização da moeda foi um judeu e, por coincidência, [o financista George] Soros é judeu.” Mahathir chegou a afirmar que exatamente como “os judeus são capazes de roubar os palestinos (...) estão fazendo o mesmo ao nosso país”.
O Anti-semitismo de Mahathir é tão típico do pensamento do mundo muçulmano na atual geração que encontrei nele um “paralelismo inquietante” com a Alemanha nazista da década de 30.
Esse antecedente elucida o valor histórico do discurso pronunciado pelo presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, ao American Jewish Congress em 17 de setembro. Por uma coincidência maior ainda, ele também destacou George Soros como um símbolo da habilidade financeira dos judeus, mas de um modo bem diferente.
Em elogio aos grupos judaicos dos Estados Unidos, Musharraf ressaltou que eles “estavam na vanguarda da oposição à limpeza étnica de muçulmanos na Bósnia”, acrescentando: “Disseram-me que o maior contribuinte da causa bósnia foi o investidor e filantropo judeu-americano George Soros.”
Quase toda a cobertura jornalística do discurso de Musharraf concentrou-se na possibilidade de o Paquistão estabelecer relações diplomáticas com Israel (Reuters: “O líder paquistanês recomendou aos judeus americanos que cooperem no processo de paz”), mas o que na mensagem dele promete revestir-se de uma importância fundamental— para além do simples fato de ter sido pronunciada para uma organização judaica — são os comentários respeitosos, corretos e construtivos feitos pelo presidente sobre os judeus.
Ele começou por notar, com bastante propriedade, que judeus e muçulmanos “têm muitas semelhanças e poucas diferenças em questões de fé e cultura”, para então relacionar três delas em particular: a crença na unicidade de Deus, as mesmas expressões de saudação cortês e uma frase comum ao Talmud e ao Alcorão. E Moisés, lembrou, é o profeta mais citado no Alcorão.
Musharraf salientou o quanto “nossas experiências e histórias se entrelaçam” e em seguida versou sobre o que chama de uma “rica e longuíssima” história de interação entre as duas comunidades. Ele mencionou os “exemplos fulgurantes” de Córdoba, Bagdá, Istambul e Bukhara, a Idade de Ouro da Espanha muçulmana e a experiência compartilhada durante a Inquisição espanhola. Tomando a Inquisição por modelo, ele concluiu acertadamente que judeus e muçulmanos “têm não apenas vivido juntos e partilhado a prosperidade, mas também sofrido juntos”.
Diante desse panorama, Musharraf considerou o período a partir de 1945 uma aberração. Como eu também observei, 1945 foi um ano marcado pelo momento em que os judeus deixaram de emigrar de países cristãos para países muçulmanos e inverteram sua rota. Em outras palavras, as seis últimas décadas romperam um padrão de treze séculos. Musharraf evitou atribuir responsabilidades por tal ruptura e limitou-se a comentar que os problemas ocorreram durante o “século mais sangrento da história da humanidade”.
Musharraf louvou os judeus americanos por sua atuação na defesa dos muçulmanos bósnios e elogiou-os por oferecerem “assistência legal, entre outras”, aos muçulmanos nos Estados Unidos. “Por esse gesto, quero manifestar o meu reconhecimento e apreço”, disse ele. Musharraf ainda os lisonjeou ao descrevê-los como “provavelmente a mais ilustre e influente comunidade” dos Estados Unidos. Com o olhar no futuro, enfatizou o papel da compaixão no restabelecimento das relações judaico-muçulmanas.
Para se apreciar da maneira adequada o significado desse discurso é necessário escutá-lo com ouvidos muçulmanos. Pode não soar grande coisa, por exemplo, a referência ao Holocausto como a “maior tragédia” do povo judeu, contudo a profusão de muçulmanos que negam o Holocausto, dentre eles o líder palestino Mahmoud Abbas, faz dela uma declaração importante.
O discurso de Musharraf pode afetar sensivelmente a visão que os muçulmanos têm dos judeus se integrar um esforço mais amplo. Assim, no momento reservado a perguntas, indaguei-lhe se ele se empenharia em garantir a difusão de suas idéias acerca dos judeus. Ele admitiu que não havia refletido a respeito, porém ali mesmo, em público, diante de um monte de câmeras de televisão, foi precisamente esse o compromisso que assumiu.
A tentativa de Musharraf de se aproximar dos judeus é parte de um projeto muito maior para desenvolver o que ele chama de uma “Moderação Esclarecida" do Islã. Apesar de haver até agora mais conversa do que ação, mesmo a conversa é uma grande conquista. Infelizmente, apenas Musharraf e um outro líder muçulmano, o rei Abdullah II, da Jordânia, articulam hoje uma versão moderada do Islã, mas pelo menos esses estão tentando.
Por seus esforços, Musharraf merece consideração e incentivo.
http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4242
Hoje está de mais, MidiaSemMascara.org e agora artigo do Daniel Pipes.
Quem terá roubado a conta do Pug

"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Re.: A real face do Islam
Nota: As ideias expressas nos textos anteriormente postados não expressam necessariamente a minha opinião pessoal.
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


- betossantana
- Mensagens: 3895
- Registrado em: 24 Set 2006, 23:50
- Contato:
Re.: A real face do Islam
Me lembro do Acuan apontando que os muçulmanos nunca CONDENAM EXPLICITAMENTE os fundamentalistas em público... ficam sempre numa lenga-lenga.
É um problema espiritual, chupe pau!
Re: A real face do Islam
Pug escreveu:A real face do Islam
por Omar Nasser Filho em 11 de março de 2003

Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Re.: A real face do Islam
Pug escreveu:A real face do Islam
por Omar Nasser Filho em 11 de março de 2003
[img]http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1e/Escudo_de_España.png[/img]
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Re.: A real face do Islam
O texto supõe que todo Ocidente é ou apóia outras barbáries como as das Igrejas Católica e Protestantes , por exemplo.
O que é absurdo e tenta eximí-los de culpa.
As demais histórias vergonhosas para a humanidade justificam o prazer mórbido deles em continuar nesta insanidade???
Isto prova que eles sabem muito bem o que estão fazendo.
O que é absurdo e tenta eximí-los de culpa.
As demais histórias vergonhosas para a humanidade justificam o prazer mórbido deles em continuar nesta insanidade???
Isto prova que eles sabem muito bem o que estão fazendo.
Re: Re.: A real face do Islam
Pug escreveu:A real face do Islam
por Omar Nasser Filho em 11 de março de 2003

Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Re.: A real face do Islam
Já vi que ninguém gostou de Daniel Pipes 

"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido


Parei aqui:
Proselitismo religioso... Se não lesse o resto do artigo este excerto asselha-se a qualquer propaganda religiosa.
Em primeiro lugar, religião nenhuma surgiu para defender a morte, o assassínio, a destruição. Todas elas, do Judaísmo ao Islamismo, passando pelo Cristianismo e Budismo, entre outras, nasceram com o intuito primordial de trazer à humanidade a certeza de que, para além da matéria, para além do mundo aparente, há uma realidade transcendente, de onde viemos e para onde retornaremos após a morte carnal. Elas nos auxiliam na tarefa de perceber a existência de um princípio criador de tudo e de todos. Para que voltemos em paz a esta origem comum, no entanto, é preciso trilhar, nesta vida terrena, um caminho virtuoso, praticar o amor e a compreensão, a fraternidade e buscar o bem comum.
Proselitismo religioso... Se não lesse o resto do artigo este excerto asselha-se a qualquer propaganda religiosa.