Alexandre escreveu:DaviDeMogi escreveu:Najma escreveu:Bom... alegar a certeza da infelicidade da criança nesses casos é meio forçar a barra. A criança pode ser criada com amor por gente totalmente abnegada, que perdoe totalmente o ato de violência e veja na criança um milagre da vida, um filho de deus digno de viver e ser feliz. MAS, como eu não acredito nessa abnegação toda a não ser em portadores de um certo grau de retardo mental ou lesão cerebral...

Falando nisso, não dizem que a bebê anecéfala que sobrevive às custas de aparelhos dentro do hospital é um "milagre de deus" e um ícone anti-aborto? Então...

Ter filhos com quem a gente ama de comum acordo e desejo já é tão dificil!
Agora, obrigar uma mulher gestar um bebê oriundo de uma violência, considero um 2o. estupro que submetem á ela, se considerarmos estupro como sendo uma invasão.
Agora manter um bebe sem cerebro vegetando numa maquina, sinceramente
Najma, não consigo imaginar razão mesmo com muito esforço e boa vontade.
A opção pelo aborto é legítima em casos de violência sexual. Eu imaginava que, em casos de má-formação do feto, como ancefalia, também se permitia a retirada do feto. De qualquer forma, consideremos 3 parâmetros imperativos para legitimação do aborto:
Gravidez de risco
Má formação fetal
Estupro
O que eu quero saber dos pró-abortos, que parecem se esquivar da pergunta, é, em quais outros casos, o aborto deve ser legalizado, que não incluam a hipótese de interrupção da gestação por razões anticonceptivas.
Já foi debatido ao longo de todo este tópico e de outros anteriores. Nunca o aborto foi aceito como contraceptivo.
Não conheço um só abortista que o aprove. Seria o cúmulo.
Ninguém se esquivou de nada ( não vejo por que desta afirmação). O que acontece com a questão da despenalização do aborto é a mesma que qualquer decisão sobre a gravidez em geral: cada uma é diferente da outra e são milhares de riscos, problemas, situações que vão surgindo desde o primeiro dia até a hora da expulsão. Então numa discussão séria e com as devidas considerações médicas ( eu não sou , mas toda mulher sabe disso, principalmente as que têm filhos, como eu), haveria de se encontrar um consenso. Mas...casos raros e extremos podem surgir. Família, médico e Juiz devem conversar e decidir isto baseados no bom senso PARA TODOS OS ENVOLVIDOS na decisão e suas conseqüências.
Deve então haver na Lei alguns casos que a mim parecem óbvios como:
- Estupro ( SE a mãe assim desejar, e vai desejar, com certeza)
- Má formação fetal ( SE a mãe ou a família assim desejarem de comum acordo, depois das devidas explicações médicas competentes a respeito do caso)
- Risco de morte para a mãe ou para o filho ( SE a mãe desejar e se ela tiver condições mentais e físicas de decidir. Se houver de alguma forma acidente ou situação em que a gestante não pode decidir, o pai - se houver pai presente e responsável - ou a família - se for presente - e por último o médico).
- Gravidez em crianças e adolescentes acontecidos nas situações acima ou sempre em menores de 14 anos ( não compulsório e avaliável pelos grupos que falei acima envolvidos nos casos de meninas mais desenvolvidas e com condições de assumir um filho SE assim desejarem , mas talvez antes dos 14 isto seja um risco).
- Gestante em estado vegetativo ou comatoso ( SE a família e os envolvidos assim desejarem)
- Casos raros e extremos a serem analisados, como eu falei.
Uma revista médica que vi uma vez mostra uma menina de 7 anos com um filho de 2. Nem me pergunte como tiraram o filho de dentro dela.
Em suma. NINGUÉM MAIS ALÉM DOS ENVOLVIDOS podem apontar o dedo moralista para querer decidir pelos envolvidos.
Todo mundo condena , mas NINGUÉM assume a realidade ou vai viver por estas pessoas. Vão virar as costas.
É isto.