Altruísmo ou Socialismo

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RicardoVitor
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Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por RicardoVitor »

Altruísmo ou Socialismo
Rodrigo Constantino

“A Igreja Católica nunca desistiu da esperança de restabelecer a união medieval entre igreja e estado, com um estado global e uma teocracia global como o grande objetivo.” (Ayn Rand)

Ayn Rand comprou uma amarga briga com os religiosos mais fervorosos. Ela condenou o símbolo da cruz – da tortura e sofrimento do homem – defendendo em seu lugar o valor da busca pela felicidade de cada indivíduo nesta vida. O sacrifício individual, no sentido de colocar os interesses dos outros acima dos próprios, não deveria ser algo enaltecido como nobre, segundo ela. O altruísmo, então, seria incompatível com o individualismo, onde cada um é um fim em si. Isso não significa que a solidariedade deva ser condenada, mas sim que a própria felicidade deve ser a grande prioridade dos indivíduos. Não devemos nossa existência ao próximo nem devemos viver em função dos outros. A Igreja Católica, pregando o oposto, acabou virando alvo das ácidas críticas de Ayn Rand.

Foi o caso da Encíclica Populorum Progressio, escrita pelo Papa Paulo VI, antecessor de João Paulo II e que fala em nome do Vaticano. O altruísmo pregado pela Igreja pode, mesmo na mente do seu líder maior, se confundir bastante com o socialismo, sendo a diferença imperceptível a olho nu. Não é por acaso que muitos tentaram um casamento entre as idéias católicas e as socialistas, como foi o caso da Teologia da Libertação ou mesmo da CNBB. Não sem alguma razão, os conservadores cristãos mostram que tal união seria absurda pelos próprios valores do Cristianismo, que prega o foco no indivíduo e separa a Igreja do Estado, repetindo para dar a César o que é de César. Mas como podemos notar em diversos trechos dessa Encíclica, a linha é tênue, e não foram poucos os seguidores de Cristo que migraram para o socialismo.

Em uma das passagens, o Papa diz que é lamentável que o sistema da sociedade tenha sido construído considerando o lucro como um motivo chave para o progresso econômico, a competição como a lei suprema da economia, e a propriedade privada dos meios de produção como um direito absoluto que não tem limites e não corresponde à “obrigação social”. Em outras palavras, o Papa lamentou que o capitalismo de livre mercado predominasse em relação ao socialismo. Os interesses coletivos, sabe-se lá quem os define, estariam acima do direito de propriedade privada, o que torna indivíduos sacrificáveis pelo “bem comum”. O Papa ignora que, no livre mercado, o lucro é fruto do bom atendimento da demanda dos consumidores, ou seja, é o indicador de que os indivíduos, através de trocas voluntárias, estão satisfeitos. Todos sabem o que aconteceu nos países que tentaram abolir o lucro, a competição e o direito de propriedade privada. O resultado foi a miséria, a escravidão e o terror. São conseqüências inexoráveis do socialismo colocado em prática.

Em outro trecho, o Papa afirma que Deus pretendia que a terra e tudo que ela contém fosse para o uso de todo ser humano. “Logo”, ele continua, “enquanto todos os homens seguirem a justiça e a caridade, os bens criados deveriam abundar para eles numa base razoável”. E ainda conclui que “todos os outros direitos, incluindo aqueles da propriedade e do livre comércio, devem estar subordinados a este princípio”. Ou seja, enquanto todos não tiverem acesso aos bens produzidos de uma forma razoável, podemos invadir, pilhar e roubar. O Papa, entretanto, não define o conceito de “razoável”, que é totalmente arbitrário. Fora isso, devemos questionar: bens produzidos por quem? O minério-de-ferro encontra-se na natureza, mas dele até um automóvel existe um processo complexo que foi descoberto e realizado por indivíduos. Um fogão, uma geladeira, um avião, uma casa, nada disso cai do céu, nada disso nasce em árvores. Tudo é fruto do uso de mentes criativas e do esforço de indivíduos. Se todos terão direito a estes bens produzidos, significa que alguém terá o dever de produzi-los. Logo, podemos escravizar indivíduos, em nome da máxima socialista aqui implícita: “de cada um pela capacidade, a cada um pela necessidade”.

Não satisfeito, o Papa Paulo VI foi mais além ainda, mergulhando no mais escancarado socialismo. Ele disse que o mundo foi dado para todos, não apenas para os ricos. E isto, para ele, significa que a propriedade privada não constitui para ninguém um direito absoluto e incondicional, já que ninguém tem o direito de guardar para seu uso exclusivo aquilo que ele não precisa, quando outros carecem de bens necessários. Traduzindo, isso quer dizer que cada um deve ter o direito de consumir somente o básico necessário, até que todos tenham um mesmo grau de consumo. Se alguém no mundo passa fome, ou não tem uma geladeira, então um “rico” não deveria ter o direito de ter um telefone celular ou um computador. Países que tentaram adotar este modelo, que é uma idealização da inveja disfarçada de altruísmo, acabaram na completa miséria. Os ricos são destruídos, mas os pobres ficam ainda mais pobres.

Na mesma Encíclica, o Papa aventurou-se ainda na diplomacia internacional, afirmando que deve ser repetido que a riqueza supérflua dos países ricos deveria ser colocada a serviço das nações pobres. Ele reconhece que isso exigiria grande sacrifício por parte dos homens ricos, e questiona se estes estão preparados para pagar maiores impostos para que as autoridades públicas possam intensificar os esforços em favor do desenvolvimento. Pergunta se estariam preparados para pagar preços maiores pelos bens importados, de forma que seus produtores possam ser remunerados de forma mais “justa”. Não obstante a enorme ineficiência dos meios pregados pelo Papa, que apenas prejudicam ainda mais os pobres, seria o caso de perguntar se o Papa considera um tratamento desigual justo, forçando os mais ricos a pagar mais por um mesmo produto. Novamente, a solução mágica para o fim da pobreza parece ser a destruição dos mais ricos. A desigualdade pode até acabar, mas não a miséria. Todos ficariam igualmente miseráveis.

Enfim, as passagens da Encíclica são declarações típicas de socialistas, com discursos politicamente corretos, nobres apelos, mas total desapego ao conceito objetivo de justiça, completa falta de compreensão dos conceitos básicos de economia, e uma escancarada propaganda em prol do ataque aos bem sucedidos. As passagens demonstram uma ignorância sobre o processo produtivo, sobre o que leva os homens a buscarem o progresso, digna do mais marxista dos militantes. A solidariedade não pode ser dissociada da palavra “voluntária”. Os que pregam uma solidariedade compulsória, defendendo o altruísmo com o esforço alheio, querem apenas posar de nobres almas delegando a terceiros a responsabilidade. Buscam o monopólio das virtudes, enquanto defendem meios imorais e ineficientes, que levam ao oposto daquilo pregado. Pregam o altruísmo, e acabam com o socialismo. Para Rand, isso se deve ao ódio à mente humana, e por tabela ao próprio homem, à vida, e à sua felicidade nesse mundo, que deveria ser seu grande objetivo.



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Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Discordo veementemente das associações. Quer do altruismo com socialismo, quer da Igreja como precursora do comunismo.
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RicardoVitor
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por RicardoVitor »

A noção de altruísmo/igualitarismo presente em todas as vertentes da ideologia socialista não tem outra origem senão a cristã.
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

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RicardoVitor escreveu:A noção de altruísmo/igualitarismo presente em todas as vertentes da ideologia socialista não tem outra origem senão a cristã.

Altruismo e igualitarismo são bem diferentes. A igreja defendeu o primeiro e rejeitou fortemente o segundo.
Veja em: http://www.montfort.org.br/index.php?se ... e&lang=bra
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Usuário deletado escreveu:
Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.


A Igreja era contra a burguesia, já previa a futura derrocada. Por isto institui palhaçadas como a tal Doutrina do Justo Preço. Felizmente a burguesia triunfou posteriormente.

Dizer que a igreja era contra a burguesia é abstrato.
Era contra os membros da burguesia em totalidade? Absurdo.
Contra a doutrina que movia a burguesia? Idem, já que o direito à pripiedade, e a liberdade da iniciativa privada sempre foram reconhecidos pela Igreja.
Aconteceram duelos políticos entre membros do clero e membros da burguesia, mas generalizar para um embate entre os grupos, na totalidade, é incorreto.
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Samael »

RicardoVitor escreveu:http://www.marxists.org/archive/marx/works/1894/early-christianity/index.htm

Interessante leitura...


A melhor leitura marxista acerca da formação primitiva do cristianismo ainda é a de Erich Fromm.

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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.


A Igreja era contra a burguesia, já previa a futura derrocada. Por isto institui palhaçadas como a tal Doutrina do Justo Preço. Felizmente a burguesia triunfou posteriormente.

Dizer que a igreja era contra a burguesia é abstrato.
Era contra os membros da burguesia em totalidade? Absurdo.
Contra a doutrina que movia a burguesia? Idem, já que o direito à pripiedade, e a liberdade da iniciativa privada sempre foram reconhecidos pela Igreja.
Aconteceram duelos políticos entre membros do clero e membros da burguesia, mas generalizar para um embate entre os grupos, na totalidade, é incorreto.


Burgueses eram condenados pela Inquisição durante a Idade Média. Depois leia um pouco sobre o fim do feudalismo e formação dos Estados Nacionais.

As escolas humanistas criadas pela burguesia eram uma ameaça terrível à teocracia católica. Tanto que foram elas que salvaram boa parte da Europa Ocidental do terror efetuado pela ICAR.

Burgueses condenados pela inquisição.
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Benito 16 »

A Igreja catól*ca é uma das instituições mais nojentas já criadas pelo homem. Mas nem ela merece ser xingada de soci*lis*a. Tudo tem limites.
"Eu não sou cachorro não!"

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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Usuário deletado escreveu:
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Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.


A Igreja era contra a burguesia, já previa a futura derrocada. Por isto institui palhaçadas como a tal Doutrina do Justo Preço. Felizmente a burguesia triunfou posteriormente.

Dizer que a igreja era contra a burguesia é abstrato.
Era contra os membros da burguesia em totalidade? Absurdo.
Contra a doutrina que movia a burguesia? Idem, já que o direito à pripiedade, e a liberdade da iniciativa privada sempre foram reconhecidos pela Igreja.
Aconteceram duelos políticos entre membros do clero e membros da burguesia, mas generalizar para um embate entre os grupos, na totalidade, é incorreto.


Burgueses eram condenados pela Inquisição durante a Idade Média. Depois leia um pouco sobre o fim do feudalismo e formação dos Estados Nacionais.

As escolas humanistas criadas pela burguesia eram uma ameaça terrível à teocracia católica. Tanto que foram elas que salvaram boa parte da Europa Ocidental do terror efetuado pela ICAR.


Nem tanto. Isso é muito arbitrário. Assim como o decoreba de primeiro grau "Nobreza + Clero x Burguesia".

Boa parte dos próprios fundamentos humanistas têm raízes sólidas na doutrina cristã, e até nas posteriores influências islâmicas.

A ICAR nunca foi uniforme assim. Era uma instituição com conflitos internos, tanto práticos quanto ideológicos.

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Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Porra, pensem um pouco:

O sama entende de comunismo. Eu de catolicismo.
Não podemos estar errados juntos... :emoticon12:
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Samael
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Samael »

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Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.


A Igreja era contra a burguesia, já previa a futura derrocada. Por isto institui palhaçadas como a tal Doutrina do Justo Preço. Felizmente a burguesia triunfou posteriormente.

Dizer que a igreja era contra a burguesia é abstrato.
Era contra os membros da burguesia em totalidade? Absurdo.
Contra a doutrina que movia a burguesia? Idem, já que o direito à pripiedade, e a liberdade da iniciativa privada sempre foram reconhecidos pela Igreja.
Aconteceram duelos políticos entre membros do clero e membros da burguesia, mas generalizar para um embate entre os grupos, na totalidade, é incorreto.


Burgueses eram condenados pela Inquisição durante a Idade Média. Depois leia um pouco sobre o fim do feudalismo e formação dos Estados Nacionais.

As escolas humanistas criadas pela burguesia eram uma ameaça terrível à teocracia católica. Tanto que foram elas que salvaram boa parte da Europa Ocidental do terror efetuado pela ICAR.


Nem tanto. Isso é muito arbitrário. Assim como o decoreba de primeiro grau "Nobreza + Clero x Burguesia".

Boa parte dos próprios fundamentos humanistas têm raízes sólidas na doutrina cristã, e até nas posteriores influências islâmicas.

A ICAR nunca foi uniforme assim. Era uma instituição com conflitos internos, tanto práticos quanto ideológicos.


Como você disse Sama, na Doutrina Cristã. A Reforma Protestante foi uma total reformulação dos valores da doutrina cristã, e quem estava por trás dela? A burguesia. (o próprio Calvino por exemplo era um burguês). O movimento humanista causou danos severos à teocracia católica.


Certamente, mas você deve perceber que, burgueses ou não, ainda são cristãos, compreende?

Os anti-cristãos ferrenhos estão doidos para retirar da ideologia liberal qualquer fundamento do cristianismo, quando qualquer estudioso minimamente sério sabe que os baluartes do liberalismo econômico e do próprio Estado Laico surgiu de dentro da cultura cristã européia.

Weber é excelente para essa discussão.

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André
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por André »

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Alter-ego escreveu:Discordo veementemente das associações. Quer do altruismo com socialismo, quer da Igreja como precursora do comunismo.


O altruísmo em ambos os casos está apenas no discurso.


Nas experiências do socialismo real eu posso até concordar com minhas ressalvas.Pq não posso afirmar que todos indivíduos envolvidos nessas revoluções fossem tão calculistas, acredito que não eram, mas o fato é com a formação de uma elite burocrática essa comprovadamente teve um estilo de vida de luxo, enquanto a maioria do povo tinha muito pouco.Isso em vários sentidos é contrario ao que Marx pregava inclusive a concentração de poder no partido, o poder deveria estar com as classes trabalhadoras, o partido comunista poderia ser o coordenador, poderia fomentar, mas não poderia, como ocorreu, concentrar os poderes, e como dizia Lincoln "Se desejas conhecer o caráter de um homem dê a ele poder" os que foram a elite burocrática claramente não passaram no teste.Mas é bom lembrar de socialistas independentes como Orwell que não ficaram calados diante disso.O contexto não os favoreceu.

Alias esses que vou chamar de independentes, acreditavam e mais do que isso agiam de acordo com esses princípios.Orwell inclusive mudou de nome e renegou a fortuna da família e chegou a viver lavando pratos.Ai um caso de exagero (Não acho que todos precisem fazer isso), mas sem duvida demonstra a honra e o compromisso dele.

Ou seja, em muitos não era apenas no discurso, existiram vários e existem, que entendem solidariedade e altruísmo como princípios fundamentais.Eu por exemplo valorizo e procuro agir de acordo com esses princípios.

Quanto a ligação com cristianismo, tais valores não foram inventados pelos cristãos, eles apenas os compartilham, em alguns momentos, como foi na "opção pelos pobres", e setores da Igreja, assim como de outras organizações religiosas.Logo a relação não é direta.Os cristãos não podem dizer ter monopólio sobre valores, nem ninguém de qualquer orientação.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Mensagem por Alter-ego »

Gui, aprenda uma coisa comigo: aulas de história são as piores situações para se aprender história. :emoticon12:
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.



Tecnicamente, lucro e usura indiferem.

A "usura" e apenas uma restituicao paga pelo uso do capital de terceiros, e e paga apenas por conta do lucro.

E a usura que permite ao capital ser empregado em atividades lucrativas, e o lucro que permite que a usura seja paga.

O problema da Igreja e que ela foi formalizada na Idade Media num contexto social especifico, e passou a condenar as atividades alheias aquele contexto.

A reforma protestante foi importante no sentido de libertar os cristaos da mentalidade medieval e permitir entao que a civilizacao ocidental realmente prosperasse dentro de um contexto de ampla liberdade.

A diferenca entre as visoes cristas logo ficaria clara comparando o desenvolvimento das nacoes majoritariamente protestantes, ou mesmo das familias protestantes, em relacao a suas contrapartes catolicas.

O desenvolvimento de um cristianismo moderno, dotado de uma etica que valoriza a diligencia e nao a abnegacao foi fundamental e esteve por tras do processo que fez emergirem as modernas democracias, alem de forcar a propria Igreja romana a atualizar suas instituicoes (nao sem muito banho de sangue).
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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zencem
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

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Samael escreveu:
Usuário deletado escreveu:
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Usuário deletado escreveu:
Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.


A Igreja era contra a burguesia, já previa a futura derrocada. Por isto institui palhaçadas como a tal Doutrina do Justo Preço. Felizmente a burguesia triunfou posteriormente.

Dizer que a igreja era contra a burguesia é abstrato.
Era contra os membros da burguesia em totalidade? Absurdo.
Contra a doutrina que movia a burguesia? Idem, já que o direito à pripiedade, e a liberdade da iniciativa privada sempre foram reconhecidos pela Igreja.
Aconteceram duelos políticos entre membros do clero e membros da burguesia, mas generalizar para um embate entre os grupos, na totalidade, é incorreto.


Burgueses eram condenados pela Inquisição durante a Idade Média. Depois leia um pouco sobre o fim do feudalismo e formação dos Estados Nacionais.

As escolas humanistas criadas pela burguesia eram uma ameaça terrível à teocracia católica. Tanto que foram elas que salvaram boa parte da Europa Ocidental do terror efetuado pela ICAR.


Nem tanto. Isso é muito arbitrário. Assim como o decoreba de primeiro grau "Nobreza + Clero x Burguesia".

Boa parte dos próprios fundamentos humanistas têm raízes sólidas na doutrina cristã, e até nas posteriores influências islâmicas.

A ICAR nunca foi uniforme assim. Era uma instituição com conflitos internos, tanto práticos quanto ideológicos.


Concordo contigo.

É por isso que eles nunca prescindem da figura do Papa, para por ordem na casa.

Não fosse isso, o catolicismo não passaria de uma confederação, ao estilo evangélico/pentecostal.

Bom, essa escumalha protestante, traz consigo este DNA da ICAR, que se manifestou pela simples negação da figura do Papa.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Alter-ego »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Alter-ego escreveu:Na verdade, a Igreja nunca foi contra o lucro, mas, sim, contra a usura. E isso se deu numa época ionde não existia inflação.



Tecnicamente, lucro e usura indiferem.

Erradíssimo. E você o sabe. A usura pode gerar lucro, mas o lucro, não necessariamente é proveniente da usura. Esse é um pressuposto básico para concluirmos que há diferença.
Todo A é B.
Mas nem todo B é A.

A "usura" e apenas uma restituicao paga pelo uso do capital de terceiros, e e paga apenas por conta do lucro.

Não é correto dizer que é apenas em função do lucro.
Quando se toma um empréstimo, hoje, os juros são calculados em função da inflação, do risco do calote e, também, do lucro. Podemos comprovar ao analisar as diferentes taxas de juros: empréstimos com desconto em folha têm as menores taxas, pois o risco de calote é baixíssimo. CDC's salário também têm juros mais baixos que o comum. E por aí vai.
Agora retorne a uma época onde não existia inflação, onde não era proibida a prisão por dívidas e a penhora era à força, a prática da usura se tornava imoral, visto que deveria haver uma cobrança mínima de juros, nada como nos dias de hoje.

E a usura que permite ao capital ser empregado em atividades lucrativas, e o lucro que permite que a usura seja paga.

Você inverteu os fatores. O correto seria: "É o lucro que permite ao capital ser empregado em atividades lucrativas, e a usura que permite que o lucro seja pago".
De qualquer forma, você não levou em conta os fatores elencados em meu último post, nem a inextência de um intricado sistema financeiro, como o atual. O banco, hoje, utiliza a poupança para financiar obras, etc. recebendo com juros para pagar os rendimentos da poupança e obter lucratividade. Isso inexistia. A usura não servia ao financiamento de obras, nem à iniciativa privada. Ela servia a pessoas em situação marginal.

O problema da Igreja e que ela foi formalizada na Idade Media num contexto social especifico, e passou a condenar as atividades alheias aquele contexto.

A igreja não foi formalizada na Idade Media. Até porque a Idade Media é fruto da cultura católica. Uma coisa precede a outra.

A reforma protestante foi importante no sentido de libertar os cristaos da mentalidade medieval e permitir entao que a civilizacao ocidental realmente prosperasse dentro de um contexto de ampla liberdade.

A idéia de Idade Media e Idade moderna é uma construção da idade moderna. A reforma protestante jamais objetivou romper com uma cultural medieval (que decerto eles sequer atentavam para a existência), mas fazer o poder, nela, rodar de mãos. Lutero odiava o Papa porque ensejava seu poder, não porque fosse santinho. Ele proprio dizia que o demônio dormia mais próximo dele que sua mulher.
E o contexto de liberdades nunca foi estranho ao catolicismo. Não sei se você e os demais sabem, mas pela doutrina moral da Igreja, há liberdade pessoal até para o consumo de drogas.

A diferenca entre as visoes cristas logo ficaria clara comparando o desenvolvimento das nacoes majoritariamente protestantes, ou mesmo das familias protestantes, em relacao a suas contrapartes catolicas.

Espantalho. Muito tem se falado da prosperidade das nações protestantes, em contrapartida ao retrocesso das nações católicas. O êxito britânico, por exemplo, só veio se dar muito à posteriori do êxito luso-hispânico. E a regra não é geral. O Brasil católico, por exemplo, é menos desenvolvido que os Estados Unidos e mais desenvolvido que a Jamaica. Ambos de formação protestante.

O desenvolvimento de um cristianismo moderno, dotado de uma etica que valoriza a diligencia e nao a abnegacao foi fundamental e esteve por tras do processo que fez emergirem as modernas democracias, alem de forcar a propria Igreja romana a atualizar suas instituicoes (nao sem muito banho de sangue).

Na verdade, o processo que fez emergir as modernas democracias está muito mais ligado às lojas maçônicas e rosacruzes, que às igrejas protestantes. Os ideais que moldaram a civilização ocidental também foram duramente combatidos em várias das nações protestantes. A inquisiçao protestante matou, proporcionalmente, mais que a católica, alguns líderes continuaram goverando a mão-de-ferro sem atentar para as liberdades individuais e nem todos os reformistas eram liberais quanto à prosperidade material.
Aliás, os precursores da reforma (como os cátaros e Gibelinos) eram mais à esquerda em relação à Igreja em questões como liberdade de emprêsa, lucro, igualitarismo, etc.
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Mensagem por zencem »

Alter-ego escreveu:Gui, aprenda uma coisa comigo: aulas de história são as piores situações para se aprender história. :emoticon12:


Quando eu digo que o cristianismo é um péssimo exemplo de cinismo, não é atôa.

Já o evangelho, né alter-ego? ... :emoticon12:
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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user f.k.a. Cabeção
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Alter-ego escreveu:Erradíssimo. E você o sabe. A usura pode gerar lucro, mas o lucro, não necessariamente é proveniente da usura. Esse é um pressuposto básico para concluirmos que há diferença.
Todo A é B.
Mas nem todo B é A.


Talvez a razao para uma resposta tao formal e ao mesmo tempo tao patetica e o meu emprego impreciso do termo "tecnicamente", no sentido de "para todos os efeitos".

O lucro, a diferenca entre a renda e as despesas, difere sim da usura, que e a cobranca de juros sobre os emprestimos. O lucro pode ser feito sem contracao de emprestimos, e emprestimos podem ser feitos sem obtencao de lucros.

Ao levar a discussao para tais trivialidades por conta do emprego informal da linguagem, embora perfeitamente compreensivel, e apenas uma estrategia de evasao retorica.

O meu argumento poderia ser reduzido na sentenca de que lucro e usura se confundem dentro do sistema capitalista, e que a negacao de um traria profundas implicacoes para o outro.

Quando um grande banco faz investimentos em empresas de capital aberto com o dinheiro das aplicacoes de seus clientes, o lucro dessas empresas e repassado para o banco que paga na forma de usura aos seus clientes. Da mesma forma, um empresario que visa comecar sua atividade contrai emprestimos visando paga-los com os lucros obtidos.



Alter-ego escreveu:Não é correto dizer que é apenas em função do lucro.
Quando se toma um empréstimo, hoje, os juros são calculados em função da inflação, do risco do calote e, também, do lucro. Podemos comprovar ao analisar as diferentes taxas de juros: empréstimos com desconto em folha têm as menores taxas, pois o risco de calote é baixíssimo. CDC's salário também têm juros mais baixos que o comum. E por aí vai.
Agora retorne a uma época onde não existia inflação, onde não era proibida a prisão por dívidas e a penhora era à força, a prática da usura se tornava imoral, visto que deveria haver uma cobrança mínima de juros, nada como nos dias de hoje.


A forma como alguem calcula os juros pouco interessa, mediante o fato de que sem fabricar dinheiro, alguem so pode pagar por seus emprestimos obtendo lucro, ou seja adquirindo solvencia e recuperando o capital contraido mais o preco cobrado por ele na forma de juros.

Alter-ego escreveu:Você inverteu os fatores. O correto seria: "É o lucro que permite ao capital ser empregado em atividades lucrativas, e a usura que permite que o lucro seja pago".
De qualquer forma, você não levou em conta os fatores elencados em meu último post, nem a inextência de um intricado sistema financeiro, como o atual. O banco, hoje, utiliza a poupança para financiar obras, etc. recebendo com juros para pagar os rendimentos da poupança e obter lucratividade. Isso inexistia. A usura não servia ao financiamento de obras, nem à iniciativa privada. Ela servia a pessoas em situação marginal.


Nao.

O fato de que nem todas as pessoas tem tempo e disponibilidade para aplicar seu dinheiro em negocios proprios faz com que elas o ofereca a quem tenha tal disponibilidade, mas careca de capital, pedindo como retorno uma restituicao que pague essa perda de liquidez.

A usura permite entao que o capital nao pare com quem nao tem onde ou como emprega-lo diretamente, em atividades lucrativas.

E claro que eu levava em consideracao a complexidade do mundo financeiro ao fazer essa assertiva, sobretudo por perceber que a negacao da usura impediria esse processo de modo a estagnar e depreciar o capital.


Alter-ego escreveu:A igreja não foi formalizada na Idade Media. Até porque a Idade Media é fruto da cultura católica. Uma coisa precede a outra.


De 476 ate 1453 ocorreram 13 dos 21 concilios ecumenicos catolicos.


Alter-ego escreveu:A idéia de Idade Media e Idade moderna é uma construção da idade moderna. A reforma protestante jamais objetivou romper com uma cultural medieval (que decerto eles sequer atentavam para a existência), mas fazer o poder, nela, rodar de mãos. Lutero odiava o Papa porque ensejava seu poder, não porque fosse santinho. Ele proprio dizia que o demônio dormia mais próximo dele que sua mulher.
E o contexto de liberdades nunca foi estranho ao catolicismo. Não sei se você e os demais sabem, mas pela doutrina moral da Igreja, há liberdade pessoal até para o consumo de drogas.


Nao e porque os conceitos sao modernos que os fatos sao diferentes.

A reforma protestante foi uma ruptura importante, independente de um de seus precursores ter ou nao em mente o que se seguiria dela. Mas so o conceito de sacerdocio universal ja representa uma ruptura liberal inimaginavel, e um salto muito grande do individuo sobre o coletivo e sobre a imposicao.


Alter-ego escreveu:Espantalho. Muito tem se falado da prosperidade das nações protestantes, em contrapartida ao retrocesso das nações católicas. O êxito britânico, por exemplo, só veio se dar muito à posteriori do êxito luso-hispânico. E a regra não é geral. O Brasil católico, por exemplo, é menos desenvolvido que os Estados Unidos e mais desenvolvido que a Jamaica. Ambos de formação protestante.


O exito luso-hispanico foi contemporaneo as reformas que dariam origem ao protestantismo, cujos resultados so apareceriam seculos mais tarde.

E a etica protestante nao pode ser apenas medida pela afiliacao religiosa da populacao, mas no quao importante essa afiliacao foi na fundacao de suas instituicoes, e e ai que reside a diferenca brutal da colonia de peregrinos que daria origem a America, e um pais que ainda que fosse oficialmente protestante, sua cultura majoritaria era africana e mais tarde serviria de base para a ideologia do rastafarianismo messianico.

Nao pretendo com isso dizer que o fator exclusivo do sucesso e a etica protestante; mas que ha uma correlacao causal, e que tentativas como a sua nao derrubam essa associacao.


Alter-ego escreveu:Na verdade, o processo que fez emergir as modernas democracias está muito mais ligado às lojas maçônicas e rosacruzes, que às igrejas protestantes. Os ideais que moldaram a civilização ocidental também foram duramente combatidos em várias das nações protestantes. A inquisiçao protestante matou, proporcionalmente, mais que a católica, alguns líderes continuaram goverando a mão-de-ferro sem atentar para as liberdades individuais e nem todos os reformistas eram liberais quanto à prosperidade material.
Aliás, os precursores da reforma (como os cátaros e Gibelinos) eram mais à esquerda em relação à Igreja em questões como liberdade de emprêsa, lucro, igualitarismo, etc.


Nao nego a importancia desses grupos, que tambem representam uma ruptura com os valores milenares dos catolicos e por isso eram perseguidos pela igreja.

Os proprios judeus, que alem do senso de preservacao e uniao que nutrem ainda mantem uma etica pro-diligencia oriunda dessa propria necessidade de sobrevivencia, foram tambem perseguidos e tiveram um papel importante na criacao dessas nacoes livres.
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Samael
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Mensagem por Samael »

Eu tinha CERTEZA que caso euo Vitor entrasse no tópico, o debate acerca "Ética Protestante" e "Capitalismo" viria à tona.

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Alter-ego
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Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Alter-ego »

Vitor, que há com seu teclado? Fico nervoso ao ler textos sem acentuação :emoticon16:

Gostei das assertivas que você lançou, mas ainda há uma contrapartida. Vou almoçar, mais tardo volto.
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Apáte
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Re: Re.: Altruísmo ou Socialismo

Mensagem por Apáte »

Alter-ego escreveu:Vitor, que há com seu teclado? Fico nervoso ao ler textos sem acentuação :emoticon16:

Gostei das assertivas que você lançou, mas ainda há uma contrapartida. Vou almoçar, mais tardo volto.

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