O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

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André
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

Fernando Silva escreveu:
André escreveu:Eu não tenho ódio ao lucro, mas negar a responsabilidade da nossa elite, inclusive em não desenvolver reformas necessárias ao desenvolvimento inclusive de caráter liberal é não ver a nossa história. Na nossa história uma elite conservadora tradicional, faz de tudo para conservar seus privilégios.

Não confundir a elite que chegou ao poder com a capitanias hereditárias, e nunca mais o largou, com os empreendedores, os que realmente criam riquezas novas.

A velha elite é uma espécie de remanescente da nobreza por direito divino, que acha indigno trabalhar e vive de manipular o poder, bloqueando tudo o que se faz para melhorar o país.

Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.


Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".Os empreendedores, e os chamados empresários nacionalistas pelo desenvolvimento, esses em vários momentos estiveram aliados da esquerda democrática.Pessoalmente vejo esses como aliados, contra o autoritarismo e conservadorismo que graça o país.Podemos discordar em algumas coisas mas estamos em comum acordo contra a elite tradicional e seus privilégios.Assim como a necessidade de formar um mercado nacional mais forte e independente.

Rômulo Almeida economista de esquerda fala em "Voltado para o Futuro" as alianças com o empresariado empreendedor possibilitou iniciativas importantes como o Pólo Petroquímico de Camaçari.Claro que esses estão submetidos aos interesses do bem comum, mas tem esse critério em vista, benefícios e lucros são absolutamente legítimos e ajudam.O lucro em si nunca foi problema, e sim a visão que apenas o lucro interessa, passando por cima das leis, e do interesse coletivo.Essa visão é problemática.Como a "vencer a qualquer custo" pois nessa honra, retidão, e qualquer projeto que leve em conta melhorar a vida de todos, se perde de vista.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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André
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Concordo em parte.A ética protestante, ajuda a explicar, mas de forma alguma é suficiente.O exame da história do país, as circunstancias, os eventos, são tão, ou até mais importantes, para explicar o seu desenvolvimento.
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quereu
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por quereu »

Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Isso só explica que os EUA aproveitaram as guerras para enriquecer. Não explica de onde nasceu esse senso de oportunidade. A ética Weberiana explica como se formou essa mentalidade. Por que os EUA formaram um parque industrial e exploram seus vastos recursos perseguindo incansavelmente o desenvolvimento, enquanto, no Brasil, nos conformávamos em ser uma nação agrária?
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Samael
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Samael »

quereu escreveu:
Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Isso só explica que os EUA aproveitaram as guerras para enriquecer. Não explica de onde nasceu esse senso de oportunidade. A ética Weberiana explica como se formou essa mentalidade. Por que os EUA formaram um parque industrial e exploram seus vastos recursos perseguindo incansavelmente o desenvolvimento, enquanto, no Brasil, nos conformávamos em ser uma nação agrária?


Por que? Por um motivo muito simples: porque a noção de desenvolvimento industrial enquanto motor de sucesso econômico é MUITO recente. Até Vargas, ainda existia o debate se o Brasil deveria manter sua vocação agrária ou se deveria, em suma, iniciar seu processo industrial. Aproveito para te lembrar que o mesmo também ocorreu nos EUA, mas em meio a uma batalha sangrenta onde os ianques industrialistas venceram.

Digamos que os EUA, historicamente, "atiraram" no alvo correto.

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André
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

Samael escreveu:
quereu escreveu:
Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Isso só explica que os EUA aproveitaram as guerras para enriquecer. Não explica de onde nasceu esse senso de oportunidade. A ética Weberiana explica como se formou essa mentalidade. Por que os EUA formaram um parque industrial e exploram seus vastos recursos perseguindo incansavelmente o desenvolvimento, enquanto, no Brasil, nos conformávamos em ser uma nação agrária?


Por que? Por um motivo muito simples: porque a noção de desenvolvimento industrial enquanto motor de sucesso econômico é MUITO recente. Até Vargas, ainda existia o debate se o Brasil deveria manter sua vocação agrária ou se deveria, em suma, iniciar seu processo industrial. Aproveito para te lembrar que o mesmo também ocorreu nos EUA, mas em meio a uma batalha sangrenta onde os ianques industrialistas venceram.

Digamos que os EUA, historicamente, "atiraram" no alvo correto.


A questão da vocação agrária em regiões mais pobres resistiu ainda mais tempo Sama.Em 1978 na Bahia deputados da Arena defendiam que a Bahia não deveria se preocupar em se industrializar.Sendo que a industrialização mais viável para Bahia era como Rômulo Almeida indicou era de industria pesada (acabou sendo química) e não bens de consumo pq não tinha como competir com São Paulo nisso. Daí a Petroquímica de Camaçari.Mas claro como foi na Bahia e com ACM posteriormente foi com clientelismo e patrimonialismo, e não se reverteu, infelizmente, para grandes benefícios para população.

E concordo com vc a Guerra civil acabou sendo decisiva para o caminho dos EUA iria trilhar.
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quereu
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Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

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Samael,

Dizer que o motor da economia é muito recente nada explica, só exemplifica. Ainda assim houve o desenvolvimento de uma mentalidade industrial e a vontade de fazê-la. Se não houvesse inspiração o trabalho ainda estaria estagnado no uso do arado. Quanto ao sangue derramado, ele mostra que houve guerra, mas não mostra o que a estimulou. A causa sempre é a alma humana em reação ao mundo.

De fato o acaso foi um fator importante; casualmente havia um povo com a mentalidade certa e os recursos necessários e o aparecimento da oportunidade. Weber explica a mentalidade.
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Samael
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Samael »

quereu escreveu:Samael,

Dizer que o motor da economia é muito recente nada explica, só exemplifica. Ainda assim houve o desenvolvimento de uma mentalidade industrial e a vontade de fazê-la. Se não houvesse inspiração o trabalho ainda estaria estagnado no uso do arado. Quanto ao sangue derramado, ele mostra que houve guerra, mas não mostra o que a estimulou. A causa sempre é a alma humana em reação ao mundo.

De fato o acaso foi um fator importante; casualmente havia um povo com a mentalidade certa e os recursos necessários e o aparecimento da oportunidade. Weber explica a mentalidade.


O que a mentalidade weberiana explica é como um monte de pequenos burgueses morriam até de fome por uma mentalidade ascética de ascensão social. Essa mesma mentalidade pode ser conferida em romancistas como Gorki na Rússia ou Aluísio de Azevedo no Brasil, sendo que estes países nunca se desenvolveram como potências, sendo os pobres daqui tão "gananciosos" como os americanos ou os centro-europeus.

Primeiro, economicamente, eu sou marxista, ou seja, vejo uma mentalidade sem pé nem cabeça como essa um fator de relevância muito menor dentro de um contexto econômico mais amplo. Segundo, os ianques industrialistas, estes sim essenciais ao desenvolvimento americano, pautavam muito de suas idéias naqueles antigos ingleses com seu processo industrial já bastante avançado.

A idéia weberiana é interessante enquanto explicação da formação ideológica americana, não como fator fulcral de explicação do desenvolvimento estadunidense.

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Samael
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Samael »

André escreveu:
Samael escreveu:
quereu escreveu:
Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Isso só explica que os EUA aproveitaram as guerras para enriquecer. Não explica de onde nasceu esse senso de oportunidade. A ética Weberiana explica como se formou essa mentalidade. Por que os EUA formaram um parque industrial e exploram seus vastos recursos perseguindo incansavelmente o desenvolvimento, enquanto, no Brasil, nos conformávamos em ser uma nação agrária?


Por que? Por um motivo muito simples: porque a noção de desenvolvimento industrial enquanto motor de sucesso econômico é MUITO recente. Até Vargas, ainda existia o debate se o Brasil deveria manter sua vocação agrária ou se deveria, em suma, iniciar seu processo industrial. Aproveito para te lembrar que o mesmo também ocorreu nos EUA, mas em meio a uma batalha sangrenta onde os ianques industrialistas venceram.

Digamos que os EUA, historicamente, "atiraram" no alvo correto.


A questão da vocação agrária em regiões mais pobres resistiu ainda mais tempo Sama.Em 1978 na Bahia deputados da Arena defendiam que a Bahia não deveria se preocupar em se industrializar.Sendo que a industrialização mais viável para Bahia era como Rômulo Almeida indicou era de industria pesada (acabou sendo química) e não bens de consumo pq não tinha como competir com São Paulo nisso. Daí a Petroquímica de Camaçari.Mas claro como foi na Bahia e com ACM posteriormente foi com clientelismo e patrimonialismo, e não se reverteu, infelizmente, para grandes benefícios para população.

E concordo com vc a Guerra civil acabou sendo decisiva para o caminho dos EUA iria trilhar.


Ótimo adendo, André.

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André
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

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Samael escreveu:
André escreveu:
Samael escreveu:
quereu escreveu:
Samael escreveu:A Ética Protestante Weberiana explicando um certo "motor desenvolvimentista" nos EUA é de uma forçação absoluta. Os EUA tiveram duas guerras mundiais nas costas onde praticamente só tiveram lucros. Não houve ataque a seu parque industrial, eles alimentaram todo o mercado europeu até a reabilitação da Europa no cenário econômico mundial.


Isso só explica que os EUA aproveitaram as guerras para enriquecer. Não explica de onde nasceu esse senso de oportunidade. A ética Weberiana explica como se formou essa mentalidade. Por que os EUA formaram um parque industrial e exploram seus vastos recursos perseguindo incansavelmente o desenvolvimento, enquanto, no Brasil, nos conformávamos em ser uma nação agrária?


Por que? Por um motivo muito simples: porque a noção de desenvolvimento industrial enquanto motor de sucesso econômico é MUITO recente. Até Vargas, ainda existia o debate se o Brasil deveria manter sua vocação agrária ou se deveria, em suma, iniciar seu processo industrial. Aproveito para te lembrar que o mesmo também ocorreu nos EUA, mas em meio a uma batalha sangrenta onde os ianques industrialistas venceram.

Digamos que os EUA, historicamente, "atiraram" no alvo correto.


A questão da vocação agrária em regiões mais pobres resistiu ainda mais tempo Sama.Em 1978 na Bahia deputados da Arena defendiam que a Bahia não deveria se preocupar em se industrializar.Sendo que a industrialização mais viável para Bahia era como Rômulo Almeida indicou era de industria pesada (acabou sendo química) e não bens de consumo pq não tinha como competir com São Paulo nisso. Daí a Petroquímica de Camaçari.Mas claro como foi na Bahia e com ACM posteriormente foi com clientelismo e patrimonialismo, e não se reverteu, infelizmente, para grandes benefícios para população.

E concordo com vc a Guerra civil acabou sendo decisiva para o caminho dos EUA iria trilhar.


Ótimo adendo, André.


Valeu.Muito interessante sua avaliação sobre a contribuição de Weber para entender a mentalidade, e os fatores mais determinantes do desenvolvimento americano. É semelhante a uma conversa que tive com um professor meu e gostei dos seus argumentos, se não se incomodar vou usa-los, já que concordo em grande medida.

:emoticon13:
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Fernando Silva
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Fernando Silva »

André escreveu:E concordo com vc a Guerra civil acabou sendo decisiva para o caminho dos EUA iria trilhar.

Na guerra civil americana lutaram dois EUA de mentalidades completamente diferentes. O sul deles era equivalente ao nosso nordeste, com a diferença de que as fazendas eram de algodão e não de cana.

No Brasil, os "coronéis de engenho" estão no poder.

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André
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

Fernando Silva escreveu:
André escreveu:E concordo com vc a Guerra civil acabou sendo decisiva para o caminho dos EUA iria trilhar.

Na guerra civil americana lutaram dois EUA de mentalidades completamente diferentes. O sul deles era equivalente ao nosso nordeste, com a diferença de que as fazendas eram de algodão e não de cana.

No Brasil, os "coronéis de engenho" estão no poder.


Faltou uma revolução.Ou um confronto aberto entre as duas perspectivas.Eu muito preferia a vitória de capitalistas empreendedores do que os coronéis e chefes locais que concentram grandes propriedades de terra.

Com os primeiros, desenvolvimento capitalista de qualidade seria possivel.Com isso uma classe trabalhadora melhor, mais organizada seria mais viável.Fora que teria mais riqueza, independência, para projetos sociais...

Entre capitalismo e obscurantismo colonialista fico com o capitalismo industrializaste sem problemas, apenas penso que existe a possibilidade de algo ainda melhor que isso.
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Fernando Silva
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Fernando Silva »

André escreveu:
Fernando Silva escreveu:Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.
Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".

Não creio que o MST invada fazendas do Inocêncio Oliveira, por exemplo.

Preferem áreas de pesquisa da Embrapa e fazendas produtivas.
Eles não vão querer entrar em conflito com os canalhas que apóiam o "Líder Genial dos Povos" e que, por sua vez, permite que eles invadam à vontade a ainda lhes dá cargos no governo.

São aliados com o objetivo comum de manter o Brasil atrasado, uns porque não querem perder os privilégios hereditários, outros porque querem precipitar a revolução provocando a insatisfação popular.

Apocaliptica

Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Apocaliptica »

Fernando Silva escreveu:
André escreveu:
Fernando Silva escreveu:Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.
Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".

Não creio que o MST invada fazendas do Inocêncio Oliveira, por exemplo.

Preferem áreas de pesquisa da Embrapa e fazendas produtivas.
Eles não vão querer entrar em conflito com os canalhas que apóiam o "Líder Genial dos Povos" e que, por sua vez, permite que eles invadam à vontade a ainda lhes dá cargos no governo.

São aliados com o objetivo comum de manter o Brasil atrasado, uns porque não querem perder os privilégios hereditários, outros porque querem precipitar a revolução provocando a insatisfação popular.


Concordo.

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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

Fernando Silva escreveu:
André escreveu:
Fernando Silva escreveu:Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.
Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".

Não creio que o MST invada fazendas do Inocêncio Oliveira, por exemplo.

Preferem áreas de pesquisa da Embrapa e fazendas produtivas.
Eles não vão querer entrar em conflito com os canalhas que apóiam o "Líder Genial dos Povos" e que, por sua vez, permite que eles invadam à vontade a ainda lhes dá cargos no governo.

São aliados com o objetivo comum de manter o Brasil atrasado, uns porque não querem perder os privilégios hereditários, outros porque querem precipitar a revolução provocando a insatisfação popular.


Eu não me sinto representado por essa "esquerda". (Ainda mais a corrupta)

A causa do MST é válida, mas as práticas de algumas de suas lideranças, e forma que operam não necessariamente concordo.

A reforma agrária é necessária para sair do atraso ou dar passos nessa direção. Os EUA tiveram uma reforma agrária no seu nascedouro com a corrida para o oeste e a formação de diversas propriedades médias.Uma reforma agrária não vai ser mais decisiva para sair do atraso devido as mudanças na economia, mas sem duvidas pode contribuir.
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O ENCOSTO
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por O ENCOSTO »

André escreveu:
Fernando Silva escreveu:
André escreveu:
Fernando Silva escreveu:Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.
Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".

Não creio que o MST invada fazendas do Inocêncio Oliveira, por exemplo.

Preferem áreas de pesquisa da Embrapa e fazendas produtivas.
Eles não vão querer entrar em conflito com os canalhas que apóiam o "Líder Genial dos Povos" e que, por sua vez, permite que eles invadam à vontade a ainda lhes dá cargos no governo.

São aliados com o objetivo comum de manter o Brasil atrasado, uns porque não querem perder os privilégios hereditários, outros porque querem precipitar a revolução provocando a insatisfação popular.


Eu não me sinto representado por essa "esquerda". (Ainda mais a corrupta)

A causa do MST é válida, mas as práticas de algumas de suas lideranças, e forma que operam não necessariamente concordo.

A reforma agrária é necessária para sair do atraso ou dar passos nessa direção. Os EUA tiveram uma reforma agrária no seu nascedouro com a corrida para o oeste e a formação de diversas propriedades médias.Uma reforma agrária não vai ser mais decisiva para sair do atraso devido as mudanças na economia, mas sem duvidas pode contribuir.


Romantismo puro.

Poderia funcionar ha algumas decadas. Hoje não funciona mais devido ao alto indice de mecanização e metodos de trabalho necessários para manter a agricultura competitiva.

Quem vai para o campo acha que conseguirá plantar para vender e ganhar alguma renda.

Antigamente, as pessoas viviam isoladas. Não tinham nem como levar a sua produção até o centro urbano, em boa parte dos casos. As pessoas viviam no sistema de trocas. Quando matavam um boi, chamavam os mais próximos para ajudar a consumir a carne, por exemplo.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por André »

O ENCOSTO escreveu:
André escreveu:
Fernando Silva escreveu:
André escreveu:
Fernando Silva escreveu:Estranhamente, nunca são atacados pela esquerda.
Não sei de que esquerda vc está falando.Pq eu sempre critiquei essa elite tradicional, a que vc chama de "Velha elite".

Não creio que o MST invada fazendas do Inocêncio Oliveira, por exemplo.

Preferem áreas de pesquisa da Embrapa e fazendas produtivas.
Eles não vão querer entrar em conflito com os canalhas que apóiam o "Líder Genial dos Povos" e que, por sua vez, permite que eles invadam à vontade a ainda lhes dá cargos no governo.

São aliados com o objetivo comum de manter o Brasil atrasado, uns porque não querem perder os privilégios hereditários, outros porque querem precipitar a revolução provocando a insatisfação popular.


Eu não me sinto representado por essa "esquerda". (Ainda mais a corrupta)

A causa do MST é válida, mas as práticas de algumas de suas lideranças, e forma que operam não necessariamente concordo.

A reforma agrária é necessária para sair do atraso ou dar passos nessa direção. Os EUA tiveram uma reforma agrária no seu nascedouro com a corrida para o oeste e a formação de diversas propriedades médias.Uma reforma agrária não vai ser mais decisiva para sair do atraso devido as mudanças na economia, mas sem duvidas pode contribuir.


Romantismo puro.

Poderia funcionar ha algumas decadas. Hoje não funciona mais devido ao alto indice de mecanização e metodos de trabalho necessários para manter a agricultura competitiva.

Quem vai para o campo acha que conseguirá plantar para vender e ganhar alguma renda.

Antigamente, as pessoas viviam isoladas. Não tinham nem como levar a sua produção até o centro urbano, em boa parte dos casos. As pessoas viviam no sistema de trocas. Quando matavam um boi, chamavam os mais próximos para ajudar a consumir a carne, por exemplo.


Sou favorável a cooperativas não reforma agrária no sentido antigo que não tem poder de competição, mas no sentido de formar pólos de atração de sem terras, no interior, com cooperativas, e trabalhando para complementar a economia da região.Sendo que subsídios estatais somente seriam utilizados para instalação e o inicio, a idéia é que tais cooperativas pudessem se auto-sustentar, e com o comercio contribuir para o Estado ao pagar seus impostos.

Sendo que os subsídios são condicionais na medida que o compromisso, e o trabalho revele que estão sendo bem empregados.Caso contrario tal programa não vai funcionar e é melhor cancelar o mesmo.Tudo isso deve ser as claras e inicio, para se saber, que o Estado vai exercer um papel, mas não tem condições de sustentar tais iniciativas, nem de prover para todos indefinidamente.

As necessidades básicas devem ser garantidas, porém deve se estimular a independência e emancipação dos indivíduos, nesse caso trabalhando cooperativamente, se quiserem a terra.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Fernando Silva
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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

Mensagem por Fernando Silva »

André escreveu:A reforma agrária é necessária para sair do atraso ou dar passos nessa direção. Os EUA tiveram uma reforma agrária no seu nascedouro com a corrida para o oeste e a formação de diversas propriedades médias.Uma reforma agrária não vai ser mais decisiva para sair do atraso devido as mudanças na economia, mas sem duvidas pode contribuir.

Os EUA não fizeram reforma agrária, apenas avançaram para o oeste, tomando as terras dos índios e dos mexicanos.
Eram terras de ninguém, do ponto de vista deles.

Hoje não há mais terras de ninguém no Brasil, embora haja muitas de propriedade duvidosa e até improdutivas (mas ninguém pensa nelas, preferem invadir as produtivas).

Com o risco de me repetir:
A terra não é para ser dividida, a terra é para produzir alimentos.
É um absurdo essa idéia de "fixar o homem na terra". Não temos terra suficiente para isto.

Quanto à sua idéia de cooperativas, ótimo, mas o MST já invadiu várias delas, formadas por assentados, assim que começaram a produzir.

O MST não quer que tenham sucesso, não quer assentar ninguém, quer apenas invadir, provocar o caos e tomar o poder.

Mesmo que o governo lhes dê todas as terras que eles peçam, vão arranjar outro pretexto para continuar invadindo e depredando, inclusive prédios públicos.

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Re: Re.: O Ódio ao Lucro e a Pobreza Nacional

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Fernando Silva escreveu:
André escreveu:A reforma agrária é necessária para sair do atraso ou dar passos nessa direção. Os EUA tiveram uma reforma agrária no seu nascedouro com a corrida para o oeste e a formação de diversas propriedades médias.Uma reforma agrária não vai ser mais decisiva para sair do atraso devido as mudanças na economia, mas sem duvidas pode contribuir.

Os EUA não fizeram reforma agrária, apenas avançaram para o oeste, tomando as terras dos índios e dos mexicanos.
Eram terras de ninguém, do ponto de vista deles.

Hoje não há mais terras de ninguém no Brasil, embora haja muitas de propriedade duvidosa e até improdutivas (mas ninguém pensa nelas, preferem invadir as produtivas).

Com o risco de me repetir:
A terra não é para ser dividida, a terra é para produzir alimentos.
É um absurdo essa idéia de "fixar o homem na terra". Não temos terra suficiente para isto.

Quanto à sua idéia de cooperativas, ótimo, mas o MST já invadiu várias delas, formadas por assentados, assim que começaram a produzir.

O MST não quer que tenham sucesso, não quer assentar ninguém, quer apenas invadir, provocar o caos e tomar o poder.

Mesmo que o governo lhes dê todas as terras que eles peçam, vão arranjar outro pretexto para continuar invadindo e depredando, inclusive prédios públicos.


Talvez reforma agrária não seja o termo adequado pq aquilo não foi fruto de planejamento.Mas na prática promoveu propriedades médias nos EUA.

Sou favorável a assentamentos produtivos para os sem terra, com cooperativas de função complementar.Que lógico tem que ser produtivas e auto-sustentáveis.Para começar com ajuda e investimento estatal.

Se um projeto dessa natureza for rejeitado pelo MST, e seus membros não comprarem essa idéia que é funcional, eles perdem duas vezes.Na possibilidade de ajudar os sem terra, e pior enfraquecem a causa, pois estão colocando objetivos políticos acima de uma lógica prática que tem efeitos concretos e positivos, ou tem potencial de ter, tanto para os sem terra, e aqueles que migram, como para o Brasil como um todo.

Detalhe que economistas como Rômulo Almeida, entre outros, Rômulo eu conheço os projetos, já a muito tempo defendem planos semelhantes, e intensivos e complementares que devem ser competitivos.Fugindo da lógica de empreendimento pouco produtivos mas que seriam "empregadores" hoje além de pouco aplicável, não são sustentáveis, e oneram demais o Estado.

Terras improdutivas, mas com potencial de produzir, devem ser o foco das cooperativas.Que podem começar com experiências, para que alguns lugares vire modelo, e se tente reeditar, com adaptações, em outros lugares, aos poucos e de forma progressiva.Para mim e a idéia não é somente minha, alguns detalhes posso ter acrescentado, é a melhor idéia que já li e estudei sobre o assunto. Lembrando do planejamento baseado na complementaridade da economia, e da função da cooperativa na região que for instalada. Se levando isso em conta penso ser possível fazer. Falta iniciativa política, projetos adequados, trabalhos, e colaboração de ambos os lados, e finalmente o financiamento que repito deve ser feito aos poucos examinando o funcionamento. Dinheiro público para mim é coisa muito seria, infelizmente aqui não somente se rouba, superfatura( que é roubo), mas se gasta mau.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado