docdeoz escreveu:Caros Amigos,
Para quem rejeita as Leis da Termodinâmica, resta enfrentar um grande desafio materialista, que é o Princípio Antrópico, assim resumido no livro “O Universo numa Casca de Noz”, S. Hawking, (p. 86-Ed. Mandarim, 2001):
“O Princípio Antrópico
Grosso modo, o princípio antrópico afirma que o universo é do jeito que é, pelo menos em parte, porque nós existimos. É uma perspectiva diametralmente oposta ao sonho de uma teoria unificada, com total poder de previsão, na qual as leis da natureza são completas o mundo é do jeito que é porque não poderia ser diferente. Há muitas versões diferentes para o princípio antrópico, variando daquelas tão fracas a ponto de serem triviais àquelas tão fortes a ponto de serem absurdas. Embora a maioria dos cientistas relute em adotar uma versão forte do princípio antrópico, poucos questionariam a utilidade de alguns argumentos antrópicos fortes.
O princípio antrópico fraco consiste em uma explicação de quais das diferentes e possíveis épocas ou lugares do universo nós habitamos, calculando quais épocas ou lugares nós poderíamos habitar. Por exemplo, a razão porque o big-bang ocorreu há cerca de dez bilhões de anos é que o universo
precisa ser
suficientemente velho para que algumas estrelas tenham completado a sua evolução a fim de produzir elementos como oxigênio e carbono, dos quais somos constituídos, e
suficientemente novo para que algumas estrelas ainda estejam produzindo energia para sustentar a vida.” (grifos meus).(...)
Em resumo: as coisas são assim, por que se assim não fossem, não estaríamos aqui para questionarmos!
Saudações.
(Que conversa mole...)

O que você resumiu nas suas palavras é uma descrição do princípio antrópico FORTE, que é rejeitado pela maioria dos cientistas, inclusive o próprio Hawking, coisa que ele declara claramente no "A Breve História do Tempo".
O que é aceitável é o princípio antrópico FRACO, que é defendido por Hawking.O exemplo do tempo que passou desde que ocorreu o Big Bang é um deles.Segundo o princípio antrópico fraco, "um universo grande ou infinito, em espaço e/ou tempo , as condições necessárias para o desenvolvimento da vida inteligente só serão encontradas em determinadas regiões, limitadas no espaço e no tempo.Segundo esse princípio, o tempo que passou desde o Big Bang que uma civilização inteligente postularia sempre estaria entre 10 e 50 bilhões.10 bilhões de anos Esse é o tempo bilhões de anos é o tempo mínimo que demora evolução estelar que produziria carbono e oxigênio de que nós somos feitos e também a evolução de seres inteligentes.E o Universo não poderia ter mais de 50 bilhões de anos, porque nessa época todas as estrelas (ou quase todas) estaria em seu estágio terminal.
Se levarmos em conta o princípio antrópico forte e a teoria das múltiplas histórias de Feynman, então o Universo como vemos não poderia ser diferentes.Na teoria de Feynmann, uma partícula não tem uma única história, mas segue cada trajetória possível no espaço-tempo, e cada uma das histórias está associada a um par de números , um representando o tamanho da onda e outro, sua posição no ciclo.Já que a teoria das múltiplas histórias de Feynman postula que todas as histórias do Universo são possíveis, então se vivemos numa delas, podemos usá-la para explicar Universo do jeito que ele é.
Hawking diz ainda que, se pudermos demosntrar que nosso Universo não é apenas uma das muitas histórias possíveis, mas uma das mais prováveis, então o princípio antrópico fraco poderia ser aplicado juntamente com a idéia que a superfície do espaço-tempo fechada.Se for possível fazer isso, então teríamos o sucesso completo das teorias científicas na descrição dos eventos e o Universo seria autocontido.
Por fim, resta salientar que alguém que diz que alguma teoria defendida por Hawking- ou qualquer outro cosmólogo sério- viola alguma lei da Termodinâmica só pode ser alguém que, ou nada entende de Termodinâmica ou nada entende de Cosmologia.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes