Por Daniel Domeneghetti
Comprador, indutor, fomentador, embaixador, regulador ou competidor? Qual é o mais importante papel do Governo em relação à tecnologia da informação?
Essa resposta não é fácil, até porque, via de regra, os Governos raramente assumem – ou devem assumir - um único chapéu nos diversos segmentos de mercado, inclusive TICs. Mas, se por um lado, esta realidade é quase imprescindível e, em muitos casos, desejável, por outro, é extremamente conflitante e preocupante. Senão vejamos:
Como comprador, o Governo, nas três esferas, abarcando todo seu aparato público-estatal (máquina e empresas), é hoje responsável por mais de 20% de todas as compras de TI no país, envolvendo hardware, software e serviços.
Em 2005, nosso mercado alcançou perto de 20,6 bilhõesde dólares, com o Governo respondendo por 22% deste total. Em 2006, ano de reeleição e de torneiras abertas, sendo TI setor-estrela no radar do Governo, a estimativa é de 23,3 bilhões de dólares (valores em apuração pela E-Consulting), com o Governo atingindo perto de 25% de todo esse montante. Isso significa que um quarto de todas as compras e investimentos em TI no país deverá ser feito pelo poder público e este fato, por si só, já é digno de sinal amarelo.
Com essa capacidade de compras e investimentos, o Governo acaba operando como agente norteador do caminho tecnológico que o mercado e seus players devem adotar, tanto em termos de tecnologias e padrões, como em termos de metodologias e modelos.
Em outras palavras, se o Governo preferir software livre e ameaçar colocar como regra-padrão em seus editais somente a contratação de empresas que trabalhem com essa plataforma, estará direcionando o mercado a produzir mais códigos, mais produtos e serviços neste padrão.
O cenário é, no mínimo, perigoso pois um Governo assim relevante pode se mal entender e utilizar seu poder de compra e indução, centralizar o mercado em algumas poucas tecnologias e alguns poucos fornecedores, risco este que vivenciamos nos últimos três anos com a posição irascível da Casa Civil em defesa cega do software livre...(continua em http://idgnow.uol.com.br/computacao_cor ... 5481326516)
Risco da adoção unilateral em Software Livre
Risco da adoção unilateral em Software Livre
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- CuritibaCetica
- Mensagens: 108
- Registrado em: 08 Set 2006, 01:04
- Contato:
Re.: Risco da adoção unilateral em Software Livre
Apesar da brilhante defesa que o autor faz da necessidade de apoiar a indústria de software nacional, ele não apresenta nenhum argumento que estabeleça o conflito entre a preferência pela adoção de software livre nas instituições estatais com o estímulo à produção e exportação de software nacional.
A responsabilidade pelo modelo de negócios em torno tanto do software livre quanto do software proprietário é das empresas que os produzem, não do governo. Cabe sim ao governo, como qualquer instituição, orientar a aquisição dos serviços conforme suas necessidades e expectativas.
Está na hora de acabar com a confusão de que software livre é o mesmo que software grátis. Proprietário ou livre, toda empresa que fornece esse serviço precisa de uma estratégia de oferta e de um planejamento econômico de suas atividades. Isso independe da natureza intrínseca do software, mas dos serviços advindos dele.
Uma coisa que muitos leitores desses artigos esquece é que, para as empresas que dependem de TI para gerirem seus negócios, não basta adquirir os programas, computadores e mainframes. O mais importante é o contrato de suporte estabelecido com alguma empresa especializada em TI. O suporte é que garante o uso adequado e as adaptações necessárias para atender as necessidades do cliente. Sem esse suporte, a aquisição dos programas e equipamentos se torna inútil e sem sentido.
A responsabilidade pelo modelo de negócios em torno tanto do software livre quanto do software proprietário é das empresas que os produzem, não do governo. Cabe sim ao governo, como qualquer instituição, orientar a aquisição dos serviços conforme suas necessidades e expectativas.
Está na hora de acabar com a confusão de que software livre é o mesmo que software grátis. Proprietário ou livre, toda empresa que fornece esse serviço precisa de uma estratégia de oferta e de um planejamento econômico de suas atividades. Isso independe da natureza intrínseca do software, mas dos serviços advindos dele.
Uma coisa que muitos leitores desses artigos esquece é que, para as empresas que dependem de TI para gerirem seus negócios, não basta adquirir os programas, computadores e mainframes. O mais importante é o contrato de suporte estabelecido com alguma empresa especializada em TI. O suporte é que garante o uso adequado e as adaptações necessárias para atender as necessidades do cliente. Sem esse suporte, a aquisição dos programas e equipamentos se torna inútil e sem sentido.
Grupo Curitiba Cética:
curitibacetica@yahoogroups.com
http://groups.yahoo.com/group/curitibacetica
Chat no Religião é Veneno:
http://gabbly.com/rv.cnt.br
curitibacetica@yahoogroups.com
http://groups.yahoo.com/group/curitibacetica

Chat no Religião é Veneno:
http://gabbly.com/rv.cnt.br