Qual e mais faciu de acreditar?

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Najma
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:Um excerto:

"Tu que és eu mesmo, além de tudo meu;
Sem natureza, inominado, ateu;
Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol;
Tu que és o segredo e o coração do Sol;
Tu que és a escondida fonte do universo;
Tu solitário, real fogo no bastão imerso;
Sempre abrasando; tu que és a só semente;
De liberdade, vida, amor e luz eternamente;
Tu, além da visão e da palavra;
Tu eu invoco; e assim meu fogo lavra!
Tu eu invoco, minha vida, meu farol,
Tu que és o segredo e o coração do Sol
E aquele arcano dos arcanos santo
Do qual eu sou veículo e sou manto
Demonstra teu terrível, doce brilho:
Aparece, como é lei, neste teu filho!"


Quem está sendo invocado? :emoticon1:


Parece uma invocação de um "Eu" místico. Ainda que "esse eu aqui" não perceba a existência disso. Só consigo enxergar um aglomerado de condicionantes genéticas e externas.


Acaba sendo externo... porque pessoas repetem as palavras sem entender o que estão dizendo, ou invocando. O pai-nosso diz basicamente a mesma coisa. E outros mantras também. E os louvores a Alá, o inominável. Mas sem a interpretação e intenção corretas, são só palavras e fazem o mesmo efeito que as palavras repetidas por um papagaio.

No caso dos evangélicos pentecostais, dos fanáticos da RCC, dos fanáticos de todas as religiões, o simulacro irrita porque, ainda por cima, é repetido entre gritos de histeria, ataques e explosões...
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Najma
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:É mais faciu acreditar que o religare é isso. Tanto quem crê, quanto quem não crê... :emoticon116:


Sei não...
Acho que é sempre mais fácil (e mais confortável) ACREDITAR...
O "não crer" é sempre desconfortável pelas sensações de solidão e finitude que traz junto...


U-hum... :emoticon1: O ACREDITAR não se aplica ao que você disse?

Ateu Timido escreveu:Religião é culto a seres sobrenaturais. Nasceu para apaziguar os medos das forças naturais e até hoje não passa disso. A "religiosidade" nasceu quando alguém criou um ser imaginário para explicar uma força ameaçadora da natureza. E a "religião" organizada nasceu quando algum esperto convenceu seus vizinhos de que podia servir de intermediário entre eles e a "divindade" em troca de uma módica parcela da caça e da coleta. E os amedrontou, com as conseqüências terríveis de uma recusa.
Do totemismo mais primitivo ao "new age" mais "incrementado é a mesma coisa. Inclusive quanto ao budismo, por mais que os "macumbeiros intelectuais" tentem chamar de metáfora os deuses em que 90% dos budistas acreditam...


Você não acredita no que pensa que as religiões são?
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ateu Tímido »

Najma escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:É mais faciu acreditar que o religare é isso. Tanto quem crê, quanto quem não crê... :emoticon116:


Sei não...
Acho que é sempre mais fácil (e mais confortável) ACREDITAR...
O "não crer" é sempre desconfortável pelas sensações de solidão e finitude que traz junto...


U-hum... :emoticon1: O ACREDITAR não se aplica ao que você disse?

Ateu Timido escreveu:Religião é culto a seres sobrenaturais. Nasceu para apaziguar os medos das forças naturais e até hoje não passa disso. A "religiosidade" nasceu quando alguém criou um ser imaginário para explicar uma força ameaçadora da natureza. E a "religião" organizada nasceu quando algum esperto convenceu seus vizinhos de que podia servir de intermediário entre eles e a "divindade" em troca de uma módica parcela da caça e da coleta. E os amedrontou, com as conseqüências terríveis de uma recusa.
Do totemismo mais primitivo ao "new age" mais "incrementado é a mesma coisa. Inclusive quanto ao budismo, por mais que os "macumbeiros intelectuais" tentem chamar de metáfora os deuses em que 90% dos budistas acreditam...


Você não acredita no que pensa que as religiões são?


Não!

Primeiro, que "conforto" poderia trazer esse "acreditar"?
Ele não me livra da finitude nem da solidão.
Segundo, "acreditar" é aceitar algo como válido ou verdadeiro sem provas ou, no mínimo, evidências. Acho que o estudo histórico e sociológico das religiões aponta nesse sentido.

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:É mais faciu acreditar que o religare é isso. Tanto quem crê, quanto quem não crê... :emoticon116:


Sei não...
Acho que é sempre mais fácil (e mais confortável) ACREDITAR...
O "não crer" é sempre desconfortável pelas sensações de solidão e finitude que traz junto...


U-hum... :emoticon1: O ACREDITAR não se aplica ao que você disse?

Ateu Timido escreveu:Religião é culto a seres sobrenaturais. Nasceu para apaziguar os medos das forças naturais e até hoje não passa disso. A "religiosidade" nasceu quando alguém criou um ser imaginário para explicar uma força ameaçadora da natureza. E a "religião" organizada nasceu quando algum esperto convenceu seus vizinhos de que podia servir de intermediário entre eles e a "divindade" em troca de uma módica parcela da caça e da coleta. E os amedrontou, com as conseqüências terríveis de uma recusa.
Do totemismo mais primitivo ao "new age" mais "incrementado é a mesma coisa. Inclusive quanto ao budismo, por mais que os "macumbeiros intelectuais" tentem chamar de metáfora os deuses em que 90% dos budistas acreditam...


Você não acredita no que pensa que as religiões são?


Não!

Primeiro, que "conforto" poderia trazer esse "acreditar"?
Ele não me livra da finitude nem da solidão.
Segundo, "acreditar" é aceitar algo como válido ou verdadeiro sem provas ou, no mínimo, evidências. Acho que o estudo histórico e sociológico das religiões aponta nesse sentido.




Você definiu religião segundo o que você concebe por religião. A pergunta é: você acredita na sua definição de religião? Acredita que está certo pensando isso sobre religião? :emoticon1:
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Ateu Tímido
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Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ateu Tímido »

Para saber que eu tenho um pé, eu não preciso "acreditar". Posso estar convencido disso por evdência física. Para estar convencido do que eu disse sobre religião, também não tenho necessidade de acreditar. Eu, ou qualquer um, pode ou não se convencer disso pelas evidências e indícios que mencionei. :emoticon4:

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Usuário deletado escreveu:A pessoa medita e alcança o tal "estado de iluminação", ao atingir isso esse estado permanece no indivíduo ou fica apenas durante o momento do ato?

A iluminação é muito provavelmente definitiva, não sei ao certo se SEMPRE permanece com a pessoa após a morte.
Eu sei o seguinte:
Ao meditar, vamos controlando a mente de forma que passamos por outros estados de consciência (inclusive o sono REM). Essa mudança de estados pode resultar em diversas "sensações".

Nesse ponto as drogas são mais interessantes, pois essas sensações da meditação, acabam quando paramos de meditar. (não duram muito e, são difíceis de se conseguir).

O objetivo é controlar a mente, podemos atingir estados de controle mental muito forçado, onde chegamos proximos a iluminação, mas perdemos o controle.
Quem atinge a iluminação, controla completamente a mente e, isso não se perde durante a vida.
Aprendeu a controlar, não perde mais o controle. Pode inclusive sonhar a hora que quiser, não sente dor se não desejar e pode sentir o que quiser (está tudo na mente). Fora um monte de outras coisas.

Eu só não sei se isso pode se perder após a morte...
Usuário deletado escreveu:Se não permanece, que diferença faz? Eu preferiria beber do que meditar, ambos os atos modificariam minha percepção por um tempo.

A diferença está no tipo de "modificação" da percepção.
Com qualquer tipo de droga, não temos controle. (podemos ficar irritados, com medo, entediados, tristes, sofrer, etc...)
Com a iluminação, não sentimos as coisas ruins (se não quisermos) e, sentimos outras coisas boas, inclusive sentimentos que nem conhecemos.

Fora isso, estamos falando de um estado onde ficamos MUITO mais lúcidos (o que não ocorre com as drogas).
A diferencia é semelhante a de estar MUITO bêbado e totalmente sóbrio. É como se agora estivéssemos muito bêbados.

Isso é só o que eu sei sobre esse estado, o que eu já experimentei pessoalmente durante algum tempo. Segundo a religião, vai muito além disso.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Najma
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Ateu Tímido escreveu:Para saber que eu tenho um pé, eu não preciso "acreditar". Posso estar convencido disso por evdência física. Para estar convencido do que eu disse sobre religião, também não tenho necessidade de acreditar. Eu, ou qualquer um, pode ou não se convencer disso pelas evidências e indícios que mencionei. :emoticon4:


Hum... :emoticon1:

Não acreditamos na ciência porque existe o método científico e se aceitarmos o que um cientista afirma depois de ter feito uso do método, estaremos de acordo com o que ele concluiu após a aplicação do mesmo. Vale ressaltar que quando o cientista emprega o método de forma errada para validar seus resultados, dizemos que suas conclusões definem uma pseudo-ciência, não é? :emoticon1:

Pois bem... existe um método para religião, ou para o sujeito conseguir o tal do religare. E esse método só funciona se interpretado e colocado em prática corretamente, ou não estamos falando de religião mas de outra coisa, uma pseudo-religião feita de tótens e demais manifestações externas.

Pergunta pertinente: o que você diria de alguém que afirma que a astrologia funciona com base no que um PhD qualquer concluiu a partir do uso do método científico de forma errônea? Trata-se de um crédulo? :emoticon1:
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NadaSei
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Apocaliptica escreveu:Eu gosto de ver como o TudoSei pensa realmente que sabe tudo...sem se importar com toda a experiência e vivências das outras pessoas. Ninguém aqui estudou mais do que ele, nem se aprofundou mais do que ele, nem compreende mais do que ele, nem se drogou mais do ele!Santa inocência...


:emoticon266: :emoticon266: :emoticon266:

Sinto muito, mas isso é um fato. Já conheci gente com conhecimento maior que o meu sobre o assunto, bem como já conheci ateus que realmente sabiam sobre o que a religião fala e, até entendiam do assunto.
Só que isso é raro mesmo, a falta de conhecimento sobre religião é bastante generalizada entre ateus e teístas.

A maioria dos teístas nunca leu a biblia, o mesmo pode ser dito de grande parte dos ateus. Os poucos que já leram a bíblia, a interpretam de uma forma enganada.
Enganada devido a bíblia ser confusa mesmo, bem como por pré-conceitos sobre o assunto, sem uma base melhor sobre o tema, fica difícil entender uma lógica que não usa uma linguagem própria para esse tipo de analise racional.

Os ateus que conheci que entendiam mais de religião, conheciam outras religiões, normalmente orientais. Um deles inclusive já tinha praticado meditação por algum tempo e, continuava praticando eventualmente.

Desculpe, mas mesmo os que só conhecem a bíblia, são como alguém que discute filosofia após ter lido apenas "A queda" de Albert Camus.
É muito pouco, tem no mínimo que conhecer certos conceitos, saber que existem diferença entre empiristas e existencialistas, etc...
Com a religião isso é um pouco pior, pois tem que praticar um pouco para entender melhor do assunto.
É possível entender um pouco do que é dito sem praticar, mas isso tende a confundir certas coisas, como achar que os ensinamentos são de teor "moral".
E sem praticar, não se verifica o que é dito, fica apenas no campo do questionamento.
SickBoy escreveu:aham, todos os ateus e cristãos estão errados por não se adequarem ao seu conceito de religião.


não sei quantas vezes já falaram isso para você aqui, mas tu é um megalomaniaco completamente maluco

Não, tem muita gente que estuda o assunto e concorda comigo.
Inclusive é isso que Krishna, Buda e outros grandes nomes ensinam, assim como muitos estudiosos comuns (não iluminados) do assunto percebem isso, assim como eu.

Agora se é pra apelar pra multidão... então lá vai:
Quer dizer que o BIG-BANG não ocorreu quando dois meteoros se colidiram de frente? (e não pelos lados, hehehe)
A ciência não diz que podemos fazer tudo que quisermos de errado?
Vocês estão tirando sarro do cara porque?
Só a interpretação de vocês está certa?

aham, todos os crentes estão errados por não se adequarem ao seu conceito de ciência?

Não sei quantas vezes já perguntaram isso para você aqui, mas tu é acha que isso é megalomania? :emoticon10:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ateu Tímido »

Najma escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Para saber que eu tenho um pé, eu não preciso "acreditar". Posso estar convencido disso por evdência física. Para estar convencido do que eu disse sobre religião, também não tenho necessidade de acreditar. Eu, ou qualquer um, pode ou não se convencer disso pelas evidências e indícios que mencionei. :emoticon4:


Hum... :emoticon1:

Não acreditamos na ciência porque existe o método científico e se aceitarmos o que um cientista afirma depois de ter feito uso do método, estaremos de acordo com o que ele concluiu após a aplicação do mesmo. Vale ressaltar que quando o cientista emprega o método de forma errada para validar seus resultados, dizemos que suas conclusões definem uma pseudo-ciência, não é? :emoticon1:

Pois bem... existe um método para religião, ou para o sujeito conseguir o tal do religare. E esse método só funciona se interpretado e colocado em prática corretamente, ou não estamos falando de religião mas de outra coisa, uma pseudo-religião feita de tótens e demais manifestações externas.

Pergunta pertinente: o que você diria de alguém que afirma que a astrologia funciona com base no que um PhD qualquer concluiu a partir do uso do método científico de forma errônea? Trata-se de um crédulo? :emoticon1:


Não vamos misturar as coisas...
Religião, eu defino como CRENÇA, "fé". Logo não tem método algum. É só a transformação do medo em adoração. Nem acho que possa existir o tal "religare", seja isso o que for... :emoticon131:
Quanto à ciência, não dá pra confundir a produção do conhecimento científico com o processo de difusão da informação desse conhecimento. Quando eu aceito uma descoberta como verdadeira, mesmo não tendo acesso a todos os detalhes do processo, estou partindo do pressuposto de que o método foi seguido. Caso se venha a descobrir que não foi, está invalidada. No caso da astrologia, o dia que alguuém, PhD ou não, apresentar uma pesquisa científica válida comprovando a sua eficácia, essa pesquisa puder ser reproduzida n vezes e o conhecimento disso passar ao domínio comum da ciência, só me caberá aceitar, sem favor. Se for por "uso errôneo" do método, então a pesquisa não tem validade. Não é a "autoridade" que vai me convencer.

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:Religião é culto a seres sobrenaturais. Nasceu para apaziguar os medos das forças naturais e até hoje não passa disso.

Desculpe mas isso não condiz com os fatos.
Saber que Deus existe e permite todo esse sofrimento, saber que a vida é eterna e que estamos em um inferno, não alivia nenhum medo.
Principalmente quando algumas religiões, dizem que essa ilusão do mundo é criação do próprio.
Questionar o livre-arbítrio, a morte, as doenças, os estupros, nossos governates, etc... sabendo que existe um Deus cuidando disso tudo... não traz paz alguma, mas sim medo e confusão.

Como dizem os ateus, ou Deus existe, ou não tem desculpa.
Infelizmente o caso, é o segundo.
Ateu Tímido escreveu:A "religiosidade" nasceu quando alguém criou um ser imaginário para explicar uma força ameaçadora da natureza. E a "religião" organizada nasceu quando algum esperto convenceu seus vizinhos de que podia servir de intermediário entre eles e a "divindade" em troca de uma módica parcela da caça e da coleta. E os amedrontou, com as conseqüências terríveis de uma recusa.
Do totemismo mais primitivo ao "new age" mais "incrementado é a mesma coisa. Inclusive quanto ao budismo, por mais que os "macumbeiros intelectuais" tentem chamar de metáfora os deuses em que 90% dos budistas acreditam... :emoticon131:

Isso é a sua crença sobre o assunto.
Crença mau informada, inclusive.
O que você conhece de Budismo?
O Budismo original nada falava sobre Deus e, até hoje, uma das maiores correntes budistas permanece agnóstica e nada ensina sobre um Deus.

Sua idéia mais uma vez não condiz com os fatos, visto contradiz o que as religiões falam sobre o tema Deus/homem.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Para saber que eu tenho um pé, eu não preciso "acreditar". Posso estar convencido disso por evdência física. Para estar convencido do que eu disse sobre religião, também não tenho necessidade de acreditar. Eu, ou qualquer um, pode ou não se convencer disso pelas evidências e indícios que mencionei. :emoticon4:


Hum... :emoticon1:

Não acreditamos na ciência porque existe o método científico e se aceitarmos o que um cientista afirma depois de ter feito uso do método, estaremos de acordo com o que ele concluiu após a aplicação do mesmo. Vale ressaltar que quando o cientista emprega o método de forma errada para validar seus resultados, dizemos que suas conclusões definem uma pseudo-ciência, não é? :emoticon1:

Pois bem... existe um método para religião, ou para o sujeito conseguir o tal do religare. E esse método só funciona se interpretado e colocado em prática corretamente, ou não estamos falando de religião mas de outra coisa, uma pseudo-religião feita de tótens e demais manifestações externas.

Pergunta pertinente: o que você diria de alguém que afirma que a astrologia funciona com base no que um PhD qualquer concluiu a partir do uso do método científico de forma errônea? Trata-se de um crédulo? :emoticon1:


Não vamos misturar as coisas...
Religião, eu defino como CRENÇA, "fé". Logo não tem método algum. É só a transformação do medo em adoração. Nem acho que possa existir o tal "religare", seja isso o que for... :emoticon131:
Quanto à ciência, não dá pra confundir a produção do conhecimento científico com o processo de difusão da informação desse conhecimento. Quando eu aceito uma descoberta como verdadeira, mesmo não tendo acesso a todos os detalhes do processo, estou partindo do pressuposto de que o método foi seguido. Caso se venha a descobrir que não foi, está invalidada. No caso da astrologia, o dia que alguuém, PhD ou não, apresentar uma pesquisa científica válida comprovando a sua eficácia, essa pesquisa puder ser reproduzida n vezes e o conhecimento disso passar ao domínio comum da ciência, só me caberá aceitar, sem favor. Se for por "uso errôneo" do método, então a pesquisa não tem validade. Não é a "autoridade" que vai me convencer.


Bem... se você não aceita que religião tem método, não tem como discutir o assunto. :emoticon1:

Beijos
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Mensagem por Ateu Tímido »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Religião é culto a seres sobrenaturais. Nasceu para apaziguar os medos das forças naturais e até hoje não passa disso.

Desculpe mas isso não condiz com os fatos.
Saber que Deus existe e permite todo esse sofrimento, saber que a vida é eterna e que estamos em um inferno, não alivia nenhum medo.
Principalmente quando algumas religiões, dizem que essa ilusão do mundo é criação do próprio.
Questionar o livre-arbítrio, a morte, as doenças, os estupros, nossos governates, etc... sabendo que existe um Deus cuidando disso tudo... não traz paz alguma, mas sim medo e confusão.

Como dizem os ateus, ou Deus existe, ou não tem desculpa.
Infelizmente o caso, é o segundo.
Ateu Tímido escreveu:A "religiosidade" nasceu quando alguém criou um ser imaginário para explicar uma força ameaçadora da natureza. E a "religião" organizada nasceu quando algum esperto convenceu seus vizinhos de que podia servir de intermediário entre eles e a "divindade" em troca de uma módica parcela da caça e da coleta. E os amedrontou, com as conseqüências terríveis de uma recusa.
Do totemismo mais primitivo ao "new age" mais "incrementado é a mesma coisa. Inclusive quanto ao budismo, por mais que os "macumbeiros intelectuais" tentem chamar de metáfora os deuses em que 90% dos budistas acreditam... :emoticon131:

Isso é a sua crença sobre o assunto.
Crença mau informada, inclusive.
O que você conhece de Budismo?
O Budismo original nada falava sobre Deus e, até hoje, uma das maiores correntes budistas permanece agnóstica e nada ensina sobre um Deus.

Sua idéia mais uma vez não condiz com os fatos, visto contradiz o que as religiões falam sobre o tema Deus/homem.


Quando você aprender a quotar corretamente, talvez eu me anime a ler, mesmo que você só debata desqualificando o oponente.
Por enquanto, fica uma indicação para o "Troféui Deise Garcia" deste ano...
:emoticon131:

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:Para saber que eu tenho um pé, eu não preciso "acreditar". Posso estar convencido disso por evdência física. Para estar convencido do que eu disse sobre religião, também não tenho necessidade de acreditar. Eu, ou qualquer um, pode ou não se convencer disso pelas evidências e indícios que mencionei. :emoticon4:

Ou seja, você chegou a essa conclusão com base no conhecimento do que a historia e a sociologia tem do assunto... mas sem o conhecimento da religião em si.

História e sociologia, não estudam a religião, mas apenas a forma como a sociedade gira em torno dela. Isso é dito por um cientista social famoso, mas que não me recordo o nome.
É um grande estudioso da cultura indiana.

Isso é semelhante a estudar a ciência dessa forma.
Você entrevista as pessoas e, observa seu comportamento cultural com ela.
Fazer isso sem conhecer as ciências em si, não permite diferencias ciências como a biologia de outras como a parapsicologia, bem como não permite separar a teoria do BIG-BANG, do que pessoas como o crente dizem sobre ela. (dois meteoros se chocaram de frente).
A forma como muitos se relacionam com ela, também é muitas vezes crente e ritual. O medico é uma figura paterna, um sacerdote, os professores são os mestres.

Um olhar sociológico da ciência (sem informação sobre a própria), pode nos levar a conclusão de que ela é peneira social, pois as escolas onde elas são ensinadas, são hoje fronteiras entre as classes, onde os com estudo tem melhores oportunidades.

A forma como lidamos com a ciência, bem o que a maioria pensa sobre ela, não é a ciência em si.
O mesmo é verdadeiro quando falamos sobre religião.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:Quando você aprender a quotar corretamente, talvez eu me anime a ler, mesmo que você só debata desqualificando o oponente.
Por enquanto, fica uma indicação para o "Troféui Deise Garcia" deste ano...
:emoticon131:

Desculpe, mas meu quote está perfeito, sem erro algum. Só não mantive a cor e foi por não querer mesmo e, "cor" não é "quote".

Depois, eu não te "desqualifiquei", apenas vi uma declaração enganada sobre o assunto e, apontei a causa.
É um erro alguém que não sabe nem que grande parte do budismo não fala sobre Deus, acusar pessoas de serem "macumbeiros intelectuais" (pessoas como Arthur schopenhauer) como você fez. Isso sim é desqualificar, e pior que é faze-lo sem argumentar.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Najma escreveu:Bem... se você não aceita que religião tem método, não tem como discutir o assunto. :emoticon1:
Beijos

Essa é uma atitude comum.
Muitos ateus são muito apegados as suas crenças sobre religião, crenças que muitas vezes são criadas sem informação real sobre o assunto.
A maioria nem ao menos sabe que algumas religiões ensinam o ceticismo e, que a maioria possui um método.

Dizer que esse método permite a verificação do que é dito então... é quase uma heresia dizer isso, na frente dos crentes de que a religião é fantasia mística e não possui nada de real. :emoticon11:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ateu Tímido »

Sabetudo,

Embora seja característica dos megalomaníacos achar que as coisas só acontecem com a sua presença, a questão dos deuses no budismo já foi discutida pelo menos umas 5 vezes antes da sua chegada ao fórum. E eu só falo nos pouco menos de 3 anos em que estou por aqui... :emoticon131:

Só eu, digo isso faz tempo:


https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=126448#126448

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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:Sabetudo,

Embora seja característica dos megalomaníacos achar que as coisas só acontecem com a sua presença, a questão dos deuses no budismo já foi discutida pelo menos umas 5 vezes antes da sua chegada ao fórum. E eu só falo nos pouco menos de 3 anos em que estou por aqui... :emoticon131:

Só eu, digo isso faz tempo:


https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=126448#126448
Aqui no ocidente, o budismo é religião de meia dúzia de pessoas "intelectualizadas e chiques"...
Então é fácil divulgar a sofisticação da "religião ateísta".
Na Índia, no Tibet e em outros países onde existe uma massa popular de budistas ignorantes e supersticiosos, como são os seguidores das releigiões de massas em geral, eles cultuam deuses, deusas, espíritos desencarnads e reencarnados.
Da forma como se apresenta onde realmente EXISTE, o budismo talvez possa ser comparado ao espiritismo. Só que um espiritismo politeísta e sem o ranço positivista do Karduco...

No Budismo existem muitas seitas, algumas teístas outras ateistas é só isso que você não entende.
Depois, errou ao definir as teístas como "politeístas".
O Budismo surgiu como uma seita hinduista e, o hinduísmo não é politeísta, assim como as principais seitas budistas teistas também não são, estão mais para o que se poderia chamar de panenteistas.

Nas seitas teístas, se apegam na idéia de que Deus está em tudo e todos, bem como é tudo e todos. Algumas seitas chegam a citar cada Buda existente como um Deus. (por isso alguns pensam ser o Budismo panteísta, o que é diferente de ser panenteista).
Nas seitas ateístas, eles se apegam na idéia de que Deus sendo tudo, inclusive nós, não tem o porque se falar nesse "conceito" Deus, pois após a iluminação, Deus desaparece e tudo o que resta é a própria pessoa que é "una" com todo o universo.

Uma característica megalomaníaca, é não argumentar e achar que os outros são obrigados a adivinhar o porque estão afirmando algo incorreto, bem como achar que não podem ser refutados.

O que você não entendeu, foi o que o Budismo fala de Deus e o porque muitas seitas se dizem ateistas.
Depois, você está confundindo a superstição da "massa ignorante" (como você diz), com o Budismo e, sem saber o que eles dizem sobre o assunto.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ayyavazhi »


Cutucando onça com vara curta – já que muitos falaram em mantra e meditação.

Seria interessante começar por dizer que o emprego de palavras sagradas não é fundamental (embora preferível) para que um mantra “funcione”. O mantra tem por objetivo liberar (libertar) a mente e qualquer processo/meio que tiver o poder de provocar uma ruptura na estrutura lógica da mente, fará o mesmo efeito.

Quando eu era criança, gostava de brincar repetindo inúmeras vezes a palavra caju, alguém já fez isso? Depois de um tempo a gente está falando “juca, juca, juca”. É um bobagem, uma brincadeira de criança, mas não muito diferente de um mantra.

A mente não aceita essa repetição interminável de uma frase ou palavra. É absurdo, não faz sentido, opõe-se ao princípio lógico. Quem fizer isso por um dia inteiro conseguirá, no máximo, uma tremenda dor de cabeça. Mas a constância, a persistência, enfraquece essa poderosa estrutura e o praticante, em dado momento, consegue sua liberdade. Liberdade esta que atende, também, pelo nome de iluminação ou despertar, ao gosto de cada um.

A meditação é um processo muito superior, dificilmente alcançável pelo homem comum. De acordo com os modismos ocidentais, qualquer pessoa sentada de olhos fechados está “meditando”. Tentam vulgarizar o que não pode ser vulgarizado. Antes que o previsível se confirme, aviso que nunca atinge o estado de meditação, posto que não sou mais do que um homem comum.

Não entendo nada de ervas (e prefiro continuar não entendendo), mas acredito que através de suas propriedades alucinógenas – ou coisa que o valha – o candidato a místico busque o mesmo resultado. Mais do que reservas, tenho dúvidas quanto à eficiência desse processo, apostando mais que troca-se uma ilusão por outra.

Claro que essa não é toda a resposta - e nem a melhor - e creio que, para um fórum cético, já falei demais. A quem interessar possa, aí está.


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Ateu Tímido
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ateu Tímido »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Sabetudo,

Embora seja característica dos megalomaníacos achar que as coisas só acontecem com a sua presença, a questão dos deuses no budismo já foi discutida pelo menos umas 5 vezes antes da sua chegada ao fórum. E eu só falo nos pouco menos de 3 anos em que estou por aqui... :emoticon131:

Só eu, digo isso faz tempo:


https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=126448#126448
Aqui no ocidente, o budismo é religião de meia dúzia de pessoas "intelectualizadas e chiques"...
Então é fácil divulgar a sofisticação da "religião ateísta".
Na Índia, no Tibet e em outros países onde existe uma massa popular de budistas ignorantes e supersticiosos, como são os seguidores das releigiões de massas em geral, eles cultuam deuses, deusas, espíritos desencarnads e reencarnados.
Da forma como se apresenta onde realmente EXISTE, o budismo talvez possa ser comparado ao espiritismo. Só que um espiritismo politeísta e sem o ranço positivista do Karduco...

No Budismo existem muitas seitas, algumas teístas outras ateistas é só isso que você não entende.
Depois, errou ao definir as teístas como "politeístas".
O Budismo surgiu como uma seita hinduista e, o hinduísmo não é politeísta, assim como as principais seitas budistas teistas também não são, estão mais para o que se poderia chamar de panenteistas.

Nas seitas teístas, se apegam na idéia de que Deus está em tudo e todos, bem como é tudo e todos. Algumas seitas chegam a citar cada Buda existente como um Deus. (por isso alguns pensam ser o Budismo panteísta, o que é diferente de ser panenteista).
Nas seitas ateístas, eles se apegam na idéia de que Deus sendo tudo, inclusive nós, não tem o porque se falar nesse "conceito" Deus, pois após a iluminação, Deus desaparece e tudo o que resta é a própria pessoa que é "una" com todo o universo.

Uma característica megalomaníaca, é não argumentar e achar que os outros são obrigados a adivinhar o porque estão afirmando algo incorreto, bem como achar que não podem ser refutados.

O que você não entendeu, foi o que o Budismo fala de Deus e o porque muitas seitas se dizem ateistas.
Depois, você está confundindo a superstição da "massa ignorante" (como você diz), com o Budismo e, sem saber o que eles dizem sobre o assunto.


Sabetudo,

Não falei se sei ou não sei dessas seitas todas do budismo...
Como disse, isso já foi exaustivmente debatido aqui. O que nenhum budista consegue refutar é que o budismo, onde realmente existe como religião, não como hobby, é politeísta e reencarnacionista. E obrigado, eu nem tinha me lembrado daqueles que acham que buda é deus. Mais um pouquinho para você:


https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=199706#199706

https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=162954#162954

https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=128936#128936

https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=129077#129077

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Najma
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Najma »

Avatar escreveu:
Cutucando onça com vara curta – já que muitos falaram em mantra e meditação.

Seria interessante começar por dizer que o emprego de palavras sagradas não é fundamental (embora preferível) para que um mantra “funcione”. O mantra tem por objetivo liberar (libertar) a mente e qualquer processo/meio que tiver o poder de provocar uma ruptura na estrutura lógica da mente, fará o mesmo efeito.

Quando eu era criança, gostava de brincar repetindo inúmeras vezes a palavra caju, alguém já fez isso? Depois de um tempo a gente está falando “juca, juca, juca”. É um bobagem, uma brincadeira de criança, mas não muito diferente de um mantra.

A mente não aceita essa repetição interminável de uma frase ou palavra. É absurdo, não faz sentido, opõe-se ao princípio lógico. Quem fizer isso por um dia inteiro conseguirá, no máximo, uma tremenda dor de cabeça. Mas a constância, a persistência, enfraquece essa poderosa estrutura e o praticante, em dado momento, consegue sua liberdade. Liberdade esta que atende, também, pelo nome de iluminação ou despertar, ao gosto de cada um.

A meditação é um processo muito superior, dificilmente alcançável pelo homem comum. De acordo com os modismos ocidentais, qualquer pessoa sentada de olhos fechados está “meditando”. Tentam vulgarizar o que não pode ser vulgarizado. Antes que o previsível se confirme, aviso que nunca atinge o estado de meditação, posto que não sou mais do que um homem comum.

Não entendo nada de ervas (e prefiro continuar não entendendo), mas acredito que através de suas propriedades alucinógenas – ou coisa que o valha – o candidato a místico busque o mesmo resultado. Mais do que reservas, tenho dúvidas quanto à eficiência desse processo, apostando mais que troca-se uma ilusão por outra.

Claro que essa não é toda a resposta - e nem a melhor - e creio que, para um fórum cético, já falei demais. A quem interessar possa, aí está.



Perfeito! :emoticon1:
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NadaSei
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:Sabetudo,

Não falei se sei ou não sei dessas seitas todas do budismo...
Como disse, isso já foi exaustivmente debatido aqui. O que nenhum budista consegue refutar é que o budismo, onde realmente existe como religião, não como hobby, é politeísta e reencarnacionista.

Desculpe, mas continua enganado.
Ele é panenteísta ou ateísta e fala sobre o renascimento, não reencarnação (conceito bem diferente).
O renascimento X reencarnação também já foi bastante debatido aqui: http://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=9918&h ... nascimento
Ateu Tímido escreveu: E obrigado, eu nem tinha me lembrado daqueles que acham que buda é deus. Mais um pouquinho para você:

Quanto ao Budismo e onde ele existe, ter conceitos como Buda é Deus, isso é porque como em toda religião panenteísta, somos todos Deuses (como dizia Cristo) ou somos todos Budas (como dizia Buda).

A forma como as pessoas lidam com a religião, não transmite o que a religião diz ou ensina e, está ai sua confusão.
Se eu digo que sou Deus, assim como todos nós somos deuses, dai neguinho não entende e faz um altar pra mim e me faz oferendas (viva o Deus nadasei), isso não é culpa minha nem da minha religião, é apenas ignorância do povo.

Segundo sua lógica, onde existe ciência a massa burra acredita em coisas como o BIG-BANG ser o resultado de uma colisão frontal, entre dois asteróides que se auto criaram... Logo, a ciência é mais uma bobagem como qualquer outra coisa.


O tema Deus na religião, é um tanto "dispensável" devido ao que representa esse conceito "Deus" nas religiões.
Deus sendo tudo, inclusive nós, torna desnecessário para algumas seitas budistas discutir o assunto, que pode ser omitido. É por esse motivo que são ateístas.
O próprio Buda disse não saber sobre o assunto e, preferiu não dizer nada, se mantendo em uma posição agnóstica.

Onde o hinduísmo prefere falar sobre três conceitos distintos de Deus, (o pessoal, o impessoal e o interior) o budismo ateísta, se concentra apenas no deus interior, sem criar um "conceito" relativo para defini-lo.
Essa é uma posição claramente ateísta, pois não menciona nenhum Deus.

Quanto a crença em conceitos de "Deus", essa existe em toda parte mesmo, qual o problema?
Só que em seus tópicos não vi discussões, só vi afirmações agressivas e confusão de conceitos como confundir o renascimento com a reencarnação.

Estude e pratique o budismo seguindo textos de seitas budistas ateístas e, vai ver que praticamente nenhuma menção a Deus é feita.
Isso de fato, é ser uma religião sem Deus.

Não preciso ser budista pra refutar sua idéia.
Está ai sua explicação, a ignorância do povo e o que ele acredita, não é o Budismo, você está confundindo as duas coisas.
Depois, os países como Tibet e China, tem influencias de outras religiões que não apenas o budismo e, que falam claramente sobre Deus. (como o Taoísmo na China e a influencia do Bonismo no budismo tibetano)

Sem contar que algumas seitas budistas, são como igrejas, cheias de rituais e superstições mesmo. Seita e religião são coisas distintas.
Religião nenhuma se resume a uma seita particular, nem a visão de todas sobre a religião em si.
Uma seita é a interpretação organizada de uma religião, cheia de interesses políticos, rituais e superstições.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por NadaSei »

Avatar escreveu:Quando eu era criança, gostava de brincar repetindo inúmeras vezes a palavra caju, alguém já fez isso? Depois de um tempo a gente está falando “juca, juca, juca”. É um bobagem, uma brincadeira de criança, mas não muito diferente de um mantra.

Sim, teoricamente o mantra "merda, merda, merda..." funciona tão bem quanto o pai nosso.

Digo "teoricamente", porque nem todo mantra é igual, alguns levam em conta a "sonoridade" e essa, pode ajudar ou atrapalhar.
Talvez o mantra "Om", funcione melhor que o "merda" pela sua sonoridade.
Avatar escreveu:A meditação é um processo muito superior, dificilmente alcançável pelo homem comum.

O homem "comum" pode alcança-la normalmente.
O maior problema para atingir estados meditativos ou niveis profundos de meditação, está em desassocia-la dos outros ensinamentos práticos (como não mentir, cultivar bons pensamentos, eliminar vicios, etc).
Esses ensinamentos são parte integrante da meditação e, fazem parte de um mesmo esforço para adquirir conhecimento e controle sobre a mente.
Avatar escreveu:Mais do que reservas, tenho dúvidas quanto à eficiência desse processo, apostando mais que troca-se uma ilusão por outra.
[/b][/color]

Sim, esse era um medo e dúvida que eu também tinha.
Quando pela primeira vez se atinge um nível profundo disso por algum tempo, percebemos que a duvida era injustificada.

Só experimentando pra saber ao certo, antes disso, isso sempre vai parecer uma "possibilidade", mas uma que pode ser "verificada", ou melhor dizendo falseada e refutada.

Não se esqueça que qualquer "ilusão" que você tiver nesse estado, pode ser "questionada" e "refutada", você não tem que "acreditar" na experiência, assim como não tem que acreditar na realidade das coisas que vê após tomar um LSD. :emoticon12:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ayyavazhi »

NadaSei escreveu:Sim, teoricamente o mantra "merda, merda, merda..." funciona tão bem quanto o pai nosso.

Digo "teoricamente", porque nem todo mantra é igual, alguns levam em conta a "sonoridade" e essa, pode ajudar ou atrapalhar.
Talvez o mantra "Om", funcione melhor que o "merda" pela sua sonoridade.

Sim, sim. Indiscutível. Eu posso atravessar o oceano em um barco a remo ou em uma lancha ultramoderna. Em ambos os casos eu vou atingir a margem oposta. Como e quando, é outra história. Por isso eu disse “preferível”.
NadaSei escreveu:O homem "comum" pode alcança-la normalmente.
O maior problema para atingir estados meditativos ou niveis profundos de meditação, está em desassocia-la dos outros ensinamentos práticos (como não mentir, cultivar bons pensamentos, eliminar vicios, etc).
Esses ensinamentos são parte integrante da meditação e, fazem parte de um mesmo esforço para adquirir conhecimento e controle sobre a mente.

Bem, eu não vejo alguém que conseguiu eliminar vícios, cultivar bons pensamentos, não mentir, sem esquecer do etecétera, como um homem comum. O homem comum, como eu, está atolado no mundo, imerso em suas próprias fraquezas e limites. Não estou tentando dividir o ser humano em classes e hierarquizar essa divisão. Mas a dificuldade que TODOS temos em lidar com nosso maior inimigo é visível demais para ser ignorada. Mesmo assim, concordo que o estado de plena meditação possa ser atingido pelo homem comum, uma vez que difícil não é impossível. Sobre o assunto, deixemos que o Mestre fale:

[center]Você só será uma pessoa realmente livre quando conseguir descartar-se dos
maus hábitos. Você só será uma alma livre quando for um verdadeiro mestre
capaz de comandar a si mesmo a fazer as coisas que devem ser feitas, mesmo
sem querer fazer. Nessa força de auto-controle está a semente da liberdade eterna.[/center]

[center]Paramahansa Yogananda[/center]
NadaSei escreveu:
Sim, esse era um medo e dúvida que eu também tinha.
Quando pela primeira vez se atinge um nível profundo disso por algum tempo, percebemos que a duvida era injustificada.

Só experimentando pra saber ao certo, antes disso, isso sempre vai parecer uma "possibilidade", mas uma que pode ser "verificada", ou melhor dizendo falseada e refutada.

Não se esqueça que qualquer "ilusão" que você tiver nesse estado, pode ser "questionada" e "refutada", você não tem que "acreditar" na experiência, assim como não tem que acreditar na realidade das coisas que vê após tomar um LSD.

Esse é um terreno que desconheço completamente e não seria sensato fazer julgamentos. De um modo geral, procuro não ser intransigente e dou uma chance a tudo o que pareça uma possibilidade. Especificamente neste caso, tenho barreiras quase intransponíveis, e que exigiriam de mim tremendo esforço. Eu o faria, se houvesse necessidade. Essa necessidade não se justifica se confrontada com minha realidade. Já existe uma trilha aberta à minha frente e eu preciso apenas abandonar o marasmo que me mantém onde estou.

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videomaker
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por videomaker »

Led Zeppelin escreveu:
Apocaliptica escreveu:Faciu??? O que ser isto?


Parece nome de faculdade. :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



:emoticon266:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Qual e mais faciu de acreditar?

Mensagem por Ayyavazhi »

Najma escreveu:Perfeito! :emoticon1:


Quase!

Na mensagem original, onde se lê nunca atinge, leia-se nunca atingi. Nem vou corrigir porque o post já foi quotado com o erro. Onde está a Apocalíptica, numa hora dessas?

Ah, Lígia, ainda quero ter uma conversinha séria com você, sobre Yoga, qualquer dia desses.

Beijão, linda.


Trancado