Botanico escreveu:o anátema escreveu:Botanico escreveu:Sem querer ser chato, mas alguém aí explicou alguma coisa?
Explica em algo menos que as teorias espíritas clássicas? Não, explica tanto ou mais, apenas não é uma consciência flutuante de um falecido que é baixada e que se apodera do corpo duma pessoa, mas as memórias flutuantes de algum falecido apenas. (talvez não só dos falecidos)
Seu Ana-Thema, é o seguinte:
Pela teoria espírita, as memórias, gostos, idiossincrasias, preconceitos, afinidades, individualidade, etc e tal de um dado falecido FICAM TODAS REUNIDAS NUM ÚNICO PACOTE o qual chamamos espírito do tal falecido. E são exatamente essas coisas que observamos nos fenômenos de incorporação (que apesar do nome, não tem nada a ver com posse ou entrada de espírito num corpo).
O espírito A não sabe nada, ou sabe pouco, sobre o espírito B. Algo estranho de acontecer quando é o médium que fica caçando, ainda falta explicar como, memórias por aí.
Na teoria alternativa, gostos, idiossincrasias, preconceitos, afinidades, individualidade, contam como memórias sobreviventes, desprovidas de consciência.
Essas coisas seriam observadas nos fenômenos de incorporação, que talvez tenham mais a ver com algo mais literal do que o espiritismo tradicional supõe ser; ser meio como colocar um CD no drive e então o computador tem de fato essas memórias.
E apenas as memórias. O processamento existe apenas no CPU/cérebro, não flutuando por aí. Só as memórias flutuariam, tal como a consciência E as memórias flutuariam.
Daí o subconsciente, de maneira similar à que ocorre em sonhos, reconstruiria o falecido a partir dessas memórias recebidas. Ou essas memórias passariam gradualmente à mente consciente exaptando os mecanismos cerebrais que se tem para quando ouvimos pessoas, novamente, mais ou menos como nos sonhos também, o que seria talvez equivalente às situações em que supõem que o espírito está próximo a um médium falando coisas para ele.
As memórias talvez sejam "caçadas" quando os médiuns, consciente ou inconscientemente, se concentram numa pessoa ou conhecimentos específicos. Ou talvez a consciência dos vivos que conhecem a pessoa (ou não) exerçam alguma influência sobre a localização dos principais pacotes de memórias das pessoas. Isso poderia atrair as memórias da pessoa específica, talvez dentro dum raio determinado, talvez em qualquer lugar no universo (talvez elas sejam meio "onipresentes", apenas não acessadas pela maioria das pessoas, na maior parte do tempo). Ou pode ainda ser qualquer coisa que faça as coisas funcionarem aparentemente exatamente como se fosse o espiritismo tradicional, só que não sendo.
Rupert Sheldrake, cientista alternativo que acho que é respeitado pelo Vitor Moura, por exemplo, tem idéias similares à essas, no entanto ele concebe esses mecanismos principalmente como explicação para fenômenos culturais e transmissão de informações mentais entre seres vivos.