Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio Preto

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Jack Torrance
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Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio Preto

Mensagem por Jack Torrance »

Só uma curiosidade, o médico, Renan Marino, que desenvolveu o medicamento homeopático antidengue, foi meu médico homeopata quando eu tinha cerca de 4 anos. Segundo meus pais, a cada 15 dias minha garganta ficava inflamada, aí me levaram no médico homeopata e depois do tratamento fiquei durante anos sem ter uma só infecção e/ou inflamação. Minha mãe disse que o tratamento durou cerca de 1 ano.

O médico é professor da Famerp [Unicamp] (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP). E também é espírita. emoticon16

Departamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica:
http://www.famerp.br/departamentos/
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio P

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Editorial

A guerra da homeopatia
São José do Rio Preto, 29 de março de 2007

Estranho, muito estranho esse jeito que o Estado decidiu usar para questionar o tratamento homeopático antidengue adotado no município de Rio Preto. Estranha essa necessidade de agir à sorrelfa, como se estivesse numa missão de captura de criminosos. Estranha essa declaração de guerra quando poderia, de maneira diplomática, ter argumentado com as autoridades da saúde pública municipal sem esse ranço autoritário. Não sem razão, o secretário de Saúde de Rio Preto, Arnaldo Almendros, viu nessa ação uma ligeira semelhança com o fascismo liderado por Benito Mussolini na Itália. Muito embora - e é oportuno que se diga - a assessoria de imprensa do próprio secretário não fique muito atrás, pois é fato que tem contribuído para burocratizar ao máximo o acesso a informações da sua pasta, tentando impor, sem sucesso, entraves que podem prejudicar a prestação de serviços à população. Despotismo à parte, mais do que um direito, é uma obrigação do Estado agir caso tenha elementos irrefutáveis que comprovem irregularidade nos procedimentos relacionados a regras de manipulação, de manuseio ou qualquer outra.

Ao Estado, cabe a responsabilidade não apenas de averiguar, mas tomar todas as providências cabíveis, tanto operacionais quanto jurídicas, se for o caso. Sempre de maneira serena, necessariamente respaldada por fatos e dados. A população tem o sagrado direito de ser informada sem ser aterrorizada. Tem o direito de não ter dúvidas, especialmente quando envolve a saúde. Dúvidas como as que ainda pairam, por exemplo, a respeito dos casos de encefalite Saint Louis, virose rara diagnosticada por pesquisadores da Faculdade de Medicina e Enfermagem de Rio Preto (Famerp). O Estado contesta os métodos da Famerp e descarta a doença, enquanto a faculdade mantém a sua posição. Assim como nesse caso mal-resolvido da encefalite, é imperioso que o Estado e o município se entendam para apresentar à população toda a verdade em relação ao tratamento homeopático antidengue. Apenas a verdade, sem espetaculosidade. Sinceramente, isso não é pedir muito.

http://www.diarioweb.com.br/editorial/c ... icia=91314
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Complexo antidengue
Saúde desafia Estado e mantém homeopatia
São José do Rio Preto, 29 de março de 2007

Giseli Marchiote, Vívian Lima e Daniel Martins

Edvaldo Santos
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Secretaria de Saúde acionou a PM e registrou boletim de ocorrência

A Secretaria de Saúde de Rio Preto acionou ontem de manhã a Polícia Militar para impedir fiscais da Vigilância Sanitária do Estado de recolher frascos do complexo homeopático contra a dengue da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Americano. “Mandei chamar a polícia para registrar o que estava acontecendo”, afirma o secretário de Saúde de Rio Preto, Arnaldo Almendros de Mello. “Estão desconstruindo o trabalho contra a dengue feito nas UBSs e prejudicando a população de Rio Preto.” Assim que chegaram à UBS, fiscais encontraram um frasco de 100 mililitros do medicamento em um das salas da unidade. No local, pacientes com sintomas da dengue eram atendidos e recebiam a medicação. O recipiente foi lacrado e um auto de infração preenchido por fiscais, que se trancaram com a gerente da unidade na sala da direção.

Por mais de meia hora, duas viaturas da Polícia Militar permaneceram no local para registrar o boletim de ocorrência. Apesar do tumulto dentro da unidade de saúde e da interminável reunião que aconteceu na sala das psicólogas, o atendimento ao público não foi interrompido. Fiscais permaneceram durante toda a tarde na UBS discutindo medidas administrativas e punições à Secretaria Municipal de Saúde diante da existência de dois frascos do complexo homeopático com 100 mililitros cada e 30 recipientes com cinco mililitros que seriam distribuídos a pacientes com os sintomas da doença. Horas depois, representantes da Vigilância Sanitária lavraram termo de interdição, que impede a utilização e distribuição do remédio na UBS. “O medicamento vai permanecer na unidade de saúde, que passa a ser sua fiel depositária”, diz a diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Mara Lúcia Soler. “Caso a Secretaria descumpra a ordem, ela vai responder judicialmente por isso.”

Apesar de a Secretaria Estadual de Saúde informar ontem que o medicamento seria recolhidos das UBSs e enviado para análise no Instituto Adolfo Lutz em São Paulo, nenhuma amostra foi recolhida. “Não sei dizer se amostras do remédio serão enviadas para análise. Não posso afirmar isso”, diz Mara Lúcia. A equipe da Vigilância também esteve ontem na UBS Central. No local, nenhum frasco do medicamento foi encontrado. De acordo com a gerente do local, Célia Regina Correa, desde a última sexta-feira a UBS só fornece o complexo após apresentação de receita médica.

Guerra

Edvaldo Santos
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Funcionárias da Vigilância estiveram ontem em UBS para recolher complexo

A Secretaria Estadual de Saúde declarou anteontem guerra contra o complexo homeopático. Nota oficial distribuída pela pasta afirma que a Prefeitura de Rio Preto não tem seguido regras de manuseio e distribuição do medicamento. A Secretaria – diz a nota – verificou que o produto vem sendo oferecido à população indiscriminadamente, até mesmo sem receita médica e para pessoas que não estão com dengue. As normas brasileiras para produtos homeopáticos, definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proíbem que haja distribuição de uma mesma fórmula em larga escala, sem que o produto seja individualizado.Em 10 dias, 19.440 pessoas foram às UBSs em busca do complexo homeopático. Balanço da Secretaria de Saúde de Rio Preto mostra que 96,7% daqueles que receberam o medicamento não apresentavam sintomas da doença.

Município aciona Ministério Público

Edvaldo Santos
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Secretário de Saúde de Rio Preto vai processar o Estado

A Secretaria de Saúde de Rio Preto vai acionar o Ministério Público contra a interdição de fracos do complexo homeopático contra a dengue distribuídos na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Americano. “Vamos procurar o Ministério Público para impedir que essas ações irregulares continuem e prejudiquem a população de Rio Preto”, afirma o secretário municipal de Saúde, Arnaldo Almendros de Mello. A diretora da Vigilância Sanitária Estadual em Rio Preto, Mara Lúcia Soler, afirma que o município está distribuindo o medicamento à população de forma irregular. “Não questionamos a eficácia do complexo, mas a maneira como ele é disponibilizado”, diz Mara Lúcia. “Por ser homeopático, cada dose deve ser feita de acordo com a prescrição do médico. Ela não pode ser única para todos.”

Mello discorda da Secretaria Estadual e afirma que todos os pacientes que levam o medicamento para casa foram examinados e o médico determinou a dosagem em cada caso. De acordo com o secretário, todos os questionados do Estado em relação ao complexo foram respondidos e a Secretaria se adequou a alguns pedidos, por isso deixou de disponibilizar o complexo àqueles que não apresentavam os sintomas da dengue. “Publicamos uma portaria que determina que apenas aqueles que foram examinados e têm os sintomas da doença podem tomar o complexo”, diz Mello. “Fizemos isso devido à alta procura pelo remédio.” Mara Lúcia afirma que fiscais da Vigilância vão percorrer outras UBSs hoje em busca do complexo homeopático. “Se encontrarmos o remédio, ele será interditado. Notificamos o município no dia 15 de março para recolher o remédio devido aos problemas de distribuição”, diz a gerente. “Como nenhuma providência foi tomada, vamos impedir a distribuição.”

‘Ação do Estado foi brutal’, diz médico

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Homeopata Renan Marino que implantou o complexo antidengue em Rio Preto

O médico Renan Marino, responsável pela introdução do tratamento homeopático no sistema municipal de saúde, classificou como ‘brutal” e “truculenta” a ação do Estado de interditar os produtos homeopáticos contra a dengue usados em Rio Preto. Para ele, as alegações da Secretaria de Estado da Saúde são frágeis. O Estado argumenta que o produto não tem registro e estaria sendo distribuído indiscriminadamente e em larga escala. “A medicina homeopática é uma preparação magistral e não precisa de registro em lugar nenhum”, diz o médico. A assessoria de comunicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que medicamentos homeopáticos manipulados não estão sujeitos ao registro na agência, diferentemente dos complexos industrializados.

Ainda de acordo com a Anvisa, as três substâncias que compõem o complexo contra a dengue - o Eupatorium 30 CH (retirado de uma planta americana), o Crotalus horridus 30 CH (veneno de uma cobra cascavel norte-americana) e o Phosphoros 30 CH (fósforo mineral) - estão entre as substâncias reconhecidas pela agência para medicamentos homeopáticos. A assessoria da agência explica que as secretarias de saúde podem manipular essas substâncias diante de prescrição médica em laboratórios homeopáticos próprios ou conveniados. Com relação à entrega do complexo aos pacientes, a Anvisa diz que se aquele que busca o medicamento foi atendido por um médico que lhe indicar o complemento homeopático, o procedimento não apresenta irregularidade. Diferente do fato de uma farmácia que fornece o medicamento homeopático ao consumidor sem que este possua prescrição médica.

Uma portaria publicada no último sábado restringe o fornecimento do complexo homeopático a pacientes com sintomas da dengue. Segundo a assesoria de comunicação da Prefeitura, o paciente sintomático passa pelo médico e, se desejar, pode ter acesso ao medicamento alternativo. O vice-presidente da região Sudeste da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Carlos Alberto Fiorot, explica que tomou conhecimento da experiência do complexo homeopático contra dengue em Rio Preto por meio do noticiário. Para ele, a homeopatia tem como princípio a individualização do tratamento e a massificação não estaria dentro das expectativas dos melhores resultados. Para Fiorot, mesmo não atendendo a alguns critérios do homeopatia, experiências como a de Rio Preto não estão impossibilitadas de apresentar bons resultados.

“Não seguir todos os princípios homeopáticos não invalida pesquisas com outros parâmetros, mas com critérios exigidos por lei.” Para Renan Marino, a aquisição feita pelo município de 50 mil doses (50 frascos de 100 ml) não é configura-se escala industrial. Ele também diz que em situações de risco epidêmico a homeopatia pode ser usada em série. “A medicação homeopática só se justifica em série a partir da individualização do quadro epidêmico. Chegamos a essa equação depois de analisar quadros clínicos isolados.”

Butantã desenvolve vacina antidengue
Estudos de alternativas de enfrentamento da dengue vão desde o complexo homeopático introduzido em Rio Preto ao desenvolvimento de vacinas. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado, o Instituto Butantã estuda o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue para imunizar os tipos 1,2,3 e 4 da doença. O medicamento deverá ser testado em camundongos e a expectativa é obter resultados iniciais até o final deste ano. Após as experiências iniciais, será necessário obter aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para testes em humanos. No estudo sobre a vacina contra a dengue, o Instituto Butantã atua em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Mais informações sobre a vacina contra a dengue devem ser divulgadas pelo Butantã no próximo mês, para quando está previsto anúncios sobre o medicamento.

Medicamentos distintos
O médico homeopata Renan Marino explica que o complexo homeopático tem atuação distinta de uma vacina. O medicamento utilizado em Rio Preto age amenizando os sintomas da doença, enquanto uma vacina imuniza o paciente. No caso dos pacientes assintomáticos que, por ventura, tenham acesso ao medicamento, o complexo faz com que o indivíduo que vive em uma área de risco, ao entrar em contato com o vírus, fique com seu sistema de defesa em “prontidão”, tendo maior sucesso na reação ao agente da doença.

Novas perspectivas
O homeopata diz que há a possibilidade de uma parceria entre o Instituto Homeopático François Lamasson (sociedade civil sediada em Ribeirão Preto, de caráter científico cultural que congrega homeopatas) e Cuba para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue a partir dos quatro tipos virais da doença.

Complexo antidengue é distribuído em UBSs

Edvaldo Santos
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Gotas do complexo foram prescritas aos pacientes com sintomas

Apesar da guerra declarada pela Secretaria Estadual de Saúde ao complexo homeopático contra a dengue, a distribuição do medicamento não será interrompida nas 23 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Rio Preto. “É uma alucinação o que o Estado está fazendo. Vamos continuar o trabalho. Quem tiver os sintomas da doença vai receber o complexo após prescrição médica”, afirma o secretário municipal de Saúde, Arnaldo Almendros de Mello. Enquanto fiscais interditavam fracos do complexo na UBS do Jardim Americano, a dona-de-casa Tatiane Soares Ferreira levou sua filha de 1 ano para uma consulta na unidade de saúde do Solo Sagrado. “Ela está com febre há uma semana. Não dorme, nem come direito”, diz.

Após ser examinada, a pequena Iara recebeu duas gotas do complexo homeopático. “A distribuição do medicamento só será interrompida se a Justiça determinar”, afirma Mello. “Quero que a Secretaria Estadual me prove que estou comentendo algum ato ilício.” A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Mara Lúcia Soler, afirma que se a distribuição for mantida na UBS do Jardim Americano, a Secretaria Municipal vai responder pela infração na Justiça.

Bebedouro inicia hoje o tratamento
A cidade de Bebedouro começa a distribuir hoje na rede municipal doses homeopáticas para combater os sintomas causados pela dengue. Inicialmente, serão distribuídas 20 mil doses do medicamento, que foi doado por farmácias de homeopatia. Até ontem, a cidade havia registrado 976 casos da doença só em 2007. Há 1.538 casos suspeitos e já foram confirmados duas ocorrências de dengue hemorrágica em pacientes já recuperados. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Bebedouro, Iara Maria de Brito Ramalho Luz, afirma que não se pode confundir o medicamento com vacina.

“Ele só combate os sintomas em quem já tem a doença. Não vai prevenir que a pessoa não pegue dengue”, diz. As cidades de Mirassol e Ilha Solteira não adotaram a medicação homeopática no combate aos sintomas da dengue. Em Mirassol, a implantação do remédio estava em estudo, mas foi suspensa. Em Ilha Solteira, o medicamento foi considerado ineficiente pela diretoria municipal de Saúde.

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http://www.diarioweb.com.br/saude/corpo ... icia=91319
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Mensagem por Jack Torrance »

A nova Revolta da Vacina
São josé do Rio Preto, 30 de março de 2007

Wilson Daher

Escrevi há algum tempo, nesta mesma coluna, um artigo sobre a instituição da Polícia Sanitária, no Rio de Janeiro, nos idos de 1904. A pedido de Oswaldo Cruz, o governo armou uma verdadeira frente de batalha para derrubar cortiços insalubres, alargar avenidas no estilo das alamedas parisienses, invadir casas que oferecessem resistência à visita dos fiscais sanitários e, finalmente, obrigar o povo a uma vacinação em massa contra um surto de varíola. Baseados no velho axioma de que os fins justificariam os meios, as autoridades não se deram ao trabalho de fazer previamente uma campanha de esclarecimentos. E o povo, então, cansado da submissão às autoridades se revoltou com barricadas nas ruas, quebra-quebra, incêndios provocados, enfim, formou-se uma verdadeira batalha campal que só ao fim de algum tempo cessou, voltando o Rio à pasmaceira de antes. Tal episódio, historicamente, tem sido considerado como um dos embriões de cidadania do início do século 20. Os revoltados, embora ignorantes do bem que lhes faria a submissão à vacina, tinham consciência da necessidade de se libertarem do jugo imposto, sem qualquer participação efetiva de sua parte. Só mais tarde, com o entendimento dos objetivos de tais campanhas, é que o povo começou a freqüentar, voluntariamente, os postos de vacinação contra as epidemias comuns da época.

Atualmente, em Rio Preto, em pleno século 21, assistimos desolados e estarrecidos a esta nova Revolta da Vacina (antidengue) criada pelo ilustre homeopata Renan Marino. Mas como tudo na história segue um caminho não linear, dialético, agora é o povo que exige a vacina e são as autoridades estaduais que a proíbem sob as alegações, quem sabe, da falta de uma metanálise de resultados, ou a falta de um protocolo de pesquisa mais detalhado e assim por diante. Acho estranha esta proibição, quando existe, segundo consta, uma evidência de resultados, aferida na população que já fez uso da vacina homeopática e já se constatou a ausência de efeitos colaterais e/ou reações adversas em seus usuários. Por quê? Não se queixem, depois, de que venha uma nova revolta do povo, que anseia por medidas eficientes e baratas contra a propagação da epidemia da dengue. Se em 1904 não queriam a vacina de Oswaldo Cruz, por ignorância de seu benefício, hoje querem a homeopatia de Renan Marino, porque sabem agora, ao longo do tempo, que vacinas serão sempre bem-vindas, desde que provada sua eficácia. Não somos porta-voz de ninguém, neste momento em que optamos apenas pela discussão menos emocional deste caso. Há muita coisa em jogo, e as autoridades devem discuti-la à luz da racionalidade, motivo e essência da ciência verdadeira.

WILSON DAHER
Psiquiatra e professor de História da Medicina na Famerp, Rio Preto

http://www.diarioweb.com.br/artigos/bod ... icia=91341
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Complexo antidengue
Homeopatia vira caso de Justiça
São José do Rio Preto, 30 de março de 2007

Giseli Marchiote e Vívian Lima

Helio Tuzi
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Secretários Adilson Vedroni e Arnaldo Almendros foram ao MP

A Secretaria Estadual de Saúde precisou recorreu à Justiça para tentar recolher frascos do complexo homeopático contra a dengue distribuídos e ministrados em pacientes com sintomas da doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Rio Preto desde o último dia 14. Impedida pela Polícia Militar de retirar o medicamento da UBS do Jardim Americano, a Vigilância Sanitária Estadual decidiu não percorrer unidades de saúde ontem. “Solicitamos à Procuradoria que ingresse com uma medida cautelar na Justiça para que possamos efetuar a busca e apreensão desse remédio nas unidades de saúde”, afirma a diretora técnica da Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid. “Não existe remédio contra a dengue. Esse complexo pode gerar a falsa sensação de proteção nas pessoas, que podem descuidar e não realizar ações preventivas.”

A Secretaria Estadual procrou ontem o Ministério Público para impedir a distribuição do complexo homeopático contra a dengue, mas o promotor cível Carlos Romani negou, liminarmente, o pedido de abertura de Inquérito Civil contra a Prefeitura de Rio Preto. Horas depois de a Representação ser distribuída, os secretários municipais de Negócios Jurídicos, Adílson Vedroni, e de saúde, Arnaldo Almendros de Mello entregaram no Ministério Público documentos que comprovariam adequações na distribuição do medicamento a pedido da Secretaria Estadual de Saúde. Em sua decisão, o promotor aponta que a Secretaria Estadual não comprovou as acusações contra o município e que a Prefeitura de Rio Preto tem agido de maneira correta ao buscar medidas alternativas para impedir uma epidemia de dengue na cidade. “Ao Estado cabe encontrar meios necessários para complementar esta implantação e apoio, mas da forma como está agindo, coloca em xeque o trabalho realizado pelo Município, que procura atender à comunidade com tratamentos alternativos, inclusive muito mais baratos não só para a própria comunidade, como para os cofres municipais”, diz o promotor em seu indeferimento.

A Secretaria Estadual de Saúde alega no documento entregue ao Ministério Público que o medicamento distribuído não possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é manipulado de maneira irregular e produzido em grande escala. Apesar de não comprovar, a diretora da Vigilância Sanitária Estadual afirma que o complexo traz sérios riscos à população, motivo que levou a Secretaria Estadual e realizar uma ação suplementar no município. “Não sabemos os efeitos colaterais que esse medicamento pode ter. Trabalhamos com a hipótese de que a população pode se acomodar após tomar o remédio”, diz Maria Cristina. “Não vamos adminitir intervenção do Estado em Rio Preto, não existe hierarquia entre nós. O que o Estado faz na cidade para combater a doença? Estamos trabalhando de forma responsável”, afirma Vedroni. De acordo com o secretário, a Prefeitura vai cassar o auto de infração feito anteontem pela Vigilância na UBS do Jardim Americano.

Hipóteses provocaram intervenção

Carlos Chimba
Imagem
Maria Cristina Megid, durante entrevista na Vigilância Sanitária

Contrária a distribuição do complexo homeopático contra a dengue em Rio Preto, a diretora técnica da Vigilância Sanitária Estadual, Maria Cristina Megid, afirmou ontem em entrevista coletiva que a Secretaria Estadual de Saúde trabalha com hipóteses para tentar impedir que o medicamento seja disponibilizado pela Prefeitura à população.

Acompanhe os principais trechos da entrevista:

Diário - Quais motivos levaram o Estado a intervir na distribuição do complexo?
Maria Cristina - Entramos em um impasse com a Secretaria Municipal, que não entende que o que está fazendo é uma forma irregular de um medicamento homeopático dito contra a dengue.

Diário - O Estado é contrário ao complexo homeopático?
Maria Cristina - Não somos contra o remédio, mas a forma como ele é utilizado. Não encontramos registro do remédio na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diário - A Anvisa afirma que não é necessário registro para remédios homeopáticos.
Maria Cristina - As três substâncias do complexo fazem parte da farmacopéia homeopática. O problema é que o remédio não poderia ser feito para uma grande população. Ele precisa de registro.

Diário - Ao regulamentar em uma portaria que o medicamento só seria tomado após prescrição médica, a Secretaria Municipal não se adequou?
Maria Cristina - Com certeza.

Diário - O Estado reconhece a eficácia do complexo?
Maria Cristina - Não. Não podemos permitir que um medicamento que não tenha comprovação científica seja distribuído. Os efeitos colaterais são um risco iminente à população e muito mais é o comportamento. As pessoas podem entender de que estão protegida contra a dengue.

Diário - Trabalhamos apenas com hipóteses. O Estado tem dados concretos sobre os efeitos desse medicamento?
Maria Cristina - Estamos tratando de legalidade. Não temos eficácia comprovada. Desconhecemos que esse complexo foi utilizado em Cuba e que teve efeitos positivos.

Secretaria mantém distribuição em UBS

Helio Tuzi
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Érica Durval toma o complexo antidengue: sintomas da doença

Com dores no corpo e febre alta a dona-de-casa Érica Durval procurou ontem o pronto-socorro Central de Rio Preto. “Suspeito que seja dengue. A dor no corpo é horrível e a febre não diminui.” Depois de examinada por um médico da unidade de saúde, Érica foi orientada pelo profissional a tomar duas gotas do complexo homeopático da dengue no pronto-socorro. Assim como a dona-de-casa, todas as pessoas que tiveram a doença diagnosticada por um médico receberam o medicamento. “Não vamos suspender a distribuição do medicamento. Aqueles que tiverem orientação de um médico, vão receber o complexo”, afirma o secretário de Saúde de Rio Preto, Arnaldo Almendros de Mello. Técnicos da Vigilância Sanitária Estadual tentaram recolher anteontem dois fracos de 100 mililitros do medicamento e 30 fracos com cinco mililitros cada da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Americano. A ação foi impedida por policiais militares, acionados pela Secretaria Municipal de Saúde. Mello afirma que o complexo só será retirado das UBS com ordem judicial.

‘Cuba sente resultados’
O médico homeopata Renan Marino, que introduziu o uso da homeopatia na saúde de Rio Preto, afirma que o complexo homeopático usado para agir amenizar os sintomas da dengue já proporcionou bons resultados em Cuba, onde também foi usado. “Gerou a redução na período agudo febril de uma semana, em média, para dois dias.” Ainda de acordo com Renan, a indisposição e náuseas que as pessoas costumavam sentir por cerca de um mês, reduziram para uma semana. Marino diz que detalhes sobre a experiência em Cuba serão divulgados no início do próximo mês, em congresso que será realizado lá.

Produção das doses
A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em Brasília afirma que não há um número de doses que identifica a produção como sendo de larga escala. Segundo o órgão, escala industrial, seja para medicamentos homeopáticos ou não, é a produção em grande quantidade para que o produto possa ser vendido em diversas farmácias. A assessoria do Ministério da Saúde afirma que o município tem autonomia para desenvolver suas estratégias de saúde, mas que o Estado pode intervir, se achar necessário. Como a questão envolve medicamento, uma possível ação de intervenção recai sobre o Centro de Vigilância Sanitária estadual.

http://www.diarioweb.com.br/saude/corpo ... icia=91359
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Apocaliptica

Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio P

Mensagem por Apocaliptica »

Jack Torrance,

Você nunca mais teve nada, pois seu sistema imunológico se desenvolveu justamente durante este ano, o que aconteceria mesmo sem a homeopatia. É normal. Acontece com todas as crianças entre os 4 e 6 anos.

Os homeopatas ganham muito dinheiro porque as pessoas fazem uma ligação equivocada entre um fenômeno e outro.

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Re: Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do R

Mensagem por Jack Torrance »

Apocaliptica escreveu:Jack Torrance,

Você nunca mais teve nada, pois seu sistema imunológico se desenvolveu justamente durante este ano, o que aconteceria mesmo sem a homeopatia. É normal. Acontece com todas as crianças entre os 4 e 6 anos.

Os homeopatas ganham muito dinheiro porque as pessoas fazem uma ligação equivocada entre um fenômeno e outro.


Bem, eu não disse que nunca mais tive nada, o que eu disse é que por anos eu não tive mais infecção/inflamação da garganta depois do tratamento (segundo meus pais, pois eu não lembro de nada disso). Mas me lembro que ficava doente com a garganta inflamada, lá pelos 10 anos. Se for isso mesmo, o tratamento durou por uns 5 anos (se não for placebo ou uma outra coisa que o Fabris me disse, mas não me lembro o que é) Eu, todo ano, tenho no mínimo uma infecção/inflamação da garganta. Tem época que num dia a garganta tá infeccionada, no outro já está inflamada e eu fico com febre. Aí tomo antibiótico e já resolve o problema.

Quando uma pessoa fica com a garganta inflamada é nas amígdalas que ocorre a inflamação? Se não me engano, existe cirurgia pra retirá-las e acabar com esse problema. Mas dizem que se ocorrer uma nova infecção, essa será na laringite e a dor é muito pior, por isso que eu não opero a garganta.
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Apocaliptica

Re: Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do R

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Jack Torrance escreveu:
Apocaliptica escreveu:Jack Torrance,

Você nunca mais teve nada, pois seu sistema imunológico se desenvolveu justamente durante este ano, o que aconteceria mesmo sem a homeopatia. É normal. Acontece com todas as crianças entre os 4 e 6 anos.

Os homeopatas ganham muito dinheiro porque as pessoas fazem uma ligação equivocada entre um fenômeno e outro.


Bem, eu não disse que nunca mais tive nada, o que eu disse é que por anos eu não tive mais infecção/inflamação da garganta depois do tratamento (segundo meus pais, pois eu não lembro de nada disso). Mas me lembro que ficava doente com a garganta inflamada, lá pelos 10 anos. Se for isso mesmo, o tratamento durou por uns 5 anos (se não for placebo ou uma outra coisa que o Fabris me disse, mas não me lembro o que é) Eu, todo ano, tenho no mínimo uma infecção/inflamação da garganta. Tem época que num dia a garganta tá infeccionada, no outro já está inflamada e eu fico com febre. Aí tomo antibiótico e já resolve o problema.

Quando uma pessoa fica com a garganta inflamada é nas amígdalas que ocorre a inflamação? Se não me engano, existe cirurgia pra retirá-las e acabar com esse problema. Mas dizem que se ocorrer uma nova infecção, essa será na laringite e a dor é muito pior, por isso que eu não opero a garganta.


Os primeiros 5 ou 6 anos de vida são onde mais ocorrem as infecções repetitivas, pois o sistema imunológico não está preparado para tantos ataques do meio ambiente. Precisamos de alguns anos para isto, sendo expostos a alguns agentes que nos debilitam, para conseguirmos criar imunidade e ir ficando mais resistentes. Alguns sofrem mais, dependendo do local em que vivem, dos cuidados recebidos, da escola que frequentam, e de algumas condições metabólicas.
Depois as crises alérgicas e inflamatórias vão diminuindo, até que, normalmente a criança fica estável.
O que não quer dizer que muitos de nós não tenham outras infecções, inflamações e ataques virais ( os vírus, como vc sabe , são mutações, e não há vacinas contra eles ).

A Fabi e muitos descrentes na homeopatia afirmam que ela funciona como placebo, mas nem isto é provável, pois enquanto os remédios alopáticos, com mpinimas variações de dose e indicação de ser humano para ser humano, funcionam independente da nossa " vontade ", o médico homeopata não ondica a tal gotinha ou bolinha de açúcar de acordo com a doença, mas com a historinha de sintomas contada pelo paciente. E na anamnese, ele quer saber muito mais coisas como comportamento, perfil psicológico e outras coisas não visíveis, porque assim ele lida com perfis de doentes e não doenças, já que eles acham que tudo é meio somatizado.

A questão é: se fosse Placebo, não ficariam trocando de medicação o tempo todo até acertar. E é isso que eles fazem, o que faz gente perder um tempo enorme ( anos às vezes), e muito dinheiro.

Se fosse Placebo, bastaria dizer à criança:você vai tomar 10 gotinhas e vai ficar bom. E não é isto que acontece. Não existe relação de persuasão entre uma ordem de cura e um bebê de 2 meses por exemplo.

A homeopatia é como aquele chazinho da vovó, acredita quem quer e tem paciência para se submeter quem não está sofrendo demais. A homeopata da minha filha cansou e jogou a toalha, depois dela sofrer por 3 meses com uma infecção que não cedia, acabou receitando um antibiótico alopático.

Eu jamais esperaria por 5 anos para vê-la bem. Em 10 dias ela estava curada. E assim a gente vai levando, até que a criança não tenha mais crises por falta de imunidade.

Quando à cirurgia de retirada das amigdalas, era indicada na década de 60 e metade de 70. Já faz muitos anos que passou a ser vista com maus olhos. Eu operei e meu irmão também.
Depois a ciência descobriu que as amígadas são na verdade órgãos de defesa que se desenvolveram no lugar certo para elas sofrerem ataques, e impedem que os organismo nocivos invadam o corpo além da faringe e laringe.

Com raríssimas exceções, elas nunca devem ser retiradas.

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Jack Torrance
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Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio P

Mensagem por Jack Torrance »

Apocaliptica, o tratamento com homeopatia é feito quando a pessoa está doente ou tanto faz?

P.S.: Leu as notícias que postei?
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Apocaliptica

Re: Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do R

Mensagem por Apocaliptica »

Jack Torrance escreveu:Apocaliptica, o tratamento com homeopatia é feito quando a pessoa está doente ou tanto faz?

P.S.: Leu as notícias que postei?


Li as notícias sim. Assim como o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais agem quando algum medicamento alopático está sendo mal distribuído, recebe alguma denúncia de fraude ou problema na fabricação, distribuição ou desvio de medicamentos e procedimentos, também é notório que deva coibir uma espécie de campanha em massa, com medicamentos alternativos. Principalmente sob a justificativa de terem funcionado em países como Cuba que sabe-se se vangloria de uma série se tratamentos milagrosos e alternativos não reconhecidos no resto do mundo.

Como pode 2 gotinhas de um remedinho mágico sem comprovação na comunidade científica mundial serem aplicados assim numa população inteira?

Nem a homepatia funciona assim ( se fôssemos considerar que ela em tese funciona mesmo).

Além do mais, os sintomas como febre e dor no corpo são aliviados com antitérmicos e analgésicos tradicionais. Ninguém diz o que tem dentro do tal remedinho. Isto é temerário.

Estas campanhas feitas desta forma favorecem o charlatanismo e podem ser algum tipo de desvio de dinheiro dos cofres públicos.

Quanto aos tratamentos com homeopatia, que eu saiba não há como prevenir algo através dela, pois os ditos efeitos agem em cima da descrição pessoal do sintomas.

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Fabi
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Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio P

Mensagem por Fabi »

Apocaliptica escreveu:A Fabi e muitos descrentes na homeopatia afirmam que ela funciona como placebo, mas nem isto é provável, pois enquanto os remédios alopáticos, com mpinimas variações de dose e indicação de ser humano para ser humano, funcionam independente da nossa " vontade ", o médico homeopata não ondica a tal gotinha ou bolinha de açúcar de acordo com a doença, mas com a historinha de sintomas contada pelo paciente.

As vezes nem como placebo a homeopatia funciona, a questão é remédio tem que funcionar acreditando ou não simples, a verdade é que quem acredita em homeopatia é porque ainda não tomou daqueles remédios "de verdade", remédios que fazem o que homeopatia jamais faria.
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o anátema
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Re.: Mais sobre a homeopatia antidengue em São José do Rio P

Mensagem por o anátema »

Argh... o mais terrível nisso tudo é que me parece que em nenhuma dessas notícias a validade da homeopatia é posta em questão... a própria retirada dos remédios não se deveu inicialmente ao fato de ser água superfaturada, que não ajudaria mais do que placebo ou nada, mas pela falta de rigor em prescrições e medo de efeitos colaterais!!!

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