A REALIDADE QUÂNTICA

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betossantana
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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por betossantana »

Usuário deletado escreveu:Eu gostaria muito de compreender a Mecânica Quântica. Mas sei que preciso estudar MUITO a Física Clássica para depois tentar me aventurar no maravilhoso mundo da Física Moderna.


Magiiiiiiiiinaaaaaaaaa! Basta assistir a DE-LI-CI-O-SA película Quem Somos Nós?! RAMTA vai te explicar tin-tin por tin-tin, direto dos compêndios da sapiência atlante! Huhuhoho!
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Fayman
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Mensagem por Fayman »

Expressei-me erradamente. O que eu deveria ter escrito é que a cada interação, a sobreposição decai para voltar a ocorrer logo em seguida. Entende? Não haveria destruição da natureza quântica, mas uma permanente destruição e reconstrução, num infindável ciclo.


Vejo como uma alternância, em toda a estrutura, clássico-quântico.


Olá, Leo!

Não necessariamente. Reveja a exemplo das ondas que interferem no lago. Quando a perturbação é pequena, a interferência se mantém ou “flutua” (é perturbada), mas se recompõe. Caso a perturbação for enorme, ela entra em decoerência.

Obviamente, pela própria natureza quântica (flutuações aleatórias), novas sobreposições surgirão.

Contudo, atente para um detalhe bastante significativo. Nestas nossas afirmações, fica a impressão de que um dado estado quântico “subsiste” por si, mesmo que não estamos realizando nenhuma medição sobre ele, o que é errado do ponto de vista da Mecânica Quântica. Nem mesmo podemos dizer que um elétron existe “per si” quando não o medimos. Para Bohr, Heisenberg e outros, tal afirmação nem mesmo tem sentido. O que tentei passar foi uma “visualização” do processo, mas que temos que ter em mente que, como em todas as visualização, usamos uma “imagem um tanto clássica”, para poder expressar as coisas em palavras, e isso nunca irá refletir a verdadeira natureza quântica.

Uma coisa é certa: pequenas perturbações ocorrem em TODAS as interações. Porém, apenas grandes perturbações destroem o padrão de interferência coerente, causando a precipitação de um dos estados quânticos resultantes possíveis. Qualquer outra coisa, sobre tempo de permanência do estado resultante, etc, necessitaria obrigatoriamente de uma medição, e aí, nós mesmos estamos interferindo no processo.

Fora o descrito acima, não há como “visualizar” o processo “além da medição”. Para tanto, temos que pressupor a existência “per si” desses estados, enquanto a MQ afirma que essa visão é errada.

Lembre-se que podemos medir com precisão absoluta a posição de um elétron ao longo de uma seqüência de pontos, mas entre os pontos, não podemos sequer afirmar que o elétron existe, ou que há uma “trajetória” pré-determinada. Para dizer a verdade, mesmo que meçamos sua posição a cada décimo de milímetro, nem podemos afirmar que o elétron detectado em um momento é o mesmo que havia sido detectado anteriormente.

O que quero dizer é: o que foi falado sobre Mecanismos de Decoerência é o que foi OBSERVADO em experimentos altamente sofisticados. Vc encontra na net (não deve ser difícil, mas no momento, estou sem referências) um experimento cujo tempo de decoerência foi medido para um conjunto de 5 átomos. Como explicava o experimentador, 5 átomos não podem ser considerado um corpo “enorme”, mas mesmo assim, deixados livres, o conjunto entrou em decoerência, em função da radiação térmica, em um tempo ínfimo. Esse experimento procurava mostrar o inverso do que você fala aqui, ou seja, mostrar como corpos com grandes conjuntos de átomos (macros) perdem a coerência em quintilhonésimos de segundos, mas que mesmo assim, o mundo que vemos à nossa volta é tão somente uma aproximação de uma realidade mais fundamental, na mesma medida que a Mecânica Clássica é uma aproximação da Mecânica Quântica. Daí o fato de podermos utilizar “tecnicamente” a Mecânica Clássica em nosso dia a dia e esquecer a Quântica, mas isso não funciona quando se quer debater algo sobre como é a Realidade, a Natureza, ou como ela opera.

Abraços!
Fayman

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Márcio
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Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Márcio »

Creio que tudo isso queira dizer que tudo são ''ondas quânticas'' que traduzindo para uma realidade que vemos ou medimos, se tornam ''partículas clássicas''.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)

Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!

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Dick
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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Dick »

Márcio escreveu:
Apocaliptica escreveu:O que são "gravitons"?


Seriam as partículas mediadoras da força gravitacional, assim como os fótons são os mediadores da força eletromagnética.
Só que ninguém, se não me engano, ainda detectou os tais gravitons.


Correto. O gráviton é, inclusive, uma aposta da teoria de cordas, uma vez que é a única (suposta) partícula que teria mobilidade para transitar entre as dez dimensões espaciais previstas pela teoria M. Ou seja, os coitados ( :emoticon12: ), além de esperarem pela construção de aceleradores estupidamente mais energéticos que os atuais, precisam garantir que a previsão (já clássica) do gráviton se concretize!

P.S.: Exagerei um pouquinho, a teoria de cordas possui outras cordas, digo, cartas na manga da experimentação.
docdeoz escreveu:
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"

CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?

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Dick
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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Dick »

betossantana escreveu:
Usuário deletado escreveu:Eu gostaria muito de compreender a Mecânica Quântica. Mas sei que preciso estudar MUITO a Física Clássica para depois tentar me aventurar no maravilhoso mundo da Física Moderna.


Magiiiiiiiiinaaaaaaaaa! Basta assistir a DE-LI-CI-O-SA película Quem Somos Nós?! RAMTA vai te explicar tin-tin por tin-tin, direto dos compêndios da sapiência atlante! Huhuhoho!


Pois é... :emoticon12:
Mas sobre estudar MUITO a física clássica: não é bem assim. Não precisamos ficar craques em se resolver problemas de mecânica clássica e lagrangeanas diversas para compreender que estas abordagens são inapropriadas (na verdade inúteis!) para se conceber fenômenos da física moderna. O que é necessário é compreender a mudança de paradigma existente entre a clássica e a moderna, a alteração de postura perante os conceitos clássicos básicos. É claro que se "alfabetizar" com a clássica gera subsídios intelectuais para entrar de cabeça no tratamento matemático, mas se você se acostumar muito com os conceitos clássicos isto será mais um obstáculo (Bachelard) do que um pré-requisito desejável no estudo da física moderna.
docdeoz escreveu:
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"

CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?

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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Olá, Fay!

Fayman escreveu:Não necessariamente. Reveja a exemplo das ondas que interferem no lago. Quando a perturbação é pequena, a interferência se mantém ou “flutua” (é perturbada), mas se recompõe. Caso a perturbação for enorme, ela entra em decoerência.


Sim, mas veja: uma gota de chuva talvez gere uma perturbação tão insignificante quanto ao da pequena pedra. Mas as seqüências de gotas não podem ser comparadas com os fótons trocados entre os elétrons no intervalo Tg? Uma metralhadora, ou chuva, de fótons?


Fayman escreveu:Contudo, atente para um detalhe bastante significativo. Nestas nossas afirmações, fica a impressão de que um dado estado quântico “subsiste” por si, mesmo que não estamos realizando nenhuma medição sobre ele, o que é errado do ponto de vista da Mecânica Quântica. Nem mesmo podemos dizer que um elétron existe “per si” quando não o medimos. Para Bohr, Heisenberg e outros, tal afirmação nem mesmo tem sentido. O que tentei passar foi uma “visualização” do processo, mas que temos que ter em mente que, como em todas as visualização, usamos uma “imagem um tanto clássica”, para poder expressar as coisas em palavras, e isso nunca irá refletir a verdadeira natureza quântica.


Vamos passo a passo aqui. Eu procuro tomar o cuidado de não dar a impressão que a observação inclui uma pessoa (cientista) e, até influenciado por suas postagens, tenho optado por usar medição.
Mas, nesta colocação acima, parece-me que vc afirma que há a necessidade do “ser ciente”. É isso que vc quis dizer?


Fayman escreveu:Uma coisa é certa: pequenas perturbações ocorrem em TODAS as interações. Porém, apenas grandes perturbações destroem o padrão de interferência coerente, causando a precipitação de um dos estados quânticos resultantes possíveis. Qualquer outra coisa, sobre tempo de permanência do estado resultante, etc, necessitaria obrigatoriamente de uma medição, e aí, nós mesmos estamos interferindo no processo.


Quando usamos fótons de baixa freqüência para obter precisão na velocidade de elétrons, por exemplo, há uma perturbação suficiente para causar o colapso, ou seja, para ter este valor clássico, certo? Esta escala de energia, em relação a perturbação, é muito superior àquela que vc aponta da interação entre elétrons e/ou núcleo?

Fayman escreveu:que quero dizer é: o que foi falado sobre Mecanismos de Decoerência é o que foi OBSERVADO em experimentos altamente sofisticados. Vc encontra na net (não deve ser difícil, mas no momento, estou sem referências) um experimento cujo tempo de decoerência foi medido para um conjunto de 5 átomos. Como explicava o experimentador, 5 átomos não podem ser considerado um corpo “enorme”, mas mesmo assim, deixados livres, o conjunto entrou em decoerência, em função da radiação térmica, em um tempo ínfimo. Esse experimento procurava mostrar o inverso do que você fala aqui, ou seja, mostrar como corpos com grandes conjuntos de átomos (macros) perdem a coerência em quintilhonésimos de segundos, mas que mesmo assim, o mundo que vemos à nossa volta é tão somente uma aproximação de uma realidade mais fundamental, na mesma medida que a Mecânica Clássica é uma aproximação da Mecânica Quântica. Daí o fato de podermos utilizar “tecnicamente” a Mecânica Clássica em nosso dia a dia e esquecer a Quântica, mas isso não funciona quando se quer debater algo sobre como é a Realidade, a Natureza, ou como ela opera.


Não, não seria bem o inverso. Seria apenas uma escala maior do que eu supunha. Nesta sua descrição, concluo que o nível em que ocorre a decoerência está em “um punhado” de átomos e não a nível até subatômico. Agora minha dúvida é: qual é a quantidade é nível energético (tamanho das pedras) necessários e decoerência?
Parece que a chuva no interior atômico é curta e de gotas muito pequenas :emoticon16: .
Abç
Leo

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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Olá, Fay!
Considero a resposta a pergunta que fiz acima, repetida abaixo, muito importante, por isso estou subindo o tópico.
"Vamos passo a passo aqui. Eu procuro tomar o cuidado de não dar a impressão que a observação inclui uma pessoa (cientista) e, até influenciado por suas postagens, tenho optado por usar medição.
Mas, nesta colocação acima, parece-me que vc afirma que há a necessidade do “ser ciente”. É isso que vc quis dizer?"
Abç
Leo

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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Vou ter de criar tópico novo só com essa pergunta?
Abç
Leo

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Fayman
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Mensagem por Fayman »

Fala, Leo! Eu só vi este seu comentário agora. Pelo visto, vc estava tentando uma resposta a um bom tempo!

Sim, mas veja: uma gota de chuva talvez gere uma perturbação tão insignificante quanto ao da pequena pedra. Mas as seqüências de gotas não podem ser comparadas com os fótons trocados entre os elétrons no intervalo Tg? Uma metralhadora, ou chuva, de fótons?


Não sei. Creio que mesmo em seqüência, se a perturbação causada por cada fóton for pequena, e de curta duração, o padrão se manterá. Há também a possibilidade de se perder, mas imagino que as próprias flutuações aleatórias criariam novos padrões.

Vamos passo a passo aqui. Eu procuro tomar o cuidado de não dar a impressão que a observação inclui uma pessoa (cientista) e, até influenciado por suas postagens, tenho optado por usar medição.
Mas, nesta colocação acima, parece-me que vc afirma que há a necessidade do “ser ciente”. É isso que vc quis dizer?


Não, de modo algum. Apenas estava chamando a atenção para que, quando criamos uma visualização dos fenômenos temos que ter em mente as dificuldades que isso acarreta e possíveis más interpretações. Tal vez tenha me expressado mal e passado uma idéia errada.

Quando usamos fótons de baixa freqüência para obter precisão na velocidade de elétrons, por exemplo, há uma perturbação suficiente para causar o colapso, ou seja, para ter este valor clássico, certo? Esta escala de energia, em relação a perturbação, é muito superior àquela que vc aponta da interação entre elétrons e/ou núcleo?


Boa pergunta, isso teria que ser calculado de alguma maneira (o que imagino não seja muito fácil). Há um outro ponto, que nunca li nada em relação a este tipo de questionamento, nem sei dizer se tem sentido o que vou dizer, mas há uma diferença significativa entre os dois caso. No primeiro, os fótons, mesmo que de baixa freqüência, são reais, enquanto que no segundo, são virtuais. O mesmo se dá com os mésons trocados entre os prótons do núcleo ou entre próton e nêutron.

Agora minha dúvida é: qual é a quantidade é nível energético (tamanho das pedras) necessários e decoerência?


Creio que tem mais a ver com abundância. Os fundo de microondas é incrivelmente fraco, mas há quintilhões de quintilhões de fótons atingindo os corpos ao mesmo tempo. O gato vivo/morto na caixa perderia a coerência simplesmente pelo contato com o ar (bilhões de bilhões de partículas), bem como com as paredes da caixa.

Abraços!
Fayman

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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Fala Fay! AEEEE!!! :emoticon171:

Fayman escreveu: Não, de modo algum. Apenas estava chamando a atenção para que, quando criamos uma visualização dos fenômenos temos que ter em mente as dificuldades que isso acarreta e possíveis más interpretações. Tal vez tenha me expressado mal e passado uma idéia errada.


Que pena! Ia ser bombástico! :emoticon188:

Fayman escreveu: No primeiro, os fótons, mesmo que de baixa freqüência, são reais, enquanto que no segundo, são virtuais.


Para não passar por ignorante, eu nunca perguntei, mas agora ficou inevitável: o que diaxo é um fóton virtual? Entendo que as partículas virtuais do “valso vácuo” são chamadas assim porque surgem em pares e se anulam, não vindo a existência (fora raras exceções). Mas os tais fótons virtuais entre elétrons, por exemplo, são virtuais por que?
Abç
Leo

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Fayman
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Mensagem por Fayman »

Para não passar por ignorante, eu nunca perguntei, mas agora ficou inevitável: o que diaxo é um fóton virtual? Entendo que as partículas virtuais do “valso vácuo” são chamadas assim porque surgem em pares e se anulam, não vindo a existência (fora raras exceções). Mas os tais fótons virtuais entre elétrons, por exemplo, são virtuais por que?


He he, não passar por ignorante foi fantástico!

Mas fótons entre elétrons são virtuais pelo mesmo motivo que são as demais partículas virtuais. Porque elas não podem ser detectadas diretamente. Nas flutuações de vácuo, não detectamos partículas, embora elas sejam previstas pela teoria, mas detectamos indiretamente, sob a forma de uma força (efeito Cassimir).

Não detectamos um fóton ser emitido entre dois elétrons que se aproximam, mas sim, uma força que os desvia/repele. De um modo bem didático, é isso. Em livros de divulgação, normalmente encontra-se que a são chamados de virtuais para diferenciar dos... reais! Nada como uma explicação que, de fato... “explica”!!

Abraços!
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Márcio
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Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Márcio »

Fayman citou: ''Não, de modo algum. Apenas estava chamando a atenção para que, quando criamos uma visualização dos fenômenos temos que ter em mente as dificuldades que isso acarreta e possíveis más interpretações.''

Eu só fico tentanto criar visualizações dos fenômenos para tentar entende-los, por isso me equivoco tanto. :emoticon8:
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por francioalmeida »

Usuário deletado escreveu:Eu gostaria muito de compreender a Mecânica Quântica. Mas sei que preciso estudar MUITO a Física Clássica para depois tentar me aventurar no maravilhoso mundo da Física Moderna.


Não sei "la grande coisas" na física classica, mas entendo perfeitamente a física quantica

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Fayman
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Mensagem por Fayman »

Que pena! Ia ser bombástico!


Até entendo que sim, uma vez que você tem essa sua visão que envolve uma..."mente universal" ou "mentes individuais" tomadas como algo de fato, independente do cérebro.

Não sei se te ajudaria em alguma coisa, e eu mesmo conheço pouco desta interpretação, mas talvez você devesse pesquisar um tanto sobre a interpretação ondulatória de Von Neumann.

Um outro detalhe: embora a visualização de uma dualidade onda / partícula seja, em muitos casos, algo útil, não existe de fato tal dualidade, ou seja, não há uma interpretação onde os quanta se alternam entre ondas e partículas ao seu bel prazer, ou “conforme os experimentos”. O que há são interpretações que tomam o quantum como partícula, ou como ondas (Von Neumann), ou como estados potenciais sobrepostos, descritos por uma “onda de probabilidades” (Copenhagen – Heisenberg).

Outro detalhe interessante, na interpretação de Copenhage (Bohr / Heisenberg / Born, etc) não existe o colapso da Função de Ondas. Outros pesquisadores desenvolveram tal interpretação com colapso. Se vc der uma pesquisada, provavelmente encontrará artigos que debatem as várias interpretações, inclusive sob a ótica... filosófica (argh!!!!)

He he, brincadeira. Embora o Incógnito talvez tenha um ataque cardíaco, eu adoro esse tema.

Abraços!
Fayman

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Fayman
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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Fayman »

Márcio escreveu:Fayman citou: ''Não, de modo algum. Apenas estava chamando a atenção para que, quando criamos uma visualização dos fenômenos temos que ter em mente as dificuldades que isso acarreta e possíveis más interpretações.''

Eu só fico tentanto criar visualizações dos fenômenos para tentar entende-los, por isso me equivoco tanto. :emoticon8:


Não necessariamente, Márcio. Embora Bohr (ou Heisenberg) fosse o maior defensor de que devêssemos abandonar qualquer tipo de visualização dos fenômenos quânticos, eu pessoalmente duvido que até ele não as fizesse o tempo todo. Acho que está no cerne do ser humano.

Apenas temos que ter em mente que essa visualização é limitada, e isso vale também a Relatividade.

Embora alguns picaretas e seus dogmas discordem, grandes físicos como Einstein, Bohr, Heisenberg e tanto outros das antigas (e alguns modernos), que edificaram as teorias mais pungentes da Física, as que revelam as características mais desconcertantes da Realidade, eram bons filósofos e discutiam as implicações de seus modelos / descobertas / constatações empíricas em um nível que bem poucos... “filósofos” da atualidade o fazem. Uma pena! Debates entre Einstein e Bohr, sobre a natureza da realidade, são verdadeiras lições para aqueles que se auto-autorgam detentores da verdade suprema, os únicos “autorizados” as falar sobre a realidade. Pena que esqueceram de avisar a realidade que esta NÃO PODE, em hipótese nenhuma, discordar deles. Caso faça... que se abandone como a realidade de fato é!!

Patético, não?

Abraços!
Fayman

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Re: Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Leonardo »

Olá Fay e Márcio.

Fayman escreveu: He he, não passar por ignorante foi fantástico!

Mas fótons entre elétrons são virtuais pelo mesmo motivo que são as demais partículas virtuais. Porque elas não podem ser detectadas diretamente. Nas flutuações de vácuo, não detectamos partículas, embora elas sejam previstas pela teoria, mas detectamos indiretamente, sob a forma de uma força (efeito Cassimir).

Não detectamos um fóton ser emitido entre dois elétrons que se aproximam, mas sim, uma força que os desvia/repele. De um modo bem didático, é isso. Em livros de divulgação, normalmente encontra-se que a são chamados de virtuais para diferenciar dos... reais! Nada como uma explicação que, de fato... “explica”!!



:emoticon12: :emoticon12: , isso me parece o “amigo imaginário”, ou o Gasparzinho. Há efeitos físicos, mas vc não percebe o agente.
Brincadeira a parte, os fótons virtuais teriam todas as propriedades do reais, menos a possibilidade de detecção, certo? Isso implica que se fosse possível fazer a experiência da dupla fenda, o detector nas fendas (quando existissem e ativos), bem como a tela fóton sensível, nada detectaria.
Interessante seria perceber se os virtuais teriam a capacidade de colapso a função de onda, ou a decoerência.


Fayman escreveu: Até entendo que sim, uma vez que você tem essa sua visão que envolve uma..."mente universal" ou "mentes individuais" tomadas como algo de fato, independente do cérebro.


Para individuais sim, mas para a universal não. De qualquer forma, a primeira traria outros problemas que já considero superados na segunda.

Fayman escreveu: Não sei se te ajudaria em alguma coisa, e eu mesmo conheço pouco desta interpretação, mas talvez você devesse pesquisar um tanto sobre a interpretação ondulatória de Von Neumann.

Um outro detalhe: embora a visualização de uma dualidade onda / partícula seja, em muitos casos, algo útil, não existe de fato tal dualidade, ou seja, não há uma interpretação onde os quanta se alternam entre ondas e partículas ao seu bel prazer, ou “conforme os experimentos”. O que há são interpretações que tomam o quantum como partícula, ou como ondas (Von Neumann), ou como estados potenciais sobrepostos, descritos por uma “onda de probabilidades” (Copenhagen – Heisenberg).


É possível que eu tenha me expressado e forma confusa, ou até dual, mas minha idéia (atual) é de sebreposição: o duplo (ou múltiplo) comportamento (a arrepio de alguns filósofos), até a precipitação ou decoerência.

Fayman escreveu: Outro detalhe interessante, na interpretação de Copenhage (Bohr / Heisenberg / Born, etc) não existe o colapso da Função de Ondas. Outros pesquisadores desenvolveram tal interpretação com colapso. Se vc der uma pesquisada, provavelmente encontrará artigos que debatem as várias interpretações, inclusive sob a ótica... filosófica (argh!!!!)


Sem o colapso, como eles descrevem? Como passar da sobreposição para “clássico”?




Márcio escreveu:Eu só fico tentanto criar visualizações dos fenômenos para tentar entende-los, por isso me equivoco tanto.


Acho q é normal. Vamos visualizando, preparando nossos conceitos e concepções da realidade aos poucos. A idéia que eu tinha quando comecei meus estudos e que tenho atualmente são bem distintas.

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Re.: A REALIDADE QUÂNTICA

Mensagem por Márcio »

Leo e Nelson.

Creio que na impossibilidade de se visualizar ou mesmo criar analogias o que resta seria a interpretação matemática pura, que pra mim além de ser desinteressante, eu pouco ou nada compreendo.

Eu também mudei muito as minhas idéias e concepções, meus conceitos, desde que comecei a me aprofundar mais nessas questões de como é essa realidade que nos cerca, à partir de informações postadas nesse fórum ou pela Internet afora.

Só acho que estou chegando ao meu limite da capacidade de entendimento.

Abraços.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)

Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!

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Mensagem por Fayman »

Só acho que estou chegando ao meu limite da capacidade de entendimento.


Márcio, isto não existe! (PQP, tá parecendo o Quevedo falando!! :emoticon12: )

Mas vamos falar sério: seu limite, assim como o de qualquer um, é tão somente o limite que você se impôs. Você até pode afirmar que não vale o esforço, e aí, vou concordar com você. Há momentos em que qualquer um de nós questionará o esforço depreendido em função dos resultados obtidos.

Eu, pessoalmente, tenho uma visão e meta para atingir um certo patamar mínimo, mas isto nem de longe implica que este patamar seja aquele que todos devem alcançar.

Mas cá entre nós, pelas suas postagens, e pelas suas colocações, creio que vc está sendo bem pouco ambicioso. Em outras palavras, vc está sendo demasiadamente modesto face ao potencial que vc carrega, pelo menos, na minha opinião.

Perceba, pouco importa se suas colocações estão certas ou erradas, conforme aquilo que a Ciência nos diz. O importante é ter uma opinião balizada e crítica, na mesma medida em que vc recebe as críticas e as considera.

Neste sentido, pensar e refletir sobre as críticas e/ou correções que alguns lhe sugerem/impõem, está muito acima do procedimento da maioria.

Não poso dizer quanto a Filosofia, mas quanto à Ciência, essa é uma postura mais que bem, vinda!

Plagiando o Videomaker, neste sentido que estou falando, mais que nunca é verdade a máxima “evoluir sempre, esta é a lei”!

Abraços!
Fayman

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Mensagem por Márcio »

Fayman escreveu:
Só acho que estou chegando ao meu limite da capacidade de entendimento.


Márcio, isto não existe! (PQP, tá parecendo o Quevedo falando!! :emoticon12: )

Mas vamos falar sério: seu limite, assim como o de qualquer um, é tão somente o limite que você se impôs. Você até pode afirmar que não vale o esforço, e aí, vou concordar com você. Há momentos em que qualquer um de nós questionará o esforço depreendido em função dos resultados obtidos.

Eu, pessoalmente, tenho uma visão e meta para atingir um certo patamar mínimo, mas isto nem de longe implica que este patamar seja aquele que todos devem alcançar.

Mas cá entre nós, pelas suas postagens, e pelas suas colocações, creio que vc está sendo bem pouco ambicioso. Em outras palavras, vc está sendo demasiadamente modesto face ao potencial que vc carrega, pelo menos, na minha opinião.

Perceba, pouco importa se suas colocações estão certas ou erradas, conforme aquilo que a Ciência nos diz. O importante é ter uma opinião balizada e crítica, na mesma medida em que vc recebe as críticas e as considera.

Neste sentido, pensar e refletir sobre as críticas e/ou correções que alguns lhe sugerem/impõem, está muito acima do procedimento da maioria.

Não poso dizer quanto a Filosofia, mas quanto à Ciência, essa é uma postura mais que bem, vinda!

Plagiando o Videomaker, neste sentido que estou falando, mais que nunca é verdade a máxima “evoluir sempre, esta é a lei”!

Abraços!


Bem! Quevedo. Ops! Nelson. :emoticon16:

Minhas limitações são obviamente derivadas da falta de mais conhecimentos junto com uma certa forma de ''ver'' as coisas, que talvez devesse ser alterada, reestruturada.

Na verdade lidar com conhecimentos novos é difícil porque implicaria em descartar coisas outras há muito tempo entranhadas, teimosas, dentro de mim.
Isso tudo se traduz em um limite de percepção para mim, um entrave temporário que só poderá ser removido às custas de muita leitura e entendimento.

Como disse antes, cheguei ao meu limite por agora, espero poder expandir meu universo de conhecimentos para ser capaz de também empurrar esse limite bem lá para frente e assim ir mais além, ainda que corra o risco de andar por caminhos errados, sempre se pode rever, corrigir, fazer com que aquilo que eu penso como válido esteja de acordo com as observações da ciência, caso contrário, descartá-los, ainda que pareçam tão elegantes.

Talvez eu tenha um certo potencial para desenvolver (grato por me dizer isso Nelson), mas devido ao pouco tempo disponível atualmente, não consigo participar das discussões como gostaria, soma-se à isso um pouco de receio de parecer ''fora do contexto'' (fantasia demais, ciência de menos), e minha ambição quanto à expor minhas idéias por aqui se anula um bocado.

Vamos à evolução, portanto, seja lá aonde ela possa nos levar.

Abraços!
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)

Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!

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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Márcio escreveu: Bem! Quevedo. Ops! Nelson. :emoticon16:

Minhas limitações são obviamente derivadas da falta de mais conhecimentos junto com uma certa forma de ''ver'' as coisas, que talvez devesse ser alterada, reestruturada.

Na verdade lidar com conhecimentos novos é difícil porque implicaria em descartar coisas outras há muito tempo entranhadas, teimosas, dentro de mim.
Isso tudo se traduz em um limite de percepção para mim, um entrave temporário que só poderá ser removido às custas de muita leitura e entendimento.

Como disse antes, cheguei ao meu limite por agora, espero poder expandir meu universo de conhecimentos para ser capaz de também empurrar esse limite bem lá para frente e assim ir mais além, ainda que corra o risco de andar por caminhos errados, sempre se pode rever, corrigir, fazer com que aquilo que eu penso como válido esteja de acordo com as observações da ciência, caso contrário, descartá-los, ainda que pareçam tão elegantes.

Talvez eu tenha um certo potencial para desenvolver (grato por me dizer isso Nelson), mas devido ao pouco tempo disponível atualmente, não consigo participar das discussões como gostaria, soma-se à isso um pouco de receio de parecer ''fora do contexto'' (fantasia demais, ciência de menos), e minha ambição quanto à expor minhas idéias por aqui se anula um bocado.

Vamos à evolução, portanto, seja lá aonde ela possa nos levar.

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Explore os assuntos ao máximo que puder que seus limites, e os nossos tmb (sem duplo sentido, galera) estarão sempre em expansão.
Abç
Leo

Trancado