Bom, essas são algumas informações que temos:
- Os cérebros de mulheres são cerca de 100 gramas mais leves do que os de homens. A correlação entre QI e tamanho do cérebro é de r ≈ 0.4, uma correlação média, não alta. Homens também possuem maior volume corporal e segundo muitos pesquisadores de inteligência animal, espécies mais inteligentes tendem a ter um alto coeficiente de encefalização, razão entre massa do cérebro e massa do corpo inteiro (isso só não é válido para os animais muito pequenos). Então homens podem acabar não tendo um coeficiente de encefalização tão mais alto assim que mulheres e massa cerebral extra para outras atividades cognitivas úteis.
- Segundo a teoria do psicólogo Geoffrey Miller, cérebros humanos são em grande parte
handicaps, eles são arbitrariamente grandes exaustadores de energia equivalentes a caudas de pavão, que evoluíram por seleção sexual. Por essa tese, seria esperado que homens tivessem cérebros maiores e energeticamente mais custosos que mulheres, o que se verifica.
- O dimorfismo sexual neurológico em humanos manifesta-se em dois grandes eixos segundo o psicólogo Simon Baron-Cohen; homens são melhores sistematizadores, que compõe a arte de organizar, classificar e utilizar sistemas mecânicos. Mulheres são melhores empatizadoras, possuem uma teoria da mente mais aprimorada para detectar intenções e motivações de outras pessoas. Somente fatores socio-culturais não poderiam explicar por exemplo por quê existem mais engenheiros homens e pedagogas mulheres.
- Bom, agora vamos para a
parte mais controversa; estudos publicados mostram que em média, mulheres possuem um
fator g de inteligência um pouco inferior ao de homens. Existem muito mais homens do que mulheres com pontos de QI extremamente altos e em média, homens marcam alguns poucos pontos de QI a mais do que mulheres.
Bom, como que aqueles que não concordam com essas conclusões respondem a esses dados?
Os que aceitam a validade da metodologia dos testes de QI como bom indicativo para "inteligência" argumentam que existem problemas com a forma como os testes foram efetuados. Por exemplo, podem criticar que a amostragem estatística não foi significativa - tendo algum viés favorecendo homens - ou que a meta-análise de muitos testes foi contaminada por um número maior do que a média de testes com resultados favoráveis para a tese.
Outra forma interessante de criticar os resultados é alegar que por conta de fatores socio-culturais, mulheres não são tão estimuladas intelectualmente quanto homens no período em que vivemos. Curiosamente, nos Estados Unidos, existem mais mulheres matriculadas em instituições de ensino superior do que homens.
E é claro, há o grupo dos que julgam que os testes de QI não são bons mensuradores de inteligência média porque avaliam determinadas competências mentais como raciocínio lógico-espacial mas deixam outras do lado como sociabilidade, a metodologia pode possuir um viés masculinio, o que é bem provável.
Os que rejeitam esse paradigma podem adotar outro que é o das "múltiplas inteligências", mas também existem
críticos desses críticos que realizaram pesquisas concluindo que existe uma correlação alta entre um índice alto entre determinado tipo de "inteligência" proposta, como habilidade musical, e o
fator g.
Tirem suas conclusões.