Apocaliptica escreveu:André,
Já te falei uma vez: és um idealista. Precisa aceitar a realidade como ela é. É utopia pensar neste modelo, até porque vejo muita ideologia nesta tua visão acerca das empresas privadas, e quase nenhuma vião real a respeito da máquina estatal, esta sim, bandida.
Patrimônio não é raiz de corrupção, quando dignamente conseguido através de trabalho e mérito.
Já falei milhares de vezes aqui e vou falar de novo: O crescimento individual pode ser benéfico para o crescimento do todo,desde que todos tenham condições, estímulo e força de vontade para progredir.
O que não acontece na nossa cultura, que prefere se vitimizar e repetir a papagaiada da falta de oportunidades, a culpa das elites, blablabla. Confundem o empresário que´gera riqueza e dá empregos, paga cursos, estimula o crescimento e apóia sim ações sociais ( não as esmolinhas populistas dos governos paternalistas interessados em votos, que fazem programinhas de inclusão inuteis, como as tais oficinas de capoeira,reciclagem de sucata, essas drogas que mantêm os pobres mais pobres e mais inúteis ainda), mas ações empreendedoras voltadas ao mercado e ao crescimento acadêmico de seus executivos por exemplo, assim como apostar em seus talentos, e no apoio verdadeiro às novas gerações de jovens entrantes no mercado de trabalho, com um inescrupuloso oportunista.
E confundem elite intelectual e social, classes média e alta, trabalhadora e geradora de crescimento, com elite politica podre no poder, quando elas não têm a mesma origem e nem os mesmo méritos. Chega-se ao poder político por meios políticos. E se vira elite dominante, corrupta e imoral.
E André...NÃO EXISTE CONTROLE POPULAR...nosso povo é crédulo e crente, historicamente mantido na ignorância, não pelas elites economicamente ativas, mas pelas elites politicamente safadas, como Lulla analfabeto e sua corja, que nunca foram elite e agora, pelas mãos do povo inocente que jura ou jurou estar fazendo um revolução, colocou o cara e sua turma no poder.
Que controle popular? Ninguém neste país sabe de nada, somos um povo indolente, esperançoso e que ainda se gaba de ser feliz, um grande paradoxo que só pode dar nisto: desdentados que riem à toa.
Sobre ser idealista: Em relação ao futuro sou sim e não tenho problema algum em admitir. Em relação ao presente e ao passado sigo o realismo político que começou a ser definido por Maquiavel.
O que falei não é patrimônio. Reveja é "patrimonialismo" que é uma prática das elites políticas brasileiras que administram o público como se fosse o privado. Gente estilo ACM, que em menor escala é super comum no PFL, e em vários outros partidos. E muitas vezes independe do partido, pois os políticos tendem a se adaptar ao sistema que está e dar prosseguimento.
Sobre o que vc fala aqui "O crescimento individual pode ser benéfico para o crescimento do todo,desde que todos tenham condições, estímulo e força de vontade para progredir."
O grande problema é que uma grande parcela não tem as condições, não tem atendidas nem as necessidades básicas. O Estado se possível com a ajuda da iniciativa privada tem que prover isso. Para tanto uma serie de reformas políticas no sistema são necessárias. Sem essas não vejo saída. Se vc tem idéia melhor pode dizer. E um liberal Robert Rorty dizia "Somente devemos abandonar uma Utopia por outra, ainda melhor". E nisso concordo com ele.
Sobre suas descrições dos empresários concordo tem dos dois tipos. O primeiro tipo empreendedor deve ser auxiliado, e o outro deve conhecer as restrições das leis, e quando infringir ser punido. Porém todos e ai não empresários enquanto indivíduos mas empresas, devem ser submetidos a princípios que visem o bem comum. Por isso questões ecológicas, direitos dos trabalhadores, são tão importantes. Sobre as iniciativas que falou sou favorável a parcerias com empresas, para que essas contribuam com a comunidade, e tem formas do Estado incentivar isso. Bom comportamento deve ser incentivado e não apenas comportamento ruim punido. Pois a negligencia o fazer nada solidário tende a ser mais facil, logo isso deve ser estimulado em todas as frentes. Além de políticas para a melhor distribuição das riquezas. No Brasil a concentração da riqueza é muito elevada.
Eu não estou confundindo as elites. Falo claramente das elites políticas, em sua maioria comprometidas, e das elites econômicas, que assim como as elites políticas tem lá suas exceções, mas tb tem seus inescrupulosos componentes.
A ausencia de controle popular existe por dois motivos. O primeiro vc já destacou a falta de educação. Esse alias é um dos motivos que enveredei pelo caminho dos educadores, embora ainda esteja em inicio, recém saído da faculdade, e mais me dedicando a pesquisa.Embora se conseguir-se uma chance boa, em um colégio bom, gostaria muito já que tive oportunidades (em estágios, professor substituto...). O segundo é a forma do Estado da Democracia Representativa. Em que muito poder é concentrado nos políticos, que ficam distantes da população. Ampliação da democracia seria o inicio de uma caminhada para aceleração da educação política.
Ao mesmo tempo educação formal tem que andar. Já universalizamos a educação, ótimo, mas insuficiente. A qualidade do ensino ainda é baixa. Professores tem que ter melhores condições de trabalho, melhores salários, e serem cobrados, assim como os alunos, para obtenção de melhor qualidade. Até pq com isso da pra cobrar, sem isso a cobrança é oca.
Se conseguirmos fazer as duas formas de educação andarem, acredito que as coisas podem mudar, podem melhorar. Existe a possibilidade. Embora deveras improvável, tendo em vista o estado das coisas, infelizmente.