O que é a metafísica?
O que é a metafísica?
O que é a metafísica?
Richard Taylor
É costume dizer-se que cada um tem a sua filosofia e até que todos os homens têm opiniões metafísicas. Nada poderia ser mais tolo. É verdade que todos os homens têm opiniões, e que algumas delas — tais como as opiniões sobre religião, moral e o sentido da vida — confinam com a filosofia e a metafísica, mas raros são os homens que possuem qualquer concepção de filosofia e ainda menos os que têm qualquer noção de metafísica.
William James definiu algures a metafísica como "apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza". Não são muitas as pessoas que assim pensam, excepto quando os seus interesses práticos estão envolvidos. Não têm necessidade de assim pensar e, daí, não sentem qualquer propensão para o fazer. Exceptuando algumas raras almas meditativas, os homens percorrem a vida aceitando como axiomas, simplesmente, aquelas questões da existência, propósito e sentido que aos metafísicos parecem sumamente intrigantes. O que sobretudo exige a atenção de todas as criaturas, e de todos os homens, é a necessidade de sobreviver e, uma vez isso razoavelmente assegurado, a necessidade de existir com toda a segurança possível. Todo o pensamento começa aí, e a sua maior parte cessa aí. Sentimo-nos mais à vontade para pensar como fazer isto ou aquilo. Por isso a engenharia, a política e a indústria são muito naturais aos homens. Mas a metafísica não se interessa, de modo algum, pelos "comos" da vida mas antes apenas pelos "porquês", pelas questões que é perfeitamente fácil jamais formular durante uma vida inteira.
Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade nem dogmatismo, nos mais básicos problemas da existência. Os problemas são básicos no sentido em que são fundamentais e muita coisa depende deles. A religião, por exemplo, não é metafísica; e, entretanto, se a teoria metafísica do materialismo fosse verdadeira, e assim fosse um facto que os homens não têm alma, então grande parte da religião soçobraria diante desse facto. Também a filosofia moral não é metafísica e, contudo, se as teorias metafísicas do determinismo ou do fatalismo fossem verdadeiras, então muitos dos nossos pressupostos tradicionais seriam refutados por essas verdades. Similarmente, a lógica não é metafísica e, contudo, se se apurasse que, em virtude da natureza do tempo, algumas asserções não são verdadeiras nem falsas, isso acarretaria sérias implicações para a lógica tradicional.
Isto sugere, contrariamente ao que em geral se supõe, que a metafísica é um alicerce da filosofia e não o seu coroamento. Se for longamente exercido, o pensamento filosófico tende a resolver-se em problemas metafísicos básicos. Por isso o pensamento metafísico é difícil. Com efeito, seria provavelmente correcto afirmar que o fruto do pensamento metafísico não é o conhecimento, mas a compreensão. As interrogações metafísicas têm respostas e, entre as várias respostas concorrentes, nem todas poderão ser verdadeiras, por certo. Se um homem defende uma teoria materialista e outro a nega, então um desses homens está errado; e o mesmo acontece a todas as outras teorias metafísicas. Contudo, só muito raramente é possível provar e conhecer qual das teorias é a verdadeira. A compreensão, porém — e, por vezes, a parte mais profunda dela — resulta de se ver dificuldades persistentes em opiniões que frequentemente parecem, com outras bases, ser muito obviamente verdadeiras. É por essa razão que um homem pode ser um sábio metafísico sem que, não obstante, sustente suas opiniões e juízos em conceitos metafísicos. Tal homem pode ver tudo o que um dogmático metafísico vê, e pode entender todas as razões para afirmar o que outro homem afirma com tamanha confiança. Mas, ao invés do outro, também vê algumas razões para duvidar e, assim, ele é, como Sócrates, o mais sábio, mesmo em sua profissão de ignorância. Advirta-se o leitor, neste particular, de que quando ouvir um filósofo proclamar qualquer opinião metafísica com grande confiança, ou o ouvir afirmar que determinada coisa, em metafísica, é óbvia, ou que algum problema metafísico gravita apenas em torno de confusões de conceitos ou de significados de palavras, então poderá estar inteiramente certo de que esse homem está infinitamente distante do entendimento filosófico. Suas opiniões parecem isentas de dificuldades apenas porque ele se recusa obstinadamente a ver as dificuldades.
Um problema metafísico é inseparável dos seus dados, pois são estes que, em primeiro lugar, dão origem ao problema. Ora o datum, ou dado, significa literalmente algo que nos é oferecido, posto à nossa disposição. Assim, tomamos como dado de um problema certas convicções elementares do senso comum que todos ou a maioria dos homens estão aptos a sustentar com alguma persuasão íntima, antes da reflexão filosófica, e teriam relutância em abandonar. Não são teorias filosóficas, pois estas são o produto da reflexão filosófica e, usualmente, resultam da tentativa de conciliar certos dados entre si. São, pelo contrário, pontos de partida para teorias, as coisas por onde se começa, visto que, para que se consiga alguma coisa, devemos começar por alguma coisa, e não se pode gastar o tempo todo apenas começando. Observou Aristóteles: "Procurar a prova de assuntos que já possuem evidência mais clara do que qualquer prova pode fornecer é confundir o melhor com o pior, o plausível com o implausível e o básico com o derivativo," (Física, Livro VIII, Cap. 3 ). Exemplos de dados metafísicos são as crenças que todos os homens possuem, independentemente da filosofia, de que existem, de que têm um corpo, de que lhes cabe algumas vezes uma opção entre cursos alternativos de ação, de que por vezes deliberam sobre tais cursos, de que envelhecem e morrerão algum dia, etc. Um problema metafísico surge quando se verifica que tais dados não parecem concordar entre si, que têm, aparentemente, implicações inconsistentes entre si. A tarefa, então, é encontrar uma teoria adequada à eliminação desses conflitos.
Talvez convenha observar que os dados, como os considero, não são coisas necessariamente verdadeiras nem evidentes em si. De fato, se o conflito entre certas convicções do senso comum não for tão-só aparente, mas real, então algumas dessas convicções estão fadadas a ser falsas, embora possam, não obstante, ser tidas na conta de dados até que sua falsidade se descubra. É isso o que torna emocionante, por vezes, a metafísica; nomeadamente, o fato de sermos coagidos, algumas vezes, a abandonar certas opiniões que sempre havíamos considerado óbvias. Contudo, a metafísica tem de começar por alguma coisa e, como não pode começar, obviamente, pelas coisas que já estão provadas, deve começar pelas coisas em que as pessoas acreditam; e a confiança com que uma pessoa sustenta as suas teorias metafísicas não pode ser maior do que a confiança que deposita nos dados em que aquelas repousam.
Ora, o intelecto do homem não é tão forte quanto a sua vontade, e os homens, geralmente, acreditam no que querem acreditar, particularmente quando essas crenças parecem dar valor a si mesmos e às suas actividades. A sabedoria não é, pois, o que os homens buscam em primeiro lugar. Procuram, outrossim, uma justificação para aquilo de que por acaso gostam. Não surpreende, portanto, que os principiantes em filosofia, e mesmo os que já não são principiantes, tenham uma acentuada inclinação para se apegarem a uma teoria que os atraia, em face de dados conflituantes, e neguem por vezes a veracidade dos dados, apenas por aquela razão. Tal atitude dificilmente se pode considerar propícia à sabedoria. Assim, não é incomum encontrarmos pessoas que, dizem, querem ardentemente acreditar na teoria do determinismo e que, partindo desse desejo, negam, simplesmente, a verdade de quaisquer dados que com ela colidam. Os dados, por outras palavras, são meramente ajustados à teoria, em vez de a teoria aos dados. Mas deve-se insistir ainda que é pelos dados, e não pela teoria, que se terá de começar; pois se não partirmos de pressupostos razoavelmente plausíveis, onde irmos obter a teoria, senão no que os nossos corações desejam? Mais cedo ou mais tarde poderemos ter de abandonar alguns dos dados do nosso senso comum, mas, ao fazê-lo, será em consideração a certas outras crenças do senso comum que temos ainda maior relutância em abandonar e não em deferência pelas teorias filosóficas que nos atraem.
O leitor é exortado, portanto, ao acompanhar os pensamentos que se seguem, a suspender os seus juízos sobre as verdades finais das coisas, uma vez que, provavelmente, nem o leitor nem qualquer outra pessoa sabe quais são essas verdades, e a contentar-se com a apreciação dos problemas da metafísica. Este é o primeiro e sempre o mais difícil passo. O resto da verdade, se alguma vez tiver a boa fortuna de receber uma parte dela, chegar-lhe-á do seu próprio íntimo, se acaso chegar, e não da leitura de livros.
O ensaio que se segue constitui uma introdução — literalmente, um "encaminhamento" — à metafísica. Não é uma análise das concepções predominantes, e o leitor buscará em vão os nomes dos grandes pensadores ou o resumo das opiniões que eles defenderam. Os problemas metafísicos vão sendo trazidos à tona, e o leitor é simplesmente convidado a pensar neles de acordo com as diretrizes sugeridas. É por essa razão que, ao desenvolver os problemas mais estreitamente associados com o eu ou a pessoa e os seus poderes, particularmente nos primeiros três capítulos, a estilisticamente discutível primeira pessoa do singular, "Eu", é empregada com frequência, à maneira das Meditações de Descartes. O leitor compreenderá que as ideias dessa forma apresentadas têm por intuito significar as suas próprias e não quaisquer reflexões autobiográficas do autor.
Richard Taylor
Retirado de Metaphysics (Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992)
Copyright © 1997–2005 criticanarede.com · ISSN 1749-8457
Direitos reservados. Não reproduza sem citar a fonte.
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Richard Taylor
É costume dizer-se que cada um tem a sua filosofia e até que todos os homens têm opiniões metafísicas. Nada poderia ser mais tolo. É verdade que todos os homens têm opiniões, e que algumas delas — tais como as opiniões sobre religião, moral e o sentido da vida — confinam com a filosofia e a metafísica, mas raros são os homens que possuem qualquer concepção de filosofia e ainda menos os que têm qualquer noção de metafísica.
William James definiu algures a metafísica como "apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza". Não são muitas as pessoas que assim pensam, excepto quando os seus interesses práticos estão envolvidos. Não têm necessidade de assim pensar e, daí, não sentem qualquer propensão para o fazer. Exceptuando algumas raras almas meditativas, os homens percorrem a vida aceitando como axiomas, simplesmente, aquelas questões da existência, propósito e sentido que aos metafísicos parecem sumamente intrigantes. O que sobretudo exige a atenção de todas as criaturas, e de todos os homens, é a necessidade de sobreviver e, uma vez isso razoavelmente assegurado, a necessidade de existir com toda a segurança possível. Todo o pensamento começa aí, e a sua maior parte cessa aí. Sentimo-nos mais à vontade para pensar como fazer isto ou aquilo. Por isso a engenharia, a política e a indústria são muito naturais aos homens. Mas a metafísica não se interessa, de modo algum, pelos "comos" da vida mas antes apenas pelos "porquês", pelas questões que é perfeitamente fácil jamais formular durante uma vida inteira.
Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade nem dogmatismo, nos mais básicos problemas da existência. Os problemas são básicos no sentido em que são fundamentais e muita coisa depende deles. A religião, por exemplo, não é metafísica; e, entretanto, se a teoria metafísica do materialismo fosse verdadeira, e assim fosse um facto que os homens não têm alma, então grande parte da religião soçobraria diante desse facto. Também a filosofia moral não é metafísica e, contudo, se as teorias metafísicas do determinismo ou do fatalismo fossem verdadeiras, então muitos dos nossos pressupostos tradicionais seriam refutados por essas verdades. Similarmente, a lógica não é metafísica e, contudo, se se apurasse que, em virtude da natureza do tempo, algumas asserções não são verdadeiras nem falsas, isso acarretaria sérias implicações para a lógica tradicional.
Isto sugere, contrariamente ao que em geral se supõe, que a metafísica é um alicerce da filosofia e não o seu coroamento. Se for longamente exercido, o pensamento filosófico tende a resolver-se em problemas metafísicos básicos. Por isso o pensamento metafísico é difícil. Com efeito, seria provavelmente correcto afirmar que o fruto do pensamento metafísico não é o conhecimento, mas a compreensão. As interrogações metafísicas têm respostas e, entre as várias respostas concorrentes, nem todas poderão ser verdadeiras, por certo. Se um homem defende uma teoria materialista e outro a nega, então um desses homens está errado; e o mesmo acontece a todas as outras teorias metafísicas. Contudo, só muito raramente é possível provar e conhecer qual das teorias é a verdadeira. A compreensão, porém — e, por vezes, a parte mais profunda dela — resulta de se ver dificuldades persistentes em opiniões que frequentemente parecem, com outras bases, ser muito obviamente verdadeiras. É por essa razão que um homem pode ser um sábio metafísico sem que, não obstante, sustente suas opiniões e juízos em conceitos metafísicos. Tal homem pode ver tudo o que um dogmático metafísico vê, e pode entender todas as razões para afirmar o que outro homem afirma com tamanha confiança. Mas, ao invés do outro, também vê algumas razões para duvidar e, assim, ele é, como Sócrates, o mais sábio, mesmo em sua profissão de ignorância. Advirta-se o leitor, neste particular, de que quando ouvir um filósofo proclamar qualquer opinião metafísica com grande confiança, ou o ouvir afirmar que determinada coisa, em metafísica, é óbvia, ou que algum problema metafísico gravita apenas em torno de confusões de conceitos ou de significados de palavras, então poderá estar inteiramente certo de que esse homem está infinitamente distante do entendimento filosófico. Suas opiniões parecem isentas de dificuldades apenas porque ele se recusa obstinadamente a ver as dificuldades.
Um problema metafísico é inseparável dos seus dados, pois são estes que, em primeiro lugar, dão origem ao problema. Ora o datum, ou dado, significa literalmente algo que nos é oferecido, posto à nossa disposição. Assim, tomamos como dado de um problema certas convicções elementares do senso comum que todos ou a maioria dos homens estão aptos a sustentar com alguma persuasão íntima, antes da reflexão filosófica, e teriam relutância em abandonar. Não são teorias filosóficas, pois estas são o produto da reflexão filosófica e, usualmente, resultam da tentativa de conciliar certos dados entre si. São, pelo contrário, pontos de partida para teorias, as coisas por onde se começa, visto que, para que se consiga alguma coisa, devemos começar por alguma coisa, e não se pode gastar o tempo todo apenas começando. Observou Aristóteles: "Procurar a prova de assuntos que já possuem evidência mais clara do que qualquer prova pode fornecer é confundir o melhor com o pior, o plausível com o implausível e o básico com o derivativo," (Física, Livro VIII, Cap. 3 ). Exemplos de dados metafísicos são as crenças que todos os homens possuem, independentemente da filosofia, de que existem, de que têm um corpo, de que lhes cabe algumas vezes uma opção entre cursos alternativos de ação, de que por vezes deliberam sobre tais cursos, de que envelhecem e morrerão algum dia, etc. Um problema metafísico surge quando se verifica que tais dados não parecem concordar entre si, que têm, aparentemente, implicações inconsistentes entre si. A tarefa, então, é encontrar uma teoria adequada à eliminação desses conflitos.
Talvez convenha observar que os dados, como os considero, não são coisas necessariamente verdadeiras nem evidentes em si. De fato, se o conflito entre certas convicções do senso comum não for tão-só aparente, mas real, então algumas dessas convicções estão fadadas a ser falsas, embora possam, não obstante, ser tidas na conta de dados até que sua falsidade se descubra. É isso o que torna emocionante, por vezes, a metafísica; nomeadamente, o fato de sermos coagidos, algumas vezes, a abandonar certas opiniões que sempre havíamos considerado óbvias. Contudo, a metafísica tem de começar por alguma coisa e, como não pode começar, obviamente, pelas coisas que já estão provadas, deve começar pelas coisas em que as pessoas acreditam; e a confiança com que uma pessoa sustenta as suas teorias metafísicas não pode ser maior do que a confiança que deposita nos dados em que aquelas repousam.
Ora, o intelecto do homem não é tão forte quanto a sua vontade, e os homens, geralmente, acreditam no que querem acreditar, particularmente quando essas crenças parecem dar valor a si mesmos e às suas actividades. A sabedoria não é, pois, o que os homens buscam em primeiro lugar. Procuram, outrossim, uma justificação para aquilo de que por acaso gostam. Não surpreende, portanto, que os principiantes em filosofia, e mesmo os que já não são principiantes, tenham uma acentuada inclinação para se apegarem a uma teoria que os atraia, em face de dados conflituantes, e neguem por vezes a veracidade dos dados, apenas por aquela razão. Tal atitude dificilmente se pode considerar propícia à sabedoria. Assim, não é incomum encontrarmos pessoas que, dizem, querem ardentemente acreditar na teoria do determinismo e que, partindo desse desejo, negam, simplesmente, a verdade de quaisquer dados que com ela colidam. Os dados, por outras palavras, são meramente ajustados à teoria, em vez de a teoria aos dados. Mas deve-se insistir ainda que é pelos dados, e não pela teoria, que se terá de começar; pois se não partirmos de pressupostos razoavelmente plausíveis, onde irmos obter a teoria, senão no que os nossos corações desejam? Mais cedo ou mais tarde poderemos ter de abandonar alguns dos dados do nosso senso comum, mas, ao fazê-lo, será em consideração a certas outras crenças do senso comum que temos ainda maior relutância em abandonar e não em deferência pelas teorias filosóficas que nos atraem.
O leitor é exortado, portanto, ao acompanhar os pensamentos que se seguem, a suspender os seus juízos sobre as verdades finais das coisas, uma vez que, provavelmente, nem o leitor nem qualquer outra pessoa sabe quais são essas verdades, e a contentar-se com a apreciação dos problemas da metafísica. Este é o primeiro e sempre o mais difícil passo. O resto da verdade, se alguma vez tiver a boa fortuna de receber uma parte dela, chegar-lhe-á do seu próprio íntimo, se acaso chegar, e não da leitura de livros.
O ensaio que se segue constitui uma introdução — literalmente, um "encaminhamento" — à metafísica. Não é uma análise das concepções predominantes, e o leitor buscará em vão os nomes dos grandes pensadores ou o resumo das opiniões que eles defenderam. Os problemas metafísicos vão sendo trazidos à tona, e o leitor é simplesmente convidado a pensar neles de acordo com as diretrizes sugeridas. É por essa razão que, ao desenvolver os problemas mais estreitamente associados com o eu ou a pessoa e os seus poderes, particularmente nos primeiros três capítulos, a estilisticamente discutível primeira pessoa do singular, "Eu", é empregada com frequência, à maneira das Meditações de Descartes. O leitor compreenderá que as ideias dessa forma apresentadas têm por intuito significar as suas próprias e não quaisquer reflexões autobiográficas do autor.
Richard Taylor
Retirado de Metaphysics (Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992)
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"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
Re: O que é a metafísica?
Tem uma definição que ouvi de um colega de ginásio durante as aulas de Filosofia.
A professora perguntou:
_ O que é Metafísica.
E ele respondeu:
Ah! Sei lá. Deve ser metade da Física...
A professora perguntou:
_ O que é Metafísica.
E ele respondeu:
Ah! Sei lá. Deve ser metade da Física...
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- Registrado em: 14 Dez 2005, 14:47
Re.: O que é a metafísica?
A Metafíca gera muitas ideias e nao é dogmática. Mas como dizia o Físico Robert Wood: "A diferença entre o Físico e o Metafísico, é que o metafísico nao tem laboratório." Enquanto o Físico pode testar ideias e deitar fora as que sao erradas, o Metafísico nao pode jogar nada fora de forma definitiva. E assim fica atolado... a verborreia aumenta... e no fim de cada ciclo aparece sempre alguém a declarar a morte da Metafísica. Buda foi o primeiro a amaldiçoar a metafísica. O Fernando Pessoa (AKA Alberto Caeiro) também o fez á sua maneira, neste Poema:
O MISTÉRIO DAS COUSAS:
Há Metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber o que não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo" ...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas,
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De que, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
O MISTÉRIO DAS COUSAS:
Há Metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber o que não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo" ...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas,
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De que, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Editado pela última vez por Tempest Storm em 17 Dez 2005, 01:45, em um total de 1 vez.
Re.: O que é a metafísica?
òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
"Uau! O Brasil é grande"
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
- Vito Álvaro
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Re: Re.: O que é a metafísica?
Perseus escreveu:òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?

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A metafísica é uma análise do ser enquanto ser.Ela inicia sua análise na observaçâo da experiência cotidiana para concluir que a lei do ser é o mais fundamental princípio da realidade.O que nâo existe nâo tem potência nem movimento e portanto nâo pode interagir com a existência.
Tchau e obrigado pela atençâo...
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Re.: O que é a metafísica?
Viva Pensador... 

Re.: O que é a metafísica?
Tem certeza, pensador? O que eu conheço por metafísica não é exatamente isso. Aliás, pelo contrário, define-se exatamente pela aversão à análise de observações.
Metafísica aristotélica era, até onde sei, a investigação ou análise remota de conceitos primários ou fundamentais, que não seja sujeitas à nenhum tipo de experiência empírica ou sensível, sendo portanto, inspirados, e não concluídos. Seria uma análise da natureza fundamental do ser, independente de seu contato com o mundo.
O conceito segue mais ou menos inalterado até a chegada da metafísica kantiana, quando passa a ser a enunciação especulativa, portanto mais uma vez independente de experimentação, já que trata de "realidades" supra-empíricas, sobre princípios fundamentais que permitem, uma vez estabelecidos, a investigação sobre a realidade empírica. O exemplo que ele cita é o conceito de "espaço". A rigor, espaço define-se, tactilmente, pela ausência de constrições a um determinado *ser*, que não confronta choques em suas fronteiras. Mas a experiência táctil, no caso, é o choque com objetos, não o espaço em si. Imaginar espaço vazio seria, então, uma experiência apriorística, não táctil ou sensível... mas conhecimento puro, saber "per se", e não uma indução dos sentidos; pois o vazio, por definição, não pode ser experimentado.
Por fim, diante do materialismo moderno, fala-se pejorativamente em metafísica como qualquer teoria (embora normalmente trate de axiomas ou postulados) que seja desprovida mesmo da possibilidade de verificabilidade ou averiguação empírica, questionando-se, portanto, se existem quaisquer maneiras de conter a arbitrariedade, parcialidade ou dogmatismo dos autores da tese. Metafísicas passam a ser conceitos em cheque, por sua falta de autonomia diante de seus autores.
T+
Metafísica aristotélica era, até onde sei, a investigação ou análise remota de conceitos primários ou fundamentais, que não seja sujeitas à nenhum tipo de experiência empírica ou sensível, sendo portanto, inspirados, e não concluídos. Seria uma análise da natureza fundamental do ser, independente de seu contato com o mundo.
O conceito segue mais ou menos inalterado até a chegada da metafísica kantiana, quando passa a ser a enunciação especulativa, portanto mais uma vez independente de experimentação, já que trata de "realidades" supra-empíricas, sobre princípios fundamentais que permitem, uma vez estabelecidos, a investigação sobre a realidade empírica. O exemplo que ele cita é o conceito de "espaço". A rigor, espaço define-se, tactilmente, pela ausência de constrições a um determinado *ser*, que não confronta choques em suas fronteiras. Mas a experiência táctil, no caso, é o choque com objetos, não o espaço em si. Imaginar espaço vazio seria, então, uma experiência apriorística, não táctil ou sensível... mas conhecimento puro, saber "per se", e não uma indução dos sentidos; pois o vazio, por definição, não pode ser experimentado.
Por fim, diante do materialismo moderno, fala-se pejorativamente em metafísica como qualquer teoria (embora normalmente trate de axiomas ou postulados) que seja desprovida mesmo da possibilidade de verificabilidade ou averiguação empírica, questionando-se, portanto, se existem quaisquer maneiras de conter a arbitrariedade, parcialidade ou dogmatismo dos autores da tese. Metafísicas passam a ser conceitos em cheque, por sua falta de autonomia diante de seus autores.
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Re: Re.: O que é a metafísica?
FredLC:
A metafísica transcende a observaçâo em suas conclusôes e nâo necessariamente na base ou origem de seu conhecimento.
Geralmente argumentos cosmológicos para a existência de Deus dependem fundamentalmente da premissa de que existem seres dependentes e contingentes no universo em oposiçâo à tese de que nenhum ser contingente existe.E este dado só pode ser adquirido por meio da experiência empírica,de outra forma ele é arbitrártio e inconsistente.A observaçâo entâo providencia a matéria prima do conhecimento enquanto que as premissas construídas sobre os dados empíricos ìnduz à uma conclusâo metafísica.
Aristóteles falou sobre causas materiais,causas finais e causas eficientes e nenhum destes conceitos poderiam ser elaborados sem fundamentaçâo empírica.Uma causa material,por exemplo, é literalmente a constituiçâo ou composiçâo física de um objeto material.
Kant tentou aniquilar a base epistemológica da metafísica e de toda possibilidade de cogniçâo veraz acerda da realidade.Por isso mesmo é que ele desvalorizou o método empírico.Contudo ele implantou uma revoluçâo nos parâmetros filosóficos da qual Aristóteles com certeza nâo compartilhou pois a ideologia de Kant era abertamente antimetafísica.
O problema é que nâo existe espaço vazio na acepçâo restrita do termo.Por exemplo,se considerarmos o espaço intergaláctico existe uma pluraridade de partículas subatômicas interagindo.
Logo o exemplo do espaço é puramente teórico mas nâo tem qualquer valor prático.
O acgnosticismo e o agnosticosmo brotaram da cosmovisâo moderna sbore epistemologia.No entanto,contraditoriamente,o empirismo atual se funda sobre princípios metafísicos,universais e inverificáveis:Princípio da verificabilidade empírica,princípio da falseabilidade,etc.Portanto a tentativa moderna de destruir a base epistemológica da metafísica é contraproducente pois se vale de princípios metafísicos com o intuito de derrubar a metafísica.
Um grande abraço.
Tem certeza, pensador? O que eu conheço por metafísica não é exatamente isso. Aliás, pelo contrário, define-se exatamente pela aversão à análise de observações.
A metafísica transcende a observaçâo em suas conclusôes e nâo necessariamente na base ou origem de seu conhecimento.
Geralmente argumentos cosmológicos para a existência de Deus dependem fundamentalmente da premissa de que existem seres dependentes e contingentes no universo em oposiçâo à tese de que nenhum ser contingente existe.E este dado só pode ser adquirido por meio da experiência empírica,de outra forma ele é arbitrártio e inconsistente.A observaçâo entâo providencia a matéria prima do conhecimento enquanto que as premissas construídas sobre os dados empíricos ìnduz à uma conclusâo metafísica.
Metafísica aristotélica era, até onde sei, a investigação ou análise remota de conceitos primários ou fundamentais, que não seja sujeitas à nenhum tipo de experiência empírica ou sensível, sendo portanto, inspirados, e não concluídos. Seria uma análise da natureza fundamental do ser, independente de seu contato com o mundo.
Aristóteles falou sobre causas materiais,causas finais e causas eficientes e nenhum destes conceitos poderiam ser elaborados sem fundamentaçâo empírica.Uma causa material,por exemplo, é literalmente a constituiçâo ou composiçâo física de um objeto material.
O conceito segue mais ou menos inalterado até a chegada da metafísica kantiana, quando passa a ser a enunciação especulativa, portanto mais uma vez independente de experimentação, já que trata de "realidades" supra-empíricas, sobre princípios fundamentais que permitem, uma vez estabelecidos, a investigação sobre a realidade empírica.
Kant tentou aniquilar a base epistemológica da metafísica e de toda possibilidade de cogniçâo veraz acerda da realidade.Por isso mesmo é que ele desvalorizou o método empírico.Contudo ele implantou uma revoluçâo nos parâmetros filosóficos da qual Aristóteles com certeza nâo compartilhou pois a ideologia de Kant era abertamente antimetafísica.
O exemplo que ele cita é o conceito de "espaço". A rigor, espaço define-se, tactilmente, pela ausência de constrições a um determinado *ser*, que não confronta choques em suas fronteiras. Mas a experiência táctil, no caso, é o choque com objetos, não o espaço em si. Imaginar espaço vazio seria, então, uma experiência apriorística, não táctil ou sensível... mas conhecimento puro, saber "per se", e não uma indução dos sentidos; pois o vazio, por definição, não pode ser experimentado.
O problema é que nâo existe espaço vazio na acepçâo restrita do termo.Por exemplo,se considerarmos o espaço intergaláctico existe uma pluraridade de partículas subatômicas interagindo.
Logo o exemplo do espaço é puramente teórico mas nâo tem qualquer valor prático.
Por fim, diante do materialismo moderno, fala-se pejorativamente em metafísica como qualquer teoria (embora normalmente trate de axiomas ou postulados) que seja desprovida mesmo da possibilidade de verificabilidade ou averiguação empírica, questionando-se, portanto, se existem quaisquer maneiras de conter a arbitrariedade, parcialidade ou dogmatismo dos autores da tese. Metafísicas passam a ser conceitos em cheque, por sua falta de autonomia diante de seus autores.
O acgnosticismo e o agnosticosmo brotaram da cosmovisâo moderna sbore epistemologia.No entanto,contraditoriamente,o empirismo atual se funda sobre princípios metafísicos,universais e inverificáveis:Princípio da verificabilidade empírica,princípio da falseabilidade,etc.Portanto a tentativa moderna de destruir a base epistemológica da metafísica é contraproducente pois se vale de princípios metafísicos com o intuito de derrubar a metafísica.
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Um grande abraço.
Re: Re.: O que é a metafísica?
Perseus escreveu:òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
O que você não entendeu Holmes?



"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
Re: Re.: O que é a metafísica?
Vito Alvaro escreveu:Perseus escreveu:òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
Vito você não aguentou quando fiz uma simples brincadeira com você.Se você fizer mais uma gracinha saiba que vou responder.Quem gosta de zoar tem que aguentar zoação.Eu gosto,não ligo.Pense bem doravante...

"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
Re: Re.: O que é a metafísica?
emmmcri escreveu:Perseus escreveu:òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
O que você não entendeu Holmes?
![]()
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Nada, pelo simples fato de eu nem ter lido a primeira palavra dessa merda, assim como você.
"Uau! O Brasil é grande"
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Re: Re.: O que é a metafísica?
Perseus escreveu:emmmcri escreveu:Perseus escreveu:òtimo emmcri.
O que é que você conclui do texto, com base nas principais idéias?
O que você não entendeu Holmes?
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Nada, pelo simples fato de eu nem ter lido a primeira palavra dessa merda, assim como você.
Burro...



"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
- Vito Álvaro
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- Registrado em: 17 Out 2005, 13:14
- Localização: Teixeira de Freitas - Ba
Re.: O que é a metafísica?
Emmmmmcrir........
Vamos desafio sobre geologia?
Vamos desafio sobre geologia?
Fórum Realidade === EvoWiki -- Primeiro Wiki === O Espiritismo do Cético -- Segundo Wiki
Status: Ocupadíssimo (Se caso queria me falar, mande MP ou Gmail)
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- Jack Torrance
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Re: Re.: O que é a metafísica?
o pensador escreveu:O acgnosticismo e o agnosticosmo (...)
???

“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE