SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

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Aranha
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SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Aranha »

A que horas as mulheres visitaram o sepulcro?

Mateus: "quando já despontava o primeiro dia da semana" (28:1)
Marcos: "ao levantar do sol" (16:2)
Lucas: "bem de madrugada" (24:1)
João: "sendo ainda escuro" (20:1)

Quem eram as mulheres?

Mateus: Maria Madalena e a outra Maria (28:1)
Marcos: Maria Madalena, Maria a mãe de Tiago, e Salomé (16:1)
Lucas: Maria Madalena, e Joana, e Maria mãe de Tiago; também as outras. (24:10)
João: Maria Madalena (20:1)

Qual era seu propósito?

Mateus: Ver o sepulcro (28:1)
Marcos: Já tinham visto o sepulcro (15:47), trouxeram especiarias (16:1)
Lucas: Já tinham visto o sepulcro (23:55), trouxeram especiarias (24:1)
João: O corpo já tinha sido tratado antes delas chegar. (19:39,40)

O sepulcro estava aberto quando chegaram?

Mateus: Não (28:2)
Marcos: Sim (16:4)
Lucas: Sim (24:2)
João: Sim (20:1)

Quem estava no sepulcro quando chegaram?

Mateus: Um anjo (28:2-7)
Marcos: Um homem jovem (16:5)
Lucas: Dois homens (24:4)
João: Dois anjos (20:12)

Onde esses mensageiros estavam?

Mateus: Anjo sentado na pedra (28:2)
Marcos: Homem jovem sentado dentro, na direita (16:5)
Lucas: Dois homens de pé, dentro (24:4)
João: Dois anjos sentando em cada canto da cama (20:12)

O que o(s) mensageiro(s) disse(ram)?

Mateus: "Não temais vós; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; e ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que vo-lo tenho dito." (28:5-7)
Marcos: "Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse." (16:6-7)
Lucas: "Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja." (24:5-7)
João: "Mulher, por que choras?" (20:13)

As mulheres contaram o que aconteceu?

Mateus: Sim (28:8)
Marcos: Não. "e não disseram nada a ninguém, porque temiam." (16:8)
Lucas: Sim. "anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais." (24:9,22-24)
João: Sim (20:18)

Quando Maria retornou do sepulcro, ela sabia que Jesus tinha ressuscitado?

Mateus: Sim (28:7-8)
Marcos: Sim (16:10,11)
Lucas: Sim (24:6-9,23)
João: Não (20:2)

Quando Maria viu Jesus pela primeira vez?

Mateus: Antes que ela retornasse aos discípulos (28:9)
Marcos: Antes dela retornar aos discípulos (16:9,10)
João: Depois dela retornar aos discípulos (20:2,14)

Jesus podia ser tocado depois da ressurreição?

Mateus: Sim (28:9)
João: Não (20:17), Sim (20:27)

Depois das mulheres, para quem Jesus apareceu primeiro?

Mateus: Aos Onze discípulos (28:16)
Marcos: Dois discípulos no campo, depois para os onze (16:12,14)
Lucas: Dois discípulos em Emaús, depois para os onze (24:13,36)
João: Dez discípulos (Judas e Tomé estavam ausentes) (20:19,24)
Paulo: Primeiro a Cefas (Pedro), depois aos onze. (Onze? Judas estava morto). (1º Corintios 15:5)

Onde Jesus apareceu primeiro para os discípulos?

Mateus: Em uma montanha na Galiléia (a 60-100 milhas de distância) (28:16-17)
Marcos: Para dois no campo, para os onze ?reclinados à mesa? (16:12,14)
Lucas: Em Emaús (a cerca de sete milhas) à noite, para o resto em uma sala em Jerusalém mais tarde nessa noite. (24:31,36)
João: Em uma sala, à noite (20:19)

Os discípulos acreditaram nos dois homens?

Marcos: Não (16:13)
Lucas: Sim (24-34--é o grupo falando aqui, não os dois)

O que aconteceu na aparição?

Mateus: Discípulos rezam, alguns duvidam, disse "Vão pregar." (28:17-20)
Marcos: Jesus os repreendeu, disse "Vão pregar." (16:14-19)
Lucas: Cristo incógnito, materializou-se do nada (24:13-51)

Jesus ficou por um tempo na Terra?

Marcos: Não (16:19) Comparar 16:14 com João 20:19 para mostrar que tudo foi feito no Domingo
Lucas: Não (24:50-52) Tudo aconteceu no Domingo
João: Sim, ao menos oito dias (20:26, 21:1-22)
Atos: Sim, ao menos quarenta dias (1:3)

Onde aconteceu a ascensão?

Mateus: Sem ascensão. O livro termina na montanha na Galiléia
Marcos: Em ou perto de Jerusalém, depois da janta (16:19)
Lucas: Em Betânia, bem perto de Jerusalém, depois da janta (24:50-51)
João: Sem ascensão
Paulo: Sem ascensão
Atos: Ascendeu do Monte das Oliveiras (1:9-12)
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
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Apocaliptica

Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Apocaliptica »

Jesus podia ser tocado depois da ressurreição?

João: Não (20:17), Sim (20:27)


:emoticon5:

Pelo que se observa, parece que João era meio do contra, sendo que aqui nem ele mesmo se entendia.

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Ateu Tímido
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Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Ateu Tímido »

Ninguém pode acusar os mórmons de não incentivarem o estudo bíblico...

Eu prefiro a versão do Umberto Eco, segundo a qual Jesus foi um personagem criado para um concurso estético: Mateus, Lucas, Marcos e João disputavam quem escrevia melhor, então criaram os traços básicos da estória do personagem e cada um escreveu a sua versão. Pedro e Paulo, que deviam fazer parte do "júri", acharam a estória boa demais pra ser desperdiçada, então começaram a espalhar como verdade. João ficou meio "abalado", passou a acreditar e foi para a ilha de Patmos, onde pôs suas alucinações no papel, misturando a realidade com a estória de Jesus...

Apocaliptica

Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Apocaliptica »

O que fazem as drogas... :emoticon1:

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videomaker
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Re: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por videomaker »

Pronto Jesus nem existiu, pois ninguem sabe contar com ele ressucitou... :emoticon19:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Fernando Silva
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Re: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Fernando Silva »

videomaker escreveu: Pronto Jesus nem existiu, pois ninguem sabe contar com ele ressucitou... :emoticon19:

Brilhante participação, como sempre.
Lendas são assim mesmo. Como ninguém sabe o que aconteceu, se é que aconteceu, vai inventando e aumentando.
Como a fé não exige provas, qualquer mentira, com o tempo, vira verdade. Na verdade, quanto mais antiga a mentira, mais verdadeira.
Vira "tradição apostólica".

Apocaliptica

Re: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Apocaliptica »

Fernando Silva escreveu:
videomaker escreveu: Pronto Jesus nem existiu, pois ninguem sabe contar com ele ressucitou... :emoticon19:

Brilhante participação, como sempre.
Lendas são assim mesmo. Como ninguém sabe o que aconteceu, se é que aconteceu, vai inventando e aumentando.
Como a fé não exige provas, qualquer mentira, com o tempo, vira verdade. Na verdade, quanto mais antiga a mentira, mais verdadeira.
Vira "tradição apostólica".


Perfeito. Quando faltam argumentos contra a suposta evidência maior e genuína da palavra de Deus e Jesus ( que é o testemunho dos apóstolos), eles se vêem sem saída. Então apelam. Se nem os apóstolos que se sentaram à mesa com o cara conseguem inventar a mesma história, por que nós precisamos acreditar neles?

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Carlos Castelo
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Mensagem por Carlos Castelo »

Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)

Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.

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Carlos Castelo
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Re: Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Carlos Castelo »

Ateu Tímido escreveu: João ficou meio "abalado", passou a acreditar e foi para a ilha de Patmos, onde pôs suas alucinações no papel, misturando a realidade com a estória de Jesus...


A solidão e o isolamento realmente faz algém pensar um monte de bobagens! :emoticon12:

http://www.espada.eti.br/imagem02.htm
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)

Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.

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Lúcifer
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Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Lúcifer »

Caraca. E esses quatro evangelhos foram escolhidos no Concilio por serem os mais parecidos entre eles.
Como terá sido então os outros mais de 30 evangelhos então??
Imagem

Apocaliptica

Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Apocaliptica »

http://www.espada.eti.br/imagem06.htm

Que coisa impressionante...só homens ein

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Lúcifer
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Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Lúcifer »

Você queria o que?
As mulheres são coisa do demo, então não podem representar ninguém mesmo.
Imagem

Apocaliptica

Re: Re.: SEGUNDO GRANDE TESTE BÍBLICO

Mensagem por Apocaliptica »

Lúcifer escreveu:Você queria o que?
As mulheres são coisa do demo, então não podem representar ninguém mesmo.


Como assim? Aquilo ali é coisa do demo! :emoticon13:

Simplesmente há seres humanos que esquecem que a forma feminina existe, mas acho que neste caso o artista só fez foi copiar aquelas caras horrendas ali....podia ter posto umas madeixas e pronto. Preguiçoso!

:emoticon1:

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

O que vocês queriam?
São relatos de pessoas diferentes, de fato, estórias contadas por pessoas diferentes.
Os detalhes tinham mesmo que mudar, se não, estaria na cara que foram escritos pela mesma pessoa.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ateu Tímido
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Mensagem por Ateu Tímido »

NadaSei escreveu:estórias


Exato!

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ateu Tímido
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Mensagem por Ateu Tímido »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.


Sei que perco o meu tempo, mas tenho que repetir pela enésima vez que é você quem se concentra num falso núcleo, escolhido arbitrariamente, tentando encontrar desesperadamente unidade no que não a tem. Mesmo que, para isso, precise ignorar (ou não conheça mesmo) a história real e a gênese social das diversas religiões.

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.


Sei que perco o meu tempo, mas tenho que repetir pela enésima vez que é você quem se concentra num falso núcleo, escolhido arbitrariamente, tentando encontrar desesperadamente unidade no que não a tem. Mesmo que, para isso, precise ignorar (ou não conheça mesmo) a história real e a gênese social das diversas religiões.

Núcleo existente é apontado pelos próprios.
Leia as quatro nobre verdades do budismo, é claramente o centro de tudo.
No Cristianismo os mesmo ensinamentos são feitos por Cristo que diz que não adianta fazer mais nada se não praticar.
A pratica dos ensinamentos é o centro de qualquer religião.
Pode rezar, pode louvar a Deus e o escambal, sem a pratica, de nada adianta.
A maioria das religiões ensina isso.
Logo a pratica e os ensinamentos a serem praticados são o centro.

Isso é bastante claro.

Nobres verdades escreveu:As Quatro Nobres Verdades são o cerne filosófico e prático do Budismo, ou seja, quatro noções básicas que contextualizam os demais os ensinamentos e práticas. Desde os primeiros discursos do Buda a seus discípulos, ele apresentou tais noções dessa maneira sistemática como um entendimento fundamental a partir do qual outros ensinamentos mais complexos e específicos podem ser compreendidos.

Todas as escolas do budismo reconhecem e se baseiam nas Quatro Nobres Verdades. Além das diversas explicações e métodos originados a partir delas, os praticantes são diferentes uns dos outros, e desta maneira, existem também diversos níveis de compreensão das Quatro Nobres Verdades.

As citações que aparecem nesse texto são provenientes do Dhammacakkapavattana Sutta (Colocando a Roda do Dhamma em Movimento).

Quais são as Quatro Nobres Verdades?

Dukkha ariya sacca

A primeira verdade nobre é a verdade nobre do sofrimento, insatisfação, mais precisamente, dukkha, que é uma das três marcas da existência. Ela quer dizer que a mente, tomada pela ignorância, não é capaz de dissociar a insatisfação da experiência sensorial.

Dukkha samudaya ariya sacca

O desejo (pelo prazer sensual, desejo pelo devir, desejo por não-devir) é a origem de dukkha, a segunda nobre verdade. Aqui é apresentado o motivo pelo qual a mente ignorante nunca está plenamente satisfeita: através dos sentidos, entra em contato com sons, aromas, sabores, sensações táteis e idéias, e adquire apego às sensações agradáveis e aversão às desagradáveis. Entretanto, como o mundo está em constante mutação, esse desejo nunca se satisfaz.

Dukkha nirodho ariya sacca

É através da compreensão do processo que causa a insatisfação que o desejo pode ser abandonado e assim alcançar a cessação de dukkha, ou nirvana, a terceira nobre verdade. Se a insatisfação surge porque a mente está constantemente projetando sua felicidade e sua tristeza na experiência sensorial, se esse condicionamento for eliminado é possível alcançar uma satisfação incondicionada.

Dukkha nirodha gamini patipada ariya sacca

A quarta verdade nobre é o caminho que conduz à cessação da insatisfação, ou seja, um conjunto de práticas que permitem reconhecer a verdadeira natureza da mente e sua relação com os sentidos, de forma que a experiência sensorial deixe de ser um aspecto condicionante da felicidade e tristeza, portanto eliminando a insatisfação em sua origem. Esse conjunto de práticas é conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo.

Quer o centro apontado de forma mais GRITANTE que essa?
Então pare de dizer bobagens.

PS. O Nobre Caminho Óctuplo é uma lista com os ensinamentos que devem ser praticados.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.


Espera.Você está admitindo que estas coisas contadas pelos apóstolos foram realmente inventadas por eles, ou que provavelmente nem eles escreveram e sim foram sendo adicionadas de "ensinamentos práticos" , mesmo sem ter nem sequer unidade?
Como alguém pode acreditar numa coisas destas? Como alguém pode se dobrar a uma brincadeira que move milhares de mentes através dos séculos e ainda criar castigos e penitências para quem não segue estas "estórias"?

E que ensinamentos práticos há aí? Sabemos bem e já cansamos de expor aqui no RV inclusive o ódio, o preconceito e a morte estampados na Bíblia.

Então não é verdade que Jesus estava onde estaria? Nem se sabe se existiu de fato. É tudo "estória"?

Bem aventurados sejam os que chegam a esta conclusão.

Você é mais inteligente e esperto do que eu pensava.

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Ateu Tímido
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Mensagem por Ateu Tímido »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.


Sei que perco o meu tempo, mas tenho que repetir pela enésima vez que é você quem se concentra num falso núcleo, escolhido arbitrariamente, tentando encontrar desesperadamente unidade no que não a tem. Mesmo que, para isso, precise ignorar (ou não conheça mesmo) a história real e a gênese social das diversas religiões.

Núcleo existente é apontado pelos próprios.
Leia as quatro nobre verdades do budismo, é claramente o centro de tudo.
No Cristianismo os mesmo ensinamentos são feitos por Cristo que diz que não adianta fazer mais nada se não praticar.
A pratica dos ensinamentos é o centro de qualquer religião.
Pode rezar, pode louvar a Deus e o escambal, sem a pratica, de nada adianta.
A maioria das religiões ensina isso.
Logo a pratica e os ensinamentos a serem praticados são o centro.

Isso é bastante claro.


O que você considera o núcleo, tem pouca importância para qualquer religião considerada. É apenas um pequeno conjunto de obviedades "senso comum" que qualquer religião inclui como parte periférica dos seus ensinamentos, como também o são de instituições cívicas e sociais. Para resumir num exemplo, o que falou (?) Jesus de sabedoria para a vida não era novo, nem causou a sua morte. O que Jesus falou de original e não tinha nada de sabedoria, mas sobre poder e reforma específicos da sua seita, ameaçou os líderes e causou sua morte, provavelmente.
Editado pela última vez por Ateu Tímido em 21 Abr 2007, 21:41, em um total de 2 vezes.

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Aranha
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Mensagem por Aranha »

NadaSei escreveu:O que vocês queriam?
São relatos de pessoas diferentes, de fato, estórias contadas por pessoas diferentes.
Os detalhes tinham mesmo que mudar, se não, estaria na cara que foram escritos pela mesma pessoa.


- Você está minimizando para conveniência de sua crença, o que vemos aqui não são mudanças de detalhes e sim contradições gritantes, está claro que houve um relato original (Marcos) e daí foram surgindo versões cada vez mais fantasiosas a medida que o tempo passava.

Abraços,
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r u i
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Mensagem por r u i »

NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
NadaSei escreveu:estórias


Exato!

Sim e dai?
Estórias, não historias.

Vocês se concentram nesse tipo de bobagem, mas ignoram os ensinamentos praticos contidos nessas estórias.


Sei que perco o meu tempo, mas tenho que repetir pela enésima vez que é você quem se concentra num falso núcleo, escolhido arbitrariamente, tentando encontrar desesperadamente unidade no que não a tem. Mesmo que, para isso, precise ignorar (ou não conheça mesmo) a história real e a gênese social das diversas religiões.

Núcleo existente é apontado pelos próprios.
Leia as quatro nobre verdades do budismo, é claramente o centro de tudo.
No Cristianismo os mesmo ensinamentos são feitos por Cristo que diz que não adianta fazer mais nada se não praticar.
A pratica dos ensinamentos é o centro de qualquer religião.
Pode rezar, pode louvar a Deus e o escambal, sem a pratica, de nada adianta.
A maioria das religiões ensina isso.
Logo a pratica e os ensinamentos a serem praticados são o centro.

Isso é bastante claro.

Nobres verdades escreveu:As Quatro Nobres Verdades são o cerne filosófico e prático do Budismo, ou seja, quatro noções básicas que contextualizam os demais os ensinamentos e práticas. Desde os primeiros discursos do Buda a seus discípulos, ele apresentou tais noções dessa maneira sistemática como um entendimento fundamental a partir do qual outros ensinamentos mais complexos e específicos podem ser compreendidos.

Todas as escolas do budismo reconhecem e se baseiam nas Quatro Nobres Verdades. Além das diversas explicações e métodos originados a partir delas, os praticantes são diferentes uns dos outros, e desta maneira, existem também diversos níveis de compreensão das Quatro Nobres Verdades.

As citações que aparecem nesse texto são provenientes do Dhammacakkapavattana Sutta (Colocando a Roda do Dhamma em Movimento).

Quais são as Quatro Nobres Verdades?

Dukkha ariya sacca

A primeira verdade nobre é a verdade nobre do sofrimento, insatisfação, mais precisamente, dukkha, que é uma das três marcas da existência. Ela quer dizer que a mente, tomada pela ignorância, não é capaz de dissociar a insatisfação da experiência sensorial.

Dukkha samudaya ariya sacca

O desejo (pelo prazer sensual, desejo pelo devir, desejo por não-devir) é a origem de dukkha, a segunda nobre verdade. Aqui é apresentado o motivo pelo qual a mente ignorante nunca está plenamente satisfeita: através dos sentidos, entra em contato com sons, aromas, sabores, sensações táteis e idéias, e adquire apego às sensações agradáveis e aversão às desagradáveis. Entretanto, como o mundo está em constante mutação, esse desejo nunca se satisfaz.

Dukkha nirodho ariya sacca

É através da compreensão do processo que causa a insatisfação que o desejo pode ser abandonado e assim alcançar a cessação de dukkha, ou nirvana, a terceira nobre verdade. Se a insatisfação surge porque a mente está constantemente projetando sua felicidade e sua tristeza na experiência sensorial, se esse condicionamento for eliminado é possível alcançar uma satisfação incondicionada.

Dukkha nirodha gamini patipada ariya sacca

A quarta verdade nobre é o caminho que conduz à cessação da insatisfação, ou seja, um conjunto de práticas que permitem reconhecer a verdadeira natureza da mente e sua relação com os sentidos, de forma que a experiência sensorial deixe de ser um aspecto condicionante da felicidade e tristeza, portanto eliminando a insatisfação em sua origem. Esse conjunto de práticas é conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo.

Quer o centro apontado de forma mais GRITANTE que essa?
Então pare de dizer bobagens.

PS. O Nobre Caminho Óctuplo é uma lista com os ensinamentos que devem ser praticados.


Jesus é o caminho a verdade e a vida...

Felizes os que choram porque serao consolados.

No cristianismo o sofrimento dos justos irá parar por decreto divino e nao porque os justos desenvolveram uma disciplina para vencer o sofrimento.

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Ateu Tímido escreveu:O que você considera o núcçeo, tem pouca importância para qualquer religião considerada. É apenas um pequeno conjunto de obviedades "senso comum" que qualquer religião inclui como parte periférica dos seus ensinamentos, como também o são de instituições cívicas e sociais.

:emoticon5:
Claro, claro...
Como sempre, meras afirmações tiradas sabe Deus de onde...
Demonstre que o budismo se concentra em coisas fora disso e, que isso é secundário.
Quase tudo no budismo gira em volta disso, o resto são explicações sobre como se alcançar o que é descrito nessas quatro nobres verdades, assim como explicações sobre cada um dos ensinamentos.
O mesmo vale pro Cristianismo que, apesar de não ser tão bem estruturado, vemos pelo novo testamento inteiro, os ensinamentos e um monte de blá,blá,blá, com o unico objetivo de convencer a pessoa a pratica-los, bem como os porques de faze-lo.

A religião tem como objetivo central a pratica e essa, no cristianismo, budismo, hinduísmo, taoísmo e outras, "coincidentemente" leva ao fim da ignorância, o fim da morte, a verdadeira liberdade e por fim, a união com o todo uno...
Sem falar que as praticas são as mesmas, meditação, vigiar os pensamentos e manter a atenção, não mentir, não julgar, eliminar os vicios, os desejos, etc...

Isso tudo sem contar mais um monte de coisas, só não vê quem não quer ver, quem prefere manter crenças bobas.
Não precisa muito estudo pra notar isso, mesmo uma observação superficial evidencia isso.
Ateu Tímido escreveu:
Para resumir num exemplo, o que falou (?) Jesus de sabedoria para a vida não era novo, nem causou a sua morte. O que Jesus falou de original e não tinha nada de sabedoria, mas sobre poder e reforma específicos da sua seita, meaçou os líderes e causou sua morte, provavelmente.

Realmente ele não falou nada de novo, só falou sobre o obvio que está na cara de todos, mas que até hoje as pessoas insistem em não enxergar.
Genial foi a abordagem dele para falar sobre isso... mas em fim, você mudou de assunto.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por NadaSei »

Apocaliptica escreveu:Espera.Você está admitindo que estas coisas contadas pelos apóstolos foram realmente inventadas por eles, ou que provavelmente nem eles escreveram e sim foram sendo adicionadas de "ensinamentos práticos" , mesmo sem ter nem sequer unidade?

Não, o que eu estou dizendo é que, EU não acredito nessas estórias, acho que foi tudo ou inventado ou mistificado pelas pessoas ao longo do tempo.
Se foram os apóstolos eu não sei, nem sei se eles existiram ou não...
Apocaliptica escreveu:Como alguém pode acreditar numa coisas destas?

Boa pergunta, eu jamais acreditaria.
Apocaliptica escreveu: Como alguém pode se dobrar a uma brincadeira que move milhares de mentes através dos séculos e ainda criar castigos e penitências para quem não segue estas "estórias"?

Perai, não é porque é estórinha, que é brincadeira.
Uma estorinha tem um grande poder de comunicar a pessoas sejam elas instruídas ou não, bem como torna mais fácil gravar seu conteúdo.
Basta observar que antes do surgimento da escrita, os povos transmitiam parte de sua cultura e sabedoria através de mitos que podiam ser contados por gerações.

Acho essa uma abordagem muito interessante, inclusive falando especificamente de Cristo, o cara foi genial, usou a propria crença das pessoas a favor delas.
Apocaliptica escreveu:E que ensinamentos práticos há aí?

Basicamente os mesmos ensinamentos do nobre caminho octuplo, que realizam o mesmo objetivo das quatro nobres verdades postadas anteriormente.

* Compreensão Correta: Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são, e com isso gerar uma motivação de querer se liberar de dukkha e ajudar os outros seres a fazerem o mesmo.
* Pensamento Correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento), não ser avarento, e em suma, não ser egoísta.
* Fala Correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas, e ao invés disso, falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
* Ação Correta. Abster-se de matar, roubar, tomar entorpecentes e ter conduta sexual indevida, e ao invés disso, promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais.
* Meio de Vida Correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais, e ao invés disso, olhar os outros com amor, compaixão, alegria e equanimidade, que são as quatro qualidades incomensuráveis, e na prática do dia-a-dia, praticar os seis paramitas da generosidade, ética, paz, esforço, concentração e sabedoria.
* Atenção Correta. Praticar autodisciplina para obter a quietude e atenção da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
* Sabedoria Correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos, através da contemplação da natureza verdadeira de todas as coisas.
* Visão Correta. Com todos os outros passos realmente realizados internamente, ter uma visão correta em relação ao mundo e à vida, e agindo de acordo com essa visão.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

r u i escreveu:No cristianismo o sofrimento dos justos irá parar por decreto divino e nao porque os justos desenvolveram uma disciplina para vencer o sofrimento.

Apesar de não gostar dessa "linguagem crente", vamos lá.

Primeiro que não são os "justos" que desenvolveram uma disciplina para vencer o sofrimento e sim "Deus" quem nos deu essa disciplina, como disse Cristo: "E eu te darei as chaves do reino dos céus;".

Segundo que isso só ocorre quando o homem cumpre o que é ensinado por Cristo, dessa forma ressuscita e ganha a vida eterna sendo "um" com Deus e Cristo.
Depois, essa "graça" é concedida por Deus a quem pratica a disciplina que é ensinada e se une a ele, não a qualquer um.
Mateus 7
"21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
23 E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda."

Então, se for esperar Deus "decretar" o fim de seu sofrimento, espere sentado e seu sofrimento nunca terá fim.
Para chegar lá, tem que praticar a disciplina dada por ele, disciplina essa que leva nós deuses a união com Deus e ao fim do sofrimento como é da vontade de Deus e como ele decretou.
Como é vontade daquele que agora é "um" com nós.

O sofrimento tem um motivo de ser, não é feito de forma arbitraria, ele tem papel na formação do nosso caracter, que é lapidado e alcança o termino com o cumprimento da disciplina.
Tudo segundo a vontade de Deus.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Trancado