Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Dimítri escreveu:Em primeiro lugar duvido muito que Dawkins tenha feito tal afirmação uma vez que ele é ferrenho defensor de que as crianças sofrem um tipo de abuso mental, principalmente por parte dos pais.
Exatamente.
Ao que as pesquisas parecem indicar, temos um cérebro que nos leva a sentir o que os religiosos chamam iluminação, êxtase etc.
Isto não significa que as crianças sejam teístas naturais, apenas que sejam susceptíveis à enganação, assim como alguns se tornam alcoólatras com o primeiro copo e outros podem beber sem se viciar.
que os cérebros das crianças estejam "programados" para acreditar nos pais, não tem directamente a ver com a ideia do teísmo natural... que provavelmente é um byproduct dessa tendencia.
Se duvidas le o livro... que também fala desse abuso mental...
De fato ainda não li o livro. Porém me parece muito contraditório que alguém que lute contra abuso mental de crianças defenda, ao mesmo tempo, que elas estão predispostas a serem religiosas. Simplesmente não faz sentido e, se Dawkins disse isso nessas palavras, cometeu (na minha opinião) um erro grave. Mas, e sempre tem um mas em tudo, o livro ainda não foi traduzido para o português o que justificaria uma possível má interpretação dos leitores, visto que dou mais crédito ao prof. Dawkins, enquanto meu livro não chega, é claro .
Dimítri escreveu:Em primeiro lugar duvido muito que Dawkins tenha feito tal afirmação uma vez que ele é ferrenho defensor de que as crianças sofrem um tipo de abuso mental, principalmente por parte dos pais.
Exatamente.
Ao que as pesquisas parecem indicar, temos um cérebro que nos leva a sentir o que os religiosos chamam iluminação, êxtase etc.
Isto não significa que as crianças sejam teístas naturais, apenas que sejam susceptíveis à enganação, assim como alguns se tornam alcoólatras com o primeiro copo e outros podem beber sem se viciar.
Só pra ficar claro! lá nos primordios de onde veio essa ideia de um "Deus" quando ainda não existia adultos pra ensinar? só pra esclarecer! vai.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Não existia deus algum. Alguém olhou para alguma coisa e enxergou uma projeção de suas dores, medos e dúvidas. Como um amigo imaginário primitivo e infantil. Sentiu-se só. Por isto delegou sua problemática a algo intangível, que não poderia contrariá-lo, como um pai ou uma mãe. Como esse ente projetado era uma defesa e sempre uma justificativa aos próprios pensamentos, servia melhor do que alguém que não nos entende. A princípio ele foi maravilhoso, mas depois veio alguém mais esperto e chantageou a fraqueza do que se apoiou inocentemente no tal ente, em vez de enfrentar as vissicitudes de peito aberto.
E daí esse deus foi mudando, servindo aos instintos mais interesseiros dos mais espertos.
E depois você sabe. Deu na droga que deu.
Editado pela última vez por Apocaliptica em 03 Mai 2007, 15:59, em um total de 1 vez.
"Religião como um vírus
Em seguida, Dawkins discute especificamente a religião vista como um vírus no sentido de um meme. Ele começa explicando como a mente duma criança é geneticamente pré-programada para acreditar em tudo que lhes é ensinado, sem nada questionar a palavra das figuras autoritativas, especialmente os pais - o imperativo evolucionista sendo que nenhuma criança conseguiria sobreviver adotando uma atitude cética sobre tudo que seus mais velhos dissessem. E é este imperativo que as tornam vulneráveis à "infecção" pela religião."
Fernando Silva escreveu:Ao que as pesquisas parecem indicar, temos um cérebro que nos leva a sentir o que os religiosos chamam iluminação, êxtase etc.
Perai, aqui você já está misturando as bolas.
O êxtase não é meramente um sentimento e a iluminação é não só um outro estado da mente, mas o controle completo dela.
Pra se chegar lá filho... é dureza.
Não se trata de um "sentimento".
O cérebro não tem uma tendência a "sentir" isso.
O máximo que pode ocorrer é alguém ter algum "vislumbre" de algumas das coisas que se sente e percebe nesse estado.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Dimitri, nada daquilo que eu disse que o Dawkins disse contraria textos como o virus da fé.
Dawkins nunca negou (e afirma-o no livro explicitamente) que o cérebro está sintonizado para a religiao como um byproduct de outras coisas selecionadas pela natureza (Dawkins é muito claro quanto a isto). Uma dessas coisas é a crença que as crianças tem nos pais. Outra é o dualismo psicológica de todos nós. Outra é módulo de teoria da mente que temos em nós. Este módulo é o que nos permite inferir mentes em outras pessoas (crianças autista parecem ter defeito na área da teoria da mente e podem tratar pessoas como se fossem inanimadas. É fácil ver como o módulo pode extrapolar mentes para além das outras pessoas. Quando caminhas sozinho á noite e ouves um barulhos a primeira coisa que te pode ocorrer é "quem vem lá"). A combinaçao de todos este factores explicam a facilidade da religiao aparecer, e a naturalidae com que a criança aceita a religiao. Mas nao como algo selecionado directamente mas como byproduct. Outra coisa, é que a criança é um criacionista natural... porque ve intençoes deliberadas em açoes inanimadas (algo que os psicólogos sabem há muito).
NadaSei escreveu:O êxtase não é meramente um sentimento e a iluminação é não só um outro estado da mente, mas o controle completo dela. Pra se chegar lá filho... é dureza. Não se trata de um "sentimento". O cérebro não tem uma tendência a "sentir" isso. O máximo que pode ocorrer é alguém ter algum "vislumbre" de algumas das coisas que se sente e percebe nesse estado.
http://findarticles.com/p/articles/mi_m ... i_82261860 That explanation, say Andrew Newberg, M.D., and his late colleague Eugene D'Aquili, M.D., both affiliated with the University of Pennsylvania and pioneers in the neurological research of religion, is to be found in the brain. We are, they say, wired for God.
To understand this wiring Newberg and D'Aquili studied Buddhist monks as they meditated and Franciscan nuns during prayer. When their subjects slipped into an altered state of consciousness, the scientists injected them with a radioactive substance and then tracked the changing activity of their brains. The researchers did this with Single Photon-Emission Computed Tomography, or SPECT, a device similar to the more familiar CAT and PET scan machines.
The most dramatic finding in the book, primarily (and admirably) written by journalist Vince Rause, concerns a portion of the brain the authors call the orientation association area (OAA). The OAA, say Newberg and D'Aquili, is largely responsible for helping us distinguish between ourselves and other things. People with damage to this part of the brain have problems navigating their way around a room: They actually cannot discriminate between their bodies and the furniture. The researchers discovered that during meditation and prayer, at the moment when the monks were at one with the universe and the nuns felt the presence of a universal spirit, there was reduced activity in the OAA. Like patients with damage to this brain area, their selves became indistinguishable from their nonselves. From these findings the authors conclude "that spiritual experience, at its very root, is intimately interwoven with human biology. That biology, in some way, compels the spiritual urge."
Dimítri escreveu:Ele começa explicando como a mente duma criança é geneticamente pré-programada para acreditar em tudo que lhes é ensinado, sem nada questionar a palavra das figuras autoritativas, especialmente os pais - o imperativo evolucionista sendo que nenhuma criança conseguiria sobreviver adotando uma atitude cética sobre tudo que seus mais velhos dissessem. E é este imperativo que as tornam vulneráveis à "infecção" pela religião."
As crianças evoluíram para funcionar como uma esponja, absorvendo tudo sem examinar. Assim, elas aprendem mais rápido. O problema é que também aprendem um monte de bobagens.
Os mentats, do universo de "Duna", procuravam abrir suas mentes como se fossem crianças, para não perder nenhuma informação devido a seu ceticismo ou senso de lógica. A diferença é que, depois de acumular os dados, eles os analisavam criticamente, o que a criança não faz.
videomaker escreveu:Só pra ficar claro! lá nos primordios de onde veio essa ideia de um "Deus" quando ainda não existia adultos pra ensinar? só pra esclarecer! vai.
Nossos antepassados não precisavam de fé. Os deuses estavam bem à vista: o sol, a lua, os relâmpagos, o vento.
O problema deles era entender o que os deuses queriam dizer e descobrir como agradá-los.
Hoje, nossos deuses são invisíveis. Dependem de fé. A ciência acabou com os deuses visíveis.
Fernando Silva escreveu:reduced activity in the OAA. Like patients with damage to this brain area, their selves became indistinguishable from their nonselves. From these findings the authors conclude "that spiritual experience, at its very root, is intimately interwoven with human biology. That biology, in some way, compels the spiritual urge."[/i]
Está faltando entender algumas coisas.
1 - Os cientistas estão tirando conclusões com base em pet scan, o que não mostra nada sobre a experiência em si.
Tanto que os monges não tem os mesmos problemas das pessoas apontadas.
2 - Monges não atingiram a iluminação, são pessoas que estão "tentando" chegar lá.
3 - A iluminação não é só um estado da mente, é o controle completo sobre ela.
Isso significa que envolve toda uma gama de coisas que pedem ser vistas e "sentidas" nesse outro estado, assim como todas as coisas que podem ser vistas e sentidas no nosso estado atual e em outros.
Ou seja, esse texto não remove NADA do que eu disse em meu post anterior.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".