Cria cuervos...

[Samael]

Não acho que a simples abstração da economia seja uma negação do próprio indivíduo.
Acho que a noção de igualdade tem um efeito justo contrário, que vem a igualar os seres no patamar econômico de maneira que cada um possa se desenvolver livremente, segundo sua própria capacidade e arbítrio.

Com a palavra, Karl Marx:

"O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência."
Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política, Karl Marx, 1859

E certamente uma das partes onde eu mais concordo com Marx, a despeito daquelas que eu discordo. Onde isto se insere na sua idéia, Acauan? Ainda não captei...
Segundo o que eu entendi, o modo de produção de determinada época condiciona as ideologias dos indivíduos e é a sua ação, enquanto ser social, que fomenta o seu pensar.
Aliás, dentre às obras de Marx, para mim, "Introdução à Contribuição para a Crítica da Economia Política" só é inferior ao "Ideologia Alemã"....

É simples, isto se insere na minha idéia pois disse que o marxismo NEGA o conceito de indivíduo.
A afirmação "Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência." é seríssima, uma vez que não se refere a questões relativas ao indivíduo, como a ideologia ou ação que você citou, refere-se ao indivíduo em si, como ser consciente, que Marx diz que só existe como manifestação do ser social.
Aceita esta definição, ficam inválidas todas as premissas da sociedade democrática que se sustentam na dignidade do indivíduo e abrem-se as portas para toda opressão consequente disto.

Engraçado, Acauan...continuo discordando. Ainda acho que o dito refere-se unicamente ao fato das condições sociais de determinada época formarem a consciência do indivíduo. Não vejo nenhuma negação do conceito de indivíduo, vejo apenas um atrelamento da própria condição de indivíduo ao viver em sociedade.

[Tempest Storm]

Fazer o que se começa a fazer em Portugal, por exemplo. Criar Bairros Bonitos e acolhedores. Em vez de Ghetos. Ou fazer o que o Governo de França quer fazer agora. Arranjar emprego a esses jovens desintegrados...

Eles querem que o governo os arranje champagne, também?Flores? Navios, jóias?

Se os nativos têm que comprar suas posses, por quê os imigrantes não devem também se esforçar para comprarem as suas?

Sou eu o h4xOr...

Não fale idiotice. Em Portugal alguns Bairros problemáticos deixaram de o ser porque se obrigou os donos dos prédios (as camaras municipais principalmente) a fazer o que devem. E Resulta. A medio prazo medidas deste tipo são lucrativas para todo. Vá estudarr Capitalismo antes de dizer asneirada...

[Tempest Storm]

Só para lembrar: não há submissão ao Estado no comunismo, visto que não há estado.

Pior.
O comunismo nega o indivíduo em favor do coletivo.

E na Prática o neoliberalismo não faz o mesmo? Sobretudo nesses países pobres de mão de obgra muito barata. Só que o colectivo aqui são aqueles que trabalham para as multinacionais...

[Acauan]

Só para lembrar: não há submissão ao Estado no comunismo, visto que não há estado.

Pior.
O comunismo nega o indivíduo em favor do coletivo.

E na Prática o neoliberalismo não faz o mesmo? Sobretudo nesses países pobres de mão de obgra muito barata. Só que o colectivo aqui são aqueles que trabalham para as multinacionais...

Em primeiro lugar, os empregos oferecidos pelas multinacionais em países pobres de mão de obra muito barata são disputados a tapa pela população local, porque são sempre os melhores empregos que aquela população pode ter, quando não os únicos.

Mostrar as multinacionais como vilões é defender a idéia que é melhor que estes terceiromundistas amarguem as misérias do desemprego e do subemprego a trabalharem para uma empresa que cometerá a crueldade de pagar a eles menos do que paga a um sueco ou a um italiano, mesmo que este menos seja mais que qualquer outra alternativa disponível naqueles países.

Em segundo lugar, o indivíduo é o centro do Credo Liberal, que tem por fundamento que sociedades baseadas na liberdade do Homem, em todos os seus apectos - não só o econômico - produzem resultados melhores em todos os aspectos - inclusive o econômico - do que sociedades que cerceiam sistematicamente esta liberdade.

Como liberdade e individualidade são indissociáveis, o liberalismo é centrado no indivíduo e não na coletividade como o marxismo.