Achei legal o debate que houve em outro tópico, mas que tem a ver com esse aqui.
Pensei que era ruim com números, mas afinal, acho que acertei nos percentuais teóricos de ateus livres e encarcerados.
Bem, pelo menos não houve contestação formal aos cálculos. O que houve foi uma contestação de métodos, pois não há levantamentos oficias sobre ateus presos e livres. Mas como já disseram, na falta deles, não é errado usar uma espécie de extrapolação, acho.
A réplica final foi deixada no endereço :
Ateus podem ter espíritos mais evoluídos do planeta
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=9172&start=60
“ E já que não se pode afirmar com precisão a tendência dos números, o razoável é seguir uma distribuição normal da participação de cada segmento dentro dos não-religiosos, ou seja, é racional argumentar que 14,2% dos "sem-religião" são ateus ( ver pesquisa nos sites abaixo indicados e que revelam a margem próxima de 1% de ateístas em distribuição média pelo mundo ). E por que essa proporção mudaria se fosse estratificada ?
Sem dúvidas que o correto é levantar uma amostragem significativa de presos e verificar se essa taxa se mantém. Mas como isso não foi feito, o razoável é imaginar que a razão ( 14,2% ) é estável ou pouco se altera, a despeito de estratificá-la. Repito a pergunta : Por que essa proporção se alteraria bruscamente se fosse disposta em estratos?
E o número de ateus fora das prisões não é uma suposição, é uma realidade. A revista Veja declarava, baseada em pesquisa encomendada à Vox Populi, que havia no Brasil um por cento (1%) de ateus. O site
http://www.adherents.com/Religions_By_Adherents.html também fornece números entre 0 e 1% de ateus no mundo :
"Different type of data collection methodologies using different types of questions showed a consistent pattern: In most countries only a tiny number of people (zero to a fraction of 1 percent) will answer "atheism" or "atheist" when asked an open-ended question about what their religious preference."
A extrapolação, ou o processo com que se infere o comportamento de uma função fora de um intervalo, mediante o seu comportamento dentro desse intervalo, é um princípio das c. exatas, largamente utilizada em estatística e probabilidade.
(...) (...)
Brasil e Estados Unidos têm realidades completamente diferentes. Se lá eles já levantaram esses dados dentro e fora da população carcerária, gostaria de ver os gráficos, números, Instituição responsável, etc. Certamente Você tem o link e facilmente poderá colocá-lo aqui e enriquecer o seu argumento.
Aqui não há esse levantamento, admito. Então, por isso vamos traçar um paralelo entre os ateus americanos e brasileiros encarcerados, e assim reconhecer similaridade das proporções, justamente entre amostragens de países com realidades totalmente diferentes ?
As limitações da extrapolação aplicada em pesquisas estatísticas de populações humanas podem ser evidentes, mas não vejo implicação direta dessa limitação que tenha força suficiente para invalidar os princípios do método. Veja, não é uma refutação inquestionável. Estou tentando entender até que ponto duas realidades imiscíveis podem apresentar a mesma natureza de comportamento.”