A classe social tem alguma relação com os genes?

[o anátema]

[SciamBr] Inteligência não é sinônimo de riqueza - a conclusão está baseada em estudo entre mais de 7 mil americanos observados desde a adolescência no final da década de 70 que revela a relação entre patrimônio acumulado e alto QI na juventude.


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Do Genes Explain Social Class?


In a textbook published in 1975, Herrnstein and his colleague Roger Brown argued that the measurement of intelligence has been the greatest achievement of twentieth-century scientific psychology. Psychometricians can make a numerical estimate of a person's intelligence that remains surprisingly stable after the age of five or so, and much convergent evidence suggests that the variations of this measure of intelligence in a population are determined significantly (at least 60 percent) by inheritable factors. As Herrnstein and Murray demonstrate at great length, measured intelligence correlates with success in school, ultimate job status, and the likelihood of becoming a member of the cognitively entitled establishment.


But correlation is not causation, and it is possible that staying in school causes IQ to go up (rather than vice versa) or that both IQ and schooling reflect some third causative factor, such as parental attention, nutrition, social class, or motivation. Indeed, nearly every one of Herrnstein and Murray's reported correlations can be challenged on such grounds. Yet, Herrnstein and Murray make a persuasive case that measured intelligence--or, more technically, "g," the central, general component of measured intelligence--does affect one's ultimate niche in society.


But the links between genetic inheritance and IQ, and then between IQ and social class, are much too weak to draw the inference that genes determine an individual's ultimate status in society. Nearly all of the reported correlations between measured intelligence and societal outcomes explain at most 20 percent of the variance. In other words, over 80 percent (and perhaps over 90 percent) of the factors contributing to socioeconomic status lie beyond measured intelligence. One's ultimate niche in society is overwhelmingly determined by non-IQ factors, ranging from initial social class to luck. And since close to half of one's IQ is due to factors unrelated to heredity, well over 90 percent of one's fate does not lie in one's genes. Inherited IQ is at most a paper airplane, not a smoking gun.


Indeed, even a sizeable portion of the data reported or alluded to in The Bell Curve runs directly counter to the story that the authors apparently wish to tell. They note that IQ has gone up consistently around the world during this century--15 points, as great as the current difference between blacks and whites. Certainly this spurt cannot be explained by genes! They note that when blacks move from rural southern to urban northern areas, their intelligence scores also rise; that black youngsters adopted in households of higher socioeconomic status demonstrate improved performance on aptitude and achievement tests; and that differences between the performances of black and white students have declined on tests ranging from the Scholastic Aptitute Test to the National Assessment of Educational Practice. In an extremely telling phrase, Herrnstein and Murray say that the kind of direct verbal interaction between white middle-class parents and their preschool children "amounts to excellent training for intelligence tests." On that basis, they might very well have argued for expanding Head Start, but instead they question the potential value of any effort to change what they regard as the immutable power of inherited IQ.

Cracking Open the IQ Box, Howard Gardner

[rapha...]

[SciamBr] Inteligência não é sinônimo de riqueza - a conclusão está baseada em estudo entre mais de 7 mil americanos observados desde a adolescência no final da década de 70 que revela a relação entre patrimônio acumulado e alto QI na juventude.

Não cheguei a ler o texto que se segue, mas, falando da mensagem acima, e fazendo relação com o enunciado do tópico, digo que ele não trata somente de ''inteligência'' quando fala que genes podem ajudar, e sim de qualquer característica inata que venha a trazer algum benefício.

[rapha...]

Aliás, ímpio, deixa-nos todos muito tristes com essa repentina guinada ao comunismo.

[o anátema]

Acho que tenho um tipo de desordem bipolar político-econômica.




Se por acaso não estiver brincando, nada disso tem porr@ nenhuma a ver com comun*smo.

[Apocaliptica]

Acho que tenho um tipo de desordem bipolar político-econômica.




Se por acaso não estiver brincando, nada disso tem porr@ nenhuma a ver com comun*smo.

Tenho umas bipolaridades também. Mas isto porque o ideal não se coaduna necessariamente ao real. E não tem nada de comunismo mesmo, mas pode parecer à distância míope que sim. Alguns conceitos não se adequam ao pensamento individual. É uma caixa de pandora quando remexemos.

[Apocaliptica]

[SciamBr] Inteligência não é sinônimo de riqueza - a conclusão está baseada em estudo entre mais de 7 mil americanos observados desde a adolescência no final da década de 70 que revela a relação entre patrimônio acumulado e alto QI na juventude.

Não cheguei a ler o texto que se segue, mas, falando da mensagem acima, e fazendo relação com o enunciado do tópico, digo que ele não trata somente de ''inteligência'' quando fala que genes podem ajudar, e sim de qualquer característica inata que venha a trazer algum benefício.

Sim, qualquer coisa, inclusive características físicas. Capacidades sociais de adaptação também podem gerar efeitos proativos ou marginalizantes, e isto dificilmente é aprendido, é inato mesmo.

[o anátema]

Sei lá se é inato. Fumar cigarro ou quebrar outros vícios é bastante difícil para muitos, mas não é algo inato, ainda que as bases para o vício sejam. Acho que a falta de capacidade de adaptação pode bem ser vista como hábitos difíceis de serem quebrados, mais do que algo inato; os efeitos são praticamente os mesmos. Algo ser difícil de ser mudado, e ter o desenvolvimento bem definido desde cedo, não significa necessariamente inatismo. Meio como idiomas; apesar de "natais", são aprendidos, e dizem ser consideravelmente raro a pessoa que aprende um segundo ou terceiro idioma substituir o primeiro por um desses até no pensamento.

[o anátema]

:emoticon1:

A solução para a miséria no mundo:

recolhe-se esperma dos homens mais ricos do mundo. Cada porção esperma contém milhões de espermatozóides, que podem ser usados individualmente, ou talvez em soluções mais "ralas", no mínimo, em fecundações artificiais em laboratório, sem desperdiçar esse potencial genético imensurável para a geração de riquezas, como seria se esses homens tivessem apenas o número de filhos biológicos que poderiam ter naturalmente.

Então se oferece esses embriões para implante em voluntárias em comunidades carentes pelo mundo todo, e dentro de alguns anos, elas serão todas prósperas e ricas. Idealmente também se procuraria óvulos das mulheres mais ricas do mundo, mas mesmo uma redução do potencial financeiro dos maiores milionários ao se misturar com genes do povão ainda soma um potencial maior do que o esperado por toda uma comunidade pobre.

E a diluição desses genes com o passar do tempo talvez seja até boa, pois causaria maior distribuição de renda, em vez de concentração apenas dos geneticamente bem dotados. Mas mesmo antes disso ocorrer, algumas teorias econômicas ousadas sugerem que mesmo pessoas não geneticamente privilegiadas possam se beneficiar economicamente de uma situação econômica melhor no local. Estranho, mas pode ser que exista isso mesmo.

Outra idéia genial seria convencer o Bill Gates a um experimento no qual o DNA de um óvulo doado seria retirado, e seria adicionado então apenas o DNA de espermatozóides dele no lugar, ou talvez dele e de outro milionário! Possivelmente o bebê desenvolvido a partir desse experimento entraria para o livro dos recordes como o que enriqueceu mais e mais rápido.

Poderiam ser feitos vários gêmeos desse indivíduo de super-ultra-alta-classe sócio-econômica, que levariam a humanidade a níveis de riqueza jamais imaginados como possíveis.


Ainda mais revolucionário talvez fosse criar uma versão inócua de algum vírus de RNA, como o HIV, e inserir genes de diversos milionários. Assim a propagação desses genes para alta classe poderia se dar de forma muito mais rápida!!! Uma verdadeira epidemia de riqueza poderia ser gerada!

Parece que já tinham pensado nisso antes de mim:

The Repository for Germinal Choice (originally known as the Hermann J. Muller Repository for Germinal Choice) was a sperm bank that existed in Escondido, California from 1980 to 1999. The repository accepted only donations from Nobel Prize laureates. The first baby conceived from the project was a girl born on April 19, 1982. Founded by Robert Klark Graham, the repository was dubbed the "Nobel prize sperm bank" by media reports at the time. The only contributor who became known publicly was William Shockley, Nobel laureate in physics.

http://en.wikipedia.org/wiki/Repository ... nal_Choice


Se bem que acho que não seria viável como solução para a pobreza criar um monte de potenciais ganhadores do Nobel, pois não seria uma fonte de renda suficiente para todos, ainda mais com múltiplas divisões...

[o anátema]

Artigo interessante na Slate destrinchando o livro The Bell Curve:

http://slate.msn.com/?id=2416