Liberalismo e aborto

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user f.k.a. Cabeção
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Liberalismo e aborto

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Liberalismo e aborto
por João Luiz Mauad em 02 de maio de 2007

Resumo: Em nome dos direitos inalienáveis à liberdade e à propriedade sobre o próprio corpo, alguns auto-proclamados liberais têm se colocado, equivocadamente, em defesa da descriminalização do aborto.

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De acordo com a tradição liberal, os direitos essenciais da pessoa humana são os de caráter negativo, estreitamente vinculados às limitações das ações do poder público constituído em relação aos indivíduos e destes em relação aos seus semelhantes. De acordo com essa concepção, o efetivo exercício de um direito não pode requerer que outros sejam forçados a agir para garanti-lo, mas somente que se abstenham de interferir para cessá-lo. O meu direito à vida, estimado leitor, não exige que você labore para manter-me vivo mas, pura e simplesmente, que se abstenha de matar-me.


Os direitos defendidos pelos liberais são, portanto, exclusivamente aqueles chamados por Locke de naturais: o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Deles derivam todos os outros, como a liberdade de expressão, o direito de ir e vir ou de dispor dos frutos do próprio trabalho. O exercício desses direitos, como é fácil intuir, não demanda a concessão de quaisquer benefícios por parte do Estado ou de terceiros ao seu titular, mas tão somente que esses entes abstenham-se de violá-los.


Pela ótica liberal, a existência do Estado está vinculada à necessidade de organização de uma força comum, mais poderosa que qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos, encarregada da defesa dos direitos acima mencionados. Com efeito, o direito coletivo tem o seu princípio, a sua razão e a sua legitimidade no direito individual. Por outro lado, só podemos delegar aqueles direitos de que efetivamente dispomos. Assim como a força de um indivíduo não pode legitimamente atentar contra a vida alheia, tampouco a força coletiva pode ser aplicada legitimamente para destruir a vida de uma pessoa.


O mesmo raciocínio é válido para a defesa desses direitos. A lei, ao promover a substituição das forças individuais pela força comum, deve garantir que esta atue estritamente nos limites em que aquelas teriam o direito de fazê-lo, ou seja, para garantir ao indivíduo a sua própria vida, liberdade e propriedade. Enfim, para fazer prevalecer a justiça. Ao Estado não deveria ser permitida nenhuma ação – ou reação – que não estivesse autorizada a cada cidadão.


Pois bem: em nome dos direitos inalienáveis à liberdade e à propriedade sobre o próprio corpo, alguns auto-proclamados liberais têm se colocado, a meu ver equivocadamente, em defesa da descriminalização do aborto.


Qualquer manual sobre liberalismo, por mais conciso e superficial que seja, dirá que o exercício da liberdade pressupõe a responsabilidade individual irrestrita pelas conseqüências dos próprios atos. Isto quer dizer que toda e qualquer ação individual deve ter em conta os possíveis desdobramentos sobre os direitos – vida, liberdade e propriedade - dos demais.


Meu direito de propriedade permite que eu escolha quem pode ou não adentrar minha residência ou qualquer outra propriedade de que eu seja titular. No entanto, meu direito acaba onde começa o do outro e, portanto, não posso atentar contra a vida daqueles que lá estiverem, desde que convidados ou autorizados, a menos que eles tenham, antes, atentado contra a minha própria. Em outras palavras, o fato de alguém estar dentro de minha casa, desde que devidamente permitido, não me dá o direito de matá-lo ou colocar sua vida em risco, a menos que seja em legítima defesa.


Circunstâncias extremas, inusitadas ou indesejáveis não podem ser descartadas. Imagine, caro leitor, a seguinte situação: durante uma festa na casa de Pedro, Paulo é acometido de um mal súbito. De acordo com os médicos, sua remoção para o hospital é desaconselhada, sob risco de morte. Segundo os especialistas, Paulo deverá ficar em repouso absoluto durante algumas semanas, até que esteja em condições de ser transferido. Por mais incômoda que a presença de um estranho em sua casa possa ser, seria válido, em nome do direito de propriedade, que Pedro colocasse a vida de Paulo em risco porque, passado algum tempo, sua presença ali tenha se tornado um estorvo?


Assim como no exemplo acima, um embrião humano que se instala no corpo de uma mulher, exceto em casos extraordinários de estupro, é produto de uma ação consciente, cujas conseqüências são bastante previsíveis. O ato sexual é uma escolha quase sempre voluntária e livre. Portanto, a responsabilidade individual a ela inerente não pode ser recusada, isentada ou transferida. A liberdade de escolha tem como contrapartida a responsabilidade irrestrita e desta o agente não pode fugir, muito menos quando estão envolvidos direitos de outros seres humanos, ainda que nascituros.


Assim como ocorre quando alguém arrenda, por contrato voluntário, uma propriedade por tempo determinado, a mulher perde a posse e o uso exclusivo do próprio corpo no momento em que engravida. É como se houvesse um contrato entre ela e o futuro ser que carrega no ventre, um ser que ali se encontra, única e exclusivamente, em função do próprio livre arbítrio e escolhas individuais da mulher.


Muitos alegam que o embrião só passa de fato à condição de ser humano após um (in)determinado prazo. Não se discute propriamente a existência da vida, mas da vida humana. Defendem que o "aglomerado de células embrionárias" seria apenas algo como um ser humano em potencial, que existe como possibilidade, mas ainda não é realidade e, nesta condição, ainda não teria direitos, estando fora da proteção (abrigo) legal do Estado. Trata-se de uma discussão filosófica (e biológica) bastante antiga e de difícil solução, porém a meu ver estéril – pelo menos do ponto de vista da doutrina liberal.


Quando se trata do direito à herança, por exemplo, ninguém discute, muito menos um liberal, o nível de evolução de um feto no instante da morte do pai. A se aceitar a possibilidade de extinção da vida embrionária antes de determinado estágio, sob o argumento de que a vida humana ainda não está formada, seria também o caso de se contestar o direito de herança em caso de morte paterna dentro deste mesmo estágio. Confesso que desconheço qualquer antecedente a esse respeito.


No mesmo diapasão, poderíamos citar diversos exemplos de propriedade privada sobre bens em potencial. Muitas vezes, ao registrarmos uma patente, nada mais existe do que a possibilidade de vê-la transformada em alguma coisa de valor no futuro. A própria existência física da coisa pode ser apenas virtual. No entanto, já neste momento, o direito de propriedade é assegurado pelo Estado, direito esse, diga-se de passagem, que nenhum liberal sequer ousaria contestar.


Ora, se a lei deve proteger a propriedade de um objeto apenas virtual, por que não também uma vida humana, ainda que potencial?


A possibilidade de formação de um embrião humano é única na natureza e altamente improvável. A probabilidade do encontro de um determinado espermatozóide com um óvulo específico é estatisticamente desprezível – muito mais difícil do que alguém ganhar na mega-sena cem vezes seguidas. A vida (mesmo que ainda potencial) humana que existe num "aglomerado de células embrionárias" não pode deixar de ser vista, portanto, como algo extremamente valioso para o seu dono (ou futuro dono). Infinitamente mais valioso que qualquer herança material paterna, que ao nascituro é garantida pela lei – na imensa maioria dos países -, seja em que estágio de desenvolvimento fetal estiver.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

No mesmo diapasão, poderíamos citar diversos exemplos de propriedade privada sobre bens em potencial. Muitas vezes, ao registrarmos uma patente, nada mais existe do que a possibilidade de vê-la transformada em alguma coisa de valor no futuro. A própria existência física da coisa pode ser apenas virtual. No entanto, já neste momento, o direito de propriedade é assegurado pelo Estado, direito esse, diga-se de passagem, que nenhum liberal sequer ousaria contestar.


Ora, se a lei deve proteger a propriedade de um objeto apenas virtual, por que não também uma vida humana, ainda que potencial?



Eu era favoravel ao aborto em todos os casos de gravidez. Defendia que os medicos desse um jeito de arrancar os fetos de todas as mulheres gravidas.

DEpois de ler esse paragrafo, cheguei a conclusão que não temos tal direito. Cada casal que decida se quer ou nçao fazer um aborto.



A possibilidade de formação de um embrião humano é única na natureza e altamente improvável. A probabilidade do encontro de um determinado espermatozóide com um óvulo específico é estatisticamente desprezível – muito mais difícil do que alguém ganhar na mega-sena cem vezes seguidas. A vida (mesmo que ainda potencial) humana que existe num "aglomerado de células embrionárias" não pode deixar de ser vista, portanto, como algo extremamente valioso para o seu dono (ou futuro dono). Infinitamente mais valioso que qualquer herança material paterna, que ao nascituro é garantida pela lei – na imensa maioria dos países -, seja em que estágio de desenvolvimento fetal estiver.


Nem Olavo de Carvalho seria tão falacioso.
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Xicao
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Xicao »

Os pais (se o pai estiver presente) deve decidir sobre o aborto. A escolha tem que ser limitada aos que darão possibilidades de uma personalidade surgir, e não o estado.

A lei do aborto deve dar à mãe (se estrupro ou desaparecimento do pai) a escolha sobre se aborta ou não. A liberdade do ser humano deve lhe ser concedida pela lei, e essa lei nao pode obrigar a mãe (e o pai) a ter um filho que não queiram....
Editado pela última vez por Xicao em 11 Mai 2007, 08:11, em um total de 1 vez.

Por mais que desejamos, por mais que anseiamos que Deus exista....
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André
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por André »

Usuário deletado escreveu:
Xicao escreveu:Os pais (se o pai estiver presente) deve decidir sobre o aborto. A escolha tem que ser limitada aos que darão possibilidades de uma personalidade surgir, e não o estado.

A lei do aborto deve dar à mãe (se estrupro ou desaparecimento do pai) a escolha sobre se aborta ou não. A liberdade do ser humano deve lhe ser concedida pela lei, e essa lei nao pode obrigar a mãe (e o pai) a ter um filho que não queiram....


A liberdade de matar? Não seria isso libertinagem? Ou devemos ser livres para fazermos o que quisermos na vida?


Claro que a liberdade não é absoluta especialmente no que tange atos (O direito do outro começa quando o meu termina). Mas existe um outro direito que entra em contradição que é o da mulher grávida ter controle sobre seu processo reprodutivo ter escolha. Teria o Estado o direito de controlar essa escolha individual?

Vamos a prática. Na prática se uma mulher quiser abortar, especialmente no inicio da gravidez. Lei alguma vai impedir. E punir ela é quase tão difícil, quanto é moralmente, e legalmente questionável. Até por isso a perseguição é maior com médicos que realizam.

Então o que fazer? Pessoalmente não gosto do aborto. Preferia que não fizessem. Ao mesmo tempo sei que na prática vão fazer. Logo as leis devem, na minha opinião, permitir, mas os programas devem não incentivar, oferecer alternativas, educar, para evitar. Se a mulher estiver decidida a realizar, é melhor que realize em um ambiente adequado.

Quando existe contradição de direitos, como é o caso, penso que se deve analisar o que é mais humano, no sentido que tem mais consideração com os envolvidos. O que no caso seria permitir a escolha, para proteger as mulheres que irão fazer, mas ao mesmo tempo, criar um procedimento, que desestimule que ela realize. Ela teria que assinar um compromisso que fez escolha consciente teria que explicar pq não dar para adoção... e por ai vai.

O aborto em si é um ato que me incomoda. Mas me incomoda igualmente o Estado querendo controlar a vida privada dos indivíduos, afinal uma gravidez, é relativa ao casal, e se o homem estiver ausente, relativa apenas a mulher grávida.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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André
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por André »

Usuário deletado escreveu:
André escreveu:
Usuário deletado escreveu:
Xicao escreveu:Os pais (se o pai estiver presente) deve decidir sobre o aborto. A escolha tem que ser limitada aos que darão possibilidades de uma personalidade surgir, e não o estado.

A lei do aborto deve dar à mãe (se estrupro ou desaparecimento do pai) a escolha sobre se aborta ou não. A liberdade do ser humano deve lhe ser concedida pela lei, e essa lei nao pode obrigar a mãe (e o pai) a ter um filho que não queiram....


A liberdade de matar? Não seria isso libertinagem? Ou devemos ser livres para fazermos o que quisermos na vida?


Claro que a liberdade não é absoluta especialmente no que tange atos (O direito do outro começa quando o meu termina). Mas existe um outro direito que entra em contradição que é o da mulher grávida ter controle sobre seu processo reprodutivo ter escolha. Teria o Estado o direito de controlar essa escolha individual?

Vamos a prática. Na prática se uma mulher quiser abortar, especialmente no inicio da gravidez. Lei alguma vai impedir. E punir ela é quase tão difícil, quanto é moralmente, e legalmente questionável. Até por isso a perseguição é maior com médicos que realizam.

Então o que fazer? Pessoalmente não gosto do aborto. Preferia que não fizessem. Ao mesmo tempo sei que na prática vão fazer. Logo as leis devem, na minha opinião, permitir, mas os programas devem não incentivar, oferecer alternativas, educar, para evitar. Se a mulher estiver decidida a realizar, é melhor que realize em um ambiente adequado.

Quando existe contradição de direitos, como é o caso, penso que se deve analisar o que é mais humano, no sentido que tem mais consideração com os envolvidos. O que no caso seria permitir a escolha, para proteger as mulheres que irão fazer, mas ao mesmo tempo, criar um procedimento, que desestimule que ela realize. Ela teria que assinar um compromisso que fez escolha consciente teria que explicar pq não dar para adoção... e por ai vai.

O aborto em si é um ato que me incomoda. Mas me incomoda igualmente o Estado querendo controlar a vida privada dos indivíduos, afinal uma gravidez, é relativa ao casal, e se o homem estiver ausente, relativa apenas a mulher grávida.


O aborto em caso de estupro é plenamente justificável assim como o aborto nos casos de anencefalia. Mas já os casos em que a mulher (em muitos casos a culpa é tanto do homem quanto da mulher) aborta apenas por não ter pensado antes de tomar as devidas precauções no momento do ato sexual eu considero totalmente indefensáveis. É uma vida que está em jogo, você não pode tirar o direito de uma pessoa nascer devido a um erro seu.


Em principio concordo com vc no sentido que não acho correto uma mulher grávida apenas por essa gravidez é indesejada abortar. Porém acho a questão mais complexa.

Primeiro que não acho que o feto seja uma pessoa já. Isso da uma discussão boa. Não acho que seja uma pessoa, pois depende, e de forma exclusiva, da mãe para sobreviver. Depois de nascer não precisa necessariamente da mãe, outros podem prover de alimento. Enquanto está no útero não sua sobrevivência é condicionada.

Dois e ai é uma questão prática, no caso especifico do aborto, (Não podendo extrapolar para outras coisas) a proibição não funciona. Toda mulher que estiver comprometida a abortar nos primeiros meses pode induzir aborto. Assim sendo prefiro um processo legal, no qual ela teria que justificar, que o pai seria consultado, e somente depois disso, haveria uma autorização para o aborto. Do jeito que está é mais fácil ir em clinica privada, ou as clandestinas, e fazer. Ai vira uma coisa inclusive econômica, são as mulheres de classe media, e media alta, que abortam, pq tem dinheiro para tanto.

Mas para mim não é cavalo de batalha, pq não gosto da idéia que abortem, apenas prefiro essas idéias, por entender que são um pouco melhores, do que a criminalização.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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André
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por André »

Usuário deletado escreveu:
André escreveu:Primeiro que não acho que o feto seja uma pessoa já. Isso da uma discussão boa. Não acho que seja uma pessoa, pois depende, e de forma exclusiva, da mãe para sobreviver. Depois de nascer não precisa necessariamente da mãe, outros podem prover de alimento. Enquanto está no útero não sua sobrevivência é condicionada.


1)É uma pessoa em potencial.

André escreveu:Dois e ai é uma questão prática, no caso especifico do aborto, (Não podendo extrapolar para outras coisas) a proibição não funciona. Toda mulher que estiver comprometida a abortar nos primeiros meses pode induzir aborto. Assim sendo prefiro um processo legal, no qual ela teria que justificar, que o pai seria consultado, e somente depois disso, haveria uma autorização para o aborto. Do jeito que está é mais fácil ir em clinica privada, ou as clandestinas, e fazer. Ai vira uma coisa inclusive econômica, são as mulheres de classe media, e media alta, que abortam, pq tem dinheiro para tanto.

Mas para mim não é cavalo de batalha, pq não gosto da idéia que abortem, apenas prefiro essas idéias, por entender que são um pouco melhores, do que a criminalização.



2)Ao meu ver a mulher que faz isso nessas condições deve ser punida, a criminalização é um bom incentivo para que as pessoas pensem duas vezes antes de não se prevenirem ao consumar o ato sexual.


1)Sim. Assim como energia em potencial não é energia detectável, uma pessoa em potencial não é uma pessoa, ainda.

2)É o mesmo argumento da pena de morte. Pesquisas nos lugares que tem pena de morte demonstram que não funciona. Ou seja, não é por medo da pena de morte que o assassino deixa de matar. Isso não o detêm, e não funciona como impedimento. Nos EUA os lugares com pena de morte tem inclusive criminalidade violenta mais alta (Como Texas), logo tal associação não é possível.

O mesmo ocorre com sexualidade. O único medo que parece ter funcionado para difusão de camisinhas é o medo de doenças, especialmente AIDS, o medo de morrer.

Eu desconheço casos de mulheres punidas, criminalmente, por abortar em clinicas.

Essa é uma das questões que embora tenha minha opinião, e deixei clara, entendo o outro lado, e não faço questão de convencer ninguém, pois para mim ambos os lados tem seus argumentos.

Somente a justificativa religiosa, querendo evitar todo e qualquer aborto, em quais quer condições, é que acho insustentável.
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André
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por André »

Usuário deletado escreveu:
André escreveu:1)Sim. Assim como energia em potencial não é energia detectável, uma pessoa em potencial não é uma pessoa, ainda.


1)Mas é um ser vivo, ao contrário de óvulos e espermatozóides. Logo matá-lo devido a um erro próprio ao meu ver é totalmente indefensável.

André escreveu:2)É o mesmo argumento da pena de morte. Pesquisas nos lugares que tem pena de morte demonstram que não funciona. Ou seja, não é por medo da pena de morte que o assassino deixa de matar. Isso não o detêm, e não funciona como impedimento. Nos EUA os lugares com pena de morte tem inclusive criminalidade violenta mais alta (Como Texas), logo tal associação não é possível.


2)Existem criminosos e criminosos. A instituição da pena capital freia alguns criminosos em potencial, e pune os que merecem ser punidos. Ao meu ver alguém que mata um ser vivo de forma fria e calculista (como no caso do aborto sob as circunstâncias que estamos discorrendo) deve ser punido, independente de aumento ou diminuição nesses crimes. O cerne da questão é a punição.


1)Bem essa é sua opinião. Moralidade não é algo absoluto varia de individuo para individuo.

2)E o Estado mata inocentes tb, e ai não tem como reparar. Fora que da ao Estado um poder extremamente perigoso.

De forma alguma vejo uma mulher que aborta como uma assassina. Ela fez uma escolha e é o seu corpo. Fico tb muito com as pessoas da área da saúde pública, e planejamento familiar, os que mais respeito defendem descriminalização.
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Aranha
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Mensagem por Aranha »

O ENCOSTO escreveu:
No mesmo diapasão, poderíamos citar diversos exemplos de propriedade privada sobre bens em potencial. Muitas vezes, ao registrarmos uma patente, nada mais existe do que a possibilidade de vê-la transformada em alguma coisa de valor no futuro. A própria existência física da coisa pode ser apenas virtual. No entanto, já neste momento, o direito de propriedade é assegurado pelo Estado, direito esse, diga-se de passagem, que nenhum liberal sequer ousaria contestar.


Ora, se a lei deve proteger a propriedade de um objeto apenas virtual, por que não também uma vida humana, ainda que potencial?



Eu era favoravel ao aborto em todos os casos de gravidez. Defendia que os medicos desse um jeito de arrancar os fetos de todas as mulheres gravidas.

DEpois de ler esse paragrafo, cheguei a conclusão que não temos tal direito. Cada casal que decida se quer ou nçao fazer um aborto.




- Já eu, nem assim, ver defensores tão ardorosos da vida fazendo analogia entre uma vida humana e uma propriedade privada, como se as leis que valessem para uma valessem para outra, foi o fim da picada, só provou mais ainda que o embrião não é ser vivo porra nenhuma.


Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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André
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por André »

Usuário deletado escreveu:
André escreveu:1)Bem essa é sua opinião. Moralidade não é algo absoluto varia de individuo para individuo.


Sim, cada um defende determinados valores.

André escreveu:2)E o Estado mata inocentes tb, e ai não tem como reparar. Fora que da ao Estado um poder extremamente perigoso.


Defendo um sistema de ao menos 10 anos de trabalho e depois viria a execução. Este tempo daria para provar uma suposta inocência do réu.

André escreveu:De forma alguma vejo uma mulher que aborta como uma assassina. Ela fez uma escolha e é o seu corpo. Fico tb muito com as pessoas da área da saúde pública, e planejamento familiar, os que mais respeito defendem descriminalização.


Novamente voltamos à questão de valores.


Vero. Acho essa uma questão muito difícil. Pq mexe com emocional das pessoas tb.

Sobre o tempo para execução dos que defendem pena de morte é uma das coisas mais prudentes que já ouvi. Mesmo que eu seja contra em princípio. Não acho que o Estado deva estar envolvido em matar, somente em casos especiais, um ditador tirânico.

Minha posição acho que fica balançando pq pq moralmente não acho correto o aborto por escolha. Porém socialmente, e em termos de medidas para sociedade, considero a descriminalização melhor.

É como o caso da maconha. Eu não acho legal que o povo fume, mas fumar não deveria ser um crime.

Gosto de como alguns países europeus fizeram, legalizaram para viabilizar programas de diminuição gradual do consumo.

Acho que a legalização de algo assim, tem que ter imbutito o conteúdo, que legalizar não é endossar moralmente como se fosse algo bom a ser feito, mas como um instrumento social para melhorar.

Eu tendo a não defender o que eu vejo como moralmente correto como uma posição de algo que deve ser imposto a outros. Exemplo eu não bebo, mas respeito o direito dos outros de beberem. Eu não recomendaria aborto, mas respeito o controle reprodutivo das mulheres.

O que eu faço e aprovo, de certa forma entra em conflito com os meus princípios políticos, e acabo pendendo para os últimos, pela questão de não querer impor algo particular ao coletivo.

Mas resumindo respeitaria decisões democráticas nessas questões culturais. Acho que seria o mais justo.
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Fabi »

Usuário deletado, eu suponho que você saiba que até os 3 meses de gravidez pode acontecer o aborto espontâneo né? Por isso eu acho (tenho certeza aliás) que o aborto só deve ser discutido somente por médicos porque eles conhecem todas as fases da gestação, os procedimentos, eles sabem que qualquer coisa pode fazer com que a mulher perca o bebê.

Aquela coisa de tirar feto de 8 meses com canula de sucção é mentira, e um médico sabe que a mulher morre se o feto é tirado por cânula nessa altura da gestação, mas as pessoas comuns não, e também nem sabem que o até a décima semana o feto tem a aparencia de um ovo, e que o ultrassom aumenta 100 vezes a imagem, mas médicos sabem dessas coisas.

Por isso o aborto só deve ser discutido entre médicos e cientistas senão a gente cai num moralismo sem fim, sem poder olhar pro lado racional da história.
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Samael
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Samael »

Vitor, o último texto que você postou sobre o assunto é muito mais interessante e muito menos "idiótico", não restringindo a questão a um mero viés político.

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Xicao
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Xicao »

O que é moralidade? Quem a define?

Então já que não querem a liberdade das pessoas, por que não se declaram logo 'anti-liberdade'????

Quem define moralidade, a religião? E a ética, que a dita, a religião? Se responderem sim a essas perguntas, então és um ateu hipócrita que ainda confia que o teísmo pode e deve reger a vida humana.... :emoticon23: :emoticon23: :emoticon23:

Por mais que desejamos, por mais que anseiamos que Deus exista....
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Citação da Bíblia Sagrada- Anotado por mim na contra-capa de Caneta Bic Preta
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marta
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Mensagem por marta »

Se o aborto fosse legal será que o Lullorota teria nascido? E o Genoino? E o Zé Desceu? E o Delúbio? E os padres? E o papapau?

Pensando sob esse ângulo eu sou a favor do liberou geral :emoticon12:
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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Minuteman
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Re: Liberalismo e aborto

Mensagem por Minuteman »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Assim como no exemplo acima, um embrião humano que se instala no corpo de uma mulher, exceto em casos extraordinários de estupro, é produto de uma ação consciente, cujas conseqüências são bastante previsíveis. O ato sexual é uma escolha quase sempre voluntária e livre. Portanto, a responsabilidade individual a ela inerente não pode ser recusada, isentada ou transferida. A liberdade de escolha tem como contrapartida a responsabilidade irrestrita e desta o agente não pode fugir, muito menos quando estão envolvidos direitos de outros seres humanos, ainda que nascituros.


Argumento vencedor ! Muito boa a discussão inicial sobre os direitos individuais e o desdobramento dá-se de forma muito clara e concisa.

Estou de pleno acordo com as idéias expostas e não vejo como alguém, diante dos princípios liberais citados, possa contra-argumentar.

-- Anderson
Tudo é vaidade e correr atrás do vento

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Johnny
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Johnny »

A questão nem é essa. são milhões de abortos ilegais no pais por ano e ainda por cima muitos sem condições. Mas a pergunta que vai ficar e gostaria de resostas é: Quem vai pagar os abortos se forem legalizados? Só se for por particular e sem convênio. Do meu bolso não! :emoticon21:
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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CEFAS
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Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por CEFAS »

A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..

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SickBoy
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por SickBoy »

CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..


https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=10235&start=0

aborto já foi exaustivamente discutido aqui no RéV. eu sou a favor da descriminalização.

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Xicao
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Xicao »

CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..


a vida deve ser conservada a qualquer preço, então, não mate mais baratas e nem formigas.....
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Por mais que desejamos, por mais que anseiamos que Deus exista....
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o anátema
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por o anátema »

Usuário deletado escreveu:
André escreveu:1)Sim. Assim como energia em potencial não é energia detectável, uma pessoa em potencial não é uma pessoa, ainda.


Mas é um ser vivo, ao contrário de óvulos e espermatozóides. Logo matá-lo devido a um erro próprio ao meu ver é totalmente indefensável.


Óvulos e espermatozóides são vivos, senão não seriam capazes de fecundação.

A definição que se escolhe para o que é um "ser" é o que acaba contando. Nesse caso, é uma certa organização de ácidos nucléicos, diploidia. Alguns pró-vida tem o próprio espermatozóide quase como ser humano desde que o contexto seja a sua liberação dentro de uma vagina, fora de um preservativo. Daí serem contrarios ao DIU.

Eu particularmente não acho um óvulo com espermatozóide dentro, antes ou depois da recombinação cromossômica, algo lá fundamentalmente diferente e que já seja algo na prática um "ser humano", ainda que tecnicamente seja vida humana.

De forma similar que ao mesmo tempo, se fosse encontrada uma pessoa que fosse haplóide em uma boa porcentagem de suas células, não acharia que ela é "menos humana" ou entre a vida e a não-vida, ou que seria "algo" aproximado de uma pessoa.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Fabi
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Fabi »

CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..

Por isso que leigo religioso que nem você não deve nem participar de uma discussão assim, você não tem conhecimento de causa e ainda por cima religioso. Podia ser pior? :emoticon18:

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Xicao
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Xicao »

Fabi escreveu:
CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..

Por isso que leigo religioso que nem você não deve nem participar de uma discussão assim, você não tem conhecimento de causa e ainda por cima religioso. Podia ser pior? :emoticon18:


Fabi, o Cefas deve sim participar, senão não terão a quem ou o que contestar... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Por mais que desejamos, por mais que anseiamos que Deus exista....
Nenhuma Divindade ou Deus virá a existir para atender nossos anseios...

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Fabi
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Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Fabi »

Xicao escreveu:
Fabi escreveu:
CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..

Por isso que leigo religioso que nem você não deve nem participar de uma discussão assim, você não tem conhecimento de causa e ainda por cima religioso. Podia ser pior? :emoticon18:


Fabi, o Cefas deve sim participar, senão não terão a quem ou o que contestar... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Aqui sim, mas não oficialmente, só a comunidade cientifica deve participar desse debate senão vamos ficar no "a vida tem que ser preservada" sendo que o sujeito nem sabe como definir a vida, e fica naquilo de alma e coisas místicas ou se prende a moral.

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videomaker
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Re: Liberalismo e aborto

Mensagem por videomaker »

Como gravidez não é doença contagiosa! Evite o aborto, não engravide! o resto é conversa fiada.... acredite.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

Apocaliptica

Re: Re.: Liberalismo e aborto

Mensagem por Apocaliptica »

CEFAS escreveu:A vida deve ser preservada a qualquer preço.
Aborto nem deveria estar em pauta. É proibido e assim deve continuar..


E você, pelo visto mais um tirano religioso é quem decide certo?
Se fosse mulher pelo menos, mas nem isto é.

Que vida deve ser preservada? A da mãe ou do filho? E se não der para preservar? E se a criança for um monstro? SIM! Deus cria monstros! E se a sua filha de 12 anos for estuprada e engravidar? Você vai aguentar o trauma dela, aguentar uma gravidez medonha e mostruosa, o parto em dor e o filho fruto da violência no corpo dela? Vai aguentar as duas crianças ( sua filha e seu neto) chorando dentro de casa?

Apocaliptica

Re: Liberalismo e aborto

Mensagem por Apocaliptica »

videomaker escreveu:Como gravidez não é doença contagiosa! Evite o aborto, não engravide! o resto é conversa fiada.... acredite.


SIM! Diga isto ao estuprador!!!!

E ele insiste....

Trancado