Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
O que sou absolutamente contrario e a educacao obrigatoria, regulamentada, burocratica e totalmente ineficente que hoje e a nossa realidade. E e isso que o senhor Buarque propoe como solucao para nossos problemas, o aumento dessa industria de imbecis que e o sistema brasileiro de educacao publica.


Entendo. Você acha que crianças devem decidir por si mesmas se vão ou não vão pra escola. Não deve existir um crime como o de abandono intelectual. De ALGUMA forma, isso deve ter mostra de ALGUM tipo de BRILHANTISMO... só não sei QUAL, kkkkkkkkkk!
É um problema espiritual, chupe pau!

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emmmcri
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Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por emmmcri »

Economia é uma coisa extremamente complexa.Fico impressionado como alguns foristas postam soluções simplistas como se fossem superentendidos no assunto com as "soluções" propostas(não falo só deste tópico) .
Queria q fosse fácil e simples como estes acham q é!
Bom, se fosse simples assim estes problemas economicos não existiriam mais .
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE

Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.



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Huxley
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Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Huxley »

Ao contrário do que muitos pensam, não é verdade que a educação só resulta em redução de pobreza em um ambiente econômico favorável ao crescimento.A evidência empírica internacional indica que a escolaridade não tem apenas influência no salário de mercado do trabalhador, mas também na renda nacional (Psacharopoulos,1994;Krueger & Lindahl,2000;Menezes-Filho 2001;Ferreira &Pessôa,2002: http://www.econ.puc-rio.br/gfranco/Agenda%20Perdida.pdf ).Além disso, uma melhora visível na redução da pobreza também pode ocorrer em ambiente de estagnação econômica, como mostra dados de índice de pessoas abaixo da linha de pobreza no Brasil durante a década de 90 (Barros, Henriques e Mendoça,2000, o mesmo link anterior).

Claro, o problema foi que o ex-ministro Buarque falou que era possível erradicar a pobreza apenas aumentando a escolaridade da população.Aí já é demais.Seria o mesmo que ele dizer: "É possível erradicar a pobreza apenas aumentando a taxa de investimento na economia".
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

John Maynard Keynes

Apocaliptica

Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Apocaliptica »

Abmael escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Abmael escreveu:
Apocaliptica escreveu:Brasileiro não se submete a ficar 8 horas na escola... :emoticon1:



- Não concordo, a questão é que existe uma primeira educação que vem do berço, pais que tem idéia do valor da educação passam isso para seus filhos, mas qual é a culpa de crianças cujos pais não cultivam tais valores e passam essa ausência de valores a elas?

Abraços,


Não é verdade. As crianças mais pobres que são jogadas em escolas durante o dia inteiro, não têm saída, pois os pais precisam sair para trabalhar e ponto final.
Crianças e adolescentes de classe média e alta, por mais exemplo que tenham dos familiares, pais e mães bem sucedidos, com mestrado e doutorado, reclamam o tempo todo e é isto que tenho visto. 2 meses de aula e já começa o " cansaço" e as reclamações. Vejo como exemplo a gurizada de classe média alta e alta reclama do dia em que precisam ficar o dia todo, geralmente 1, 2 ou 3 dias por semana.



- Você está negando a realidade, pode avaliar por você mesma, veja qual é o perfil social predominante em empregos cujos concursos públicos são mais disputados, ou entre os primeiros colocados dos vestibulares ou dos executivos mais bem sucedidos ou entre pesquisadores e cientistas, verá que a maioria esmagadora é proveniente de classe média para alta.

- Eu mesmo fui relapso no segundo grau mas estudei numa escola excelente, quando precisei me esforçar me esforçei e consegui passar em vários vestibulares na federal e em vários concursos públicos, minha família era de classe média baixa, meu pai era super ignorante e cagava para meus estudos, minha mãe no entanto, sempre me apoiou, fez sacrifícios e até enfrentou meu pai, por sorte tive consciência de me esforçar para dar valor ao esforço dela.

Abraços,


Não. Estou concordando com a minha tese. Elas odeiam passar horas na escola, por isto aumentar as horas não assegura aumento de qualidade e nem de produção escolar, apenas causa mais vontade dos alunos de pular o muro. Independente da origem deles. Conscientizar pais e alunos, governos e sociedade de que estudar é importante, não será suficiente se não for acompanhado de aprimoramento, disciplina e currículos estimulantes. Na verdade, muito se fala no Brasil demagogicamente sobre " lugar de criança é na escola". Esta conversinha terceiro mundista é clichê principalmente em governos populistas. Mas que escola é esta?
Eu tiro uma média pela minha filha. Pais com pós-graduação e que foram ótimos alunos, o pai em escola particular e a mãe em pública. Pai mestre e professor em universidade. Ela foi criada dentro deste perfil. Mas...1 vez por semana, precisa cumprir carga horária...pela manhã, as matérias são interessantes, mas no turno da tarde, só tem coisa inútil, como Ed. Física, Artes e Computação. São cadeiras obrigatórias? São. Contribuem para a formação? Hum...talvez. Mas eles estão interessados nisto aos 15 anos, a ponto de comparecer às aulas? Não. Não estão. Todo dia de duplo turno é a mesma reclamação:" Que saaaaacooooo!" E eu dou razão a eles.

Se não melhorar a qualidade, tanto nas escolas particulares, mas notadamente nas públicas, talvez a vontade de sair correndo para o shopping seja maior ainda.
Para enfrentar uma carga horária de 8 horas/dia, o estímulo precisa ser muito maior do que o que temos atualmente no Brasil. E a cobrança também. Por que as médias nas últimas décadas baixaram de 7 para 6? No meu tempo, tirar 7 era um negócio preocupante. 6,9 era vermelho e recuperação. Agora o cara tira 6 ( o que representa que ele , quem sabe, absorveu 60% do conteúdo ...e os outros 40%?) e se safa.
O que vejo são novos ingressos na Universidade, algumas de qualidade discutível, que não sabem escrever. Nunca vi tanto adolescente e jovem adulto escrevendo tão errado e se achando o máximo porque entrou para a vida acadêmica. E não é culpa da internet, não.

Apocaliptica

Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Apocaliptica »

emmmcri escreveu:Economia é uma coisa extremamente complexa.Fico impressionado como alguns foristas postam soluções simplistas como se fossem superentendidos no assunto com as "soluções" propostas(não falo só deste tópico) .
Queria q fosse fácil e simples como estes acham q é!
Bom, se fosse simples assim estes problemas economicos não existiriam mais .


Não é não se levarmos em conta que há profissionais gabaritados para isto. O que falta é vontade política. Dos governantes e do povo, que se satisfaz com pouco, porque jamais vai saber o que é sair da mediocridade. Só se enxerga realmente isto, quando se viaja ( de fato ou com a mente aberta ) para modelos externos que dão certo. Aqui o papo é sempre manter as coisas enrolando, e falando em futuro. Só que quando a gente melhora um pouco, brasileiro já acha que está "melhor assim do que era antes"...LOGO está ótimo. Esquecem que enquanto estamos indo os outros já estão voltando. Gente tosca.

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André
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:Eu digo que além das poucas horas passadas pelos estudantes nas escolas, ainda existe a questão da qualidade. Horas apenas só para encher morcília não adianta nada....vamos ainda ouvir aqueles argumentos falaciosos terceiromundistas do tipo " É melhor o jovem dentro da escola do que na rua sob a tentação de fazer bobagens.". E segue a mediocridade.


Eu sempre aprendi mais estudando sozinho, ou com ajuda de amigos, orientador. Sala de aula ajuda, mas especialmente quando tem muitas horas o grau de concentração diminui.

Por isso estimular a curiosidade, e que o aluno busque ele mesmo, estabelecer uma relação com o conhecimento, e uma relação mais autônoma, é fundamental pelo menos para mim.

Sobre o Cristovam tem textos dele que gosto, e dos candidatos, era para mim o melhor, talvez o menos pior. Infelizmente disse algumas coisas lamentáveis nesse texto. Um projeto de planejamento para desenvolvimento auto-sustentável da economia do país é fundamental, para se gerar riqueza. Coisas como transportes e infraestrutura tem que ser melhorados, e o governo tem que estar envolvido em tais projetos. É necessário simultaneamente fomentar produção, de forma responsável (social e ecologicamente), e melhorar o ensino, assim como políticas que desconcentram mais a riqueza. Essas prioridades são complementares não excludentes.

Eu só tenho a lamentar o estado atual dos políticos, tanto de "esquerda" como de "direita", e coloco entre aspas pois do ponto de vista de projeto, seja mais social democrata, ou mais liberal, nem de longe vejo políticos brasileiros com qualidade para fazer jus a essas tendências. Infelizmente, mas é necessário reconhecer.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Apocaliptica »

André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Eu digo que além das poucas horas passadas pelos estudantes nas escolas, ainda existe a questão da qualidade. Horas apenas só para encher morcília não adianta nada....vamos ainda ouvir aqueles argumentos falaciosos terceiromundistas do tipo " É melhor o jovem dentro da escola do que na rua sob a tentação de fazer bobagens.". E segue a mediocridade.


Eu sempre aprendi mais estudando sozinho, ou com ajuda de amigos, orientador. Sala de aula ajuda, mas especialmente quando tem muitas horas o grau de concentração diminui.

Por isso estimular a curiosidade, e que o aluno busque ele mesmo, estabelecer uma relação com o conhecimento, e uma relação mais autônoma, é fundamental pelo menos para mim.

Sobre o Cristovam tem textos dele que gosto, e dos candidatos, era para mim o melhor, talvez o menos pior. Infelizmente disse algumas coisas lamentáveis nesse texto. Um projeto de planejamento para desenvolvimento auto-sustentável da economia do país é fundamental, para se gerar riqueza. Coisas como transportes e infraestrutura tem que ser melhorados, e o governo tem que estar envolvido em tais projetos. É necessário simultaneamente fomentar produção, de forma responsável (social e ecologicamente), e melhorar o ensino, assim como políticas que desconcentram mais a riqueza. Essas prioridades são complementares não excludentes.

Eu só tenho a lamentar o estado atual dos políticos, tanto de "esquerda" como de "direita", e coloco entre aspas pois do ponto de vista de projeto, seja mais social democrata, ou mais liberal, nem de longe vejo políticos brasileiros com qualidade para fazer jus a essas tendências. Infelizmente, mas é necessário reconhecer.


Concordo com tudo, André. Mas há o seguinte, nem toda matéria é passível de autodidatismo. Algumas coisas precisam ser pelo menos alivinhadas, alguns caminhos abertos, questões debatidas e compartilhadas. Depois, pode ir para casa e estudar o que for mais individual ou de caráter intimista.
Outra questão, os perfis de aprendizado não são homogêneos e também variam de indivíduo para indivíduo. Alguns necessitam de mais exposição, outros precisam da figura da liderança ou da autoridade como facilitador e todas essas coisas pedagógicas que tu deves saber.
O estudar sozinho faz parte da transmissão do senso de se conseguir se discernir, auto-disciplinar, criar seus próprios métodos, estabelecer prioridades e tomat chumbo por errar o caminho vez por outra. Mas é apenas uma parte do estudar.
Mesmo assim, sou a favor do aumento da carga e também da melhoria na qualidade como um todo. Mas não defendo os exageros, não. Criança e adolescente precisam ter lazer e vida social.
Além disto, num país onde uma boa parte dos adolescentes começa a trabalhar antes de terminar os estudos....fica difícil ficar tantas horas na escola...ou seja, é uma bagunça mesmo.

E o texto do Cristovam foi lamentável.

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André
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por André »

Apocaliptica escreveu:
André escreveu:
Apocaliptica escreveu:Eu digo que além das poucas horas passadas pelos estudantes nas escolas, ainda existe a questão da qualidade. Horas apenas só para encher morcília não adianta nada....vamos ainda ouvir aqueles argumentos falaciosos terceiromundistas do tipo " É melhor o jovem dentro da escola do que na rua sob a tentação de fazer bobagens.". E segue a mediocridade.


Eu sempre aprendi mais estudando sozinho, ou com ajuda de amigos, orientador. Sala de aula ajuda, mas especialmente quando tem muitas horas o grau de concentração diminui.

Por isso estimular a curiosidade, e que o aluno busque ele mesmo, estabelecer uma relação com o conhecimento, e uma relação mais autônoma, é fundamental pelo menos para mim.

Sobre o Cristovam tem textos dele que gosto, e dos candidatos, era para mim o melhor, talvez o menos pior. Infelizmente disse algumas coisas lamentáveis nesse texto. Um projeto de planejamento para desenvolvimento auto-sustentável da economia do país é fundamental, para se gerar riqueza. Coisas como transportes e infraestrutura tem que ser melhorados, e o governo tem que estar envolvido em tais projetos. É necessário simultaneamente fomentar produção, de forma responsável (social e ecologicamente), e melhorar o ensino, assim como políticas que desconcentram mais a riqueza. Essas prioridades são complementares não excludentes.

Eu só tenho a lamentar o estado atual dos políticos, tanto de "esquerda" como de "direita", e coloco entre aspas pois do ponto de vista de projeto, seja mais social democrata, ou mais liberal, nem de longe vejo políticos brasileiros com qualidade para fazer jus a essas tendências. Infelizmente, mas é necessário reconhecer.


Concordo com tudo, André. Mas há o seguinte, nem toda matéria é passível de autodidatismo. Algumas coisas precisam ser pelo menos alivinhadas, alguns caminhos abertos, questões debatidas e compartilhadas. Depois, pode ir para casa e estudar o que for mais individual ou de caráter intimista.
Outra questão, os perfis de aprendizado não são homogêneos e também variam de indivíduo para indivíduo. Alguns necessitam de mais exposição, outros precisam da figura da liderança ou da autoridade como facilitador e todas essas coisas pedagógicas que tu deves saber.
O estudar sozinho faz parte da transmissão do senso de se conseguir se discernir, auto-disciplinar, criar seus próprios métodos, estabelecer prioridades e tomat chumbo por errar o caminho vez por outra. Mas é apenas uma parte do estudar.
Mesmo assim, sou a favor do aumento da carga e também da melhoria na qualidade como um todo. Mas não defendo os exageros, não. Criança e adolescente precisam ter lazer e vida social.
Além disto, num país onde uma boa parte dos adolescentes começa a trabalhar antes de terminar os estudos....fica difícil ficar tantas horas na escola...ou seja, é uma bagunça mesmo.

E o texto do Cristovam foi lamentável.


Concordo plenamente. O professor tem muito o papel de ajudar, e tem que lidar diferentemente com os alunos, pois os alunos são diferentes. Tratar todos de forma justa, porém a forma de atingir cada individuo varia.

Eu até seria favorável a um pequeno aumento de horas, se fosse feito um projeto para tornar as aulas mais dinâmicas e divertidas. E isso é possível, tive professores que faziam as aulas serem tão divertidas que a gente ficava esperando a aula desse chegar. Em aulas de História, teria espaço para filmes, fotos, musica, arte, e combinaria-se tb história com literatura, para agregar. Isso é somente um exemplo, outras disciplinas mais para um lado mais pratico, com exemplos de uso, e compreensão do mundo mais palpáveis, como física com movimento, matemática com estatística, cálculos ligados a economia, e por ai vai.

Acho inclusive que o vestibular deveria mudar. Deveria ter um conteúdo mínimo básico de todas as disciplinas, e na segunda fase, ai sim exigir pesado o aluno daquilo que ele está se propondo a estudar. Digo isso pq muita coisa que eu estudei, avaliando hoje, vejo que poderia ter visto apenas mais superficialmente, coisas de física e matemática, por exemplo, para ter me aprofundado em história, português...(porém existem temas dessas disciplinas mais importantes que ninguém deve sair sem saber)

Acredito que a definição de um conjunto de predicados básicos, sem os quais, o aluno não deve terminar o ensino fundamental é necessário. Simultaneamente estimulando o aluno a ir muito, além disso, especialmente aonde seu interesse e talento, se demonstram.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Apocaliptica

Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Apocaliptica »

Verdade verdadeira. :emoticon1:

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skipperj05
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Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por skipperj05 »

"Agora, para erradicar a pobreza o país não precisa aumentar a riqueza, nem o crescimento econômico, mas precisa aumentar o número de escolas, pagar melhor os professores, garantir renda para que os pais possam manter seus filhos na escola. E o mesmo para saúde, para água e esgoto."

Creio que nenhum dos forista que aqui postaram até o momento entendeu ao certo o que o Cristóvam Buarque pretendeu dizer. Ele apenas diz que crescimento econômico e erradicação da pobreza via educação são coisas independentes, argumentando que o pensamento dos economistas comprometidos com o Consenso de Washington é falacioso. Dizem estes arautos de George W. Bush e do neoliberalismo que para erradicar a pobreza basta o crescimento econômico, pois o dinheiro "desceria" por capilaridade para os estratos inferiores da população.

O que o Cristovam Buarque pretendeu dizer (segundo entendi!) é que independentemente do crescimento econômico, o meio de erradicar a pobreza é educarmos o povo.

O discurso da classe média continua o mesmo. É desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o "povão". Já que nós temos o suficiente para sustentarmos nossos "pimpolhos", que se danem este bando de mulatos. Melhor seria gastar o dinheiro público melhorando as vias para que eu possa rodar confortavelmente no meu carro importado!

No Japão o ensino elementar é padronizado, com oito horas por dia, gratuito e universalizado. Mas lá é fácil, pois não convivem crianças mulatas com outras louras de olhos verdes ou azuis. Todos são japoneses, de forma que não há uma classe loura e de olhos claros lamentando o gasto com crianças mulatas e com cabelos encarapinhados. Quando o Prof. Darcy Ribeiro propôs a construção de uma piscina semi-olímpica em cada CIEP, a classe média e a Rede Globo (sua principal representante!) quase tiveram um enfarte...Piscina para negros favelados? Tirando o dinheiro do asfaltamento de ruas e da obra do METRÔ? Heresia...

Cada CIEP para 1.000 crianças em horário integral custava, pronto e funcionando, 1 milhão de dólares. Merreca, ante o que gasta o erário com juros bancários. Mas a classe média loura e de olhos azuis (esta que vemos em "Malhação"!), justamente a egoísta elite de nosso país, se horrorizava quando se propunha educação para um povo marron e de olhos negros como a asa da graúna.

Os marginais que hoje assaltam a classe média loura e de olhos azuis, são exatamente as crianças de 20 anos atrás, que se tivessem estudado 8 horas por dia, com refeições, esportes e leitura garantidos, hoje provavelmente seria um profissional com nível técnico. Tudo bem! Vou falar com minha mulher para trocarmos o carro por um blindado, aumentar as grades do muro e instalar sistema de segurança. Que se danem os que não tiverem dinheiro para se protegerem...

"E la nave vá...
"o homem não aceita estar só. Por isso quer acreditar que alguém o olha, o observa, por ele se preocupa ou até mesmo ilumina seu caminho, e assim, usando a imaginação, criou a religião: uma ponte, um cordão umbilical que o une ao cosmos. Acreditando cegamente na "ponte" religiosa caminha boa parte da humanidade, aos trancos e barrancos, tropeçando em completa escuridão enquanto aguardam a luz prometida.”
Aleixo Belov

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Aranha
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Aranha »

Apocaliptica escreveu:
Abmael escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Abmael escreveu:
Apocaliptica escreveu:Brasileiro não se submete a ficar 8 horas na escola... :emoticon1:



- Não concordo, a questão é que existe uma primeira educação que vem do berço, pais que tem idéia do valor da educação passam isso para seus filhos, mas qual é a culpa de crianças cujos pais não cultivam tais valores e passam essa ausência de valores a elas?

Abraços,


Não é verdade. As crianças mais pobres que são jogadas em escolas durante o dia inteiro, não têm saída, pois os pais precisam sair para trabalhar e ponto final.
Crianças e adolescentes de classe média e alta, por mais exemplo que tenham dos familiares, pais e mães bem sucedidos, com mestrado e doutorado, reclamam o tempo todo e é isto que tenho visto. 2 meses de aula e já começa o " cansaço" e as reclamações. Vejo como exemplo a gurizada de classe média alta e alta reclama do dia em que precisam ficar o dia todo, geralmente 1, 2 ou 3 dias por semana.



- Você está negando a realidade, pode avaliar por você mesma, veja qual é o perfil social predominante em empregos cujos concursos públicos são mais disputados, ou entre os primeiros colocados dos vestibulares ou dos executivos mais bem sucedidos ou entre pesquisadores e cientistas, verá que a maioria esmagadora é proveniente de classe média para alta.

- Eu mesmo fui relapso no segundo grau mas estudei numa escola excelente, quando precisei me esforçar me esforçei e consegui passar em vários vestibulares na federal e em vários concursos públicos, minha família era de classe média baixa, meu pai era super ignorante e cagava para meus estudos, minha mãe no entanto, sempre me apoiou, fez sacrifícios e até enfrentou meu pai, por sorte tive consciência de me esforçar para dar valor ao esforço dela.

Abraços,


Não. Estou concordando com a minha tese. Elas odeiam passar horas na escola, por isto aumentar as horas não assegura aumento de qualidade e nem de produção escolar, apenas causa mais vontade dos alunos de pular o muro. Independente da origem deles. Conscientizar pais e alunos, governos e sociedade de que estudar é importante, não será suficiente se não for acompanhado de aprimoramento, disciplina e currículos estimulantes. Na verdade, muito se fala no Brasil demagogicamente sobre " lugar de criança é na escola". Esta conversinha terceiro mundista é clichê principalmente em governos populistas. Mas que escola é esta?
Eu tiro uma média pela minha filha. Pais com pós-graduação e que foram ótimos alunos, o pai em escola particular e a mãe em pública. Pai mestre e professor em universidade. Ela foi criada dentro deste perfil. Mas...1 vez por semana, precisa cumprir carga horária...pela manhã, as matérias são interessantes, mas no turno da tarde, só tem coisa inútil, como Ed. Física, Artes e Computação. São cadeiras obrigatórias? São. Contribuem para a formação? Hum...talvez. Mas eles estão interessados nisto aos 15 anos, a ponto de comparecer às aulas? Não. Não estão. Todo dia de duplo turno é a mesma reclamação:" Que saaaaacooooo!" E eu dou razão a eles.

Se não melhorar a qualidade, tanto nas escolas particulares, mas notadamente nas públicas, talvez a vontade de sair correndo para o shopping seja maior ainda.
Para enfrentar uma carga horária de 8 horas/dia, o estímulo precisa ser muito maior do que o que temos atualmente no Brasil. E a cobrança também. Por que as médias nas últimas décadas baixaram de 7 para 6? No meu tempo, tirar 7 era um negócio preocupante. 6,9 era vermelho e recuperação. Agora o cara tira 6 ( o que representa que ele , quem sabe, absorveu 60% do conteúdo ...e os outros 40%?) e se safa.
O que vejo são novos ingressos na Universidade, algumas de qualidade discutível, que não sabem escrever. Nunca vi tanto adolescente e jovem adulto escrevendo tão errado e se achando o máximo porque entrou para a vida acadêmica. E não é culpa da internet, não.



- Ihhhh!!!! - Estamos falando de coisas diferentes, hehehe

Beijos,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Aranha
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Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu nao consigo ver educacao como algo que possa ser dado.

Acho que a educacao so vem de duas formas: atraves da conquista e descoberta pessoal (que pode ser auxiliada por professores, pelos pais, por tutores, por livros, por jornais, pela internet, por treinadores, por manuais, pela experiencia de vida etc.) ou atraves de imposicao.

Penso que o primeiro tipo deveria ser estimulado e o segundo esquecido.

Atraves da descoberta e conquista, cada um pode se desenvolver de acordo com os seus potenciais.

Nao acho que educacao se adiquira somente em bancos escolares. O aprendizado de uma profissao deveria ser visto tambem como educacao, e as vezes muito mais util que aquela oferecida nas instituicoes de ensino.

Sou totalmente contrario a programas que procurem enfiar "educacao" na cabeca das pessoas, como se educacao fosse algo objetivo e palpavel como comida.

A melhor forma ao meu ver de fazer as pessoas procurarem sozinhas se educar e educar seus filhos e garantir liberdades economicas que possibilitem aqueles cujos potenciais estao desenvolvidos prosperar. Isso nao so faria com que as pessoas buscassem educar-se como atrairia cerebros educados do mundo todo.

E portanto exatamente o contrario do que propoe o sr Buarque, na sua loucura socialista. Nao precisamos de criancas sendo doutrinadas 8 horas por dia, precisamos de liberdade que gere oportunidades para que seus pais possam investir nelas e em si mesmos, e que gere um ambiente atraente para as pessoas que mais aproveitaram seu tempo para crescer pessoalmente, naquilo que lhes parecia conveniente, por vocacao ou ambicao.

Nao que eu seja exatamente pela abolicao do sistema publico de ensino num primeiro momento. Acho ele contextualmente necessario, ja que e um capital anterior alocado, como seria uma frota de avioes velhos de uma companhia area antiga. E como tal representa uma responsabilidade e um custo de migracao que nem sempre e pagavel num primeiro momento.

Mas o fato de que as escolas publicas nao devam ser fechadas nao as torna uma solucao para a educacao, pois enquanto as pessoas realmente nao estiverem desenvolvendo seus potenciais, mas absorvendo dogmas e/ou nao aproveitando o que lhes e ofertado por nao ser interessante frente a seus objetivos pessoais, ela continuara a ser uma grande fonte de desperdicio de dinheiro publico.

Acho que num ambiente de liberdade e crescimento economico onde o otimismo leve as pessoas a considerarem o seu crescimento pessoal como importante e que podemos ter uma elevacao no nivel educacional, mesmo que num primeiro momento essas pessoas busquem conhecimento em instituicoes estatais.

O que sou absolutamente contrario e a educacao obrigatoria, regulamentada, burocratica e totalmente ineficente que hoje e a nossa realidade. E e isso que o senhor Buarque propoe como solucao para nossos problemas, o aumento dessa industria de imbecis que e o sistema brasileiro de educacao publica.



- Isso é completamente irreal, não existe e não vejo como daria certo, só um fanático liberal levaria isso a sério.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

emmmcri escreveu:Economia é uma coisa extremamente complexa.Fico impressionado como alguns foristas postam soluções simplistas como se fossem superentendidos no assunto com as "soluções" propostas(não falo só deste tópico) .
Queria q fosse fácil e simples como estes acham q é!
Bom, se fosse simples assim estes problemas economicos não existiriam mais .


"Em teoria econômica, o que não é óbvio, é quase sempre besteira."

Mário Henrique Simonsen.


E olhe que quem disse isto foi o professor Simonsen, cujos livros cheios de equações complexas sugerem no folhear que a economia seja uma ciência hermética, inacessível aos leigos não iniciados.

A realidade é outra.

Os fundamentos da economia são tão claros e compreensíveis quanto os da aritmética, física ou gramática elementar.
A persistência de problemas econômicos em países com potencial para resolvê-los, como o Brasil, não se deve à complexidade das leis econômicas, mas a decisões políticas erradas por conta de escolhas ideológicas burras.

Isto é evidente no histórico das crises econômicas recentes no Brasil:

1. Não é preciso ser doutor em economia para saber que nenhuma prosperidade pode ser alcançada se gastando mais do que se recebe, isto vale tanto para a economia doméstica familiar quanto para as economias nacionais. Mesmo assim as políticas econômicas brasileiras são historicamente tolerantes com o déficit público estrutural;

2. Qualquer pessoa alfabetizada sabe o que é Lei da Oferta e da Procura, não havendo em seu enunciado nenhuma complexidade que a torne de difícil compreensão a qualquer pessoa de inteligência normal, por mais leiga que seja em economia. Mesmo assim os governos brasileiros (e latino-americanos) ao longo das décadas de 1980 e início da de 1990 insistiram repetidamente no erro de tentar eliminar a inflação via congelamento de preços, mesmo sendo óbvio que a Lei da Oferta e da Procura tornava impossível o sucesso desta estratégia e, pior ainda, após a experiência prática ter provado isto em dezenas de tentativas fracassadas no Brasil e em outros países;

3. Mesmo sem ser phD por Harvard, não é difícil entender que problemas são solucionados pelo ataque às suas causas e não aos seus efeitos. Infecções não se curam com antitérmicos contra a febre. Apesar disto, é pensamento dominante que apenas a redução das taxas de juros básicos solucione problemas econômicos estruturais, mesmo sem uma abordagem ampla que leve à redução gradual do endividamento público interno, razão de ser das altas taxas.

Nestes e em outros tantos exemplos facilmente colocáveis vemos que se há complexidade em se solucionar problemas econômicos brasileiros ela reside na dificuldade de se estabelecer o consenso político que direcione as decisões para as medidas que devem ser tomadas e não na complexidade intrínseca dos conceitos econômicos envolvidos.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
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Acauan
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Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Acauan »

Huxley escreveu:Ao contrário do que muitos pensam, não é verdade que a educação só resulta em redução de pobreza em um ambiente econômico favorável ao crescimento.A evidência empírica internacional indica que a escolaridade não tem apenas influência no salário de mercado do trabalhador, mas também na renda nacional (Psacharopoulos,1994;Krueger & Lindahl,2000;Menezes-Filho 2001;Ferreira &Pessôa,2002: http://www.econ.puc-rio.br/gfranco/Agenda%20Perdida.pdf ).Além disso, uma melhora visível na redução da pobreza também pode ocorrer em ambiente de estagnação econômica, como mostra dados de índice de pessoas abaixo da linha de pobreza no Brasil durante a década de 90 (Barros, Henriques e Mendoça,2000, o mesmo link anterior).

Claro, o problema foi que o ex-ministro Buarque falou que era possível erradicar a pobreza apenas aumentando a escolaridade da população.Aí já é demais.Seria o mesmo que ele dizer: "É possível erradicar a pobreza apenas aumentando a taxa de investimento na economia".


Huxley,

Como é possível se ter um aumento do salário de mercado do trabalhador e da renda nacional sem crescimento econômico?

A própria definição de renda nacional estabelece uma correlação intrínseca e necessária entre o crescimento desta e o crescimento econômico.

E quanto a dizer que uma melhora visível na redução da pobreza pode ocorrer em ambientes de estagnação econômica, isto só pode ser verdadeiro se as medições da redução da pobreza e da estagnação econômica se derem em abrangências diferentes, micro e regional na primeira e macro e nacional na segunda, por exemplo.

Como disse no post anterior, princípios econômicos têm simplicidade aritmética.

Se houve redução visível na pobreza de uma população, então a renda per capita desta população aumentou.
A renda per capita só aumenta em duas circunstâncias – aumento da geração de renda entre a população tomada ou transferência de renda de outra população para a população tomada.
Ora, a educação da força de trabalho tem a capacidade de aumentar a geração de renda por meio do aumento da produtividade desta mesma força, mas não há correlação necessária entre educação e transferência de renda entre populações, cujas tentativas provém geralmente de atos políticos e não da livre movimentação dos mercados.
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Edson Jr
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

skipperj05 escreveu:"Agora, para erradicar a pobreza o país não precisa aumentar a riqueza, nem o crescimento econômico, mas precisa aumentar o número de escolas, pagar melhor os professores, garantir renda para que os pais possam manter seus filhos na escola. E o mesmo para saúde, para água e esgoto."

Creio que nenhum dos forista que aqui postaram até o momento entendeu ao certo o que o Cristóvam Buarque pretendeu dizer. Ele apenas diz que crescimento econômico e erradicação da pobreza via educação são coisas independentes, argumentando que o pensamento dos economistas comprometidos com o Consenso de Washington é falacioso. Dizem estes arautos de George W. Bush e do neoliberalismo que para erradicar a pobreza basta o crescimento econômico, pois o dinheiro "desceria" por capilaridade para os estratos inferiores da população.

O que o Cristovam Buarque pretendeu dizer (segundo entendi!) é que independentemente do crescimento econômico, o meio de erradicar a pobreza é educarmos o povo.

O discurso da classe média continua o mesmo. É desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o "povão". Já que nós temos o suficiente para sustentarmos nossos "pimpolhos", que se danem este bando de mulatos. Melhor seria gastar o dinheiro público melhorando as vias para que eu possa rodar confortavelmente no meu carro importado!

No Japão o ensino elementar é padronizado, com oito horas por dia, gratuito e universalizado. Mas lá é fácil, pois não convivem crianças mulatas com outras louras de olhos verdes ou azuis. Todos são japoneses, de forma que não há uma classe loura e de olhos claros lamentando o gasto com crianças mulatas e com cabelos encarapinhados. Quando o Prof. Darcy Ribeiro propôs a construção de uma piscina semi-olímpica em cada CIEP, a classe média e a Rede Globo (sua principal representante!) quase tiveram um enfarte...Piscina para negros favelados? Tirando o dinheiro do asfaltamento de ruas e da obra do METRÔ? Heresia...

Cada CIEP para 1.000 crianças em horário integral custava, pronto e funcionando, 1 milhão de dólares. Merreca, ante o que gasta o erário com juros bancários. Mas a classe média loura e de olhos azuis (esta que vemos em "Malhação"!), justamente a egoísta elite de nosso país, se horrorizava quando se propunha educação para um povo marron e de olhos negros como a asa da graúna.

Os marginais que hoje assaltam a classe média loura e de olhos azuis, são exatamente as crianças de 20 anos atrás, que se tivessem estudado 8 horas por dia, com refeições, esportes e leitura garantidos, hoje provavelmente seria um profissional com nível técnico. Tudo bem! Vou falar com minha mulher para trocarmos o carro por um blindado, aumentar as grades do muro e instalar sistema de segurança. Que se danem os que não tiverem dinheiro para se protegerem...

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Realmente é perceptível que nenhum forista até agora, exceto você, conseguiu compreender o que Criostovam Buarque realmente quis dizer! :emoticon4:

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Edson Jr
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

Abmael escreveu:
Fernando Silva escreveu:
Edson Jr escreveu:Comentem esse texto de Cristovam Buarque... :emoticon1:

Ele tem razão em parte: a educação é importante. Foi com a educação que a Coréia do Sul passou, em 20 anos, de um paisinho pobre a um país rico.

Mas está errado quando acha (pelo menos foi assim que eu interpretei) que é possível se dar educação ao povo sem recursos econômicos para tanto.

É preciso fazer as duas coisas, ao mesmo tempo. Uma não exclui a outra.


Caro Fernando,

- Na minha opinião, você escreveu a mesma coisa que o Cristovam com outras palavras.

Abraços,


Idem! :emoticon1:

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Edson Jr
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

Tulio escreveu:Porque pobre (não todos) quer mais é receber bolsa-esmola sem trabalhar.


Tulio;

Sinto muito, mas vc não conhece bem os pobres. Talvez suas condições de vida tenham sido sempre favoráveis, caso contrário vc jamais diria uma coisa dessas.

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Edson Jr
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Re: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

Abmael escreveu:
Acauan escreveu:
Edson Jr escreveu:"Agora, para erradicar a pobreza o país não precisa aumentar a riqueza, nem o crescimento econômico, mas precisa aumentar o número de escolas, pagar melhor os professores, garantir renda para que os pais possam manter seus filhos na escola. E o mesmo para saúde, para água e esgoto."


Possivelmente uma das frases mais estúpidas que já vi projetada em um tubo de raios catódicos.




- Agora percebo a contradição.


Não...não é não...

O que Cristovam quer dizer é que nosso país é um país rico e precisa crescer, mas que isso não é absolutamente necessário para a erradicação da pobreza.

Bastaria que os recursos para a educação e saúde fossem bem aplicados e ampliados, sem desvios e corrupção. Gastos desnecessários, por exemplo, poderiam serem investidos também na educação e saúde.

Não seria assim, um problema de crescer para os pobres saírem da problema e, sim, uma melhor aplicação e direcionamento dos recursos atuais disponíveis...

Abraços...

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Mensagem por emmmcri »

Acauan escreveu:
Os fundamentos da economia são tão claros e compreensíveis quanto os da aritmética, física ou gramática elementar.



E daí ? Existem muitas coisas com o funcionamento/fundamentos claros e nem assim conseguimos combater ou resolver.
A ciência economica já estudada a mais de um século, tem um "sem números" de teorias e até hoje não há acordo sobre quais seriam mais eficazes.Vide debates aqui neste simples fórum.
Volto afirmar, se simples assim fosse, a humanidade não teria a fome como o mais terrível dos inimigos.
Fico bobo ainda como muitos aqui neste fórum,podem pensar q o simples deixar as leis de mercado o direcionarem seria a solução de tudo.
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Edson Jr
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Re: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Dizer que para acabar com a pobreza não é preciso aumentar as taxas de crescimento econômico e sim construir escolas é tão estúpido quanto dizer que para acabar com a fome não se deve produzir mais comida e sim treinar os agricultores.


Acauan! Não foi isso que Cristovam quis dizer!

Ele considera o crescimento econômico fundamental, pois é necessário ter um país rico! Isso facilitaria ainda mais as coisas, mas não seria nenhuma garantia de erradicação da pobreza, pois a renda ainda assim estaria concentrada nas mãos de uma minoria.

O que ele quis dizer, seria um maior investimento na área da educação e saúde através de um bom aproveitamento dos recursos financeiros existentes. Combatendo a corrupção, sem desviar os recursos desviados da educação para outros fins, seriam alguns passos necessários para a erradicação da pobreza.

Acauan escreveu:O que o sr. Cristovam Buarque parece não perceber com ignorância inocente ou coisa pior é que o mecanismo pelo qual a educação minora a pobreza é bastante simples e conhecido – populações educadas são mais produtivas, sendo mais produtivas possuem maior potencial para produzir mais, gerar mais riqueza e assim... reduzir a pobreza.


Acauan, você acabou de sintetizar o que o Cristovam Buarque sempre diz. A ênfase que ele dá para a educação é devido a isso mesmo que você acabou de descrever!

Acauan escreveu:Se a educação torna a força de trabalho de um país mais produtiva, isto só refletirá em aumento efetivo da produção e redução da pobreza se esta força de trabalho tiver o que, onde, como e para quem produzir, ou seja, um ambiente econômico favorável ao crescimento.
Sem isto a educação se torna apenas outro recurso desperdiçado.


Isso atrairia as empresas, que estão sempre procurando um terreno propício para seus investimentos. E um dos ingredientes seria o de ter mão de obra qualificada. Ou seja, na verdade, a educação não seria dessa forma um gasto e sim, um investimento.

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Edson Jr
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Re: Re.: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Se houve redução visível na pobreza de uma população, então a renda per capita desta população aumentou.


Acauan;

Isso não faz absolutamente nenhum sentido! A redução da pobreza não é avaliada pela renda per capita, pois também é preciso ver como as riquezas estão sendo distribuídas.

Do que adianta um país ter uma renda per capita altíssima, se a renda desse país continua concentrada nas mãos de poucos?

Talvez você seja da filosofia de que os ricos sejam cada vez mais ricos para que, esses mesmos ricos, ajudem aos pobres.

É como um copo que enche ao ponto de transbordar e, nesse transbordamento, os pobres são favorecidos. Bom, mas o que ocorre com o Brasil é que conforme o copo enche, o copo também continua crescendo e tal transbordamento não se verifica.

Ou seja, a minoria rica continua cada vez mais rica, enquanto os pobres cada vez mais miseráveis.

É claro que o aumento da renda per capita é importante, mas não tem implicação direta e necessário na diminuição da pobreza e miséria de um país.

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu:
skipperj05 escreveu:O discurso da classe média continua o mesmo. É desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o "povão". Já que nós temos o suficiente para sustentarmos nossos "pimpolhos", que se danem este bando de mulatos. Melhor seria gastar o dinheiro público melhorando as vias para que eu possa rodar confortavelmente no meu carro importado!


Perfeito! Concordo totalmente!

Realmente é perceptível que nenhum forista até agora, exceto você, conseguiu compreender o que Criostovam Buarque realmente quis dizer! :emoticon4:


Edson,

Você considerou a possibilidade de estar subestimando alguns e superestimando outros neste julgamento?

Deixo claro que se estiver não ligo a mínima, apenas me preocupo um pouco quando vejo que seu viés ideológico o está cegando para algumas obviedades.

Diga sinceramente, sobre o post que quotou, você conhece alguém na classe média que "discurse" que
"é desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o povão"?
Mesmo entre os sectários mais radicais, nunca vi um único que dissesse coisa sequer parecida.

Os demais comentários do referido post repetem esta visão ideológica descomprometida com a realidade, que pode desmenti-la na totalidade apenas com a citação do fato histórico de que TODAS as sociedades que eliminaram a pobreza o fizeram por meio do crescimento econômica e TODAS as sociedades que tentaram outros meios fracassaram.
Quem tiver exemplos em contrário que os apresente.

Quanto ao Cristovam Buarque é preciso deixar claro se estamos discutindo o que ele disse ou o que ele quis dizer.
O monte de bobagens que disse já foi claramente demonstrado.
Se ele quis dizer outra coisa que não o que foi claramente dito, então acrescente dubiedade aos pecados dele.

Repetindo comentário anterior, note o absurdo de se propor que se garanta renda para os pais manterem os filhos na escola sem explicar de onde esta renda viria.
Se não vem do crescimento da renda, então presume-se que de novo temos a velha proposta milagrosa de tirar renda dos ricos para dar aos pobres.
E como tirar esta renda dos ricos?
Aumentar a carga tributária que já é de 40% do PIB ou simplesmente expropriá-los e reinventar a roda da solução comunista que deu no que deu?

Ou seja, no Brasil sempre aparece um mágico prometendo fazer omelete sem quebrar os ovos e no fim sempre temos que limpar a sujeira das cascas, ovos e claras que eles espalham pelo chão. Omelete que é bom, nada.
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emmmcri
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Mensagem por emmmcri »

Foi a paroxetina.
:emoticon19: :emoticon19: :emoticon19:
Editado pela última vez por emmmcri em 23 Mai 2007, 14:46, em um total de 1 vez.
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André
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Re: Por que razão o Brasil não combate a pobreza?

Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Dizer que para acabar com a pobreza não é preciso aumentar as taxas de crescimento econômico e sim construir escolas é tão estúpido quanto dizer que para acabar com a fome não se deve produzir mais comida e sim treinar os agricultores.


Acauan! Não foi isso que Cristovam quis dizer!

Ele considera o crescimento econômico fundamental, pois é necessário ter um país rico! Isso facilitaria ainda mais as coisas, mas não seria nenhuma garantia de erradicação da pobreza, pois a renda ainda assim estaria concentrada nas mãos de uma minoria.

O que ele quis dizer, seria um maior investimento na área da educação e saúde através de um bom aproveitamento dos recursos financeiros existentes. Combatendo a corrupção, sem desviar os recursos desviados da educação para outros fins, seriam alguns passos necessários para a erradicação da pobreza.

Acauan escreveu:O que o sr. Cristovam Buarque parece não perceber com ignorância inocente ou coisa pior é que o mecanismo pelo qual a educação minora a pobreza é bastante simples e conhecido – populações educadas são mais produtivas, sendo mais produtivas possuem maior potencial para produzir mais, gerar mais riqueza e assim... reduzir a pobreza.


Acauan, você acabou de sintetizar o que o Cristovam Buarque sempre diz. A ênfase que ele dá para a educação é devido a isso mesmo que você acabou de descrever!

Acauan escreveu:Se a educação torna a força de trabalho de um país mais produtiva, isto só refletirá em aumento efetivo da produção e redução da pobreza se esta força de trabalho tiver o que, onde, como e para quem produzir, ou seja, um ambiente econômico favorável ao crescimento.
Sem isto a educação se torna apenas outro recurso desperdiçado.


Isso atrairia as empresas, que estão sempre procurando um terreno propício para seus investimentos. E um dos ingredientes seria o de ter mão de obra qualificada. Ou seja, na verdade, a educação não seria dessa forma um gasto e sim, um investimento.


Edson eu não sei o que ele quis dizer, não to na cabeça dele para saber, sei o que transpareceu pelas declarações, e várias coisas tem problemas. Educação é fundamental sem dúvida, e ainda não vi quem diga que não é, porém existem outras coisas igualmente importantes, talvez até mais, para a superação da pobreza.

Vejamos. Uma é o desenvolvimento (Note que não uso a noção de crescimento) econômico auto-sustentável, baseado em projetos e planejamento de longo prazo. Planejamento esse que vise, não controlar a economia como um todo, pq isso não funciona, e sim fomentar produção com responsabilidade social e ecológica, com o auxilio e participação da iniciativa privada. Submetendo os esforços da produção na direção do bem comum, e promovendo uma maior igualdade socioeconômica, digamos descentralizando mais a riqueza. Tais ações de forma simultânea e complementar. Melhorando infraestrutura, aumentando competitividade, e por ai vai. (diminuindo gastos desnecessários, investindo no que gera mais riqueza...)

Isso é de fundamental importância, pois não somente geraria divisas (inclusive para ter melhores condições de investir em educação pública de qualidade, professores melhor remunerados, mais escolas, universidades...), e além disso, aumentaria chances de emprego, e oportunidades, o que por si só diminui a pobreza. Simultaneamente programas que atendam as necessidades básicas, de forma eficiente, e sem desperdícios seriam importantes, para que a população mais desprovida, não vivesse de forma sub-humana e pudesse, superando o estagio de pobreza extrema, ser incluída, gradativamente, em programas que visassem a integração dessa pessoa em um trabalho, para conquistar sua autonomia, e poder assim prover para si e seus dependentes. Programas esses que educam e treinam para trabalhos e funções, essas disponíveis a escolha dos indivíduos.

Eu já li coisas boas do Cristovam, mas quando ele fala da educação como pó mágico, ele exagera, e negligencia, aspectos fundamentais para desenvolvimento nacional. Lula cai pelo assistencialismo (Além da queda da arrogância de pureza do PT, que lógico como todo partido grande está longe disso) , e Alckmin, além de estar ligado a corja do PFL, conservadorismo cultural e religioso, cai pela crença excessiva no Deus mercado (mercado que é importante, apenas Alckmin sofre da ilusão que apenas maior liberdade econômica beneficia igualmente todos).Enfim estamos em maus lençóis em termos de políticos tanto de “esquerda” como de “direita”.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Edson,

Você considerou a possibilidade de estar subestimando alguns e superestimando outros neste julgamento?


Não foi um julgamento Acauan. Foi apenas uma observação, nada mais. O fato de muitos foristas não terem compreendido bem o que o Cristovam quis dizer não diminui ninguém, absolutamente.

Acauan escreveu:Deixo claro que se estiver não ligo a mínima, apenas me preocupo um pouco quando vejo que seu viés ideológico o está cegando para algumas obviedades.


Acauan, ainda não tenho uma ideologia formada. Você já possui e talvez seja por isso que, em alguns casos, você esteja encarando com certa rispidez meus posicionamentos.

Acauan escreveu:Diga sinceramente, sobre o post que quotou, você conhece alguém na classe média que "discurse" que "é desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o povão"?


Eles realmente, no discurso, prometem investir na educação. Apenas no discurso! Nada mais!

O dinheiro que deveria ser investido para a Educação é desviado para outras finalidades. Não somente o da Educação, mas também o da Saúde.

Se a Educação e a Saúde realmente fossem uma das prioriadades do Governo, qual seriam os reais motivos para tanto descaso e desvios de verbas para outras direções que julgam serem mais importantes?

Acauan escreveu:Os demais comentários do referido post repetem esta visão ideológica descomprometida com a realidade, que pode desmenti-la na totalidade apenas com a citação do fato histórico de que TODAS as sociedades que eliminaram a pobreza o fizeram por meio do crescimento econômica e TODAS as sociedades que tentaram outros meios fracassaram.
Quem tiver exemplos em contrário que os apresente.


Acauan, TODAS essas sociedades colocaram a educação e saúde como prioridades, ou seja, a responsabilidade social sempre esteve em primeiro lugar.

E, uma boa educação e saúde de qualidade, é fundamental no combate a pobreza e importante para o próprio desenvolvimento econômico do país.

Agora, um país pode crescer economicamente, mesmo sem grandes investimentos na área da educação, mas isso não garantirá vitória contra a pobreza, já que o dinheiro pode continuar concentrado nas mãos da minoria de sempre.

Acauan escreveu:Quanto ao Cristovam Buarque é preciso deixar claro se estamos discutindo o que ele disse ou o que ele quis dizer.
O monte de bobagens que disse já foi claramente demonstrado.
Se ele quis dizer outra coisa que não o que foi claramente dito, então acrescente dubiedade aos pecados dele.


Se você observar todo o texto, vc verá que ele dá importância ao crescimento econômico, mas afirma que o crescimento econômico não garante NECESSARIAMENTE a redução da pobreza!

Acauan escreveu:Repetindo comentário anterior, note o absurdo de se propor que se garanta renda para os pais manterem os filhos na escola sem explicar de onde esta renda viria.
Se não vem do crescimento da renda, então presume-se que de novo temos a velha proposta milagrosa de tirar renda dos ricos para dar aos pobres.
E como tirar esta renda dos ricos?
Aumentar a carga tributária que já é de 40% do PIB ou simplesmente expropriá-los e reinventar a roda da solução comunista que deu no que deu?


Viria através de um enxugamento de gastos desnecessários do governo e a utilização de mais verbas para a educação. Ou, na pior das hipóteses, através da aplicação mais eficiente e sem desvios da verba que já está destinada para a educação.

Repito, se a educação fosse tão importante assim como é dito pelo pessoal da classe média, nada disso ocorreria. É interessante també observar que, apesar de um discurso que se fala muito em educação não dar voto, um discurso que não fale nada sobre a importância dela, também não dá voto.

Trancado