Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Acauan escreveu: Huxley,, Como é possível se ter um aumento do salário de mercado do trabalhador e da renda nacional sem crescimento econômico?
Pode haver aumento do salário de mercado do trabalhador e da renda nacional, mesmo SEM qualquer contribuição de outro fator além da melhor educação da mão-de-obra.Isso ocorre porque o incremento da qualidade da força de trabalho é um dos três componentes dos fatores de contribuição ao crescimento econômico.Anotando os três:a)contribuição do investimento em capital físico;b)incremento da quantidade e da qualidade da força-de-trabalho;c)aumento da produtividade (aumento da produção com a mesma quantidade de capital e trabalho, devido a melhora tecnológica e do desenho das regras institucionais).Alguns economistas se referem ao incremento na qualidade da mão-de-obra como melhora tecnológica (o nível de tecnologia, nesta definição, não se refere apenas a qualidade de fatores como bens de capital e equipamentos).Por exemplo, se o empresário do setor calçadista dispõe de trabalhadores com mais conhecimento técnico que os de um período anterior, cada trabalhador médio que produzia antes 200 sapatos/mês, poderá produzir agora 220 sapatos/mês.Essa nova visão não faz nenhuma diferença para a conclusão.Ou seja, que é possível que a contribuição do investimento em capital e o aumento da produtividade dos fatores não-humanos para o crescimento econômico seja ZERO e ainda assim, o crescimento econômico seja diferente de zero.E mais, e que é decisivo para entender o que eu falei, pode haver redução de pobreza se há aumento de salário de mercado do trabalhador devido sua maior produtividade, mesmo com uma contribuição negativa do investimento em capital físico ou contribuição negativa do conjunto "investimento em capital físico+ produtividade dos fatores não-humanos" (no caso da contribuição negativa vir APENAS da produtividade dos fatores não-humanos, aí o argumento já não funciona).
A pobreza diminui tão somente se a renda dos que estão abaixo da linha de pobreza se eleve.E isso pode ocorrer mesmo que o aumento da renda média da população seja ZERO.E não apenas a melhor educação pode contribuir para isso, mas também a melhora na redistribuição de renda feita pelas políticas sociais compensatórias.
Huxley,
Antecipando a conclusão final, na maioria dos pontos falamos a mesma coisa, apenas não ficou claro de quais definições partimos e de como as aplicamos. Por exemplo, quando eu disse "se houve redução visível na pobreza de uma população, então a renda per capita desta população aumentou." e você respondeu "a pobreza diminui tão somente se a renda dos que estão abaixo da linha de pobreza se eleve." apenas repetimos a mesma idéia com outras palavras, uma vez que "a renda per capita desta população" a que me referi é exatamente "a renda dos que estão abaixo da linha da pobreza" da qual você falou.
Além destas diferenças de interpretação temos que considerar um segundo ponto que requer cautela em discussões econômicas que é a fundamentação nos índices.
Considero um mito a tendência existente, tanto no estudo da economia quanto da gestão de empresas, a crença de que toda a realidade econômica ou administrativa possa ser integralmente traduzida em números. Ora, a realidade econômica é sócio-cultural e seus números só fazem sentido quando analisados sob esta perspectiva. Assim, os índices devem ser condizentes com a realidade sob análise.
Para a discussão em curso é relevante o que de fato diminui a pobreza material da população em análise. Nestes termos, do ponto de vista exclusivamente econômico a educação é recurso, riqueza potencial, mas não riqueza efetiva. Assim, a educação fornece meios para minorar a pobreza, mas não minora a pobreza por si só.
Quando você inclui a educação como componente do índice de crescimento econômico, deixa indefinido se este índice pondera o aumento de riqueza efetiva ou o aumento de riqueza potencial.
Nestes termos, a proposição de que é possível aumentar o salário do trabalhador e a renda nacional (veja bem, nacional) sem crescimento econômico é inconsistente. Partindo de seu próprio exemplo, do operário fabricante de sapatos que se educa e aumenta sua produtividade em 10%. Se a fábrica não apresentar crescimento econômico ou seja, não aumentar sua produção e venda de sapatos, nenhuma riqueza adicional terá sido gerada.
Uma regra que todo gestor industrial conhece é que aumento de produtividade sem aumento de produção implica ou em aumento da ociosidade ou em redução do quadro de funcionários.
Neste ambiente, o ganho médio de renda e o aumento de salário é zero, pois o que porventura venha ganhar a mais o operário que se educou e se tornou produtivo será no fim cancelado pela demissão de algum funcionário devido ao aumento da ociosidade.
Note que é possível um aumento de salário e renda local, onde a produtividade, a produção e as vendas cresceram em fase, mas se o mercado de sapatos não cresceu, então o que foi ganho por uma determinada população terá sido, necessariamente, perdida por outra, resultando na soma zero.
Huxley escreveu:
Acauan escreveu:A própria definição de renda nacional estabelece uma correlação intrínseca e necessária entre o crescimento desta e o crescimento econômico.
E quanto a dizer que uma melhora visível na redução da pobreza pode ocorrer em ambientes de estagnação econômica, isto só pode ser verdadeiro se as medições da redução da pobreza e da estagnação econômica se derem em abrangências diferentes, micro e regional na primeira e macro e nacional na segunda, por exemplo.
Como disse no post anterior, princípios econômicos têm simplicidade aritmética.
Deixa-me ver se eu entendi.A redução da pobreza com estagnação macroeconômica só ocorre se ela for regional?Eu concordo que princípios econômicos têm simplicidade aritmética.Justamente por isso eu não entendo porque não consegues entender que a pobreza reduziu no Brasil de forma visível, a despeito do crescimento da renda per capita ter sido inferior a 1% (crescimento médio no primeiro mandato de FHC foi de uns 2,2% e crescimento da população de uns 1,4%), como mostram os dados de Barros, Henriques e Mendoça (2000)*.Claro, houve algum crescimento da renda per capita, mas foi pequeno.Mas deve se considerar que o crescimento poderia ser zero, que ainda assim, a pobreza poderia se reduzir.Isso porque na política social brasileira, apenas ¼ dos recursos chegam aos efetivamente mais pobres.Por exemplo, apenas uma parcela dos recursos como Seguro-desemprego, Abono salarial e programa de alimentação do trabalhador atingem efetivamente os segmentos mais pobres da população (Barros, Forguel & Coersul,2000*).Levando em conta o montante de recursos gastos na área social, imagine se a política social brasileira fosse efetiva...Claro que teríamos redução da pobreza, mesmo com crescimento da renda per capita igual a zero.
A maioria dos índices econômicos brasileiros não consideram a enorme economia informal ou a consideram apenas estimativamente. Assim, quando estes índices dizem que não houve crescimento econômico ou o crescimento foi baixo é preciso considerar que a economia informal cresce mais nestes períodos, quando atrai mão de obra rejeitada pelo mercado formal e por apresentar flexibilidade que lhe permite expansão mesmo em tempos de estagnação. Além disto, os pobres em geral são mais afetados pelo desempenho da economia informal do que da formal.
Voltamos a questão da análise da realidade social dos índices.
Como observei anteriormente, falamos a mesma coisa com palavras diferentes quanto a correlação entre renda per capita e redução da pobreza. Se a pobreza diminuiu em determinada população, a renda per capita daquela população pobre necessariamente aumentou. O problema é que se não há crescimento econômico, então o aumento de renda daquela população foi obtida às custas da redução de renda de outras, na forma de aumento de impostos ou outro meio de transferência forçada de renda.
De novo, o ganho total de renda é zero.
A possibilidade de se pode minorar a pobreza nacional a partir deste tipo de transferência, sem crescimento econômico, depende do tamanho das classes média e alta em relação à quantidade de pobres. Nos países pobres esta relação é insuficiente, por isto este tipo de transferência de renda implica em redução no consumo da classe média, o que provoca recessão ou depressão econômica, o que no médio prazo faz com que a pobreza retorne aos níveis anteriores ou aumente.
Huxley escreveu:
Acauan escreveu: Se houve redução visível na pobreza de uma população, então a renda per capita desta população aumentou.
Espera lá.Não é preciso a renda per capita aumentar para que a renda dos mais pobres aumente.Renda per capita é apenas quociente do PNB de um país num período medido em dólares pelo tamanho da população.A pobreza diminui tão somente se a renda dos que estão abaixo da linha de pobreza se eleve.Uma redistribuição de renda garante isso.No Brasil, o surpreendente que é na segunda metade da década de 90, o crescimento da renda per capita foi pífia, o nível de desigualdade se manteve estável, e apesar de tudo, o nível de pobreza se reduziu*.Isso se deveu porque ocorreu uma redistribuição de renda, com dois fatores principais afetando*: a) queda no preço dos alimentos (pobres gastam uma parcela de renda maior com este item que os mais ricos) ; b) expansão dos benefícios da Previdência e da assistência social;(claro, temos uma contribuição pífia do crescimento da renda per capita envolvida nisso).
No caso do último item, eu tenho um dado aqui que mostra que a soma das transferências constitucionais, benefícios previdenciários e dispêndio com servidores inativos passou de uma média de 21,9% do PIB em 1991-1994 para 33% do PIB em 1995-1997(Rezende,2001.Finanças Públicas, 2ª edição.São Paulo:ATLAS)
Huxley, todos estes dados eram desnecessários porque você simplesmente não entendeu o que eu escrevi. Se a pobreza de uma determinada população foi reduzida então a renda per capita desta mesma determinada população pobre necessariamente aumentou. A regra foi posta dentro de uma população específica e restrita, daí meu comentário anterior sobre a diferença de abrangências, que foi justamente o erro que você cometeu em sua resposta.
Resumindo, se uma população fixa ficou menos pobre então aumentou sua renda, logo, por lógica aritmética e por definição, aumentou sua renda per capita necessariamente. Foi o que quis dizer.
Huxley escreveu:
Acauan escreveu:A renda per capita só aumenta em duas circunstâncias – aumento da geração de renda entre a população tomada ou transferência de renda de outra população para a população tomada.
Eu tenho a leve impressão que você quis dizer “renda per capita dos mais pobres”.Se esse for o caso, então vai um aviso.A redução da pobreza do Brasil na segunda metade da década de 90 nada tem haver com o item “incremento da quantidade e da qualidade da força-de-trabalho” (na verdade, a contribuição disso para o crescimento econômico de 1994-2000 foi negativa!*).Ela ocorreu essencialmente devido à redução no preço dos alimentos e o aumento das transferências de renda das políticas sociais.E devido a isso, o nível de pobreza foi reduzido no período mencionado.
Se o poder de compra da moeda aumentou com relação à cesta de consumo da população analisada, então esta população teve ganho de renda. Sobre as políticas assistenciais, já comentei.
E a regra sobre as circunstâncias em que a renda pode aumentar vale para qualquer população. Note que na época da hiperinflação no Brasil houve transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos, como conseqüência da indexação e do acesso diferenciado de cada classe aos investimentos protegidos por correção monetária diária.
Huxley escreveu:
Acauan escreveu: Ora, a educação da força de trabalho tem a capacidade de aumentar a geração de renda por meio do aumento da produtividade desta mesma força, mas não há correlação necessária entre educação e transferência de renda entre populações, cujas tentativas provém geralmente de atos políticos e não da livre movimentação dos mercados.
O que a melhor educação dos trabalhadores pode fazer é uma redistribuição das proporções de salários e lucros na economia.
Para entender melhor isso, veja a equação da formação de preços no longo prazo para a ortodoxia econômica dominante:
P= [(1+M)x W]/a
P=nível geral de preços M=margem de lucro média W=salário nominal médio a= produtividade média do trabalho (isso inclui fatores humanos e não-humanos)
Manipulando a equação anterior, temos a equação que determina o salário real:
W/P= a/(1+M)
Note a primeira equação.Aumentando "a" é possível, ceteris paribus, diminuir P. Diminuindo P, é possível ampliar o salário real, já que salário real é igual a W/P.Isso implica que o aumento de produtividade do trabalho é "apropriado" pelos salários.Considera-se na teoria macroeconômica que as empresas têm em mente uma margem de lucro “normal” quando irão formar seus preços, que está no limiar de induzir a entrada de novos concorrentes.O aumento da produtividade só poderia ser transferida para as margens dos lucros no curto prazo.No longo prazo, a margem de lucro média voltaria ao seu tamanho “normal”, do contrário estimularia a entrada de novos concorrentes no setor.
A maioria destas equações se referem a uma realidade econômica pré-globalização. Ela não faz o menor sentido para correlacionar, por exemplo, o preço de um software complexo com os demais fatores ponderados, além de não considerar que em mercados globais o conceito de margem de lucro média é uma abstração teórica apenas. Quem compete com os produtos chineses sabe muito bem disto.
Além do que, a equação só faz sentido se não houver capacidade instalada ociosa, o que segundo a Teoria das Restrições é praticamente impossível na realidade industrial. Havendo capacidade ociosa sem aumento das vendas, os ganhos de produtividade implicam apenas em aumento da ociosidade. Logo, a equação carece de um elemento que quantifique a decisão do mercado de comprar o produto resultante do ganho de produtividade, implicando em maior produção com o mesmo custo fixo.
Huxley escreveu: Agora, voltemos ao exemplo anterior.Digamos que os efeitos do incremento da qualidade da mão-de-obra sejam compensados de forma quantitivamente igual por contribuição negativa dos outros fatores que afetam o crescimento econômico, de modo a tornar o crescimento do PNB de um país num período igual a 0%.Veja que uma compensação negativa só contrabalança de forma integral o efeito positivo, se isto estivesse relacionado a um choque de oferta desfavorável, cujo único efeito fosse uma contribuição negativa da produtividade média dos fatores não-humanos (custo salarial unitário=W/a, se “a” diminui, então o preço aumenta, porque aumento de custo é repassado para os preços; e como salário real é W/P, então o salário real volta ao nível original).Se APENAS a contribuição do investimento em capital físico foi afetada negativamente (devido, por exemplo, a uma queda na margem de lucro causado por um aumento do grau de concorrência média), não há qualquer diminuição no aumento salarial causado pela melhor qualificação da mão-de-obra.Claro que nenhum dos dois casos extremos ocorre.Se é assim, isso por si só já suficiente para garantir que é possível reduzir a pobreza apenas com uma melhor educação, mesmo em ambiente de estagnação econômica.Não importa se esse impacto “educacional” seja muito menor que uma redistribuição de renda causado por uma melhora nas políticas sociais compensatórias.
Huxley, você é capaz de demonstrar esta equação e as conclusões tiradas dela substituindo as incógnitas literais por números reais da economia, provando assim que as contas batem tanto na teoria quanto na prática?
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Samael escreveu:Acauan...você possui alguma em mãos agora?
Achei esta, tem referências ao crescimento e industrialização acelerada da Rússia na segunda metade do século XIX e começo do XX:
Economic Modernization in Imperial Russia: Purposes and Achievements Herbert J. Ellison The Journal of Economic History, Vol. 25, No. 4 (Dec., 1965), pp. 523-540 This article consists of 18 page(s).
Acauan me explique qual o motivo de você dar créditos a estas fontes e não a outras tantas que não corroboram com essas (baseado no q vc falou).
Abraços
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não. VOLTAIRE Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ? A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos . No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
emmmcri escreveu:Acauan me explique qual o motivo de você dar créditos a estas fontes e não a outras tantas que não corroboram com essas (baseado no q vc falou).
Existem alguns critérios simples:
1. Checar as notas e verificar quais as fontes primárias utilizadas pelo autor;
2. Comparar estas fontes com as fontes dos que defendem teses diferentes;
3. Verificar a imparcialidade do autor com relação ao tema;
4. Verificar as credenciais acadêmicas do autor e da instituição a qual está vinculado;
5. Checar a crítica especializada a respeito.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Obeserve meu raciocínio e veja se existe alguma coisa errada nele:
1) Investimento em educação para todos e de qualidade;
2) Mão de obra qualificada disponível;
3) O terreno fica mais atrativo para as empresas, incluindo as de ponta e alta tecnologia. Para isso, também seria necessário diminuir as taxas de impostos.
4) É claro que as empresas poderiam produzir para o mercado externo, caso ainda existam problemas com o mercado consumidor. Isso aumentará a renda nacional.
5) Com o crescimento das empresas, cada vez mais especializadas, já que o país dispõe de mão de obra qualificada, o desemprego tende a desaparecer, o crescimento econômico do país tende a aumentar e a pobreza tende a se erradicar.
Existe erro(s) neste meu raciocínio?
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Acauan escreveu: "...mesmo sem uma abordagem ampla que leve à redução gradual do endividamento público interno, razão de ser das altas taxas."
Mas é um círculo vicioso. As altas taxas pagas pelo tesouro nacional aos bancos e fundos de pensão (detentores em sua maioria dos títulos públicos) aumentam o estoque da dívida, e por ser a dívida muito alta as taxas têem que ser artificialmente altas. Mas os estupendos lucros dos bancos brasileiros, em relação a seus patrimônios líquidos (sem paridade no mundo!), vêem em grande parte do tesouro brasileiro. Este sistema foi implementado em velocidade nunca vista durante o governo neoliberal do FHC. Estatais brasileiras foram vendidas sob alegação de diminuição do estoque da dívida. Quando não resgataram os tais títulos, alegaram que não poderiam, pois aumentariam o capital circulante, o que poderia causar inflação. E assim, deixando a sacrossanta lei da oferta e da procura agir, e que o "mercado" regulasse a moeda livremente, chegamos na situação catastrófica presente. É certo que da metade do 2º governo FHC para cá, estamos alongando exitosamente o perfil da dívida, antes no curtíssimo prazo (época do "overnight", lembra?) e agora sendo aceitos pelo "mercado" títulos com até 20 anos de vencimento.
Analisemos o raciocínio acima:
O Estado brasileiro gasta mais do que arrecada, desperdiça boa parte deste dinheiro em corrupção, malversação e má gestão o que produz um enorme déficit público e consequente endividamento contínuo. Para saldar seus compromissos financeiros o Estado endividado recorre aos bancos, oferece a eles taxas de juros atrativas para recolher todo o capital de financiamento disponível e volta a desperdiçar este dinheiro e a aumentar o déficit.
A culpa, claro, é dos bancos. O Estado brasileiro gastador, mau gestor, corrupto e incompetente é apenas uma pobre vítima destas sanguessugas...
skipperj05 escreveu:
Acauan escreveu: "Como é possível se ter um aumento do salário de mercado do trabalhador e da renda nacional sem crescimento econômico?"
Neste país, quando se fala em redistribuição da renda, a classe média loura e de olhos azuis tem logo um xilique. Imaginando que o governo aumentará impostos ou os impedirá de sonegarem como sempre fizeram, vêem ameaçadas suas esmolas que compram a pizza nos shoppings nas noites de sábado; ou a prestação do carro popular que conseguiram a tanto custo. E tome a falar asneiras marxistofóbicas (gostou do neologismo?), de ameaça comunista e outras tolices.
Bem..., da última vez que chequei os dados classificatórios eu ainda era da classe média e da última vez que me olhei no espelho ainda era um Índio, logo, nem todo classe média brasileiro é louro de olhos azuis.
Creio que uma olhada em volta revelará que meu caso não é único ou exceção.
Filtrando aqui e ali os conteúdos do parágrafo acima, entendi que a parte que respondia à minha pergunta colocada era a sugestão de que basta redistribuir renda para aumentar salários e fazer crescer a renda nacional sem crescimento econômico.
Duas impossibilidades matemáticas.
Primeiro porque renda redistribuída implica necessariamente em crescimento zero da renda nacional, já que a renda acrescida aos pobres é a exata mesma diminuida aos que não o são.
Segundo porque basta uma conta simples, multiplicar a renda per capita da classe média pelo número de seus membros, reduzir desta renda um valor e redistribui-lo entre os pobres para checar que não se tem renda acrescida aos pobres suficiente para que estes deixem de sê-lo, mas tira-se renda suficiente da classe média para que esta deixe de consumir, o que leva inevitavelmente os mercados à recessão e à depressão, a classe média à pobreza e os pobres à miséria.
E se há um meio de se redistribuir renda, sem crescimento econômico e sem aumento de impostos, qual é?
skipperj05 escreveu:O capital financeiro especulativo drena a maior parte do orçamento público, sustentando estupendos lucros dos bancos e sufocando o capital produtivo (indústrias e agronegócios) e o trabalho. Quem sabe os recursos para financiarem uma reforma educacional digna do nome pudesse vir daí?
Repetindo o posto acima, o Estado cria um déficit público estrutural, se endivida progressivamente, apela às instituições financeiras para que lhe emprestem dinheiro para manter a máquina pública funcionando, desperdiça também o dinheiro emprestado, aumenta as taxas de juros para manter este fluxo atraente e a culpa é do capital financeiro especulativo, que comete o crime de emprestar dinheiro para o Estado deficitário e endividado que bateu à sua porta, implorando que lhe desse algum e oferecendo uma boa taxa em troca.
Pois é...
skipperj05 escreveu:Mesmo entre os trabalhadores, há gordura para cortar, com a qual poderíamos também financiar a reforma educacional. Milhões de mulheres saudáveis, somente por serem filhas solteiras de militares, vivem do suor alheio (no caso, da "viúva"), cujo único trabalho é ir ao Banco do Brasil todo dia 5 de cada mês.
Milhões de mulheres solteiras filhas de militares?
As forças armadas brasileiras tem por volta de trezentos mil homens na ativa e algo em torno de cento e vinte mil inativos.
Para que houvesse milhões de mulheres solteiras filhas de militares recebendo pensão seria necessário que cada militar inativo que morresse deixasse por volta de vinte filhas solteiras.
De qualquer forma tudo isto é irrelevante, pois este privilégio foi extinto em 2001.
No mais, o problema do déficit público são as pensões do funcionalismo civil, que se aposenta com salário integral, ao contrário do trabalhador da iniciativa privada, e assim sugam da previdência muitas vezes mais do que contribuíram ao longo da carreira.
Entretanto, toda a esquerda é unânime em defender este privilégio.
Vá entender...
skipperj05 escreveu:As empreiteiras fazem fortuna rapidamente, superfaturando obras que bem poderiam ser tocadas diretamente pelo Estado (para quê pagar a elas, para que paguem aos trabalhadores e fornecedores? Porquê não pagar diretamente aos trabalhadores e fornecedores, eliminando-se esta intermediação desnecessária?)
É... Tire-se o exemplo das telecomunicações, que quando eram controladas pelo Estado ofereciam uma linha de telefone pela bagatela de quatro mil dólares, que depois de pagos levava alguns anos para instalar.
Hoje, que a telefonia é explorada por estes porcos capitalistas imperialistas internacionais, qualquer catador de papelão tem pelo menos uma linha fixa e uma de celular.
Acauan escreveu: "...você conhece alguém na classe média que "discurse" que "é desperdício gastarmos dinheiro público em escolas para o povão"? Mesmo entre os sectários mais radicais, nunca vi um único que dissesse coisa sequer parecida..."
Lógico que nenhum representante da passeata "Pela família e pela liberdade, com deus" (grupo de madames paulistanas que em passeata batendo panelas, em 1964, pedia uma "quartelada" que barrasse o "comunismo") diria uma frase destas, eis que são comprometidos com o "politicamente correto". Mas sua ação enquanto classe social é de total omissão e descompromisso com as gerações vindouras. São imediatistas o suficiente para só pensarem na pizza no Barrashopping e figadalmente contrárias a qualquer governo comprometido com a causa educacional (afinal, se o "pimpolho" estuda no Colégio São Bento, que se dane o resto...).
Certamente você tirou esta conclusão de estudos científicos e estatísticos abalizados que revelaram a você a totalidade do pensamento da classe média brasileira, composta de alguns milhões de pessoas que por algum milagre da natureza devem se apertar todos no Barrashoping.
Só para constar, classe média de São Paulo acha a pizza do Rio uma merda, seja a do Barra ou qualquer outra.
E a diversidade não para aí.
skipperj05 escreveu:
Acauan escreveu: "...TODAS as sociedades que eliminaram a pobreza o fizeram por meio do crescimento econômica e TODAS as sociedades que tentaram outros meios fracassaram. Quem tiver exemplos em contrário que os apresente."
OK. Desafio aceito. Em 1948 a China era um Estado feudal, com índice de analfabetismo em torno de 85%, país agrário e sem indústrias. Graças ao caráter socialista de sua revolução, não só não mereceu qualquer ajuda do G-8 (incluindo URSS, com quem sempre litigou principalmente pela Península de Kantchaka), como teve sua economia boicotada enquanto pode pelo ocidente. Os EUA financiaram fortemente a província rebelde de Taiwan como meio de barrar uma suposta expansão chinesa no sudeste asiático.
Até mesmo o Japão, principal inimigo americano na 2ª Grande Guerra, foi fortemente irrigado com os capitais ianques. Mas não a China. Pelos padrões contábeis ocidentais (os empregados pelos "Chicago Boys") a China permaneceu economicamente estagnada até 1970, quando detectou-se (a partir da visita de Jimmy Carter) tímido crescimento econômico. Mas durante este tempo todo, a China educou sua população, mormente em carreiras tecnológicas, agora despertando graças a conjuntura muundial favorável, crescendo com taxas incríveis.
Note que a China engoliu uma etapa no desenvolvimento social. A economia feudal, ao invés de ser substituída por um sistema capitalista, para somente em fase posterior implantar o socialismo, saiu direto do feudalismo para o socialismo. Conseguiu a presente punjança econômica sem a fase de acumulação de capitais por que passaram tanto os EUA como as grandes democracias européias.
Hoje os EUA estão literalmente nas mãos chinesas, eis que o tesouro chinês acumulou uma quantidade fantástica de títulos do tesouro americano, de modo que se o governo chinês quiser lancá-los no mercado abruptamente, põe o "Tio Sam" de joelhos e abre a braguilha da calça...(adivinha para quê?)
A coisa aqui estava até um pouco engraçada, mas perde completamente a graça quando citam um regime que matou dezenas de milhões de pessoas, a maioria de fome, como exemplo de progresso econômico ou de qualquer tipo.
Para os demais, creio que ninguém duvida que a China só saiu do terror e da miséria depois que as reformas de Deng Xiao Ping abriram o país aos investimentos internacionais nas chamadas zonas econômica especiais onde o capitalismo foi reintroduzido.
O interior da China, ainda comunista, continua uma merda.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Obeserve meu raciocínio e veja se existe alguma coisa errada nele:
1) Investimento em educação para todos e de qualidade;
2) Mão de obra qualificada disponível;
3) O terreno fica mais atrativo para as empresas, incluindo as de ponta e alta tecnologia. Para isso, também seria necessário diminuir as taxas de impostos.
4) É claro que as empresas poderiam produzir para o mercado externo, caso ainda existam problemas com o mercado consumidor. Isso aumentará a renda nacional.
5) Com o crescimento das empresas, cada vez mais especializadas, já que o país dispõe de mão de obra qualificada, o desemprego tende a desaparecer, o crescimento econômico do país tende a aumentar e a pobreza tende a se erradicar.
Existe erro(s) neste meu raciocínio?
Nenhum erro.
Só faltou completar que em mercados globais competitivos, tudo isto teria que ser feito melhor que fazem os concorrentes diretos, como a Índia, que tem um sistema educacional excelente.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Obeserve meu raciocínio e veja se existe alguma coisa errada nele:
1) Investimento em educação para todos e de qualidade;
2) Mão de obra qualificada disponível;
3) O terreno fica mais atrativo para as empresas, incluindo as de ponta e alta tecnologia. Para isso, também seria necessário diminuir as taxas de impostos.
4) É claro que as empresas poderiam produzir para o mercado externo, caso ainda existam problemas com o mercado consumidor. Isso aumentará a renda nacional.
5) Com o crescimento das empresas, cada vez mais especializadas, já que o país dispõe de mão de obra qualificada, o desemprego tende a desaparecer, o crescimento econômico do país tende a aumentar e a pobreza tende a se erradicar.
Existe erro(s) neste meu raciocínio?
Nenhum erro.
Só faltou completar que em mercados globais competitivos, tudo isto teria que ser feito melhor que fazem os concorrentes diretos, como a Índia, que tem um sistema educacional excelente.
Agora fiquei confuso, Acauan!
Pois se meu raciocínio está correto, a educação não seria realmente o caminho, tanto para o crescimento econômico quanto para a redução da pobreza?
Pois se meu raciocínio está correto, a educação não seria realmente o caminho, tanto para o crescimento econômico quanto para a redução da pobreza?
- O Acauan quis dizer que o projeto educacional brasileiro deve ser gerenciado de forma a ser igual ou melhor que o de seus concorrentes (Índia, China, Rússia, etc.), tarefa dificílima.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Pois se meu raciocínio está correto, a educação não seria realmente o caminho, tanto para o crescimento econômico quanto para a redução da pobreza?
- O Acauan quis dizer que o projeto educacional brasileiro deve ser gerenciado de forma a ser igual ou melhor que o de seus concorrentes (Índia, China, Rússia, etc.), tarefa dificílima.
Abraços,
Sim, Abmael, entendi....mas mesmo assim não seria esse o caminho (a educação)?
Não seria agora o momento discutirmos o que deve ser feito para se ter um gerenciamento eficiente da educação!?
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Pois se meu raciocínio está correto, a educação não seria realmente o caminho, tanto para o crescimento econômico quanto para a redução da pobreza?
- O Acauan quis dizer que o projeto educacional brasileiro deve ser gerenciado de forma a ser igual ou melhor que o de seus concorrentes (Índia, China, Rússia, etc.), tarefa dificílima.
Abraços,
Sim, Abmael, entendi....mas mesmo assim não seria esse o caminho (a educação)?
- Eu acredito nisso, mesmo que isso diminuísse a renda num primeiro momento, eu creio firmemente que educação é investimento prioritário que retorna com dividendos enormes e ainda evita grandes prejuízos.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Como professor do estado do Rio, sei que o gerenciamento e descaso com a educação é gigantesco, começando por determinadas tendências pedagógica visivelmente utópicas. Aqui no município do Rio de Janeiro, por exemplo, a aprovação é automática, ou seja, por mais deficiências que um aluno tenha numa determinada série, ele será aprovado!
Na minha opinião, todo pedagogo deveria dar aulas em escolas públicas para perceber que muitas de suas teorias simplesmente não funcionam!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Pois se meu raciocínio está correto, a educação não seria realmente o caminho, tanto para o crescimento econômico quanto para a redução da pobreza?
- O Acauan quis dizer que o projeto educacional brasileiro deve ser gerenciado de forma a ser igual ou melhor que o de seus concorrentes (Índia, China, Rússia, etc.), tarefa dificílima.
Abraços,
Sim, Abmael, entendi....mas mesmo assim não seria esse o caminho (a educação)?
- Eu acredito nisso, mesmo que isso diminuísse a renda num primeiro momento, eu creio firmemente que educação é investimento prioritário que retorna com dividendos enormes e ainda evita grandes prejuízos.
Abraços,
É isso que me deixa confuso! Porque vc, Acauan e eu estamos discutindo tanto se no fundo o que existe é uma concordância?
Existiria outra maneira eficiente de combater a pobreza sem ser pela educação, sem qualificação da mão de obra, etc...?
Edson Jr escreveu:Como professor do estado do Rio, sei que o gerenciamento e descaso com a educação é gigantesco, começando por determinadas tendências pedagógica visivelmente utópicas. Aqui no município do Rio de Janeiro, por exemplo, a aprovação é automática, ou seja, por mais deficiências que um aluno tenha numa determinada série, ele será aprovado!
Na minha opinião, todo pedagogo deveria dar aulas em escolas públicas para perceber que muitas de suas teorias simplesmente não funcionam!
- Duvido que isso seja teoria de pedagogo, trata-se de malandragem, ocultando-se as repetências mascara-se o problema e ainda garante-se vagas para a leva que se matriculará o próximo ano letivo.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Edson Jr escreveu:Como professor do estado do Rio, sei que o gerenciamento e descaso com a educação é gigantesco, começando por determinadas tendências pedagógica visivelmente utópicas. Aqui no município do Rio de Janeiro, por exemplo, a aprovação é automática, ou seja, por mais deficiências que um aluno tenha numa determinada série, ele será aprovado!
Na minha opinião, todo pedagogo deveria dar aulas em escolas públicas para perceber que muitas de suas teorias simplesmente não funcionam!
- Duvido que isso seja teoria de pedagogo, trata-se de malandragem, ocultando-se as repetências mascara-se o problema e ainda garante-se vagas para a leva que se matriculará o próximo ano letivo.
Abraços,
Mesmo que seja malandragem, eles se utilizam de conceitos de determinadas correntes pedagógicas para justificar a picaretagem.
Afinal de contas, a estatística vai melhorar, o índice de repetência cairá, a evasão escolar também e vão chegar a conclusão que a qualidade de ensino melhorou, quando na verdade está uma merda cada vez maior...
Olha Abmael, falando sério, dou aulas para alunos do terceiro ano do 2° grau que pensam que cinco ao quadrado é igual a dez, que -2-5=+10 (confundem multiplicação com adição), e por aí vai...
É uma coisa grotesca, mas real....e muitíssimo lamentável....tenho tido muitas dificuldades em ensinar devido essa carência absurda de conceitos que não foram assimilados de forma eficiente em séries anteriores....
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Edson Jr escreveu:É isso que me deixa confuso! Porque vc, Acauan e eu estamos discutindo tanto se no fundo o que existe é uma concordância?
Existiria outra maneira eficiente de combater a pobreza sem ser pela educação, sem qualificação da mão de obra, etc...?
- Não concordo 100% com o Acauan.
- O potencial humano que vem a tona via uma boa educação gera renda e desenvolvimento, não há investimento mais rentável, é claro que num estado onde não há miséria a visão é outra, porisso tais investimento devem ser objetivos, tocados como projeto, e projeto, por definição, tem início meio e fim, o problema é que aqui no Brasil isso virou política, aí dá no que dá.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Edson Jr escreveu:Olha Abmael, falando sério, dou aulas para alunos do terceiro ano do 2° grau que pensam que cinco ao quadrado é igual a dez, que -2-5=+10 (confundem multiplicação com adição), e por aí vai...
É uma coisa grotesca, mas real....e muitíssimo lamentável....tenho tido muitas dificuldades em ensinar devido essa carência absurda de conceitos que não foram assimilados de forma eficiente em séries anteriores....
- Você não viu nada, tive uma colega na faculdade que não sabia a raiz de 4, e se formou em tecnologia da informação!!!!
- Por essas e outras, nada dá certo nesse país.
- Até surgem boas idéias, mas os incompetentes de sempre conseguem destruir tudo em que tocam.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Edson Jr escreveu:É isso que me deixa confuso! Porque vc, Acauan e eu estamos discutindo tanto se no fundo o que existe é uma concordância?
Existiria outra maneira eficiente de combater a pobreza sem ser pela educação, sem qualificação da mão de obra, etc...?
- Não concordo 100% com o Acauan.
- O potencial humano que vem a tona via uma boa educação gera renda e desenvolvimento, não há investimento mais rentável, é claro que num estado onde não há miséria a visão é outra, porisso tais investimento devem ser objetivos, tocados como projeto, e projeto, por definição, tem início meio e fim, o problema é que aqui no Brasil isso virou política, aí dá no que dá.
Abraços,
Então me explica, Abmael, porque que diabos Acauan cisma tanto em brecar quando se fala em Educação?
Edson Jr escreveu:Olha Abmael, falando sério, dou aulas para alunos do terceiro ano do 2° grau que pensam que cinco ao quadrado é igual a dez, que -2-5=+10 (confundem multiplicação com adição), e por aí vai...
É uma coisa grotesca, mas real....e muitíssimo lamentável....tenho tido muitas dificuldades em ensinar devido essa carência absurda de conceitos que não foram assimilados de forma eficiente em séries anteriores....
- Você não viu nada, tive uma colega na faculdade que não sabia a raiz de 4, e se formou em tecnologia da informação!!!!
- Por essas e outras, nada dá certo nesse país.
- Até surgem boas idéias, mas os incompetentes de sempre conseguem destruir tudo em que tocam.
Abraços,
hehehe...buabuabuááá....
...não sei se devo rir ou chorar com essas coisas...mas não duvido um tantinho de vc não...minha esposa está na faculdade de matemática e quando o professor perguntou quais eram os números inteiros, a metade da turma não soube responder...
...serão os professores do futuro...
Oh céus!!!
Amanhã a gente continua o bom papo, Abmael! Tenho que descansar...estou gripadaço!
Edson Jr escreveu:Então me explica Abmael o que diabos Acauan cisma tanto em brecar quando se fala em Educação?
Ou seria uma impressão errada minha?
- Ele está sendo matemático, mas quando se trata de gente e potencial humano as contas não batem tão bem.
- Ele não contabilizou, por exemplo, a diminuiçao da criminalidade, da gravidez precoce, das internações hospitalares e da mendicancia, bem como a maior conscientização do voto.
- Sem contar que basta surgir um Thomas Edison ou um Bill Gates para desmoralizar qualquer conta matemática.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Edson Jr escreveu:Então me explica Abmael o que diabos Acauan cisma tanto em brecar quando se fala em Educação?
Ou seria uma impressão errada minha?
- Ele está sendo matemático, mas quando se trata de gente e potencial humano as contas não batem tão bem.
- Ele não contabilizou, por exemplo, a diminuiçao da criminalidade, da gravidez precoce, das internações hospitalares e da mendicancia, bem como a maior conscientização do voto.
- Sem contar que basta surgir um Thomas Edison ou um Bill Gates para desmoralizar qualquer conta matemática.