Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

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Fernando Silva
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fernando Silva »

Abmael escreveu:
Fernando Silva escreveu:Depende da cultura do país. No Brasil, onde cada um quer levar vantagem em tudo, funcionários públicos tendem a virar parasitas, embora nem todos.
Em outros, eles são trabalhadores como outro qualquer.



- Provas!?!?!?!?

Uma colega de trabalho largou o emprego para ser assessora de sei-lá-o-que numa prefeitura da Baixada Fluminense.
Segundo ela, nem precisava ir trabalhar. Era só ir de vez em quando para assinar o ponto do mês todo e receber o contracheque.

E já contei aqui o caso de um órgão do governo no Rio que só tinha uma portaria e um carro oficial, mas contratou "trocentos" porteiros e motoristas.

Sem falar nos políticos, que recebem mais de 100 mil reais, fora salário, para "despesas".

Ou o caso da mulher que foi renovar o passaporte à tarde mas não quiseram atendê-la, embora a seção estivesse vazia, porque ela não tinha senha - e a senha só era distribuída pela manhã.

Aliás, semana passada prenderam vários funcionários que atrasavam a entrega dos passaportes de gente que tinha passagem marcada. A pessoa apelava para despachantes que dividiam o dinheiro com os funcionários.

Provas? É só olhar em volta.

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Hrrr
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Hrrr »

Fernando Silva escreveu:No Japão, ainda há profissões "malditas", como os curtidores de peles, que são tratados como párias em muitos lugares.


ah, essa "profissao" e a de matador de animais (o qual fornece as peles esfoladas deles pros curtidores) sao malditas em todo o mundo
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL... :emoticon266:

i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...

plante uma arvore por dia com um clic

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rapha...
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por rapha... »

Hrrr escreveu:
Fernando Silva escreveu:No Japão, ainda há profissões "malditas", como os curtidores de peles, que são tratados como párias em muitos lugares.


ah, essa "profissao" e a de matador de animais (o qual fornece as peles esfoladas deles pros curtidores) sao malditas em todo o mundo


Largue de hipocrisia, tu come carne todo dia. As diferenças são poucas.

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Márcio
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Márcio »

rapha... escreveu:
Hrrr escreveu:
Fernando Silva escreveu:No Japão, ainda há profissões "malditas", como os curtidores de peles, que são tratados como párias em muitos lugares.


ah, essa "profissao" e a de matador de animais (o qual fornece as peles esfoladas deles pros curtidores) sao malditas em todo o mundo


Largue de hipocrisia, tu come carne todo dia. As diferenças são poucas.


Quem sequestra e aprisiona aranhas também é maldito.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)

Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!

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rapha...
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Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por rapha... »

Pode até ser, mas eu não visto a camisa de "ambientaleiro defensor dos pobres animaizinhos".

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Hrrr
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Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Hrrr »

a carne eh pra proposito de alimentaçao, e nao por "prazer", como vegetarianos fanaticos alegam
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL... :emoticon266:

i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...

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Re: Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por rapha... »

Hrrr escreveu:a carne eh pra proposito de alimentaçao, e nao por "prazer", como vegetarianos fanaticos alegam


Os vegans fanáticos são ridículos, assim como os ambientaleiros.

E você está julgando a atitude pelo propósito.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Ateu Tímido »

Mr. Crowley escreveu:
carlos escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
Poindexter escreveu:
Mr. Crowley escreveu:eu continuo achando que um cara com uma camiseta do Che Guevara segurando "O Capital" de Marx comeu a bunda do Poindexter...


É uma honra para mim receber esses tipos de comentários de gente como você.


Eu já não arrisco dizer nada sobre a sexualidade de quem não conheço.
Ele é bem estranho, mas deixa prá lá... Prefiro observar, pelo que escreve, que ele é um subalterno nato. Alguém que deve gostar de receber ordens, daquelas bem humilhantes. Para se acostumar com isso, ele parece ter escolhido alguns (ricos e americanos, por exemplo) como "mestres". Desses ele aceita e admira tudo! Dos pobres, latino-americanos, exceto argentinos e brasileiros em particular, ele só vê defeitos, mais ou menos como um mordomo invejoso de filme inglês dos anos 30.
Acho que ele ficaria feliz se fosse para os Estados Unidos e um americano fizesse o grande favor de deixá-lo lavar um Cadillac algum dia...


Sem querer tomar partido, algumas mensagens (não posso dizer sobre todas; pois não as li) do forista em questão somente me revelam a defesa da sua coerência.


mas precisa ser escroto pra defender a sua "coerência"?

a questão nem é o que ele defende ou deixa de defender, o problema é que ele é extremamente chato e desagradável, claro que o fato dele defender o que ele defende, na minha opinião, aumenta esse peso de babaquice que ele carrega consigo, mas isso não vem ao caso agora...


:emoticon45: :emoticon45: :emoticon45: :emoticon45:

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Aranha
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:Uma colega de trabalho largou o emprego para ser assessora de sei-lá-o-que numa prefeitura da Baixada Fluminense.
Segundo ela, nem precisava ir trabalhar. Era só ir de vez em quando para assinar o ponto do mês todo e receber o contracheque.

E já contei aqui o caso de um órgão do governo no Rio que só tinha uma portaria e um carro oficial, mas contratou "trocentos" porteiros e motoristas.

Sem falar nos políticos, que recebem mais de 100 mil reais, fora salário, para "despesas".

Ou o caso da mulher que foi renovar o passaporte à tarde mas não quiseram atendê-la, embora a seção estivesse vazia, porque ela não tinha senha - e a senha só era distribuída pela manhã.

Aliás, semana passada prenderam vários funcionários que atrasavam a entrega dos passaportes de gente que tinha passagem marcada. A pessoa apelava para despachantes que dividiam o dinheiro com os funcionários.

Provas? É só olhar em volta.



- Todos os casos relatados não são relativos a um mal específico do funcionalismo público, mas um mal social brasileiro, que é o uso privado da coisa pública.

- Tem “trabalhadores autônomos” roubando fiação da rede elétrica municipal para vender no mercado de cobre, gerando prejuízos enormes das elétricas e apagões em bairros inteiros, estão não aí se causam prejuízos à sociedade, é o jeito que o brasileiro médio pensa.

- Um amigo meu deu um por fora para um técnico da NET e conseguiu uma conexão pirata, me apresentou o técnico inclusive, mas eu recusei o “serviço”, o problema maior é que a empresa calcula o valor das faturas pelo número de assinantes.

- Uma amiga não conseguia zerar diretamente uma fatura de 10,00 da VIVO porque a empresa sempre retornava a fatura no mês seguinte com o mesmo débito, aí o nome dela não saia do SERASA, sabe o que ela fez? - deu uma grana por fora para um funcionário da VIVO para zerar o débito que ela.

- Trabalhei num órgão que contratava uma empresa privada terceirizada, os empregados contratados pela empresa eram indicados pelos empregados do órgão, eram filhos, esposas, amigos, sobrinhos, etc., quando eram parentes de algum diretor, trabalhavam só quando queriam, ou seja, terceirizar/privatizar não adiantou nada, o mal é social, o que deve haver é fiscalização, treinamento , salário justo e punição de verdade pros incompetentes.

- Já viu cobradores de ônibus de empresas privadas deixando gente passar por baixo da roleta e cobrando metade da passagem? – Pois é, o preço da passagem é calculado pela relação passageiro/Km.

- No salão do automóvel de SP vi cambistas vendendo ingressos por R$ 15,00, na bilheteria era R$ 20,00, eles pegam ingressos que seguranças ou pessoal interno de empresas privadas dão para eles venderem e depois repartirem a grana, o valor do ingresso ano que vem será calculado de acordo com o número de ingressos vendidos esse ano.

- Funcionários Públicos não tem o monopólio da safadeza neste país, mas tornaram-se o bode expiatório perfeito depois do Collor.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
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betossantana
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por betossantana »

Fernando Silva escreveu:É claro que os funcionários públicos serão diferentes num lugar onde todos cumprem as leis de trânsito, não jogam lixo na rua, evitam fazer barulho para não incomodar os vizinhos etc.
O problema é que não podemos contar com isto. É uma exceção. Não podemos nos organizar em função de exceções.



Hã??? O quê???

Eu já disse que essas ressalvas "mas é porque é aqui que é um cu cagando sangue, o estado é bom quando o povo é bom, o estado brasileiro é mau porque o povo é mau" não existem nos discursos anti-estadistas que pregam que o estado é sempre mau e ruim e péssimo para sempre. Já disse que essas ressalvas só aparecem depois que se apontam estados bem-sucedidos sem serem mínimos.

Pare de me irritar me fazendo repetir coisas que já postei.
É um problema espiritual, chupe pau!

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Fernando Silva
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fernando Silva »

Abmael escreveu:- Funcionários Públicos não tem o monopólio da safadeza neste país, mas tornaram-se o bode expiatório perfeito depois do Collor.

Nas empresas privadas, se todos agirem assim, a firma quebra. Darwinismo econômico.
Além disto, é mais fácil (apesar de tudo) demitir um funcionário relapso numa empresa privada.

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Fernando Silva
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fernando Silva »

betossantana escreveu:Pare de me irritar me fazendo repetir coisas que já postei.

Você ainda não entendeu meu ponto de vista: o Estado tem que ser mínimo em qualquer lugar porque há uma tendência (humana) a seus funcionários se acomodarem.
Entretanto, nada impede que haja exceções. Só que as exceções não provam que é vantagem estatizar.

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Aranha
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Funcionários Públicos não tem o monopólio da safadeza neste país, mas tornaram-se o bode expiatório perfeito depois do Collor.

Nas empresas privadas, se todos agirem assim, a firma quebra. Darwinismo econômico.
Além disto, é mais fácil (apesar de tudo) demitir um funcionário relapso numa empresa privada.


- Me Repetindo:

1) O problema é o conluio do público com o privado, empresas privadas fazem isso sem quebrar, EU JÁ VI, até citei um exemplo lá em cima, vou citar outro, tinham dois caras inúteis na minha sala que recebiam salários de 700,00 a 1.000,00 reais que eram parentes de um dos diretores da empresa, eles apresentavam a fatura pro órgão que os contratavam e recebiam a grana para pagar os inúteis.

2) A estabilidade é um falso argumento, ela não é inerente ao servidor público, e nem é culpa dele, existem países sem estabilidade, acabem com ela oras, além disso existe estabilidade em empresas privadas também.


Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Claudio Loredo
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Claudio Loredo »

Fernando Silva escreveu:
betossantana escreveu:Pare de me irritar me fazendo repetir coisas que já postei.

Você ainda não entendeu meu ponto de vista: o Estado tem que ser mínimo em qualquer lugar porque há uma tendência (humana) a seus funcionários se acomodarem.
Entretanto, nada impede que haja exceções. Só que as exceções não provam que é vantagem estatizar.



Não no Brasil. Aqui não podemos ter um Estado Minimo. O que precisamos aqui no Brasil é termos um Estado Forte. Este Estado irá criar as condições para que tenhamos um MERCADO FORTE.

Dentre as condições que precisamos estão: 1) Um povo mais educado e saudável; 2) Melhor distribuição de renda entre as regiões geográficas do país e entre as pessoas; 3) Investimentos em infra-estrutura.

Tudo isto, quem faz é o governo. O mercado não faz nada disto, pois ele só age onde existe a finalidade do lucro. Só o governo pode agir para criar as condições para gerar o lucro para o mercado e depois distribuir da forma mais justa, a riqueza produzida por toda a sociedade. Há setores onde o mercado é mais eficiente (industria e agricultura), e há outras setores onde o governo é mais eficiente (ex. educação, saúde, segurança) e há ainda setores onde só o governo pode agir (ex. organização economica, judiciário, defesa externa e relações internacionais).

Para termos um governo mais eficiente é necessário apenas maior cobrança da sociedade. Não adianta apenas elegermos um partido comprometido com as causas sociais, como o PT. É necessário que a sociedade participe mais do governo, pois agora, ela pode e deve.

No mercado cada um vale segundo seu poder aquisitivo. No governo as pessoas valem independentemente do seu poder de compra: uma pessoa, um voto; uma pessoa, um cidadão. Por isso, podemos mandar mais no governo do que no mercado que é cego para as demandas sociais.

Se hoje os países desenvolvidos tem um mercado forte, é porque antes disto eles tiveram um governo forte que criou todas as condições para o mercado ser forte. Antes ainda do governo forte, houve uma sociedade organizada que tomou as rédeas deste governo e o obrigou a atender os interesses de todo o povo.

Não é necessário a ameaça da demissão para forçar uma pessoa a trabalhar bem. Basta impor metas de produtividade sem a qual não se recebe o salário, que é o que acontece em grande parte das atividades públicas brasileiras. Outras vezes o funcionário do governo tem que trabalhar mesmo porque existe a pressão do público.

Agora, a pessoa se matar de trabalhar, até ficar doente, como acontece na inciativa privada, eu não vejo necessidade nenhuma para isto. Uma vez que vivemos numa economia de serviços. A grande maioria dos seres humanos vive de prestar serviços uns para os outros. Um vez que o custo da produção agrícola e industrial é cada vez menor devido às inovações tecnológicas.

Nos países desenvolvidos, um funcionário público trabalha tanto como o da iniciativa privada, pois o primeiro aprende a ter responsabilidade no seu trabalho e o segundo aprende a não se deixar explorar.

O Brasil possui 1 funcionário público para cada 20 habitantes. Se comparado com outros países, o Brasil fica atrás. Na França, por exemplo, há menos de 9 habitantes para cada um servidor público, enquanto na Inglaterra a relação é de 1 para 16.

Se considerada a quantidade de empregados públicos em relação à população ocupada, a discrepância é ainda mais elevada. Enquanto o Brasil possui 1 empregado público a cada 10 ocupados, países como Estados Unidos e Inglaterra possuem a mesma relação de 1 servidor público para cada 6 ocupados e na França e Itália, a situação é de 1 para 4.


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Luis Dantas
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Luis Dantas »

Claudio Loredo escreveu:
Não no Brasil. Aqui não podemos ter um Estado Minimo. O que precisamos aqui no Brasil é termos um Estado Forte. Este Estado irá criar as condições para que tenhamos um MERCADO FORTE.


Claudio, você não está idealizando um tanto ligeiramente bastante para caramba tanto o poder quanto a motivação quanto a unidade de propósitos do Estado? Isso está parecendo até mesmo a conversa de círculo virtuso do Marxismo.

Dentre as condições que precisamos estão: 1) Um povo mais educado e saudável; 2) Melhor distribuição de renda entre as regiões geográficas do país e entre as pessoas; 3) Investimentos em infra-estrutura.


Ou seja, só tudo... :)

Tudo isto, quem faz é o governo.


Nope. O governo, no máximo, segue a orientação geral da cultura. O que realmente causa as melhorias é a conscientização da comunidade, não algum governo messiânico benevolente. Que, aliás, nem tem como chegar ao poder se o eleitorado não tiver essa consciência, de qualquer jeito. Mesmo que por algum milagre (ou quebra súbita da ordem política vigente) um governo "bonzinho" assumisse o controle do Brasil, ele não poderia fazer nada de significativo se a comunidade não soubesse entender e cooperar com suas propostas. Não precisamos de um Estado maior, e sim de vergonha na cara, também conhecida como Cidadania.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
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Claudio Loredo
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Mensagem por Claudio Loredo »



Luis,

É claro que o governo brasileiro poderia ser muito, mas muito melhor e os serviços públicos também. Mas, de pouco a pouca as coisas vão melhorando. Hoje o acesso a cargos públicos só é feito através de concursos públicos concorridíssimos, aumentando e muito a qualidade do serviço público prestado. Há toda uma legislação que rege a vida dos servidores públicos que obriga eles a cumprirem metas de eficiência, moralidade e impessoalidade no trabalho.

A democracia é a melhor forma de garantir que o governo atenda os interesses públicos. Tenho visto que cada vez mais as pessoas estão interessadas em política. Aqui no Tocantins, mesmo as pessoas mais pobres votaram com conciência e tinham justificativas para suas escolhas.

Agora, é claro que nosso sistema político/eleitoral tem inúmeras falhas, mas é melhor consertar essas falhas do que simplesmente abandonar o processo político e deixar tudo nas mãos do mercado. Se fizermos isto, o país volta ao século dezenove.


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Mensagem por Team America »

Claudio Loredo escreveu:

Luis,

É claro que o governo brasileiro poderia ser muito, mas muito melhor e os serviços públicos também. Mas, de pouco a pouca as coisas vão melhorando. Hoje o acesso a cargos públicos só é feito através de concursos públicos concorridíssimos, aumentando e muito a qualidade do serviço público prestado. Há toda uma legislação que rege a vida dos servidores públicos que obriga eles a cumprirem metas de eficiência, moralidade e impessoalidade no trabalho.

A democracia é a melhor forma de garantir que o governo atenda os interesses públicos. Tenho visto que cada vez mais as pessoas estão interessadas em política. Aqui no Tocantins, mesmo as pessoas mais pobres votaram com conciência e tinham justificativas para suas escolhas.

Agora, é claro que nosso sistema político/eleitoral tem inúmeras falhas, mas é melhor consertar essas falhas do que simplesmente abandonar o processo político e deixar tudo nas mãos do mercado. Se fizermos isto, o país volta ao século dezenove.



Sim , foi a reforma administrativa , emenda 19/98 da constituição Federal que deu o começo...A Eficiência virou um principio a ser seguido pela Administração pública...
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Luis Dantas
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Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Luis Dantas »

Como disse Esperidião Amin, citando Sêneca: "Não existe bom vento para a nau que não sabe para onde quer ir", Cláudio. E uma comunidade como a brasileira, cujo ideal predominante é o do predador/extrativista/parasita, não tem como se curar de cima para baixo.
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Fernando Silva
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fernando Silva »

Claudio Loredo escreveu:
Não no Brasil. Aqui não podemos ter um Estado Minimo. O que precisamos aqui no Brasil é termos um Estado Forte. Este Estado irá criar as condições para que tenhamos um MERCADO FORTE.

O Brasil foi, durante grande parte da sua existência, fechadíssimo, com mais de 70% da sua economia nas mãos do Estado.
Capitalismo aqui sempre foi uma ficção. Só agora a coisa está mudando.

Se o controle estatal fosse tão bom, teríamos piorado na última década. E a União Soviética não teria acabado.

O desnível econômico relativo continua, certo, mas quem estava lá em baixo agora está mais acima. O país enriqueceu.

Temos agora novos problemas, como superpopulação, poluição e outras coisas, além da herança dos velhos problemas, não totalmente resolvidos e que não se resolverão com um governo estatizante, com uma visão de que as coisas se resolvem por milagre e por decreto.

O mercado sabe se virar sozinho. O que ele precisa do Estado é que ele desempenhe sua função ao dar segurança (cada vez temos menos e isto está destruindo a economia na minha cidade, por exemplo), educação (está indo para o brejo e, sem pessoas qualificadas a economia não funciona) e saúde (idem), além de fiscalizar a economia para que não haja abusos nem capitalismo selvagem.

Fiscalizar é diferente de controlar ou participar do processo produtivo.

E cabe também ao Estado ajudar setores realmente importantes, como a agricultura, em caso de tragédias como secas e enchentes, que não dependem dos agricultores.
Comida é fundamental.

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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Claudio Loredo »

Fernando Silva escreveu:O Brasil foi, durante grande parte da sua existência, fechadíssimo, com mais de 70% da sua economia nas mãos do Estado.
Capitalismo aqui sempre foi uma ficção. Só agora a coisa está mudando.


Durante toda a década de 70 foi assim no mundo inteiro. Havia bastante protecionismo entre os países. Só na década de 90 é que os países começaram a se abrir mais para o comércio exterior e o Brasil seguiu apenas uma tendência mundial.

Havia bastante comércio entre os países até a década de 30. Tudo isto bastante impulsionado pelo colonialismo e o imperalismo. Só que com a quebra das bolsas de valores, seguido da segunda guerra mundial e a formação do bloco comunista, todos os países do mundo passaram a se fechar. Então não foi só o Brasil que se fechou: o mundo inteiro se fechou nas décadas de 40, 50, 60, 70 e 80.

Durante estes anos, nos países ocidentais, o que predominou foi um capitalismo keneysiano, que se caracteriza por uma forte intervenção do Estado na Economia. Incluindo ai a criação de estatais, que foram criadas não só no Brasil, mas em todo mundo ocidental.

A diferença é que durante este tempo tivemos na América Latina as ditaduras militares. Estes governos fizeram uma administração pública autoritária e corrupta. Criaram estatais para tirar dinheiro do povo. Depois estas mesmas estatais foram vendidas no governo FHC para tirar mais dinheiro do povo ainda.

O funcionalismo público não funcionava direito porque os cargos públicos eram preenchidos por pessoas desqualificadas, cujo único mérito era ser parente ou cabo eleitoral de um político.

Ou seja, Vinte anos de governos tiranos e corruptos estragaram toda a adminstração pública no Brasil. Depois ainda tivemos mais 12 anos de governos neoliberais (Collor e FHC) que sucatearam todo o serviço público.

É claro que com toda esta história de tirania, seguida de anarquia, a administração pública brasileira foi bastante prejudicada.

O Capitalismo que tivemos aqui no Brasil foi o Capitalismo Selvagem. O mau capitalismo. Para que exista o bom capitalismo é necessário a intervenção de um governo sério que garanta o cumprimento das leis e impeça as distorçoes provocadas pelo livre mercado.


Fernando Silva escreveu:Se o controle estatal fosse tão bom, teríamos piorado na última década. E a União Soviética não teria acabado.

O Brasil piorou bastante durante os governos Collor e FHC, que ao seguirem a cartilha neoliberal, ditada pelo FMI, aumentaram e muito a pobreza e a miséria no Brasil. Quanto a URSS, ela acabou porque exagerou para o outro lado.

Penso que existem setores que devem ser controlados pelo governo, outros setores devem ser controlados pelo mercado. O governo, por sua vez, deve ser controlado diretamente pela sociedade.

Dar poderes absolutos para o governo gera a tirania. Dar poderes absolutos para o mercado gera a anarquia. Em ambas situações não teremos paz. Na primeira devido a opressão. Na segunda devido a violência gerada pelo próprio caos.

Portanto, é o equilibrio de forças que gera a paz, pelo menos uma paz relativa. Caracteristicas humanas como
necessidades de segurança, de dignidade, de pertencimento, de trabalho e de desafios devem ser levadas em conta quando se fala em políticas econômicas e sociais. Olhar as pessoas apenas pelo aspecto consumista, é olhar apenas uma parte do todo e não se faz macroeconomia olhando apenas um detalhe.



Fernando Silva escreveu:O desnível econômico relativo continua, certo, mas quem estava lá em baixo agora está mais acima. O país enriqueceu.


O povo brasileiro está começando a prosperar agora, durante o governo do PT. Governo este, que apesar de estar inserido dentro de um contexto neoliberal, procura fazer bem mais pelo social do que os outros governos anteriores. Mais de 60% dos eleitores brasileiros votaram em Lula porque viram que a situação economica e social do Brasil melhorou nos últimos quatro anos.

Fernando Silva escreveu:Temos agora novos problemas, como superpopulação, poluição e outras coisas, além da herança dos velhos problemas, não totalmente resolvidos e que não se resolverão com um governo estatizante, com uma visão de que as coisas se resolvem por milagre e por decreto.


Não temos a necessidade de um governo estatizante. Precisamos apenas de um governo que cumpra suas funções básicas e para isto, não podemos ter um Estado Minimo como pregam os gurus da administração neoliberal. Só para cumprir as funções básicas, já é necessário um Estado Forte.


Fernando Silva escreveu:O mercado sabe se virar sozinho. O que ele precisa do Estado é que ele desempenhe sua função ao dar segurança (cada vez temos menos e isto está destruindo a economia na minha cidade, por exemplo), educação (está indo para o brejo e, sem pessoas qualificadas a economia não funciona) e saúde (idem), além de fiscalizar a economia para que não haja abusos nem capitalismo selvagem.

Fiscalizar é diferente de controlar ou participar do processo produtivo.

E cabe também ao Estado ajudar setores realmente importantes, como a agricultura, em caso de tragédias como secas e enchentes, que não dependem dos agricultores.
Comida é fundamental.


Sim, o mercado sabe se virar sozinho, mas até certo ponto. Até certo ponto ele atende as necessidades sociais, mas a partir de certo ponto não. É ai que entra o governo.

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Fernando Silva
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Re: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fernando Silva »

Abmael escreveu:A estabilidade é um falso argumento, ela não é inerente ao servidor público, e nem é culpa dele, existem países sem estabilidade, acabem com ela oras, além disso existe estabilidade em empresas privadas também.



"O Globo" 03.11.2006

LUIZ GARCIA

Sem amigos do peito

Palavras do presidente reeleito: "O Brasil tem problema de desemprego,
você não pode cortar funcionário público. Pelo que eu conheço da
máquina, tem muito pouco para cortar." Curioso raciocínio, não raro no
orador: ele é vezeiro em juntar causa com inconseqüência.

Na frase citada, isso acontece claramente. É óbvio que o desemprego só
será combatido com razoável eficiência se a máquina pública funcionar
melhor. E isso dificilmente ocorre quando o governo passa quatro anos
caprichando para torná-la enxundiosa.

Pior ainda quando um dos critérios para engordá-la - em seguida a uma
generosa semeadura de ministérios e secretarias especiais - for a
nomeação em massa de pessoas escolhidas pelo critério da fidelidade
partidária, ficando em segundo plano a habilitação específica do
nomeado.
A sua fidelidade ao Estado, por assim dizer.

No primeiro mandato, o governo Lula aumentou em 10,7% o número de cargos
de confiança, levando o total para mais de 21 mil. Do total, quase cinco
mil foram entregues a políticos, militantes partidários e sindicalistas.
Nesse grupo, é praticamente inevitável que lealdade política e comunhão
ideológica tenham mais peso do que eficiência.

A fidelidade ao partido e ao presidente não impediu que o número de
greves aumentasse no primeiro mandato.
Segundo o Dieese, em 2004, o
setor público foi alvo de mais de 60% das greves no país: foram 31
paralisações contra o governo federal.

Obviamente, não está em questão se as reivindicações dos servidores
grevistas eram ou não justas. O problema é a existência de um
privilégio: os funcionários públicos grevistas têm todos os direitos dos
demais trabalhadores, e ainda mantêm sobre eles a vantagem da estabilidade.


Ou seja, fazem greves com risco zero.

Outro dado do problema vem do fato de que a paralisação de uma
repartição pública faz suas maiores vítimas entre os cidadãos usuários
de seus serviços. No setor privado, o patrão é o primeiro e maior
prejudicado. Dá para entender por que greves dentro do governo tendem a
se arrastar por muito mais tempo do que aquelas na área privada.


Lula tem prometido a prioridade do crescimento econômico e da
austeridade fiscal no segundo mandato. Ele parece não ter decidido ainda
se, além de manter os juros na rota de queda, procurará cortar gastos. É
o que parece indispensável - mas, para ser feito a sério, seria
necessário fechar a torneira das nomeações de petistas e aliados
políticos para funções que pedem exclusivamente profissionais
eficientes. De qualquer tendência política.

A máquina do Estado é - ou deveria ser, sempre - uma senhora de cara
fechada, austera e sem um só amigo do peito.

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Pug
Mensagens: 5538
Registrado em: 15 Nov 2005, 07:42

Mensagem por Pug »

Refletindo melhor, Cláudio, vá e não volte...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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Fantasma
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Registrado em: 25 Mai 2007, 10:36

Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Fantasma »

Por onde anda o Claúdio?

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Johnny
Mensagens: 14128
Registrado em: 10 Mar 2006, 16:06
Gênero: Masculino

Re.: Despedida oficial do Fórum Religião é Veneno

Mensagem por Johnny »

Putz, como tem coveiro aqui...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Fantasma
Mensagens: 2
Registrado em: 25 Mai 2007, 10:36

Mensagem por Fantasma »

Johnny escreveu:Putz, como tem coveiro aqui...



Johnny Johnny Johnny
Entenda quanto mais veneno menos religião
Cada ato irrefletido constitui uma apunhalada no espaço onde até o criador terá partido Ver o anzol ser mordido constantemente leva a pensar que a racionalidade ausentou-se do espaço
Triste chegar e verificar o RV aparentemente derrotado pelos seus inimigos
O problema não me interessa só quero saber onde para o Claúdio

Trancado