Azathoth escreveu:O que estou chamando de "visão de mundo" é algo bem mais estrito; ter uma visão de mundo significa ter posicionamentos metafísicos, éticos, estéticos, políticos e epistemológicos bem definidos e internamente consistentes.
O que eu vejo tradições religiosas fazerem é poupar/ajustar/impedir/prevenir/ajudar você a delimitar esses posicionamentos de uma vez só.
Isso pode ser verdade em alguns textos de algumas religiões e, principalmente em instituições como as igrejas, mas isso foge a realidade maior da religião.
Basicamente o que a religião faz, é relatar alguns fatos sobre a realidade e ensinar uma pratica.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:Querendo ou não, as religiões se misturam, não são uma coisa só como você propõe.
E onde diabos eu propus isso?
Entendo que, levei isso um passo além e fugi um pouco ao que você realmente propôs.
O básico do que eu disse, se refere muito mais a questão de tratar "cada" religião, e não olhar "a religião", como fazemos com "a filosofia".
Cada religião e seus conceitos se misturam, contestam, abraçam e desenvolvem conceitos de outras religiões.
Azathoth escreveu:NadaSei escreveu:A meditação no geral pode existir perfeitamente dissociada da religião, mas nasce dentro dela e perde sua função principal fora dela.
No zen-budismo surge, por exemplo, o zazen. É uma técnica feita diariamente e que aprimora a atenção, permite reduzir devaneios mentais com maior controle, identificar fontes de dukkha (uma classe de sofrimento), outras formas de auto-conhecimento além de propiciar momentos de serenidade e tranqüilidade, alterando positivamente o seu estilo de vida à longo prazo.
Para usufruir de todas essas funções do zazen, você não precisa ser budista praticante muito menos concordar com todas as oito verdades.
Logo, o que você afirmou está simplesmente falso.
Como o que eu afirmei é falso?
Se zazen surge no zen-budismo, surgiu na religião. (assim como eu disse.)
O zazen é uma técnica de meditação comum e nasce com o mesmo objetivo das outras.
Dar uma pouco de "atenção" propiciar momentos de "serenidade" ou qualquer outra coisa que se diga, é o mesmo que faz qualquer outra técnica de meditação passiva ou semi-ativa.
Infelizmente "fora" da religião, sem estar acompanhada das outras praticas, não permite nada além disso... justamente como eu disse, fora da religião, perde sua função principal, que é a de junto com os outros ensinamentos, levar o homem a iluminação.