Pressão social.
Pressão social.
As pessoas quando em grupo, tornam-se mais burras ou irracionais?
Em grupo estão mais sujeitas as pressões e tornam-se menos individuais?
Toma decisões diferentes das que tomariam se estivessem sozinhas?
Alguém se julga livre de toda pressão social?
Você acha que identifica sempre os momentos em que age por influencia externa?
Em grupo estão mais sujeitas as pressões e tornam-se menos individuais?
Toma decisões diferentes das que tomariam se estivessem sozinhas?
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Você acha que identifica sempre os momentos em que age por influencia externa?
Editado pela última vez por NadaSei em 02 Jun 2007, 04:37, em um total de 2 vezes.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Pressão social.
NadaSei escreveu:As pessoas quando em grupo, tornam-se mais burras ou irracionais?
Sim.
NadaSei escreveu:Em grupo estão mais sujeitas as pressões e tornam-se menos individuais?
Sim, inclusive um repete a mesma besteira dita pelo outro, nas mesmas palavras e quando confrontadas com esse fato, tentam racionalizar a idéia para dizer que aquela é a opinião dela e não do grupo.
Mesmo pessoas mais esclarecidas estão altamente sujeitas a ceder a pressão sem perceber.
Chegam ao ponto de cair em erros de raciocínio e a acreditar neles, para ignorar que esteja agindo por influencia do grupo, visto que se maria-vai-com-as-outras, também é algo visto como ruim e se recusam a admitir estar caindo nesse erro.
Quando confrontados, dificilmente reagem a argumentos racionais.
Elas também costumam agir como uma unidade e, atacam quem contraria o grupo.
NadaSei escreveu:Toma decisões diferentes das que tomariam se estivessem sozinhas?
Definitivamente sim.
Sozinhos, julgam pelas suas crença e valores, em grupo, julgam pelo medo, vergonha e insegurança pessoal.
NadaSei escreveu:Alguém se julga livre de toda pressão social?
Eu não.
Infelizmente ainda caio em algumas coisinhas que não queria, mas que acabam sendo mais fortes que eu.
Tenho total consciência de que posso me livrar de algumas coisas, entretanto, estou mais atento a isso que a grande maioria das pessoas, sendo mais livre disso que as mesmas.
NadaSei escreveu:Você acha que identifica sempre os momentos em que age por influencia externa?
Nem sempre, vez ou outra, identifico uma racionalização que me faz justificar a obediência ao grupo... Só que essa percepção vem após o ocorrido (quando vem), sendo que na hora do mesmo, não percebi os motivos reais de minha atitude ou opinião expressada.
Esse é o mais foda, em grupo muitas vezes o uso da razão é mais difícil.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
- Jeanioz
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Re.: Pressão social.
A sociedade molda o indivíduo...
"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
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Re: Re.: Pressão social.
Usuário deletado escreveu:"Você é aquilo que você faz do que fizeram de você" - Jean Paul Sartre
Concordo 100% !
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
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- Jeanioz
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Re: Re.: Pressão social.
emmmcri escreveu:Usuário deletado escreveu:"Você é aquilo que você faz do que fizeram de você" - Jean Paul Sartre
Concordo 100% !
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Re: Re.: Pressão social.
Jeanioz escreveu:emmmcri escreveu:Usuário deletado escreveu:"Você é aquilo que você faz do que fizeram de você" - Jean Paul Sartre
Concordo 100% !
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Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
Re: Re.: Pressão social.
Usuário deletado escreveu:Esses dias meu professor de Física falou essa frase, mas acho que poucos a compreenderam.
Por quê? É tão complicada assim?
Re: Re.: Pressão social.
Jolly_Roger escreveu:Jeanioz escreveu:emmmcri escreveu:Usuário deletado escreveu:"Você é aquilo que você faz do que fizeram de você" - Jean Paul Sartre
Concordo 100% !
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Re: Re.: Pressão social.
Usuário deletado escreveu:Apocaliptica escreveu:Usuário deletado escreveu:Esses dias meu professor de Física falou essa frase, mas acho que poucos a compreenderam.
Por quê? É tão complicada assim?
Não, mas pela reação do pessoal creio que não foi compreendida.


- clara campos
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Re: Pressão social.
NadaSei escreveu:As pessoas quando em grupo, tornam-se mais burras ou irracionais?
Depende da circunstância. O grupo também pode estimular variadíssimos aspectos positivos; a psicologia grupal não têm somente consequências negativas.
Contudo, é verdade que o grupo pode apagar a sensação de responsabilidade individual, e extremizar as posições, que individualmente, seriam mais moderadas.
NadaSei escreveu:Em grupo estão mais sujeitas as pressões e tornam-se menos individuais?
Toma decisões diferentes das que tomariam se estivessem sozinhas?
A maioria das pessoas sim. A pressão de grupo torna as pessoas mais arrojadas, dilui o sentido de consequência e de responsabilidade individual (vide Senhor das Moscas). Contudo, importa dizer que nem todas as pessoas são igualmente susceptíveis a esta pressão, mas provavelmente ninguém poderá verdadeiramente responder por si!
NadaSei escreveu:Alguém se julga livre de toda pressão social?
Você acha que identifica sempre os momentos em que age por influencia externa?
Alguém que se afirme completamente livre de pressão social é um idiota ou um mentiroso.
E mesmo que isso fosse possível (eu não creio que seja) não seria algo benéfico.
Também não creio que sejamos sempre capazes de identificar os casos em que cedemos involuntariamente a pressões sociais, embora seja desejável que o façamos com crescente frequência.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Pressão social.
Interessante isto de perceber quando estamos agindo por influência externa. Assumir estas escolhas é uma coisa que se adquire com o tempo. Fazer o que queremos, inclusive admitindo que os outros nos influenciaram, é também agir por vontade própria. Na verdade, seria uma escolha entre tantas, a que nos pareceu mais adequada, mesmo sendo para nos enquadrar em algum contexto que seja também de nosso interesse.
Re: Re.: Pressão social.
Usuário deletado escreveu:"Você é aquilo que você faz do que fizeram de você" - Jean Paul Sartre
Sim, verdade até certo ponto.
Chega uma hora em que podemos tomar cada vez mais as rédeas de nossa vida, o comportamento de grupo a que me refiro, trata-se muito mais de "obedecer" aquilo que o grupo quer, que a fazer algo com isso.
Somos inevitavelmente moldados pela sociedade, mas podemos "fazer algo" com isso e usar o cinzel nós mesmos.
Um individuo inteligente, pode tornar-se uma anta perdida no grupo.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Pressão social.
clara campos escreveu:Depende da circunstância. O grupo também pode estimular variadíssimos (...) apagar a sensação de responsabilidade individual, e extremizar as posições, que individualmente, seriam mais moderadas.
É evidente que o homem sozinho, não é capaz de fazer grandes coisas, o grupo tem seus beneficios.
O problema é que quanto mais ignorante e fraco, mais a pessoa perde sua individualidade perante o grupo.
Um grupo formado por pessoas fracas e ignorantes, principalmente em sua liderança, gera em todo o grupo a tendência a um comportamento irracional em situações de crise.
Tudo vai depende do tamanho do grupo, de sua hierarquia e da estrutura psíquica de seus membros, principalmente de seus lideres.
Outra coisa importante, são os subgrupos ou núcleos que podem se formar, dependendo do tamanho do grupo.
clara campos escreveu:A maioria das pessoas sim. A pressão de grupo torna as pessoas mais arrojadas, dilui o sentido de consequência e de responsabilidade individual (vide Senhor das Moscas).
Não conheço, é bom?
clara campos escreveu:Contudo, importa dizer que nem todas as pessoas são igualmente susceptíveis a esta pressão, mas provavelmente ninguém poderá verdadeiramente responder por si!
Infelizmente a grande maioria é, em menor ou maior grau.
clara campos escreveu:Alguém que se afirme completamente livre de pressão social é um idiota ou um mentiroso.
E mesmo que isso fosse possível (eu não creio que seja) não seria algo benéfico.
Eu penso que seja "possível" manter completa individualidade em meio a um grupo.
Nesse caso o individuo age como parte do grupo, mas mantém completa consciência de suas atitudes e, passa as decisões do grupo, pelo crivo de sua própria individualidade.
clara campos escreveu:Também não creio que sejamos sempre capazes de identificar os casos em que cedemos involuntariamente a pressões sociais, embora seja desejável que o façamos com crescente frequência.
É, nem sempre percebemos isso... mas dá pra meditar um pouco no assunto e, perceber algumas das vezes que o fazemos. Algumas vezes, inclusive, é possível perceber de imediato que se está agindo por pressão, isso vai depender do quanto a ação contraria sua idéia pessoal de qual seria a ação correta a ser tomada. (apesar de que isso é muito complexo).
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Pressão social.
NadaSei escreveu:As pessoas quando em grupo, tornam-se mais burras ou irracionais?
Uma das principais características de um grupo é, sem dúvida, uma nítida limitação de suas potencialidades intelectuais. Se pegarmos grande nomes como Freud, Einstein, Darwin e etc...veremos que não eram indivíduos grupais, o que obviamente contribuiu para uma exploração mais livre de suas faculdades mentais.
- francioalmeida
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Re.: Pressão social.
Eu sou influenciado.
Re.: Pressão social.
Sigmund Freud, in 'Psicologia das Massas e a Análise do Eu'
O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo; e esse resultado só pode ser alcançado pela remoção daquelas inibições aos instintos que são peculiares a cada indivíduo, e pela resignação deste àquelas expressões de inclinações que são especialmente suas. Aprendemos que essas consequências, amiúde importunas, são, até certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto não contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas à intensificação das emoções e à inibição do intelecto nos grupos primitivos.
O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua actividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo; e esse resultado só pode ser alcançado pela remoção daquelas inibições aos instintos que são peculiares a cada indivíduo, e pela resignação deste àquelas expressões de inclinações que são especialmente suas. Aprendemos que essas consequências, amiúde importunas, são, até certo ponto pelo menos, evitadas por uma «organização» superior do grupo, mas isto não contradiz o fato fundamental da psicologia de grupo: as duas teses relativas à intensificação das emoções e à inibição do intelecto nos grupos primitivos.
Re: Re.: Pressão social.
Apocaliptica escreveu:Interessante isto de perceber quando estamos agindo por influência externa. Assumir estas escolhas é uma coisa que se adquire com o tempo. Fazer o que queremos, inclusive admitindo que os outros nos influenciaram, é também agir por vontade própria. Na verdade, seria uma escolha entre tantas, a que nos pareceu mais adequada, mesmo sendo para nos enquadrar em algum contexto que seja também de nosso interesse.
Só que ai já é outra estória né Apoc?
Seria como ter que escolher entre dois caminhos, você acha a estrada da direita melhor, o grupo discute e escolhe a da direita, você racionalmente prefere esse caminho e concorda com o grupo que é a opção mais adequada mesmo.
Eu me refiro a coisas mais complexas...
Tipo, uma vez minha irmã ficava fazendo pressão em uma menina e em mim, para gente namorar, porque ela gostava da menina (mesmos ela sendo casada), mas em menos de duas semanas, a menina virou o diabo aos olhos dela, unicamente por pressão das pessoas que trabalhavam conosco.
Vou resumir a historia.
Uma garota onde eu trabalhava tinha um marido, como o trabalho era noturno e ela voltava pra casa muito tarde, ele começou a se mostrar muito ciumento e passou a agredi-la.
Ele queria que ela fosse demitida, então um belo dia, apareceu lá (era um negão de 1.85, careca e bombadão), e ameaçou o segurança do local (outro armário), disse que sabia que ele era um cara legal, mas que daria trabalho pra ele, que iria distribuir tiro no local e que tinha pena de quem trabalhava lá.
Isso deixou os funcionários com medo, a primeira reação do gerente foi dizer: "Que pena, vou ter que demiti-la". Claro, foi apoiado pelos funcionários.
Todos ficaram putos com o negão e queriam que ele fosse lá novamente para lincha-lo...
O patrão foi da política de apoiar a garota e disse que cachorro que ladra não morde.
Bem, ela continuou trabalhando, um dia que saiu muito tarde e ao chegar em casa, apanhou novamente, dessa vez, ao ponto de decidir sair de casa.
Saiu pra trabalhar normalmente, mas sabendo que não voltaria.
Contou pro pessoal do trabalho e todos se mostraram comovidos, mas ninguém quis se envolver, preferiram se omitir, visto que não era problema deles. Bem, o cara já tinha ameaçado e o pessoal ficou com medo da reação do cara agora que a garota tinha decidido larga-lo.
Eu, entretanto, preferi não me omitir e, já que ela não tinha onde ficar, levei-a para minha casa.
Até ai tudo bem, era uma menininha de 18 anos, muito imatura e sonhadora, mas divertida e que se dava bem com todos no trabalho, principalmente com o gerente.
Eu também, religioso celibatario, gente fina com todos, sempre prestativo, inteligente, saia pro bar com eles pra bater papo e tinha amizade e bom relacionamento com todos no salão.
No dia seguinte, quando ela e eu chegamos pra trabalhar, todos estavam de cara virada com ela e, vieram tirar satisfação comigo, dizendo que eu não deveria me envolver, que ela não valia nada, que eu estava me metendo em assunto que não era da minha conta, etc... Enfim, eu disse que ninguém é obrigado a se meter e, que cada um deve cuidar de sua própria vida, mas que se eu queria deixar ela ficar em casa até arrumar outro lugar, isso era problema meu e de mais ninguém.
Chegou ao ponto de, nesse mesmo dia, eu me irritar e larga o pessoal no meio do serviço... o mesmo ocorreu com ela, em um momento diferente e por um motivo diferente.
Minha irmã, trabalhava lá, mas nessa semana estava de folga, quando soube da historia, ficou feliz em saber que ela estava em casa... disse mais uma vez que eu deveria aproveitar agora que ela estava solteira, pra namorar com ela...
Após voltar ao trabalho, foi rapidamente contaminada pelo grupo.
O resultado final, é que a garota virou o demônio na boca das pessoas, era mentirosa, não valia nada e, ou ela estava me usando (o panaca apaixonado) ou eu (o espertalhão tarado) estava ajudando ela porque queria "come-la" (alias, nossa recém formada amizade, também gerou ciúmes, pois ela era a garota mais desejada do local, e olha que eu contei que era celibatário).
Em fim, a garota acabou sendo demitida duas semanas após largar o marido. Todos se voltaram contra mim (inclusive minha irmã) e o marido dela, virou o coitadinho da história...
Alguns chegaram a comentar: "Olha o que essa menina faz com o coitado, ele vem lá de longe todo dia implorar para que ela volte pra ele... tadinho, ela não sente nem pena dele..."
Eu é claro, fui demitido um mês depois dela.
O interessante, é que como éramos divididos em dois setores, (salão e cozinha) as reações nos dois setores foram diferentes.
A cozinha apenas se omitiu, mas mantiveram amizade com ela e comigo (mesmo porque eu era muito amigo da chefe de cozinha), o salão se voltou contra nós dois, o líder era o gerente medroso que queria demiti-la desde a ameaça do cara.
O interessante é que entrou um cara novo no salão (que hoje é o novo gerente), bem no meio da confusão, quando ela já estava em minha casa.
Como ele acabara de entrar, ficou imune ao grupo e, como estava fazendo amizade com todos, inclusive com nós dois, por vezes me perguntava o porque de tanto drama em cima da menina e principalmente, porque o drama comigo, sendo que eu era gente fina com todos.
Enfim, minha irmã fazia parte do salão, era muito amiga do gerente que era o que mais tinha medo e, que fez mais pressão na menina e em mim lá dentro, bastou um dia de trabalho, para minha irmã esquecer que vivia dizendo para gente namorar e, passou a engrossar as vozes querendo a menina fora de lá (e passou a fazer a mesma campanha em casa).
Serio, é o típico comportamento irracional que leva a coisas como a insanidade nazista, só que em menor escala.
Veja que chegaram ao ponto de transformar a coitadinha que todos tinham pena, em diabo e, o cara que ameaçou todo mundo e que estavam querendo linchar, virou o coitadinho... Essa transformação toda ocorreu em apenas duas semanas... Loucura!:emoticon197:

O caso da minha irmã, ilustra bem a diferença entre opinião pessoal e pensamento imposto pelo grupo.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Re.: Pressão social.
Edson Jr escreveu:A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo;
Nossa, esse trecho descreve exatamente o que eu observei no caso que contei.
O interessante, é que eu notava a mesma coisa em mim e, tinha que ficar lutando contra meus pensamentos, pois eles ficavam questionado na menina, as coisas que o grupo falava.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
Re: Re.: Pressão social.
francioalmeida escreveu:Eu sou influenciado.
Até certo ponto, todos somos...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".