Fidelidade.

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NadaSei
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Mensagem por NadaSei »

Huxley escreveu:Frescura.Quando existe monogamia, existe dedicação preferencial.É isso a que me refiro quando falo o termo "minha".Você caindo na falácia de postular que estou defendendo que uma mulher minha não pudesse sair sozinha com as amigas para tomar cerveja ou ter amizades do sexo masculino.

Mas é a MESMA coisa, só que a "amizade" inclui o sexo.
Quem tem um relacionamento aberto, tem uma relação PREFERENCIAL com o parceiro escolhido... é preferencial, mas não é exclusiva.

A esposa de alguém sai com umas amigas e, passa 3 horas batendo perna no shopping e conversando
Ou seja, ela dedicou 3 horas de um dia as amigas dela e, não ao marido.
Vamos supor que, ao invés disso, ela sai com um "ficante" e passa três horas na casa dele, fazendo sexo selvagem.
Ou seja, ela dedicou as mesmas 3 horas de um dia, a outra pessoa que não o marido.
É exatamente a mesma coisa, ainda assim, ela dedica MUITO mais horas de quase todos os seus dias, ao marido e aos filhos, pois a relação dela com eles, é preferencial.
Huxley escreveu:
Edson Jr escreveu:Existe muito mais racionalidade em não vincularmos nossas reações emocionais com a opinião dos outros. Isto se valorizamos, ao máximo, nossa independência e liberdade.

Aguentar ser ridicularizado pela sociedade fazendo uma coisa que gosta é ser racional.Aguentar ser ridicularizado pela sociedade fazendo uma coisa que NÃO gosta (no meu caso, em relação a permissão mútua de namoros) é ser BURRO.

Você não tem que gostar ou desgostar das coisas que sua parceira faz, quando não está com você. (isso não te diz respeito).
Depois, não se deixar influenciar por opiniões preconceituosas dos outros, é ser inteligente, racional e livre.

Você aceitaria então, no caso dela sair com outros, mas esconder isso da vizinhança e de seus amigos? Acho que não... você parece estar apenas tentando justificar a recusa.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Edson Jr
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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Edson Jr »

clara campos escreveu:Pessoas permeáveis a pressões sociais geralmente exercem também esse tipo de pressão...


Perfeitamente!

Apocaliptica

Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Apocaliptica »

Edson Jr escreveu:
clara campos escreveu:Pessoas permeáveis a pressões sociais geralmente exercem também esse tipo de pressão...


Perfeitamente!


3

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Edson Jr
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Re.: Fidelidade.

Mensagem por Edson Jr »

Concordo totalmente com o NADA SEI...

Clara Campos também foi brilhante em sua análise. Realmente é importante que se respeite o limite de cada um. Alguns, embora compreendam que existem bons argumentos para se ter uma relação liberal, ainda não estão psicologicamente preparados para isso e, neste caso, o mais racional seria respeitar seus limites.

Eu, pessoalmente, tenho meus limites....

....embora estejam anos-luz dos limites de uma relação tradicional....

Sim...temos nossos limites e precisamos respeitá-los. Da mesma forma, também é importante o exercício de ampliação de nossa consciência...de forma que a vida seja encarada de forma mais leve, alegre e sem preconceitos bobos...

Abraços!
Editado pela última vez por Edson Jr em 01 Jun 2007, 23:18, em um total de 1 vez.

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Edson Jr
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Re.: Fidelidade.

Mensagem por Edson Jr »

Clara, se fiz alguma interpretação errada do que vc disse, me corrija... :emoticon4:
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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NadaSei
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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por NadaSei »

Edson Jr escreveu:Sim...temos nossos limites e precisamos respeitá-los. Da mesma forma, também é importante o exercício de ampliação de nossa consciência...de forma que a vida seja encarada de forma mais leve, alegre e sem preconceitos bobos...
Abraços!

Além do que, mesmo que irracional, a fidelidade pode ser desejo genuíno das duas partes envolvidas e, cabe a essas partes escolherem isso ou não.
Eu não vejo problemas em justificar a fidelidade no sentimento, um amor apegado que transborda e, faz um querer possuir o corpo, mente e alma do outro só para si, ao mesmo tempo que, faz um querer se entregar na mesma intensidade ao parceiro, para que os dois sejam como "um".
É a escolha mais irracional, mas é bonitinha e justificada no sentimento.

Eu acho que mais importante que procurar as opções mais racionais, é compreender os outros e a forma de pensar deles.
Muitas vezes temos a tendência de julgar o comportamento alheio e aponta-lo como ignorante ou irracional, comparando com o nosso comportamento superior ou mais racional, entretanto, esquecemos que podemos estar usando de comportamento semelhante em outras questões.

Eu acho que, por exemplo, quem aceita a fidelidade justificada no sentimento, pode entender muito bem os teístas e religiosos que mantém certas opiniões e comportamentos, com base em sentimentos e sensações.
Isso nem sempre é necessariamente ruim, nem faz deles menos críticos ou menos inteligentes como um todo.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Dimítri »

NadaSei escreveu:Eu acho que, por exemplo, quem aceita a fidelidade justificada no sentimento, pode entender muito bem os teístas e religiosos que mantém certas opiniões e comportamentos, com base em sentimentos e sensações.


Perfeito. Não é a primeira vez que usas esse argumento. Porém, ainda não vi sinais de contra-argumentação para isso.

Quanto aos sentimentos: "Desapego é a chave para a felicidade."

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Edson Jr
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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Edson Jr »

NadaSei escreveu:Além do que, mesmo que irracional, a fidelidade pode ser desejo genuíno das duas partes envolvidas e, cabe a essas partes escolherem isso ou não.


Sim, concordo. É, inclusive, muito comum esse desejo de fidelidade existir no início de uma relação. O problema é que os desejos humanos estão longe de serem imutáveis e é justamente essa resistência às mudanças, respeitando o fluxo natural do desejo, que tornam as coisas ainda mais complicadas.

Dessa forma, a melhor postura seria a do casal fazer e refazer seus acordos conforme o fluxo de seus desejos. É tarefa difícil, admito, mas seria, ao meu ver, uma opção bem mais saudável e racional para ambos.

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por clara campos »

Edson Jr escreveu:Clara, se fiz alguma interpretação errada do que vc disse, me corrija... :emoticon4:

entendeste direitinho!
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por clara campos »

NadaSei escreveu:Eu acho que mais importante que procurar as opções mais racionais, é compreender os outros e a forma de pensar deles.

Certamente.
O meu ponto é que uma escolha racional pode envolver alguns critérios irracionais.
Vou dar um exemplo.

Já tive duas relações sérias, sendo que uma era liberal e a outra não.
Na que era liberal eu aceitava que o meu parceiro tivesse experiências sexuais exteriores à nossa relação e vice-versa, nunca houve nenhum problema respeitante a esta matéria.

NA relação não liberal eu jamais aceitaria que o meu parceiro tivesse uma relação exterior porque ele não mo aceitaria e eu não o aceitaria não por eu achar isso mau, mas por ele achar isso mal, e eu não poderia aceitar que o meu parceiro tivesse um comportamento que ele próprio considerasse errado.

Entendeste?
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Re: Re.: Fidelidade.

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Vc tem que andar diante daquilo que seu parceiro e vcs acordarem! assim cada relação pode ser de um jeito! estando em acordo, vai estar tudo bem! :emoticon4:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Edson Jr »

clara campos escreveu: Já tive duas relações sérias, sendo que uma era liberal e a outra não.
Na que era liberal eu aceitava que o meu parceiro tivesse experiências sexuais exteriores à nossa relação e vice-versa, nunca houve nenhum problema respeitante a esta matéria.

NA relação não liberal eu jamais aceitaria que o meu parceiro tivesse uma relação exterior porque ele não mo aceitaria e eu não o aceitaria não por eu achar isso mau, mas por ele achar isso mal, e eu não poderia aceitar que o meu parceiro tivesse um comportamento que ele próprio considerasse errado.

Entendeste?


Perfeito!

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Re: Re.: Fidelidade.

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clara campos escreveu:NA relação não liberal eu jamais aceitaria que o meu parceiro tivesse uma relação exterior porque ele não mo aceitaria e eu não o aceitaria não por eu achar isso mau, mas por ele achar isso mal, e eu não poderia aceitar que o meu parceiro tivesse um comportamento que ele próprio considerasse errado.

Entendeste?

Sim, claro.
Não só entendo, como concordo com sua postura.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por NadaSei »

Dimítri escreveu:Quanto aos sentimentos: "Desapego é a chave para a felicidade."

Verdade.
Quanto maior o apego, maior o desespero.
Pode reparar que nos casos de paixão possessiva que vira tragédia, uma das características mais marcantes é o apego.

Já vi também pessoas que aceitavam a infidelidade do parceiro, para que o mesmo não rompesse com a relação... Só que não o faziam por não ver mal nisso, tinham ciumes e isso gerava briga.
Em um dos casos, o apego da garota era tanto que, após um período de relação "aberta" (apenas da parte dele), a garota passou a só poder ligar pra ele apenas nos finais de semana...

Ele não queria mais ficar com ela, mas o apego da garota era tanto, que após permitir a infidelidade e ele tentar terminar novamente, ela propôs virar namorada só nos fins de semana, assim ele ficaria mais "livre", sem ter que terminar com ela.
A coitadinha sofria tanto, que era triste de ver. :emoticon11:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por NadaSei »

videomaker escreveu: Vc tem que andar diante daquilo que seu parceiro e vcs acordarem! assim cada relação pode ser de um jeito! estando em acordo, vai estar tudo bem! :emoticon4:

O problema são os "acordos".
Uns 80% das brigas por telefone que eu presencio no trabalho entre namorados, tem como assunto a quebra de "acordos", do tipo não ficar na casa das amigas, quando fulano está trabalhando, ou ir pro bar após o trabalho.
Quer dizer, mesmo quando não estão juntos, o que um faz durante tempo livre é motivo de brigas com o outro.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Fidelidade.

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Dimítri escreveu:Quanto aos sentimentos: "Desapego é a chave para a felicidade."

hum.. ricardo reis...
muito sinceramente não acredito nada nisto.
Obsessões e possessões são doentias e motoras de infelicidade e insatisfação, mas o desapego parece-me igualmente patológico.

Eu quero que o meu homem se apegue a mim! quero que ele me permita apegar a ele!

O mundo não é a preto e branco, há tantas cores e tonalidades!!
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por clara campos »

NadaSei escreveu:O problema são os "acordos".
Uns 80% das brigas por telefone que eu presencio no trabalho entre namorados, tem como assunto a quebra de "acordos", do tipo não ficar na casa das amigas, quando fulano está trabalhando, ou ir pro bar após o trabalho.
Quer dizer, mesmo quando não estão juntos, o que um faz durante tempo livre é motivo de brigas com o outro.

É verdade.
Nunca percebi porque estas coisas acontecem... é curioso como grande parte das pessoas não suporta que o parceiro se divirta quando elas não o podem fazer...
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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por videomaker »

clara campos escreveu:
NadaSei escreveu:O problema são os "acordos".
Uns 80% das brigas por telefone que eu presencio no trabalho entre namorados, tem como assunto a quebra de "acordos", do tipo não ficar na casa das amigas, quando fulano está trabalhando, ou ir pro bar após o trabalho.
Quer dizer, mesmo quando não estão juntos, o que um faz durante tempo livre é motivo de brigas com o outro.

É verdade.
Nunca percebi porque estas coisas acontecem... é curioso como grande parte das pessoas não suporta que o parceiro se divirta quando elas não o podem fazer...



:emoticon4: Isso só acontece quando falta maturidade no relacionamento! não é possivel haver esse tipo de coisa!
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Joe
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Re.: Fidelidade.

Mensagem por Joe »

Eu sou um cara não sei se previlegiado ou não por viver em um mundo do qual vejo traição a toda parte, principalmente quando se trata de relacionamentos longos, amizades, camaradagem etc.

Não vou citar o nome dos meus dois melhores amigos, mas todos os dois são bem casados e tem filhos, porém ambos traíram suas esposas e por motivos bastante diferentes, algumas vezes eles trairam porque queriam experimentar uma aventura e outras vezes até saciar um desejo.

A primeira pessoa que estou falando é bastante centrada, fala e dar dicas sobre relacionamento e sobre a vida e me contando sobre a mulher que ele estava, a amante simplesmente amava ele e meu amigo conseguia separar o caso de amor e sexo, porém não acontecia com ela, o que levou a ela gastar horas no telefone conversando com ele em sigilo total, mas a verdadeira menssagem que eu desejo passar é sobre ele dizer que tem um desejo sobre as mulheres, ele não se controla e não discordo dele quando toca no ponto de não se controlar, só que ele sabe medir as consequências e situações.

Como você vai negar o seu código genético apesar de existir respeito, fidelidade etc. ?

Não deixo de concordar com o coroa que é exemplo de vida e citou sobre a traição e sobre isto ser um pensamento retrógrado, até porque as mulheres traem e não é por causa de amor não! Elas traem pelo mesmo motivo de que quando olhamos uma gostosa, peituda, tesuda e inteligente no território.

Uma vez eu saí com os amigos para o shopping e um cara elegante passou com uma linda mulher, uma mulher linda mesmo, a menina que estava conversando comigo e se dizia ser noiva, olhou para o rapaz e quando passou fez o movimento de esticar a mão para tocar na bunda do cara e realmente se pararmos e pensar, atração não é uma escolha e sedução só irá acontecer se realmente a atração estiver estabelecida e pelo fato de atraído e não escolher, tudo te dar uma gama de possibilidades para a sedução acontecer como um não-escolha.

O outro amigo meu, ele conheceu uma mulher muito linda no bate-papo ig e conseguiu o messenger dela. Conversou, estabeleceu atração e com direito a tudo que você pensar, porém ele fez isso inconsciente e marcou de se encontrar com ela, sendo a mesma figura avisada de meu amigo ter filhos e ser casado.

Ela ligou para a situação?

Não teve a mínima pena, meu amigo traiu porque achou a situação diferente e conseguiu separar a relação do fato sexo e amor, porém ela não fez a mesma coisa e ligava para o celular dele chamando de cachorro, vagabundo, cafageste etc.

Ele pediu para ela conversar? NÃO! Simplesmente aproveitou e Caper Diem. Com tudo isso, a mulher desgramada ainda disse que não queria ser a amante número 2 dele de porta-de-bar.

Ele teve culpa? SIM!

Ambos tem culpa, mas porque o ser humano vai contra a esse extinto?

Eles amam as mulheres deles da mesma forma que alguns homens amam as namoradas e as traem, porém a mulher (esposa) deles é a deusa e é insubstituível por serem conhecedoras de uma boa parte (não toda) daquilo deles serem, elas estão ali vendo a vida deles e estão tendo a vontade de dar para o homem delas, porém um dia ela também vai trair.

Na minha família aconteceu recentemente de uma mulher recem casada ver a foto de um cara e dar um grito escandaloso sobre a boniteza do peão. Ela perguntou para minha prima quem e era, aonde conheceu e resolveu baixar a ficha completa. Meia volta e ela ver a foto de um carro bonito no mesmo album e mostra para o marido:

- Olhar amor, é para ficar louca! Como esse carro é lindo!

Eu já traí muitas vezes e não guardo mágoas sobre as mulheres das quais me trairam, ainda sou da vertente de traição ser coisas diferentes e diversos momentos.

Abraços,
Joe

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Re: Re.: Fidelidade.

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clara campos escreveu:hum.. ricardo reis...
muito sinceramente não acredito nada nisto.
Obsessões e possessões são doentias e motoras de infelicidade e insatisfação, mas o desapego parece-me igualmente patológico.

Eu quero que o meu homem se apegue a mim! quero que ele me permita apegar a ele!

O mundo não é a preto e branco, há tantas cores e tonalidades!!

O nosso mundo é meio como o daquele conto infantil, em nossa ignorância e solidão, desejamos, coragem, um cérebro e um coração. (esses são nossos maiores desejos e ilusões)
Pensamos que ter apego é ser carinhoso, infelizmente, o apego é apenas excesso, além de ser fonte de sofrimento.
Pra gostar dos outros, não precisamos nos apegar.

Se você ama uma pessoa e, essa deseja ir embora pra qualquer lugar e/ou com outra pessoa, a atitude de amor é querer a felicidade dessa pessoa.
Sentiremos sua falta, é claro, mas, ao mesmo tempo, ficamos feliz por ela estar cuidando de garantir sua própria felicidade, pois onde quer que ela vá, vai estar feliz.
É preciso uma pequena dose de tristeza saudosista pelo fim de uma fase, uma pequena dose de alegria pela pessoa amada e, uma boa dose de indiferença.

Quando meu melhor amigo foi morar no Japão pra fazer dinheiro, logicamente senti sua falta, mas fiquei feliz em saber que ele estava indo atrás de um sonho antigo e, que além disso faze-lo feliz, ele iria viver novas experiências, conhecer novas pessoas, ganhar uma grana, melhorar o currículo, etc...
Pra que sofrer com isso?

Isso é um desequilíbrio, quando a busca pela felicidade e as escolhas livres do outro, nos fazem sofrer... é sinal de que não estamos cuidando da nossa própria individualidade e, estamos pautando nossa felicidade, no apego e dependência dos outros.
Uma pessoa só pode ser realmente feliz, quando ela própria é toda a companhia de que necessita, quando isso ocorre, as dezenas de outras pessoas em nossa vida, são um "luxo" maravilhoso que dinheiro nenhum pode pagar.
Só que pra isso ocorrer, não podemos viver de apego ao passado, nem de sonhos sobre o futuro.
Precisamos ser "fortes", a vida é dura e ter muito "coração", é falta de "cérebro" e "coragem", um pouco de indiferença não faz mal e, equilibra de forma adequada essas coisas.

O equilíbrio é sempre a chave, sempre que vamos muito ao céu ou muito a terra, somos nós quem pagamos o maior preço e, ainda podemos levar junto as pessoas que dizemos amar.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: Fidelidade.

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clara campos escreveu:
NadaSei escreveu:O problema são os "acordos".
Uns 80% das brigas por telefone que eu presencio no trabalho entre namorados, tem como assunto a quebra de "acordos", do tipo não ficar na casa das amigas, quando fulano está trabalhando, ou ir pro bar após o trabalho.
Quer dizer, mesmo quando não estão juntos, o que um faz durante tempo livre é motivo de brigas com o outro.

É verdade.
Nunca percebi porque estas coisas acontecem... é curioso como grande parte das pessoas não suporta que o parceiro se divirta quando elas não o podem fazer...

Clara...embora eu já tenha pensado nisto e é assunto recorrente em conversas, fazendo uma auto-terapia, e depois conversando com meu terapeuta, cheguei à uma conclusão. A maioria das reações exacerbadas de ciúme, na verdade estão ligadas à outro sentimento, que é a inveja profunda da alegria e dos prazeres vividos pelo companheiro.
Não é sinal de amor por aquela pessoa especificamente, não é querer a pessoa para nós, não se trata de sentimento de posse. Não é algo tão simples. Veja que mesmo após o suposto traidor negar a traição, ou se redirmir,caso assuma que traiu mesmo ( trair de todas as formas os acordos, apenas saindo com amigos, indo a algum lugar e não avisando, enfim...), a perturbação emocional do que se sente e se diz traído, não cessa. Ela apenas se alimenta do episódio e, ao fim, parece ficar frustrada com o final do mesmo. Parece então, que há uma dependência constante de que "algo" esteja acontecendo, alguma coisa ele deve estar fazendo de errado e eu preciso saber"...
Na verdade, o sentimento é de frustração por não sermos nós os protagonistas do que o outro está vivendo, sentimos inveja.
A imaginação leva o sujeito a fantasiar as coisas que ele próprio gostaria de estar fazendo, aumentar as proporções, maior sendo este sentimento quanto menor a auto-estima e a capacidade de ter suas próprias "aventuras", e maior é a vontade de absorver do outro um pouco da sua liberdade de ação, como se esta capacidade estivesse projetada no outro, e precisássemos amordaçá-lo, ou paralizá-lo para podermos absorver e usar.
Na verdade é triste, mas este tipo de ciumento, é um espécie de vampiro. Não é por amor que ele age assim, nem por egoísmo, mas por vontade de estar no lugar do outro. Como aquela é a pessoa a quem ela acredita que ama ( e pode amar mesmo) é nela que se projetam também as frustrações por não conseguir se desapegar de determinados valores que a tolhem emocionalmente.

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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por NadaSei »

joe escreveu:Eu sou um cara não sei se previlegiado ou não por viver em um mundo do qual vejo traição a toda parte, principalmente quando se trata de relacionamentos longos, amizades, camaradagem etc.
(...)
Eu já traí muitas vezes e não guardo mágoas sobre as mulheres das quais me trairam, ainda sou da vertente de traição ser coisas diferentes e diversos momentos.

Abraços,
Joe

Esse caso que você contou, me fez lembrar uma coisa que eu costumo observar constantemente.
As pessoas, quase que inevitavelmente flertam umas com as outras, de forma inconsciente.

Vou dar um exemplo, uma namorada de um amigo meu, estava usando uma blusinha com um belo decote, menina bonita e vaidosa, sabia se vestir e mostrar seu corpo de uma forma atraente e sem vulgaridade, seus seios eram lindos e, eu inevitavelmente me peguei olhando seu decote por diversas vezes.
Em uma dessas olhadelas, ela percebeu para onde eu olhava, a resposta dela, foi um belo sorriso que me fez sorrir de volta.

Ela sorriu de forma inconsciente e, involuntária.
Eu sei disso, porque meu sorriso foi igual e, eu tentei sem sucesso tira-lo de minha face.
Os nossos sorrisos foram bastantes discretos, mas inegáveis, a probabilidade dela nem ter percebido que estava sorrindo é enorme.
A resposta dela ao meu sorriso foi falar qualquer coisa, que não tinha nada a ver com isso, e eu respondi prontamente.
Esse "falar", serviu para que ambos pudessem ignorar a situação e, ao mesmo tempo, eliminar de o sorriso de nossos rostos.

Claro, um sorriso não é nada, quem não gosta de ser alvo dos olhares de outras pessoas que achamos bonitas?
Somos vaidosos e ficamos felizes, ao sermos reconhecidos como belos pelos outros.
Depois desse "incidente", eu passei a prestar mais atenção nisso, tanto em mim, quanto nos outros.
O que eu descobri é que a maioria das pessoas, mesmo comprometidas, flertam o tempo todo, inclusive, os homens procuram o corpo da mulheres e, elas se posicionam de forma a facilitar a visão do homem aos seus atrativos.

Eles procuram e elas incentivam, mesmo com o amigo do namorado e, estando o namorado junto, os três conversando. (claro que, nessas ocasiões, o flerte fica mias "ligth").
É lógico que alguns flertam de forma consciente, ou mesmo apenas uma das partes o faz consciente.
Após notar isso, fiz o teste e passei a flertar mais, com isso, as garotas passam a incentivar mais.
Encontrei pouca gente que foge a essa regra, mesmo as meninas mais timidas acabam flertando um pouco.
É inconsciente, gostamos de receber olhares de pessoas que nos atraem, e gostamos de "ficar".

Eu não vejo motivo pra tanto "drama" e, não diria que é apenas "sexo".
Sexo é bom, mesmo com desconhecidos, mas na maior parte do tempo, eu prefiro transar com "amigas" bonitas, que com meninas desconhecidas.
Quando existe amizade, existe mais carinho e menos insegurança, isso deixa o sexo é melhor.
Eu vejo nas pessoas durante o flerte, o mesmo comportamento, amigos e colegas, flertam mais entre si que com desconhecidos.
Ao meu ver, amigos são feitos pra "ficar" com amigos e, os melhores amigos, são pra "namorar" e "casar".
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Fidelidade.

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Apocaliptica escreveu:Clara...(...) na verdade estão ligadas à outro sentimento, que é a inveja profunda da alegria e dos prazeres vividos pelo companheiro.
(...)

Eu acho que a inveja está sim inclusa, mas não sei se é o fator dominante na maioria dos casos.
Dependendo do caso, eu acho que tem duas coisas que influenciam bastante.
É o apego que leva ao sentimento de posse em uma parte e insegurança noutra parte.
A pessoa pensa: "Se ele realmente me ama, deveria fazer isso por mim, mesmo porque, eu faço isso por ele... então, talvez ele não me ame realmente."
A própria inveja, já está ligada a uma certa insegurança (a posse também), mas os casos onde a inveja prevalece, não me parecem ser predominantes.

Na realidade é sempre uma mistura dessas coisas todas, mas a insegurança parece ser a mais marcante e, a posse costuma acompanha-la em outra boa parte dos casos, eu deixaria a inveja atrás dessas duas.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por Apocaliptica »

NadaSei escreveu:
Apocaliptica escreveu:Clara...(...) na verdade estão ligadas à outro sentimento, que é a inveja profunda da alegria e dos prazeres vividos pelo companheiro.
(...)

Eu acho que a inveja está sim inclusa, mas não sei se é o fator dominante na maioria dos casos.
Dependendo do caso, eu acho que tem duas coisas que influenciam bastante.
É o apego que leva ao sentimento de posse em uma parte e insegurança noutra parte.
A pessoa pensa: "Se ele realmente me ama, deveria fazer isso por mim, mesmo porque, eu faço isso por ele... então, talvez ele não me ame realmente."
A própria inveja, já está ligada a uma certa insegurança (a posse também), mas os casos onde a inveja prevalece, não me parecem ser predominantes.

Na realidade é sempre uma mistura dessas coisas todas, mas a insegurança parece ser a mais marcante e, a posse costuma acompanha-la em outra boa parte dos casos, eu deixaria a inveja atrás dessas duas.

Leia melhor o que eu escrevi. É um pouco mais complicado do que isto.Não me referi à inveja simples, mas a uma projeção invejosa em cima do outro, a quem amamos. A posse não é pela pessoa e pelo destino do outro, mas uma negação de que desejaríamos estar no lugar dela, vivenciando a capacidade de despego do outro, justamente aquele que diz nos amar. Até que se entenda que na verdade é uma coisa que está em nós e que precisa ser resolvida, que são as nossas incapacidades que estão em jogo, o relacionamento fica sempre envolto nesta "sombra".

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clara campos
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Re: Re.: Fidelidade.

Mensagem por clara campos »

NadaSei escreveu:Se você ama uma pessoa e, essa deseja ir embora pra qualquer lugar e/ou com outra pessoa, a atitude de amor é querer a felicidade dessa pessoa.
Sentiremos sua falta, é claro, mas, ao mesmo tempo, ficamos feliz por ela estar cuidando de garantir sua própria felicidade, pois onde quer que ela vá, vai estar feliz.
É preciso uma pequena dose de tristeza saudosista pelo fim de uma fase, uma pequena dose de alegria pela pessoa amada e, uma boa dose de indiferença.

A felicidade não é um bem absoluto.
Ao longo de toda a nossa vida somos confrontados com diversas escolhas, sendo que umas anulam necessariamente outras.
Se um casal se ama mas uma das partes decide ir para o japão fazer currículo e carreira (pegando apenas num caso mencionado por ti, mas sem querer de todo particularizar), essa pessoa está a optar pela carreira em detrimento da relação com o seu parceiro.
É natural que o parceiro fique tão triste - para não dizer na merda - por ser preterido, que a felicidade pela felicidade do seja amenizada, esquecida ou apagada.
O desapego resolveria este problema de frustação, é vero, mas foi também o desapego que levou o outro a partir para o japão.

Assim, o desapego pode ser causa ou consequência de infelicidade.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

Trancado