Algumas Metáforas
Algumas Metáforas
Bem, eu tenho aqui no computador uma série de metáforas, sobre o que eu penso ser legal para se discutir e levar exemplos para nossa vida.
Eu já usei muitas e até adoto a filosofia de todas.
Espero que gostem.
O Tolo que era Sábio
Todos os dias o Mullah Nasrudin ia esmolar na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque:
Mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor. A história correu pelo condado.
Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:
- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros.
Nasrudin lhe respondeu:
- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque.
E cheio de sabedoria acrescentou:
- Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente. Às vezes, é de muita sabedoria se passar por tolo e é muito melhor passar por tolo e ser inteligente do que ter inteligência e usar fazendo tolices.
Eu já usei muitas e até adoto a filosofia de todas.
Espero que gostem.
O Tolo que era Sábio
Todos os dias o Mullah Nasrudin ia esmolar na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque:
Mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor. A história correu pelo condado.
Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:
- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros.
Nasrudin lhe respondeu:
- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque.
E cheio de sabedoria acrescentou:
- Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente. Às vezes, é de muita sabedoria se passar por tolo e é muito melhor passar por tolo e ser inteligente do que ter inteligência e usar fazendo tolices.
Fraqueza ou Força?
Um garoto de 10 anos de idade decidiu praticar judô, apesar de ter perdido seu braço esquerdo em um terrível acidente de carro.
Disposto a enfrentar as dificuldades e sua limitações, começou as lições com um velho mestre japonês.
O menino ia muito bem. Mas, sem entender o porquê, após três meses de treinamento, o mestre tinha-lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse:
- Mestre, não devo aprender mais movimentos?
O mestre respondeu ao menino, calmamente e com convicção:
- Este é realmente o único movimento que você sabe, mas este é o único movimento que você precisará saber.
Sem entender completamente, mas acreditando em seu mestre, o menino manteve-se treinando. Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio.
Surpreendendo-se, o menino ganhou facilmente seus primeiros dois combates. O terceiro combate revelou ser o mais difícil, mas depois de algum tempo seu adversário tornou-se impaciente e agitado. Foi então que o menino usou o seu único movimento para ganhar a luta.
Espantado ainda por seu sucesso, o menino estava agora nas finais do torneio. Desta vez, seu oponente era bem maior, mais forte, e mais experiente.
Preocupado com a possibilidade do garoto se machucar, cogitaram em cancelar a luta, quando o mestre interveio:
- De forma alguma! Deixe-o continuar.
Desta forma, o garoto, usando os ensinamentos do mestre, entrou pra luta e, quando teve oportunidade, usou seu movimento para prender o adversário.
Foi assim que o menino ganhou a luta e o torneio. Era o campeão. Mais tarde, em casa, o menino e o mestre reviram cada movimento em cada luta. Então, o menino criou coragem para perguntar o que estava realmente em sua mente:
- Mestre, como eu consegui ganhar o torneio com somente um movimento?
- Você ganhou por duas razões - respondeu o mestre. - Em primeiro lugar,
você dominou um dos golpes mais difíceis do judô. E em segundo lugar, a única defesa conhecida para esse movimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.
A maior fraqueza do menino tinha-se transformado em sua maior força...
Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força..
O que realmente importa é o poder da determinação
Um garoto de 10 anos de idade decidiu praticar judô, apesar de ter perdido seu braço esquerdo em um terrível acidente de carro.
Disposto a enfrentar as dificuldades e sua limitações, começou as lições com um velho mestre japonês.
O menino ia muito bem. Mas, sem entender o porquê, após três meses de treinamento, o mestre tinha-lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse:
- Mestre, não devo aprender mais movimentos?
O mestre respondeu ao menino, calmamente e com convicção:
- Este é realmente o único movimento que você sabe, mas este é o único movimento que você precisará saber.
Sem entender completamente, mas acreditando em seu mestre, o menino manteve-se treinando. Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio.
Surpreendendo-se, o menino ganhou facilmente seus primeiros dois combates. O terceiro combate revelou ser o mais difícil, mas depois de algum tempo seu adversário tornou-se impaciente e agitado. Foi então que o menino usou o seu único movimento para ganhar a luta.
Espantado ainda por seu sucesso, o menino estava agora nas finais do torneio. Desta vez, seu oponente era bem maior, mais forte, e mais experiente.
Preocupado com a possibilidade do garoto se machucar, cogitaram em cancelar a luta, quando o mestre interveio:
- De forma alguma! Deixe-o continuar.
Desta forma, o garoto, usando os ensinamentos do mestre, entrou pra luta e, quando teve oportunidade, usou seu movimento para prender o adversário.
Foi assim que o menino ganhou a luta e o torneio. Era o campeão. Mais tarde, em casa, o menino e o mestre reviram cada movimento em cada luta. Então, o menino criou coragem para perguntar o que estava realmente em sua mente:
- Mestre, como eu consegui ganhar o torneio com somente um movimento?
- Você ganhou por duas razões - respondeu o mestre. - Em primeiro lugar,
você dominou um dos golpes mais difíceis do judô. E em segundo lugar, a única defesa conhecida para esse movimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.
A maior fraqueza do menino tinha-se transformado em sua maior força...
Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força..
O que realmente importa é o poder da determinação
Você Pode Fazer Qualquer Coisa
Há muitos anos, meu pai recebeu o diagnóstico de uma doença cardíaca terminal. Ele se aposentou por incapacidade permanente e não podia ter um emprego fixo. Ficou bem por um período, mas de repente teve um problema e precisou ser hospitalizado.
Como queria fazer alguma coisa para se manter ocupado, ele resolveu trabalhar como voluntário no hospital infantil local. Papai adorava crianças. Era a ocupação perfeita para ele. Acabou trabalhando no setor onde estavam crianças em estado crítico e terminal. Conversava e brincava com elas e faziam trabalhos manuais e artesanato. Às vezes, uma das crianças não resistia. Para confortar os familiares, papai lhes dizia que em breve estaria com seus filhos no Céu e cuidaria deles até sua chegada. Também perguntava ao pai ou à mãe se gostariam de mandar, através dele, uma mensagem para o filho.
As atitudes de meu pai pareciam ajudar as famílias a superar o sofrimento. Certa vez, uma menina de oito ou nove anos foi internada com uma doença rara que a paralisara do pescoço para baixo. Não sei o nome da doença ou qual o prognóstico, mas sei que tudo aquilo era muito triste para a garotinha. Ela não podia fazer nada, estava muito deprimida. Meu pai decidiu tentar ajudá-la. Começou a visitá-la no quarto, levando tintas, pincéis e papel. Ele arrumava o papel num apoio, punha o pincel na boca e começava a pintar. Ele não usava as mãos de forma alguma. Somente a cabeça se mexia. Ele a visitava sempre que podia e pintava para ela. Durante o tempo todo dizia: "Olhe, você pode fazer qualquer coisa que sua mente quiser."
A menina começou então a pintar usando a boca, e ela e meu pai se tornaram amigos. Logo depois, a garotinha saiu do hospital porque os médicos acharam que nada mais poderiam fazer por ela. Meu pai também deixou um pouco o voluntariado no hospital infantil porque ficou doente. Algum tempo depois, ele se recuperou e voltou ao hospital para trabalhar no balcão de atendimento que ficava no hall de entrada. Um dia, as portas da frente se abriram. A menininha que estivera paralisada entrou, mas, dessa vez, andando. Foi até meu pai e o abraçou bem forte. Ela lhe deu um desenho que fizera usando as mãos. Na parte de baixo estava escrito: "Muito obrigado por me ajudar a andar."
Papai chorava sempre que nos contava essa história – e nós também. Ele dizia que, às vezes, o amor tem mais poder do que os médicos. Meu pai – que morreu apenas alguns meses depois que a menina lhe deu o desenho – amava cada criança naquele hospital.
Tina Karratti
Histórias para Aquecer o Coração dos Pais
Jack Canfield & Mark V. Hansen & Jeff Aubery & Mark & Chrissy Donnelly
Há muitos anos, meu pai recebeu o diagnóstico de uma doença cardíaca terminal. Ele se aposentou por incapacidade permanente e não podia ter um emprego fixo. Ficou bem por um período, mas de repente teve um problema e precisou ser hospitalizado.
Como queria fazer alguma coisa para se manter ocupado, ele resolveu trabalhar como voluntário no hospital infantil local. Papai adorava crianças. Era a ocupação perfeita para ele. Acabou trabalhando no setor onde estavam crianças em estado crítico e terminal. Conversava e brincava com elas e faziam trabalhos manuais e artesanato. Às vezes, uma das crianças não resistia. Para confortar os familiares, papai lhes dizia que em breve estaria com seus filhos no Céu e cuidaria deles até sua chegada. Também perguntava ao pai ou à mãe se gostariam de mandar, através dele, uma mensagem para o filho.
As atitudes de meu pai pareciam ajudar as famílias a superar o sofrimento. Certa vez, uma menina de oito ou nove anos foi internada com uma doença rara que a paralisara do pescoço para baixo. Não sei o nome da doença ou qual o prognóstico, mas sei que tudo aquilo era muito triste para a garotinha. Ela não podia fazer nada, estava muito deprimida. Meu pai decidiu tentar ajudá-la. Começou a visitá-la no quarto, levando tintas, pincéis e papel. Ele arrumava o papel num apoio, punha o pincel na boca e começava a pintar. Ele não usava as mãos de forma alguma. Somente a cabeça se mexia. Ele a visitava sempre que podia e pintava para ela. Durante o tempo todo dizia: "Olhe, você pode fazer qualquer coisa que sua mente quiser."
A menina começou então a pintar usando a boca, e ela e meu pai se tornaram amigos. Logo depois, a garotinha saiu do hospital porque os médicos acharam que nada mais poderiam fazer por ela. Meu pai também deixou um pouco o voluntariado no hospital infantil porque ficou doente. Algum tempo depois, ele se recuperou e voltou ao hospital para trabalhar no balcão de atendimento que ficava no hall de entrada. Um dia, as portas da frente se abriram. A menininha que estivera paralisada entrou, mas, dessa vez, andando. Foi até meu pai e o abraçou bem forte. Ela lhe deu um desenho que fizera usando as mãos. Na parte de baixo estava escrito: "Muito obrigado por me ajudar a andar."
Papai chorava sempre que nos contava essa história – e nós também. Ele dizia que, às vezes, o amor tem mais poder do que os médicos. Meu pai – que morreu apenas alguns meses depois que a menina lhe deu o desenho – amava cada criança naquele hospital.
Tina Karratti
Histórias para Aquecer o Coração dos Pais
Jack Canfield & Mark V. Hansen & Jeff Aubery & Mark & Chrissy Donnelly
Mude de estratégia
A história é muito antiga, mas não menos curiosa. Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema:
Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro dela uma banana.
1) Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam.
2) Após isso, um macaco curioso desce, olha dentro da cumbuca e vê a banana.
3) Enfia sua mão, apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana.
Surge um dilema: se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário, continua preso na armadilha. Depois de um tempo, os nativos voltam e, tranqüilamente, capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para servirem de alimento.
Você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez dos macacos, não é? Afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais... O detalhe deve estar na importância exagerada que o macaco atribui à banana. Ela já está ali, na sua mão... parece ser uma insanidade largá-la.
Essa história é engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos. Você nunca conheceu alguém que está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que pode estar cultivando um enfarto? Ou alguém que trabalha e não está satisfeito com o que faz, e ainda assim faz apenas pelo dinheiro? Ou casais com relacionamentos completamente deteriorados que permanecem sofrendo, sem amor e compreensão?
Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas, que adiam um novo caminho que poderia trazer de volta a alegria de viver? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana - que, apesar de estar na nossa mão, pode levar-nos direto à panela.
Por isso pessoal:
É hora de mudar e pensar de uma maneira diferente. Se você não está obtendo o que você quer, mude a estratégia...
Autor Desconhecido.
A história é muito antiga, mas não menos curiosa. Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema:
Pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro dela uma banana.
1) Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam.
2) Após isso, um macaco curioso desce, olha dentro da cumbuca e vê a banana.
3) Enfia sua mão, apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana.
Surge um dilema: se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário, continua preso na armadilha. Depois de um tempo, os nativos voltam e, tranqüilamente, capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para servirem de alimento.
Você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez dos macacos, não é? Afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais... O detalhe deve estar na importância exagerada que o macaco atribui à banana. Ela já está ali, na sua mão... parece ser uma insanidade largá-la.
Essa história é engraçada, porque muitas vezes fazemos exatamente como os macacos. Você nunca conheceu alguém que está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que pode estar cultivando um enfarto? Ou alguém que trabalha e não está satisfeito com o que faz, e ainda assim faz apenas pelo dinheiro? Ou casais com relacionamentos completamente deteriorados que permanecem sofrendo, sem amor e compreensão?
Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas, que adiam um novo caminho que poderia trazer de volta a alegria de viver? A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana - que, apesar de estar na nossa mão, pode levar-nos direto à panela.
Por isso pessoal:
É hora de mudar e pensar de uma maneira diferente. Se você não está obtendo o que você quer, mude a estratégia...
Autor Desconhecido.
Contam que certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é uma hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele" A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão? Fazemos isso quando não conseguimos ouvir aquilo que quem estde fora da situação nos diz.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é uma hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele" A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão? Fazemos isso quando não conseguimos ouvir aquilo que quem estde fora da situação nos diz.
Intenção da Confiança
Um homem sentado na calçada tinha uma placa que dizia assim:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele:
- Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
"Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!"
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:
"Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero."
- Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou:
O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que confiança nelas!
Um homem sentado na calçada tinha uma placa que dizia assim:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:
- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá. Só tenho a ganhar! - respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa.
Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição.
Contou ele:
- Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia:
"Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!"
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:
"Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero."
- Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:
"Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado."
- E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou:
O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que confiança nelas!
A maior bronca que já levei
Tinhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina, logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado, aproveitando o feriado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.
Um velho professor entrou na sala e imediantamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com uma grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solucitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho rpofessor perdeu a paciência e deu a maior bronca que já presenciei.
Veja o que ele disse:
- "Prestem atenção porque só vou falar isso uma só vez."
Disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
- "Desde que comecei a lecionar, isso faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença; de cem garçons apenas cinco são excelentes; de cem motoristas apenas de táxi, apenas cinco são profissionais. Podemos generalizar ainda mais: cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos.
Só o tempo é capaz de mostrar isso.
Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula aos alunos especiais, apesar da confusão que esta sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sem pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos á aula de hoje."
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre, afinal que gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram á diferença em minha vida.
De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.
Tinhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina, logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado, aproveitando o feriado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.
Um velho professor entrou na sala e imediantamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com uma grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solucitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho rpofessor perdeu a paciência e deu a maior bronca que já presenciei.
Veja o que ele disse:
- "Prestem atenção porque só vou falar isso uma só vez."
Disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
- "Desde que comecei a lecionar, isso faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença; de cem garçons apenas cinco são excelentes; de cem motoristas apenas de táxi, apenas cinco são profissionais. Podemos generalizar ainda mais: cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos.
Só o tempo é capaz de mostrar isso.
Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula aos alunos especiais, apesar da confusão que esta sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sem pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos á aula de hoje."
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre, afinal que gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram á diferença em minha vida.
De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.
O tesouro mais precioso
Uma mulher velha e sábia fazia uma viagem através das montanhas quando, no leito do rio, encontrou uma pedra preciosa. No dia seguinte, continuando seu caminho, deparou-se com um viajante que tinha fome e, para atender o seu pedido de ajuda, a mulher abriu a bolsa para dividir com ele sua comida.
O homem deslumbrou-se com a visão da pedra e pediu à mulher que lhe desse de presente. Sem hesitar, ela lhe entregou a jóia. O viajante se foi, rejubilando-se por sua sorte. O tesouro poderia garantir-lhe segurança para toda a vida.
Mas, alguns dias depois, ele voltou à procura da mulher. Ao encontrá-la, entregou-lhe a pedra, dizendo:
"Pensei muito e sei bem o valor desta pedra, mas venho devolvê-la. O que quero é algo muito mais precioso. Se for possível, me dê o que está dentro de você e que a fez capaz de me entregar um tesouro como esse."
The best of bits & pieces
Livro: Histórias para Aquecer o Coração 2
Autor: Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Editora: Sextante
Uma mulher velha e sábia fazia uma viagem através das montanhas quando, no leito do rio, encontrou uma pedra preciosa. No dia seguinte, continuando seu caminho, deparou-se com um viajante que tinha fome e, para atender o seu pedido de ajuda, a mulher abriu a bolsa para dividir com ele sua comida.
O homem deslumbrou-se com a visão da pedra e pediu à mulher que lhe desse de presente. Sem hesitar, ela lhe entregou a jóia. O viajante se foi, rejubilando-se por sua sorte. O tesouro poderia garantir-lhe segurança para toda a vida.
Mas, alguns dias depois, ele voltou à procura da mulher. Ao encontrá-la, entregou-lhe a pedra, dizendo:
"Pensei muito e sei bem o valor desta pedra, mas venho devolvê-la. O que quero é algo muito mais precioso. Se for possível, me dê o que está dentro de você e que a fez capaz de me entregar um tesouro como esse."
The best of bits & pieces
Livro: Histórias para Aquecer o Coração 2
Autor: Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Editora: Sextante
O ruim de ser bonzinho
Num lugar distante havia uma fazenda onde era criado varios bichos. O melhor amigo do cavalo era um porquinho, os dois se davam muito bem pareciam irmãos.
Teve uma vez que o cavalo ficou doente então o dono chamou um veterinário para ver o que tinha o cavalo.
O veterinário disse que ele tinha que tomar um remédio se não ele ia ter que sacrifica-lo.
O porquinho ao ouvir aquilo dizia sempre parao cavalo tomar o remédio, alertando que se ele não toma-se ele iria morrer. E nada de o cavalo tomar, chegando no terceiro dia, o dia em que se ele não tomasse iria morrer, o porquinho incistindo mais uma vez concenceu o cavalinho a tomar. O cavalinho de uma hora para outra levantou-se e sai correndo para o pasto todo feliz e contente mostrando uma grande vitalidade.
O fazendeiro ao ver aquilo ficou muito contente e então para comemorar mandou meter o porquinho no forno para a janta, só para comemorar.
Num lugar distante havia uma fazenda onde era criado varios bichos. O melhor amigo do cavalo era um porquinho, os dois se davam muito bem pareciam irmãos.
Teve uma vez que o cavalo ficou doente então o dono chamou um veterinário para ver o que tinha o cavalo.
O veterinário disse que ele tinha que tomar um remédio se não ele ia ter que sacrifica-lo.
O porquinho ao ouvir aquilo dizia sempre parao cavalo tomar o remédio, alertando que se ele não toma-se ele iria morrer. E nada de o cavalo tomar, chegando no terceiro dia, o dia em que se ele não tomasse iria morrer, o porquinho incistindo mais uma vez concenceu o cavalinho a tomar. O cavalinho de uma hora para outra levantou-se e sai correndo para o pasto todo feliz e contente mostrando uma grande vitalidade.
O fazendeiro ao ver aquilo ficou muito contente e então para comemorar mandou meter o porquinho no forno para a janta, só para comemorar.
Ousar para mudar
Um filósofo passeava por um bosque com o seu discípulo. O tema da conversa, naquela tarde, era sobre os encontros com que deparamos na nossa vida. Ensinava o filósofo que um encontro é sempre uma surpresa que nos mostra o novo, e o encanto das coisas que não conhecemos; dos caminhos que podemos descobrir.
Um encontro é sempre uma oportunidade para aprender, para crescer e para ensinar.
Num determinado momento, passavam em frente de um portal de aparência miserável, que contrastava com uma propriedade bem situada num parque de rara beleza.
"Olha este lugar, comentou o discípulo: é mesmo como o mestre diz: muita gente está no paraíso, sem se dar conta disso. Num belo sítio como este, vive-se miseravelmente."
Mas o mestre explicou: "não podemos julgar à primeira vista: precisamos verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas que o fazem mover".
Bateram à porta e foram recebidos pelos moradores do casebre: um casal e três filhos, com as roupas sujas e rotas.
"Vocês vivem aqui no meio da floresta, não há nenhum comércio por aqui perto", - disse o mestre ao pai da família. "Como é que vocês conseguem viver?"
'meu amigo, respondeu o homem, - nós temos uma vaquinha, que nos dá uns litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte do leite e compramos o que é necessário na cidade vizinha. Com uma outra parte fazemos queijo e manteiga para comermos. E assim vamos vivendo e Deus é servido."
O filósofo agradeceu a hospitalidade e a informação e os dois prosseguiram a sua viagem. Um pouco mais adiante, passaram ao lado de um poço. Diz o filósofo ao aluno:
"Vai procurar a vaca daquele senhor e jogue-a no poço."
"Como assim, se ele só tem aquela vaca para a sua sobrevivência?"
Mas o filósofo não deu resposta e o aluno lá foi procurar a vaca e jogou-a no poço.
O discípulo nunca mais esqueceu aquela cena. Passados muitos anos, quando já era um empresário de sucesso, o discípulo decidiu voltar ao mesmo lugar, confessar àquela família o que tinha feito, pedir-lhe perdão e ajudá-la financeiramente.
Mas qual não foi seu espanto ao ver aquele lugar transformado numa bela quinta, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. O homem ficou ainda mais desesperado pensando que aquele humilde família tinha sido obrigada a vender a propriedade para sobreviver. Apressou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.
"Para onde foi a família que aqui vivia há uns quinze anos?"
"Continua aqui, são eles os donos da quinta", foi a resposta.
Surpreendido, quis falar com o proprietário. Este logo o reconheceu e perguntou-lhe como estava o filósofo. Mas o discípulo estava ansioso por saber como é que ele tinha conseguido melhorar a quinta e mudar tudo.
"Bem, disse ele - nós tínhamos uma vaca com que nos sustentávamos. Acontece, porém, que ela caiu no poço e morreu. Então para manter a família, tive que plantar uma horta com legumes. As plantas levavam tempo para crescer e vi-me obrigado a cortar madeira para vender. Ao fazê-lo tive que replantar as plantas e precisei comprar sementes. Ao comprá-las, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil; mas, quando a ceifa chegou, eu já estava vendendo legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca me tinha dado conta do potencial que tinha aqui.
Foi um sorte danada aquela vaca ter morrido!
Livro: Códigos da Vida
Autor: Legrand
Editora: Soler Editora
Um filósofo passeava por um bosque com o seu discípulo. O tema da conversa, naquela tarde, era sobre os encontros com que deparamos na nossa vida. Ensinava o filósofo que um encontro é sempre uma surpresa que nos mostra o novo, e o encanto das coisas que não conhecemos; dos caminhos que podemos descobrir.
Um encontro é sempre uma oportunidade para aprender, para crescer e para ensinar.
Num determinado momento, passavam em frente de um portal de aparência miserável, que contrastava com uma propriedade bem situada num parque de rara beleza.
"Olha este lugar, comentou o discípulo: é mesmo como o mestre diz: muita gente está no paraíso, sem se dar conta disso. Num belo sítio como este, vive-se miseravelmente."
Mas o mestre explicou: "não podemos julgar à primeira vista: precisamos verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas que o fazem mover".
Bateram à porta e foram recebidos pelos moradores do casebre: um casal e três filhos, com as roupas sujas e rotas.
"Vocês vivem aqui no meio da floresta, não há nenhum comércio por aqui perto", - disse o mestre ao pai da família. "Como é que vocês conseguem viver?"
'meu amigo, respondeu o homem, - nós temos uma vaquinha, que nos dá uns litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte do leite e compramos o que é necessário na cidade vizinha. Com uma outra parte fazemos queijo e manteiga para comermos. E assim vamos vivendo e Deus é servido."
O filósofo agradeceu a hospitalidade e a informação e os dois prosseguiram a sua viagem. Um pouco mais adiante, passaram ao lado de um poço. Diz o filósofo ao aluno:
"Vai procurar a vaca daquele senhor e jogue-a no poço."
"Como assim, se ele só tem aquela vaca para a sua sobrevivência?"
Mas o filósofo não deu resposta e o aluno lá foi procurar a vaca e jogou-a no poço.
O discípulo nunca mais esqueceu aquela cena. Passados muitos anos, quando já era um empresário de sucesso, o discípulo decidiu voltar ao mesmo lugar, confessar àquela família o que tinha feito, pedir-lhe perdão e ajudá-la financeiramente.
Mas qual não foi seu espanto ao ver aquele lugar transformado numa bela quinta, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. O homem ficou ainda mais desesperado pensando que aquele humilde família tinha sido obrigada a vender a propriedade para sobreviver. Apressou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.
"Para onde foi a família que aqui vivia há uns quinze anos?"
"Continua aqui, são eles os donos da quinta", foi a resposta.
Surpreendido, quis falar com o proprietário. Este logo o reconheceu e perguntou-lhe como estava o filósofo. Mas o discípulo estava ansioso por saber como é que ele tinha conseguido melhorar a quinta e mudar tudo.
"Bem, disse ele - nós tínhamos uma vaca com que nos sustentávamos. Acontece, porém, que ela caiu no poço e morreu. Então para manter a família, tive que plantar uma horta com legumes. As plantas levavam tempo para crescer e vi-me obrigado a cortar madeira para vender. Ao fazê-lo tive que replantar as plantas e precisei comprar sementes. Ao comprá-las, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil; mas, quando a ceifa chegou, eu já estava vendendo legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca me tinha dado conta do potencial que tinha aqui.
Foi um sorte danada aquela vaca ter morrido!
Livro: Códigos da Vida
Autor: Legrand
Editora: Soler Editora
Vença seus obstáculos
Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
Nesse instante apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!
"SE PODES IMAGINAR, PODES CONSEGUIR" - (Albert Einsten)
Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
Nesse instante apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!
"SE PODES IMAGINAR, PODES CONSEGUIR" - (Albert Einsten)
A Verdade, a Mentira, o Fogo e a Água
Lenda etíope
Há muito tempo, a Verdade, a Mentira, o Fogo e a Água estavam viajando e chegaram a um rebanho de gado. Discutiram o assunto e chegaram à conclusão de que seria melhor dividir o rebanho em quatro partes iguais para que cada um pudesse levar consigo uma quantidade igual de animais.
Mas a Mentira era gananciosa e arquitetou um plano para ficar com uma parte maior.
- Ouça o meu conselho - sussurou ela, puxando a Água para um canto. - O Fogo está planejando queimar toda a relva e as árvores das suas margens para conduzir seu gado pelas planícies e ficar com os animais para si. Se eu fosse você, acabaria com ele logo agora, e assim repartiríamos a parte dele entre nós.
A Água foi tola o suficiente para acatar o conselho da Mentira e lançou-se sobre o Fogo, apagando-o.
E a Mentira dirigiu-se em seguida para a Verdade, sussurando-lhe:
- Veja só o que fez a Água! Acabou com o Fogo para ficar com o gado dele. Não deveríamos associar-nos a alguém assim. Deveríamos pegar todo o gado e partir para as montanhas.
A Verdade acreditou nas palavras da Mentira e concordou com seu plano. E, juntas, levaram o gado para as montanhas.
- Esperem por mim - disse a Água, correndo no se encalço, mas é claro que não conseguiu correr morro acima. E foi deixada para trás, no vale.
Ao chegarem no topo da montanha mais alta, a Mentira virou-se para a Verdade e pôs-se a rir.
- Consegui enganá-la, sua idiota! - disse ela, soltando uma risada estridente.
- Agora você vai me dar todo o gado e será minha escrava, ou eu a destruirei.
- Ora essa! Você me enganou - admitiu a Verdade. - Mas eu jamais serei sua escrava.
E as duas brigaram; e enquanto se batiam, os trovões ecoavam pelas montanhas. As duas se agrediram como o quê, mas nenhuma conseguiu destruir a outra.
Acabaram decidindo chamar o Vento para decidir quem seria a vencedora da disputa. E o Vento subiu a montanha a todo velocidade, e escutou o que ambas tinham a dizer. E por fim falou:
- Não me cabe apontar a vencedora. A Verdade e a Mentira estão fadadas à disputa. Às vezes, a Verdade ganhará; outras vezes a Mentira prevalecerá; neste caso, a Verdade deverá se erguer e tornar a lutar. Até o fim do mundo, a Verdade deverá combater a Mentira e jamais buscar o descanso ou baixar a guarda; caso contrário, será aniquilada para sempre.
Assim é que a Verdade e a Mentira continuam lutando até hoje.
O Livro das Virtudes - William J. Bennett - Editora Nova Fronteira
Lenda etíope
Há muito tempo, a Verdade, a Mentira, o Fogo e a Água estavam viajando e chegaram a um rebanho de gado. Discutiram o assunto e chegaram à conclusão de que seria melhor dividir o rebanho em quatro partes iguais para que cada um pudesse levar consigo uma quantidade igual de animais.
Mas a Mentira era gananciosa e arquitetou um plano para ficar com uma parte maior.
- Ouça o meu conselho - sussurou ela, puxando a Água para um canto. - O Fogo está planejando queimar toda a relva e as árvores das suas margens para conduzir seu gado pelas planícies e ficar com os animais para si. Se eu fosse você, acabaria com ele logo agora, e assim repartiríamos a parte dele entre nós.
A Água foi tola o suficiente para acatar o conselho da Mentira e lançou-se sobre o Fogo, apagando-o.
E a Mentira dirigiu-se em seguida para a Verdade, sussurando-lhe:
- Veja só o que fez a Água! Acabou com o Fogo para ficar com o gado dele. Não deveríamos associar-nos a alguém assim. Deveríamos pegar todo o gado e partir para as montanhas.
A Verdade acreditou nas palavras da Mentira e concordou com seu plano. E, juntas, levaram o gado para as montanhas.
- Esperem por mim - disse a Água, correndo no se encalço, mas é claro que não conseguiu correr morro acima. E foi deixada para trás, no vale.
Ao chegarem no topo da montanha mais alta, a Mentira virou-se para a Verdade e pôs-se a rir.
- Consegui enganá-la, sua idiota! - disse ela, soltando uma risada estridente.
- Agora você vai me dar todo o gado e será minha escrava, ou eu a destruirei.
- Ora essa! Você me enganou - admitiu a Verdade. - Mas eu jamais serei sua escrava.
E as duas brigaram; e enquanto se batiam, os trovões ecoavam pelas montanhas. As duas se agrediram como o quê, mas nenhuma conseguiu destruir a outra.
Acabaram decidindo chamar o Vento para decidir quem seria a vencedora da disputa. E o Vento subiu a montanha a todo velocidade, e escutou o que ambas tinham a dizer. E por fim falou:
- Não me cabe apontar a vencedora. A Verdade e a Mentira estão fadadas à disputa. Às vezes, a Verdade ganhará; outras vezes a Mentira prevalecerá; neste caso, a Verdade deverá se erguer e tornar a lutar. Até o fim do mundo, a Verdade deverá combater a Mentira e jamais buscar o descanso ou baixar a guarda; caso contrário, será aniquilada para sempre.
Assim é que a Verdade e a Mentira continuam lutando até hoje.
O Livro das Virtudes - William J. Bennett - Editora Nova Fronteira
O Homem que Dizia a Verdade
Narrativa de Filoxeno (436-380 a.C.), recontada por Grace H. Kupfer
Antigamente, reinava na cidade de Siracusa, na Sicília, um tirano cruel e vaidoso chamado Dionísio. Vivia cercado por uma corte de bajuladores, que não se atreviam a dizer senão elogios, embora o criticassem duramente pelas costas.
Uma das vaidades de Dionísio era se considerar poeta. Não perdia uma oportunidade de fazer versos. Reunia então os cortesãos e recitava suas últimas composições. Todos aplaudiam e expressavam admiração por seu gênio, louvavam a beleza da poesia e Dionísio ficava muito satisfeito.
O homem mais culto de Siracusa era um filósofo chamado Filoxeno. Dionísio já estava tão envaidecido pelos repetidos aplausos dos cortesãos que mandou chamar Filoxeno para que também ouvisse seus versos e louvasse seu talento de poeta.
Filoxeno se apresentou, ouviu os versos, e Dionísio mal podia esperar as palavras de admiração e louvor à sua arte. Mas, para espanto de todos, o filósofo afirmou que os versos eram tão maus que não mereciam ser chamados de poesia, assim como o autor não merecia o nome de poeta. Dionísio ficou fora de si diante de tamanha franqueza. Chamou os guardas, ordenou que acorrentassem Filoxeno e o levassem ao calabouço, destinado aos piores criminosos.
Quando a notícia chegou aos ouvidos dos amigos de Filoxeno, eles ficaram indignados. Como o tempo passava e o filósofo continuava preso, enviaram a Dionísio uma carta pedindo a liberdade de Filoxeno.
Talvez Dionísio temesse a ira de um bom número de súditos, ou talvez tivesse uma razão inteiramente diferente, como se verá. O fato é que Dionísio concordou em libertar o filósofo, com a condição de que viesse jantar com ele uma vez mais.
Filoxeno foi. Ao fim do grande banquete, na presença de todos os cortesãos, o rei se levantou e leu os novos versos de sua lavra. Queria que o filósofo, que só dizia a verdade, os ouvisse, pois achava-os excepcionalmente bons. Os cortesãos aduladores tinham a mesma opinião, a julgar por seus gestos e elogios. Apenas Filoxeno continuava em silêncio, sem nada dizer, sem que a expressão do rosto traísse seu veredicto.
Não era absolutamente o que Dionísio esperava. Controlou a impaciência tanto quanto pôde. Vendo que Filoxeno não se manifestava, o tirano dirigiu-se a ele com pretensa calma e, achando que ele não ousaria provocar novamente sua ira, disse:
- Diga-me, Filoxeno, sua opinião sobre este meu novo poema.
De fato, ninguém esperava a resposta que ele deu. Pois, dando as costas aos participantes do banquete, Filoxeno dirigiu-se aos guardas e disse, em tom de repugnância:
- Levem-me de volta ao calabouço!
Era a maneira mais clara de externar sua opinião. Sabendo que a honestidade resultaria em punição, escolheu o método mais direto. Preferia voltar à cela por sua própria vontade.
Os cortesãos ficaram horrorizados diante de tão óbvia declaração. Apavorados aguardaram a reação de Dionísio. Mas o tirano, embora um poço de vaidade, tinha algum senso de humor e certo respeito pela coragem moral. Deixando os cortesãos trêmulos de medo, voltou-se com um sorriso para o imperturbável Filoxeno e deu-lhe permissão para ir em paz.
O Livro das Virtudes - William J. Bennett - Editora Nova Fronteira (pág. 295/296)
Narrativa de Filoxeno (436-380 a.C.), recontada por Grace H. Kupfer
Antigamente, reinava na cidade de Siracusa, na Sicília, um tirano cruel e vaidoso chamado Dionísio. Vivia cercado por uma corte de bajuladores, que não se atreviam a dizer senão elogios, embora o criticassem duramente pelas costas.
Uma das vaidades de Dionísio era se considerar poeta. Não perdia uma oportunidade de fazer versos. Reunia então os cortesãos e recitava suas últimas composições. Todos aplaudiam e expressavam admiração por seu gênio, louvavam a beleza da poesia e Dionísio ficava muito satisfeito.
O homem mais culto de Siracusa era um filósofo chamado Filoxeno. Dionísio já estava tão envaidecido pelos repetidos aplausos dos cortesãos que mandou chamar Filoxeno para que também ouvisse seus versos e louvasse seu talento de poeta.
Filoxeno se apresentou, ouviu os versos, e Dionísio mal podia esperar as palavras de admiração e louvor à sua arte. Mas, para espanto de todos, o filósofo afirmou que os versos eram tão maus que não mereciam ser chamados de poesia, assim como o autor não merecia o nome de poeta. Dionísio ficou fora de si diante de tamanha franqueza. Chamou os guardas, ordenou que acorrentassem Filoxeno e o levassem ao calabouço, destinado aos piores criminosos.
Quando a notícia chegou aos ouvidos dos amigos de Filoxeno, eles ficaram indignados. Como o tempo passava e o filósofo continuava preso, enviaram a Dionísio uma carta pedindo a liberdade de Filoxeno.
Talvez Dionísio temesse a ira de um bom número de súditos, ou talvez tivesse uma razão inteiramente diferente, como se verá. O fato é que Dionísio concordou em libertar o filósofo, com a condição de que viesse jantar com ele uma vez mais.
Filoxeno foi. Ao fim do grande banquete, na presença de todos os cortesãos, o rei se levantou e leu os novos versos de sua lavra. Queria que o filósofo, que só dizia a verdade, os ouvisse, pois achava-os excepcionalmente bons. Os cortesãos aduladores tinham a mesma opinião, a julgar por seus gestos e elogios. Apenas Filoxeno continuava em silêncio, sem nada dizer, sem que a expressão do rosto traísse seu veredicto.
Não era absolutamente o que Dionísio esperava. Controlou a impaciência tanto quanto pôde. Vendo que Filoxeno não se manifestava, o tirano dirigiu-se a ele com pretensa calma e, achando que ele não ousaria provocar novamente sua ira, disse:
- Diga-me, Filoxeno, sua opinião sobre este meu novo poema.
De fato, ninguém esperava a resposta que ele deu. Pois, dando as costas aos participantes do banquete, Filoxeno dirigiu-se aos guardas e disse, em tom de repugnância:
- Levem-me de volta ao calabouço!
Era a maneira mais clara de externar sua opinião. Sabendo que a honestidade resultaria em punição, escolheu o método mais direto. Preferia voltar à cela por sua própria vontade.
Os cortesãos ficaram horrorizados diante de tão óbvia declaração. Apavorados aguardaram a reação de Dionísio. Mas o tirano, embora um poço de vaidade, tinha algum senso de humor e certo respeito pela coragem moral. Deixando os cortesãos trêmulos de medo, voltou-se com um sorriso para o imperturbável Filoxeno e deu-lhe permissão para ir em paz.
O Livro das Virtudes - William J. Bennett - Editora Nova Fronteira (pág. 295/296)
O Homem que Comia Nabos no Jantar
Na Roma antiga, vivia um cônsul chamado Manius Curius. Em tempos de guerra, era um general incomparável, e um grande estadista em períodos de paz. Mesmo assim, morava numa pequena cabana. Sua comida e suas roupas eram simples, seus pertences eram poucos, e suas necessidades eram mínimas.
Sua honra brilhava como uma das jóias mais ricas.
Uma vez os semitas, inimigos de Roma, estavam planejando uma guerra. Secretamente, enviaram embaixadores para convencerem Manius Curius a manter distância do exército romano.
Os embaixadores o encontraram em sua cabana, sentado à lareira, descascando nabos para o jantar. Eles depositaram ouro aos seus pés na esperança de persuadi-lo.
Manius Curius sorriu ao ver a oferenda.
- Vocês acham que um homem satisfeito em comer nabos no jantar tem alguma necessidade de ouro? - perguntou. - Acho que seria melhor conquistar os semitas do que aceitar seu suborno.
Os embaixadores partiram com ar de tolos.
E durante muitos anos os romanos apontavam para a pequena cabana e diziam:
- Esta cabana pertenceu ao cônsul que comia nabos no jantar.
Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral
William J. Bennett - Editora Nova Fronteira
Na Roma antiga, vivia um cônsul chamado Manius Curius. Em tempos de guerra, era um general incomparável, e um grande estadista em períodos de paz. Mesmo assim, morava numa pequena cabana. Sua comida e suas roupas eram simples, seus pertences eram poucos, e suas necessidades eram mínimas.
Sua honra brilhava como uma das jóias mais ricas.
Uma vez os semitas, inimigos de Roma, estavam planejando uma guerra. Secretamente, enviaram embaixadores para convencerem Manius Curius a manter distância do exército romano.
Os embaixadores o encontraram em sua cabana, sentado à lareira, descascando nabos para o jantar. Eles depositaram ouro aos seus pés na esperança de persuadi-lo.
Manius Curius sorriu ao ver a oferenda.
- Vocês acham que um homem satisfeito em comer nabos no jantar tem alguma necessidade de ouro? - perguntou. - Acho que seria melhor conquistar os semitas do que aceitar seu suborno.
Os embaixadores partiram com ar de tolos.
E durante muitos anos os romanos apontavam para a pequena cabana e diziam:
- Esta cabana pertenceu ao cônsul que comia nabos no jantar.
Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral
William J. Bennett - Editora Nova Fronteira
Os viajantes e o urso
Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar as orelhas do homem, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
-O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
-Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.
Moral: a desgraça põe à prova a sinceridade da amizade
Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar as orelhas do homem, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
-O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
-Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.
Moral: a desgraça põe à prova a sinceridade da amizade
Aprender a aprender
O Mullá mandou um menino pegar água no poço.
"Tome cuidado para não quebrar o pote!", gritou o Mullá e deu uma bordoada no garoto.
"Mullá", perguntou um observador, "por que bater em alguém que não fez nada?"
"Ora, seu estúpido", disse o Mullá; "porque depois que quebrasse o pote seria muito tarde para puni-lo, não acha?"
Do livro: Histórias de Nasrudin - Edições Dervish
O Mullá mandou um menino pegar água no poço.
"Tome cuidado para não quebrar o pote!", gritou o Mullá e deu uma bordoada no garoto.
"Mullá", perguntou um observador, "por que bater em alguém que não fez nada?"
"Ora, seu estúpido", disse o Mullá; "porque depois que quebrasse o pote seria muito tarde para puni-lo, não acha?"
Do livro: Histórias de Nasrudin - Edições Dervish
Melhor do que isso só dois disso!
Gabriel era um tipo de pessoa que você iria adorar. Ele estava sempre de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava a ele: - Como vai você? Ele respondia: Melhor que isso só dois disso! Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, por que todos os garçons seguiam seu exemplo.
A razão dos garçons seguirem Gabriel era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Gabriel prontamente estava lá, contando a ele como olhar pelo lado positivo da situação.
Observando seu estilo, realmente me deixava curioso. Então, um dia, eu perguntei para Gabriel: - Eu não acredito! Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como você consegue? E ele respondeu: - Toda manhã, eu acordo e digo a mim mesmo:
Gabriel você tem duas escolhas hoje, escolher estar de alto astral ou escolher estar de baixo astral... Então, eu escolho estar de alto astral. A todo momento acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender algo com isso! A todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa. E eu escolho apontar o lado positivo da vida. Então eu argumentei:
- Tá certo! Mas não é tão fácil assim!
- É fácil sim, disse Gabriel... A vida consiste em escolhas.
Quando você tira todos os detalhes e enxerga a situação, o que sobra são as escolhas, decisões a serem tomadas. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma, é escolha sua como você vive a vida!
Eu refleti sobre o que Gabriel disse. Algum tempo depois, deixei o restaurante para abrir o meu próprio negócio. Nós perdemos contato, mas freqüentemente, pensava nele, quando tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo às coisas. Alguns anos mais tarde, ouvi dizer que Gabriel havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes: ele foi distraído, deixando a porta dos fundos aberta e, consequentemente, foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo de nervoso, errou a combinação, os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Gabriel foi encontrado relativamente rápido e foi lavado às pressas ao pronto-socorro local. Depois de 18 horas de cirurgia, e algumas semanas de tratamento intensivo, Gabriel foi liberado do hospital, com alguns fragmentos de balas em seu corpo.
Encontrei com Gabriel seis meses depois do acidente. Quando perguntei:
- Como vai você? Ele respondeu: - Melhor do que isso, só dois disso! Quer ver minhas cicatrizes? Enquanto eu olhava as cicatrizes, perguntei o que passou pela mente dele, quando os ladrões invadiram o restaurante:
- A primeira coisa que veio a minha cabeça foi que deveria ter trancado a porta dos fundos... Então, depois, quando estava baleado no chão, lembrei que tinha duas escolhas, eu podia escolher viver ou podia escolher morrer.
Eu escolhi viver. Eu perguntei:
- Você não ficou com medo? Você não perdeu os sentidos? Gabriel respondeu:
- Os paramédicos eram ótimos. Eles ficaram o tempo todo me dizendo que tudo daria certo, que tudo ficaria bem. Mas, quando me levaram de maca para sala de emergência, eu vi as expressões no rosto dos médicos e enfermeiras, fiquei com medo. Em cada olhar, eu lia "é um homem morto". Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa. O que você fez?
- Bem, havia uma enfermeira grande e forte, fazendo perguntas. Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa... Sim, respondi. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente, esperando por minha resposta, respirei fundo e respondi:
Sou alérgico à balas de revolver! Enquanto eles sorriam, eu disse:
- Estou escolhendo viver. Me operem como se estivesse vivo, não morto.
Gabriel sobreviveu graças a experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular. Aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude, viver por completo.
Viver Bem é uma questão de atitude.
Gabriel era um tipo de pessoa que você iria adorar. Ele estava sempre de alto astral e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava a ele: - Como vai você? Ele respondia: Melhor que isso só dois disso! Ele era o único gerente de uma cadeia de restaurantes, por que todos os garçons seguiam seu exemplo.
A razão dos garçons seguirem Gabriel era por causa de suas atitudes. Ele era naturalmente motivador. Se algum empregado estivesse tendo um mau dia, Gabriel prontamente estava lá, contando a ele como olhar pelo lado positivo da situação.
Observando seu estilo, realmente me deixava curioso. Então, um dia, eu perguntei para Gabriel: - Eu não acredito! Você não pode ser uma pessoa positiva o tempo todo... Como você consegue? E ele respondeu: - Toda manhã, eu acordo e digo a mim mesmo:
Gabriel você tem duas escolhas hoje, escolher estar de alto astral ou escolher estar de baixo astral... Então, eu escolho estar de alto astral. A todo momento acontece alguma coisa desagradável, eu posso escolher ser vítima da situação ou posso escolher aprender algo com isso. Eu escolho aprender algo com isso! A todo momento alguém vem reclamar da vida comigo, eu posso escolher aceitar a reclamação ou posso escolher apontar o lado positivo da vida para a pessoa. E eu escolho apontar o lado positivo da vida. Então eu argumentei:
- Tá certo! Mas não é tão fácil assim!
- É fácil sim, disse Gabriel... A vida consiste em escolhas.
Quando você tira todos os detalhes e enxerga a situação, o que sobra são as escolhas, decisões a serem tomadas. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso... Em suma, é escolha sua como você vive a vida!
Eu refleti sobre o que Gabriel disse. Algum tempo depois, deixei o restaurante para abrir o meu próprio negócio. Nós perdemos contato, mas freqüentemente, pensava nele, quando tomava a decisão de viver ao invés de ficar reagindo às coisas. Alguns anos mais tarde, ouvi dizer que Gabriel havia feito algo que nunca se deve fazer quando se trata de restaurantes: ele foi distraído, deixando a porta dos fundos aberta e, consequentemente, foi rendido por três assaltantes armados. Enquanto ele tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo de nervoso, errou a combinação, os ladrões entraram em pânico, atiraram nele e fugiram. Por sorte, Gabriel foi encontrado relativamente rápido e foi lavado às pressas ao pronto-socorro local. Depois de 18 horas de cirurgia, e algumas semanas de tratamento intensivo, Gabriel foi liberado do hospital, com alguns fragmentos de balas em seu corpo.
Encontrei com Gabriel seis meses depois do acidente. Quando perguntei:
- Como vai você? Ele respondeu: - Melhor do que isso, só dois disso! Quer ver minhas cicatrizes? Enquanto eu olhava as cicatrizes, perguntei o que passou pela mente dele, quando os ladrões invadiram o restaurante:
- A primeira coisa que veio a minha cabeça foi que deveria ter trancado a porta dos fundos... Então, depois, quando estava baleado no chão, lembrei que tinha duas escolhas, eu podia escolher viver ou podia escolher morrer.
Eu escolhi viver. Eu perguntei:
- Você não ficou com medo? Você não perdeu os sentidos? Gabriel respondeu:
- Os paramédicos eram ótimos. Eles ficaram o tempo todo me dizendo que tudo daria certo, que tudo ficaria bem. Mas, quando me levaram de maca para sala de emergência, eu vi as expressões no rosto dos médicos e enfermeiras, fiquei com medo. Em cada olhar, eu lia "é um homem morto". Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa. O que você fez?
- Bem, havia uma enfermeira grande e forte, fazendo perguntas. Ela perguntou se eu era alérgico a alguma coisa... Sim, respondi. Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente, esperando por minha resposta, respirei fundo e respondi:
Sou alérgico à balas de revolver! Enquanto eles sorriam, eu disse:
- Estou escolhendo viver. Me operem como se estivesse vivo, não morto.
Gabriel sobreviveu graças a experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular. Aprendi com ele que todos os dias temos que escolher viver a vida em sua plenitude, viver por completo.
Viver Bem é uma questão de atitude.
Re.: Algumas Metáforas
Não seriam parábolas? 

The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Uma Vida Compartilhando Matemática e Bondade
Por Charles Krauthammer
Washington Post Writers Group
WASHINGTON – Uma das mentes mais extraordinárias de nosso tempo “partiu”. “Partir” é a palavra que Paul Erdös, um genial e produtivo matemático, usava para dizer que alguém “faleceu”. “Falecer” é a palavra que ele usava quando queria dizer que alguém “parou de fazer matemática”. Erdös nunca faleceu. Ele continuou trabalhando em matemática, notoriamente uma disciplina dominada por jovens, até o dia em que ele morreu, sexta- feira 20 de setembro de 1996. Ele tinha 83 anos.
Mas não era apenas seu vocabulário que era excêntrico. Sua vida foi tão incomum e improvável que nenhum romancista poderia tê- la imaginado.
Erdös não tinha uma casa, família, posses ou endereço. Ele viajava de conferencia matemática em conferencia matemática, de universidade para universidade, batendo na porta dos matemáticos pelo mundo a fora, declarando “Minha mente está aberta” e por um tempo ali ele ficava. Seus colegas, felizes por terem alguns dias de colaboração conjunta com Erdös – seu fôlego matemático era tão extraordinário quanto profundo – o acolhiam imediatamente.
Erdös viajava com duas bolsas de mão, cada uma cheia até a metade. Uma tinha apenas algumas peças de roupa; a outra, publicações matemáticas. Ele não possuía nada mais. Nada.
Seus amigos o ajudavam cuidando dos aspectos mundanos de sua vida – talão de cheques, imposto de renda, comida. Erdös vivia os números.
Ele parecia fadado a ter uma vida solitária desde o seu nascimento, mesmo dia em que suas duas irmãs, de 3 e 5 anos, morreram devido a uma doença infecciosa, deixando-o como filho único sempre em casa e super protegido por sua cuidadosa mãe.
Hitler, ao invadir a Hungria, assassinou o resto de seus parentes judeus. Erdös nunca se casou. Seu obituário no Washington Post termina de uma forma abrupta e com a triste sentença: “Ele não deixou nenhum herdeiro imediato.”
Mas na verdade ele deixou: centenas de colaboradores científicos e 1500 artigos com eles produzidos. Um inacreditável legado em um campo onde uma produção de 50 artigos em uma vida inteira é considerada como algo extraordinário.
Matemáticos geralmente surgem cedo e morrem cedo. O grande gênio indiano, Srinivasa Ramanujan, morreu aos 32 anos. O grande matemático francês, Évariste Galois, morreu aos 21.
E aqueles que não morrem cedo no sentido literal da palavra, morrem cedo no sentido de Erdös. Aos 30, já passaram pelo auge e seus poderes estão em franco declínio.
Com Erdös não foi assim. Ele começou seu trabalho ainda jovem. Aos 20 anos ele descobriu uma nova demonstração de um clássico e difícil teorema em Teoria dos Números. Ele permaneceu produtivo até sua morte. De fato, seu amigo Dr. (de matemática, é claro) Ron Graham estima que em torno de 50 novos artigos de Erdös ainda devem aparecer em publicações após sua morte.
Erdös era incomum em ainda outro aspecto. A noção do gênio itinerante, totalmente imerso em seus próprios pensamentos, é um clichê que quase sempre vem acompanhado do adjetivo “anti-social”.
Erdös não era assim. Ele era gentil, amável, aberto e generoso com os outros. Ele acreditava que fazer matemática era uma atividade social. De fato, ele foi o mais prolífico colaborador matemático da história. Centenas de colegas que publicaram com ele ou trocaram idéias com ele, podem relembrar algum insight ou grande revelação após uma tarde com Erdös e sua mente aberta.
Sua sociabilidade o põe a parte dentre os gênios matemáticos. Andrew Wiles, por exemplo, recentemente conseguiu fama por ter demonstrado o Último Teorema de Fermat – após ter trabalhado por sete anos isolado em seu sótão.
Mas Erdös não apenas compartilhava sua mente genial. Ele também compartilhava o seu dinheiro. Parece até cômico dizer isso, já que ele possuía tão pouco. Mas na verdade, é muito tocante. Ele tinha tão pouco porque ele doava quase tudo o que recebia. Ele colaborava com qualquer tipo de caridade que passasse pelo seu caminho e era receptivo a qualquer causa em que pudesse de alguma forma ajudar. Na Índia, ele certa vez doou os salários de algumas aulas que ele havia lecionado para a pobre esposa de Ramanujan (que ele nunca conheceu). “Eu ainda era um estudante em Londres”, lembra-se D. G. Larman, “quando Erdös veio nos visitar por um tempo. Após receber o salário de seu primeiro mês em nossa universidade, passávamos por uma estação de metrô quando fomos abordados por um mendigo pedindo uma pequena quantia de dinheiro. Erdös retirou uma pequena porção de seu salário - basicamente o necessário para cobrir sua alimentação - e deu o resto pro mendigo”. Quando ganhou o prestigioso premio matemático “Wolf Prize”, dos $50.000 a que tinha direito Erdös ficou com apenas $700, doando todo o resto.
Alguns anos atrás, Graham me conta, Erdös ouviu falar de um jovem e promissor estudante de matemática que pretendia entrar em Harvard, mas não tinha o dinheiro necessário para tal. Erdös arrumou um encontro com ele e o emprestou $1000 (o total que Erdös carregava consigo normalmente era em torno de $30). Erdös disse ao jovem que ele não tivesse pressa e
que poderia pagar o empréstimo quando ele fosse capaz. Recentemente, o jovem matemático ligou para Graham (já que Erdös estava sempre viajando) para dizer que já tinha se formado em Harvard e agora estava ensinando em Michgan e finalmente poderia pagar o empréstimo.
Ele queria saber qual o juro que deveria ser aplicado a dívida e como ele deveria efetuar o pagamento. Graham consultou Erdös. Erdös disse: “Diga a ele para fazer com os $1000 o que eu fiz.” Realmente, não deixou herdeiros.
“Paul Erdös foi um gênio fenomenal. Um daqueles gênios que surgem uma vez a cada muito, muito tempo. Contudo ele escolheu, conscientemente tenho certeza, compartilhar seu profundo insight matemático com meros mortais como eu. E por isto eu o serei eternamente grato. Terei saudade das vezes em que ele caminhava por meu corredor as 4:00h da manhã e batia em meu quarto para perguntar se “minha mente estava aberta”. Eu vou sentir muita falta de seus problemas, conjecturas e das estimulantes conversas sobre tudo e qualquer coisa. Mas acima de tudo, eu simplesmente vou sentir falta de Paul, o ser humano. Eu o adorava imensamente.” - Tom Trotter
Por Charles Krauthammer
Washington Post Writers Group
WASHINGTON – Uma das mentes mais extraordinárias de nosso tempo “partiu”. “Partir” é a palavra que Paul Erdös, um genial e produtivo matemático, usava para dizer que alguém “faleceu”. “Falecer” é a palavra que ele usava quando queria dizer que alguém “parou de fazer matemática”. Erdös nunca faleceu. Ele continuou trabalhando em matemática, notoriamente uma disciplina dominada por jovens, até o dia em que ele morreu, sexta- feira 20 de setembro de 1996. Ele tinha 83 anos.
Mas não era apenas seu vocabulário que era excêntrico. Sua vida foi tão incomum e improvável que nenhum romancista poderia tê- la imaginado.
Erdös não tinha uma casa, família, posses ou endereço. Ele viajava de conferencia matemática em conferencia matemática, de universidade para universidade, batendo na porta dos matemáticos pelo mundo a fora, declarando “Minha mente está aberta” e por um tempo ali ele ficava. Seus colegas, felizes por terem alguns dias de colaboração conjunta com Erdös – seu fôlego matemático era tão extraordinário quanto profundo – o acolhiam imediatamente.
Erdös viajava com duas bolsas de mão, cada uma cheia até a metade. Uma tinha apenas algumas peças de roupa; a outra, publicações matemáticas. Ele não possuía nada mais. Nada.
Seus amigos o ajudavam cuidando dos aspectos mundanos de sua vida – talão de cheques, imposto de renda, comida. Erdös vivia os números.
Ele parecia fadado a ter uma vida solitária desde o seu nascimento, mesmo dia em que suas duas irmãs, de 3 e 5 anos, morreram devido a uma doença infecciosa, deixando-o como filho único sempre em casa e super protegido por sua cuidadosa mãe.
Hitler, ao invadir a Hungria, assassinou o resto de seus parentes judeus. Erdös nunca se casou. Seu obituário no Washington Post termina de uma forma abrupta e com a triste sentença: “Ele não deixou nenhum herdeiro imediato.”
Mas na verdade ele deixou: centenas de colaboradores científicos e 1500 artigos com eles produzidos. Um inacreditável legado em um campo onde uma produção de 50 artigos em uma vida inteira é considerada como algo extraordinário.
Matemáticos geralmente surgem cedo e morrem cedo. O grande gênio indiano, Srinivasa Ramanujan, morreu aos 32 anos. O grande matemático francês, Évariste Galois, morreu aos 21.
E aqueles que não morrem cedo no sentido literal da palavra, morrem cedo no sentido de Erdös. Aos 30, já passaram pelo auge e seus poderes estão em franco declínio.
Com Erdös não foi assim. Ele começou seu trabalho ainda jovem. Aos 20 anos ele descobriu uma nova demonstração de um clássico e difícil teorema em Teoria dos Números. Ele permaneceu produtivo até sua morte. De fato, seu amigo Dr. (de matemática, é claro) Ron Graham estima que em torno de 50 novos artigos de Erdös ainda devem aparecer em publicações após sua morte.
Erdös era incomum em ainda outro aspecto. A noção do gênio itinerante, totalmente imerso em seus próprios pensamentos, é um clichê que quase sempre vem acompanhado do adjetivo “anti-social”.
Erdös não era assim. Ele era gentil, amável, aberto e generoso com os outros. Ele acreditava que fazer matemática era uma atividade social. De fato, ele foi o mais prolífico colaborador matemático da história. Centenas de colegas que publicaram com ele ou trocaram idéias com ele, podem relembrar algum insight ou grande revelação após uma tarde com Erdös e sua mente aberta.
Sua sociabilidade o põe a parte dentre os gênios matemáticos. Andrew Wiles, por exemplo, recentemente conseguiu fama por ter demonstrado o Último Teorema de Fermat – após ter trabalhado por sete anos isolado em seu sótão.
Mas Erdös não apenas compartilhava sua mente genial. Ele também compartilhava o seu dinheiro. Parece até cômico dizer isso, já que ele possuía tão pouco. Mas na verdade, é muito tocante. Ele tinha tão pouco porque ele doava quase tudo o que recebia. Ele colaborava com qualquer tipo de caridade que passasse pelo seu caminho e era receptivo a qualquer causa em que pudesse de alguma forma ajudar. Na Índia, ele certa vez doou os salários de algumas aulas que ele havia lecionado para a pobre esposa de Ramanujan (que ele nunca conheceu). “Eu ainda era um estudante em Londres”, lembra-se D. G. Larman, “quando Erdös veio nos visitar por um tempo. Após receber o salário de seu primeiro mês em nossa universidade, passávamos por uma estação de metrô quando fomos abordados por um mendigo pedindo uma pequena quantia de dinheiro. Erdös retirou uma pequena porção de seu salário - basicamente o necessário para cobrir sua alimentação - e deu o resto pro mendigo”. Quando ganhou o prestigioso premio matemático “Wolf Prize”, dos $50.000 a que tinha direito Erdös ficou com apenas $700, doando todo o resto.
Alguns anos atrás, Graham me conta, Erdös ouviu falar de um jovem e promissor estudante de matemática que pretendia entrar em Harvard, mas não tinha o dinheiro necessário para tal. Erdös arrumou um encontro com ele e o emprestou $1000 (o total que Erdös carregava consigo normalmente era em torno de $30). Erdös disse ao jovem que ele não tivesse pressa e
que poderia pagar o empréstimo quando ele fosse capaz. Recentemente, o jovem matemático ligou para Graham (já que Erdös estava sempre viajando) para dizer que já tinha se formado em Harvard e agora estava ensinando em Michgan e finalmente poderia pagar o empréstimo.
Ele queria saber qual o juro que deveria ser aplicado a dívida e como ele deveria efetuar o pagamento. Graham consultou Erdös. Erdös disse: “Diga a ele para fazer com os $1000 o que eu fiz.” Realmente, não deixou herdeiros.
“Paul Erdös foi um gênio fenomenal. Um daqueles gênios que surgem uma vez a cada muito, muito tempo. Contudo ele escolheu, conscientemente tenho certeza, compartilhar seu profundo insight matemático com meros mortais como eu. E por isto eu o serei eternamente grato. Terei saudade das vezes em que ele caminhava por meu corredor as 4:00h da manhã e batia em meu quarto para perguntar se “minha mente estava aberta”. Eu vou sentir muita falta de seus problemas, conjecturas e das estimulantes conversas sobre tudo e qualquer coisa. Mas acima de tudo, eu simplesmente vou sentir falta de Paul, o ser humano. Eu o adorava imensamente.” - Tom Trotter
Re.: Algumas Metáforas
Algumas parábolas?
Algumas histórias?
Algumas histórias?

The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Re: Re.: Algumas Metáforas
aknatom escreveu:Não seriam parábolas?
Me desculpe o equívoco.

Re: Re.: Algumas Metáforas
joe escreveu:aknatom escreveu:Não seriam parábolas?
Me desculpe o equívoco.
Não


The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Re.: Algumas Metáforas
Esse é o vi...quer dizer, joe 

Editado pela última vez por Johnny em 04 Jun 2007, 16:42, em um total de 1 vez.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Re.: Algumas Metáforas
Johnny escreveu:Esse é o vim,,,quer dizer, joe

Tô doido
Tô doido
Tô doido
Tô doido
Valeu pelo elogio brother!

Re.: Algumas Metáforas
POderia ter sido emacs tb...
Abraços
Abraços
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

