Alter-ego escreveu:Creio que você não compreendeu, querido.
Alter, sei que tem a melhor das intenções, mas se quer se dirigir a mim de um modo amistoso prefiro que me chame de Índio Velho.
Alter-ego escreveu:Dizer que "não vamos querer mudar", não é um limitante da vontade. Pelo contrário, é um exercício pleno dela.
Quando você diz taxativamente que "não vamos querer mudar" ou seja, nunca mais faremos outra opção que não uma determinada isto implica que o exercício do arbítrio se torna impossível, pela inexistência da alternativa.
Se está definido que não será possível fazer outra escolha, então não há escolha nenhuma.
Alter-ego escreveu:Façamos uma analogia. Imagine um viciado em tóxicos, que um dia consegue deixar de usá-los. Em princípio, ele continuará sentindo vontade de retornar aos entorpecentes, mas, quando finalmente, ele se libertar da carga presente em suas veias e, sobretudo, da dependência psicológica, ela já não terá vontade de tornar às drogas. Ele perdeu a capacidade de arbítrio?
Claro que a analogia não é perfeita, pois não apresenta todas as possibilidades da discussão teológica. É só uma analogia. Mas já ajuda a entender o que estou alegando.
Obviamente é imperfeita, já que não é impossível que o ex-viciado escolha voltar a consumir drogas, enquanto que na realidade posta por você é impossível que uma escolha diferente daquela pré-definida seja efetivada.