KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com espiritos:
Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com espirit
Eu não ameacei ninguém. Nego tá viajando na maionese. O que eu disse foi outra coisa totalmente diferente. Eu disse que nego que fica fazendo piada dizendo que lutadores que fazem uso de grappling são viados não tem coragem de fazer essas piadas na frente de um lutador (e não tem mesmo). Onde está a ameaça?! Não ameacei ninguém, apenas expus a minha opinião.
Agora, o negócio é simples. O VM e o Encosto não se dão bem e isso não é de agora. Já faz um bom tempo que os dois se desentendem. Essa rivalidade entre os dois já é um clássico do RV tanto quanto Najma e Bruno Vs Dantas, Cláudio Loredo Vs PD, dentre muitos outros. Não tem jeito, dificilmente esses caras vão se entender. As mentalidades e personalidades não casam. Mas quando um não quer dois não brigam. Enquanto os rivais fizerem questão de se cutucarem mutuamente irão existir esses barracos.
Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
Sair na porrada por causa de discussões na internet é besteira. Se um lado está partindo para o desrespeito talvez seja melhor pular fora da discussão do que se estressar à toa. Tenho tido essa opinião ultimamente (até há algum tempo atrás eu também estava me estressando à toa com algumas discussões). Esse negócio de ficar defendendo religião A ou religião B, time A ou time B ou o que for, com unhas e dentes, sempre acaba descambando para o fanatismo.
O que eu acho é o seguinte, se quer discutir as supostas evidências acerca da vida após a morte a sério, o negócio é procurar nego que manja do assunto, tanto pró (Vitor Moura, Júlio Siqueira) quanto contra (Zangari) e pesar os argumentos de lado a lado. E seria bom deixar a ironia, o orgulho (sempre querer sair com a última palavra, mesmo quando está claro que o seu ponto de vista é insustentável) e o sarcasmo de lado, pois isso entope os debates de lixo.
Agora, o negócio é simples. O VM e o Encosto não se dão bem e isso não é de agora. Já faz um bom tempo que os dois se desentendem. Essa rivalidade entre os dois já é um clássico do RV tanto quanto Najma e Bruno Vs Dantas, Cláudio Loredo Vs PD, dentre muitos outros. Não tem jeito, dificilmente esses caras vão se entender. As mentalidades e personalidades não casam. Mas quando um não quer dois não brigam. Enquanto os rivais fizerem questão de se cutucarem mutuamente irão existir esses barracos.
Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
Sair na porrada por causa de discussões na internet é besteira. Se um lado está partindo para o desrespeito talvez seja melhor pular fora da discussão do que se estressar à toa. Tenho tido essa opinião ultimamente (até há algum tempo atrás eu também estava me estressando à toa com algumas discussões). Esse negócio de ficar defendendo religião A ou religião B, time A ou time B ou o que for, com unhas e dentes, sempre acaba descambando para o fanatismo.
O que eu acho é o seguinte, se quer discutir as supostas evidências acerca da vida após a morte a sério, o negócio é procurar nego que manja do assunto, tanto pró (Vitor Moura, Júlio Siqueira) quanto contra (Zangari) e pesar os argumentos de lado a lado. E seria bom deixar a ironia, o orgulho (sempre querer sair com a última palavra, mesmo quando está claro que o seu ponto de vista é insustentável) e o sarcasmo de lado, pois isso entope os debates de lixo.
- betossantana
- Mensagens: 3895
- Registrado em: 24 Set 2006, 23:50
- Contato:
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Liouville escreveu:Eu disse que nego que fica fazendo piada dizendo que lutadores que fazem uso de grappling são viados não tem coragem de fazer essas piadas na frente de um lutador (e não tem mesmo). Onde está a ameaça?! Não ameacei ninguém, apenas expus a minha opinião.
Eu me senti TOTALMENTE ameaçado com essa opinião, que abalou profundamente minha delicada constituição. Além disso, quando fomos suspensos, eu o fui por ter mandado você calar a boca, e você por ter dito que ia me quebrar em mil pedacinhos, o que PODE SER INTERPRETADO, NÃO SEI, como ameaça, rsrsrsrsrsrsrsrs!
Liouville escreveu:E seria bom deixar a ironia, o orgulho (sempre querer sair com a última palavra, mesmo quando está claro que o seu ponto de vista é insustentável) e o sarcasmo de lado, pois isso entope os debates de lixo.
Particularmente não vejo problemas, já que eu CHUPO lixo, mas me curvarei a qualquer decisão tomada pela moderação, a instância legítima para opinar com OOOOOOOOOO maíusculo.
É um problema espiritual, chupe pau!
Vejamos então: a Eva Fay fez lá uma apresentação, mas foi "exposta" por Maskline... Na típica exposição cética: ele foi lá e mostrou e desmontou todos os truques da médium? Não. Ele fez como o James Randi: mostrou que podia produzir efeitos semelhantes por truques ilusionistas. Aí então a Eva Fay procurou Crookes e decidiu que se aproveitaria dele para revalidar sua reputação de médium. Não é isso o que Polidoro diz? Pois bem, ele a submeteu à fiscalização pelo galvanômetro e ela viu-se impossibilitada de fraudar assim, mas para sorte dela e azar de Crookes, faltou força no teatro por um segundo e foi tempo o bastante para ela soltar uma mão e colocar a manivela do galvanômetro na dobra do joelho. Com a mão livre, ela a pôs para fora e distribuiu objetos às pessoas que ficaram de fora do gabinete cortinado.
O ENCOSTO escreveu:E você realmente acredita que isso aconteceu.
Não entendi a sua pergunta. Isso acima é o que Polidoro diz que aconteceu, baseado no disse Houdini, que por sua vez obteve a informação da própria Eva Fay, que teria ficado super-encantada com ele e revelou todos os seus truques numa boa. VOCÊ, como cético é que deveria acreditar piamente que aquilo tudo aconteceu... A menos que seja um cético tal como eu sou espírita. Como espírita, não me vejo na obrigação de crer num texto de Chico Xavier, Kardec, Divaldo ou de algum livro qualquer editado pela FEB, só porque são espíritas.
O ENCOSTO escreveu:Aproveitando a oportunidade, Crookes escreveu isso no seu relatorio?
Eu chego lá.
Sim, tentou levar os leitores a erro outras vezes. Agora eu coloquei a citação mentirosa de Houdini e que ele, por ter lido o relatório de Crookes, saberia que Houdini mentia.
O ENCOSTO escreveu:Prove.
Deve ser o caso das mãos de parafina.
Eu tinha pedido para você pensar um pouco no assunto, já que Polidoro leu o relatório, mas escondeu a informação, pois senão entornava o caldo. Faltou força no teatro? Mas que força era essa? Era elétrica? O galvanômetro necessitava de força elétrica para funcionar? Você pensou isso?
Então caiu do cavalo pois:
1) Houdini escreveu essa suposta confissão por volta de 1920, quando as casas das grandes metrópoles americanas tinham iluminação elétrica e até alguns utensílios domésticos que usavam energia elétrica... Mas a Londres de 1875 NÃO TINHA: era iluminada a gás. Mas Houdini não se deu conta disso quando inventou essa confissão.
2) Mesmo que o fosse, isso não ia facilitar nada a vida da médium: o galvanômetro funcionava a bateria.
3) No relatório é dito que o experimento descrito (assim como os outros) foi feito NA CASA DE CROOKES e não houve experimento em teatro algum.
Com esses elementos, já dava para Polidoro ver que a suposta confissão registrada por Houdini não passava de uma invenção deste. Mas CONFISSÃO tem um poder merífico sobre a mente dos céticos: se confessou, então assunto liquidado. O Ronaldo Cordeiro ficou estupefato comigo quando falei das irmãs Fox lá no debate da Távola Redonda: ele achava que a confissão delas é o fim de tudo.
Como é? Já deu para sacar que Polidoro é mesmo mentiroso ou ainda defende você que não?
Exceto pelo detalhe que nem o James Randi consegue reproduzir os truques de circo feito pelos médiuns nas mesmas condições.
O ENCOSTO escreveu:E se as tais condições forem inventadas? Ah! Esqueci que estes cientistas antigos jamais poderiam mentir, aumentar, inventar nem nada. Vide exemplo da 1/2 cabeça de diferença.
A culpa é toda de vocês céticos, pois foi graças à omissão absoluta de vocês é que mais de 200 cientistas, em diferentes países, ao longo de mais de 80 anos inventaram e descreveram milhares de experimentos fictícios porque sabidamente NENHUM CÉTICO jamais apareceria para desmenti-los ao vivo e a cores. No máximo fariam teorizações à distância.
E com tamanha crença, vocês se acham com autoridade bastante para nos criticar...
Bem... o mentiroso tem que mentir uma primeira vez, não?
O ENCOSTO escreveu:Não.
Seu argumento diz apenas que, se Crookes não mentiu antes, ele não poderia mentir durante os testes com espiritos. O mesmo deve valer para todo mundo.
Não foi o que quis dizer. O que afirmo é que os céticos nunca me provaram que ele fosse mentiroso ou apanhado em mentiras em alguma ocasião. O "meia cabeça" pode ser um lapso dele em relação à foto, mas não uma mentira deliberada (se fosse para mentir, então falsificaria a foto e não só os dizeres).
O problema com a mentira e que, salvo engano, o Zangari insistiu comigo, é que vocês céticos exigem que não levantemos motivos: basta uma possibilidade de que o cara minta, para que aceitemos isso como prova de que houve mentira.
Mas é gozado como vocês céticos são tão seletivos quanto a isso e não nos dão o mesmo direito. Trevor Hall insiste em dizer que Francis Anderson não teria motivos para mentir quando disse ter sido amante da Florence Cook e que ela lhe confessou as fraudes. Mas vocês céticos não querem admitir o argumento de que Crookes também não teria motivos para mentir quando dizemos que ele não teria nada a ganhar com isso. O Espiritismo e a mediunidade eram avacalhados pela comunidade científica. Crookes teria muito mais a ganhar se embarcasse na onda do que ir contra ela. Mas vocês céticos...
Eu não tenho nenhuma coleção bibliográfica dos artigos de Polidoro, nem estou com tempo para ler as abobrinhas e marcar cada mentira. Estou me concentrando num texto em que o peguei mentindo. Se este foi o primeiro ou não, não tenho como saber agora, nem estou muito interessado. Polidoro tem uma fé cética para defender. Crookes não tinha fé alguma.
O ENCOSTO escreveu:Crookes é o cara mais neutro e imparcial de todos os tempos. Eu tenho fé nisso. Como você.
E lamento muito: se você não tem condições de provar que Polidoro é um grande mentiroso, resta apenas concluir que você esta errado.
Bem, eu já mostrei que Polidoro omitiu dados relevantes, que fariam o leitor ter um juízo distorcido do caso e já mostrei que ele se serviu de um relato (o de Houdini) o qual ele tinha tudo para saber que era mentiroso... mesmo assim o usou.
Tem certeza de que não estou provando que ele é mentiroso ou você é que não quer admitir? Qual é a sua defesa dele agora?
Não exagera, seu Encostado. Eu sei que é possível fabricar mãos de parafina sem a ajuda de espíritos. É como você diz, uma brincadeira de circo... O problema é que os céticos querem insistir que esta é a ÚNICA forma de se produzir mãos de parafina. E o Polidoro é um tanto quanto mentiroso nesse aspecto também.
Que faziam os pesquisadores que investigaram esse lance de moldes de parafina? Polidoro quer fazer crer (portanto mente) que os tais pesquisadores JAMAIS teriam se dado conta de que seria possível fazer os moldes e retirar a mão SEM QUEBRAR A PARAFINA. Acontece que os pesquisadores FIZERAM ESSE TESTE e sabiam que era sim possível. Contudo, quando comparavam os moldes produzidos com as mãos, pés ou rostos dos presentes, NÃO COMBINAVAM, ou seja, NÃO FORAM PRODUZIDOS PELO TRUQUE QUE O POLIDORO APONTA.
O ENCOSTO escreveu:E quem disse que precisava combinar?
Outra coisa: Polidoro fez seu estudo com base nas imagens antigas e também com os moldes expostos em determinado museu. Os cientistas espiritas afirmavam que o pulso era tão fino que uma mão "não poderia" sair do molde.
Pois é. Os moldes nos museus mostram apenas a parte mais larga da mão. Nada de pulso.
PRECISAVA COMBINAR PARA AFIRMAR QUE FOI ESSE O TRUQUE. Mas se não combinavam, então teriam de se encaixar em algumas daquelas situações que os pesquisadores pensaram e que contornaram a fraude. Polidoro não as discute.
Quanto ao truque atrás da cortina, tudo o que o sábio cético deveria fazer é reproduzir esse truque nas mesmas condições... Mas os céticos reinventaram a Ciência. Na ciência cética, experimentações são perfuraria...
O ENCOSTO escreveu:Atrás da cortina, inclusive?
Com escurinho e tudo mais que tem direito? Precisa fazer todo este cenario?
Se o ambiente atrás da cortina é revistado (muitas vezes era só um canto de duas paredes...) e claramente não tinha como se fazer truque algum ali, como se resolve o caso? Uma simples cortina na frente abriria passagens secretas e contrabanderia coisas inteiras, até um cumplice?
Bem, o James Randi ainda está esperando um milagre... Eu ainda estou esperando algum experimento sério vindo de gente cética, mas sei que não vai dar em nada. Se o cético disser que sim, vi algo estranho que não se poderia ver, então ele será expulso da comunidade cética. Certo?
O ENCOSTO escreveu:Não existe Comunidade Cetica.
E um exemplo bem caseiro é o VIPER (membro do RV) que entrou em contato com mediuns materialistas e os mesmos se recusaram a recebe-lo. Os espiritos não se manifestam perante pessoas com vibrações negativas.
Bem, não existe comunidade agrária, não existe comunidade industrial, não existe comunidade tribal... Acho que você entendeu o que quero dizer por comunidade cética. Não vou explicar.
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
E seria tremenda covardia da minha parte! bater em um leigo!

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Bem, não existe comunidade agrária, não existe comunidade industrial, não existe comunidade tribal... Acho que você entendeu o que quero dizer por comunidade cética. Não vou explicar....
mais uma.... :emoticon12:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Botanico escreveu: Não entendi a sua pergunta. Isso acima é o que Polidoro diz que aconteceu, baseado no disse Houdini, que por sua vez obteve a informação da própria Eva Fay, que teria ficado super-encantada com ele e revelou todos os seus truques numa boa.
Não é isso que está no artigo do site do Vitor Moura, que você indicou:
Revisão: Vitor Moura Visoni e Jáder dos Reis Sampaio
Entre 1870 e 1874 o eminente cientista William Crookes administrou uma série de experiências controversas com alguns dos médiuns mais notáveis da época. Um episódio mostra sem dúvidas o fracasso de Crookes em descobrir um truque evidente. Isto aconteceu quando Crookes lidou com Annie Eva Fay, uma personalidade interessante, agora completamente esquecida, que merece ser relembrada.
Entre 1870 e 1874, William Crookes o descobridor do tálio, inventor do radiômetro, desenvolvedor do tubo de Crookes, investigador pioneiro de efeitos de radiação, Membro da Sociedade Real, e mais tarde nomeado Cavaleiro, administrou uma série de experiências com alguns dos médiuns mais notáveis da época. D. D. Home, possivelmente o maior de todos médiuns, foi estudado por Crookes e declarado genuíno, como foi Florence Cook, uma mulher jovem especializada em materialização de um fantasma denominado "Katie King"; Kate Fox, uma das fundadoras do espiritualismo, que mais tarde confessou fraude; Mary Rosina Showers, outra jovem médium de materialização; e Annie Eva Fay, uma artista de teatro de vaudeville (Brandon 1984; Polidoro 1995).
Existem algumas dúvidas muito fortes sobre a validade destas investigações; por exemplo, tem-se dito que o casado Crookes tinha um caso amoroso com Florence, e que as experiências eram só um ardil para seus encontros (Hall 1984). Supõe-se cumplicidade de Crookes com a médium, ou sua incapacidade para efetivar testes científicos confiáveis no espiritualismo, coisas que estão em debate até hoje. Existe, porém, pelo menos um episódio que demonstra sem dúvida o fracasso de Crookes em descobrir um truque evidente quando confrontado com ele. Isto aconteceu quando Crookes lidou com Annie Eva Fay, uma personalidade interessante, agora completamente esquecida, que merece ser relembrada.
O "Fenômeno Indescritível"
Annie Eva Heathman nasceu em Southington, Ohio, em 1850 (ela não dá a data). Saiu de casa bem jovem e se tornou interessada em teosofia e misticismo. Uma vez ela disse que se tornou aluna de Mme. Blavatsky, morando com ela e ajudando-a em seus trabalhos. Quando ela partiu, junto com uma bela manta da a ela por Mme. Blavatsky, Annie teve que ganhar sua própria vida e decidiu ir ao palco como uma leitora de mentes, uma especialidade que ela apresentou até sua última apresentação em Milwaukee em 1924.
Sua primeira apresentação pública como uma artista psíquica aconteceu num prédio escolar em New Portage, Ohio. Quando ela se casou com seu primeiro marido, Henry Cummings Melville Fay, que se dizia médium, ambos decidiram trabalhar juntos no palco e apresentaram um desempenho intrigante.
Annie ficava em um tamborete colocado em um gabinete com abertura frontal. Alguns voluntários, supervisionados por Melville Fay, a amarravam ao tamborete. Um amarrava seu pulso esquerdo, no meio de uma longa tira de pano, com um nó composto de muitos laços sobrepostos; um segundo voluntário fazia o mesmo com seu pulso direito. Suas mãos eram postas atrás de suas costas e eles uniam as duas tiras e amarravam o pano em um anel de arreio que estava firmemente embutido num poste vertical atrás do gabinete. Outro pedaço de fita era amarrada atrás do pescoço da médium, e as pontas eram presas num grampo mais alto no mesmo poste. Uma ponta de uma longa corda era enrolada ao redor seus tornozelos; a outra era segura por um espectador ao longo da apresentação que se seguiu.
Depois que Annie pareceu entrar em transe, Melville Fay colocou um aro em seu colo e fechou a cortina que ficava na frente do gabinete. Um segundo depois ele abriu a cortina: o aro agora estava no pescoço de Annie. Removendo o aro, ele colocou um violão no colo da sua esposa, fechou a cortina e sons eram ouvidos pelo arranhar das cordas. Assim que ele abria a cortina, a música parava e o violão caía ao chão. A mesma coisa aconteceu com outros instrumentos musicais. Outros fenômenos se seguiram: pregos eram martelados em um bloco de madeira e bonecas de papel eram recortadas de um pedaço de papel. Finalmente, uma faca foi colocada no colo de Annie. Embora a cortina fosse fechada por apenas alguns segundos, os espíritos aparentemente tiveram tempo para desatá-la das cordas. Ela levantou-se e avançou para pegar numerosos laços de corda[1] (Christopher 1975).
Os Fays ganharam fama em sua demonstração como "O Fenômeno Indescritível," nunca reivindicaram abertamente ser intervenção de espíritos. Realmente, era uma apresentação mágica típica, introduzida inicialmente por Laura Ellis, seguindo os passos de outras apresentações semelhantes, como o "Gabinete do Espírito" dos Davenport (Polidoro 1998), que combinou escapismo e temas espiritualistas. Uma capitulação perfeita do "Fenômeno Indescritível" ainda está sendo executada hoje em dia pelos mentalistas Glenn Falkenstein e Frances Willard. Annie era ousada o bastante para apresentar truques e ilusões junto seu ato principal: um " Lenço Espiritual Dançante," uma "Mão batedora," e uma "Levitação" foram incluídos por anos em seu programa.
Por algum tempo, na América, considerou-se suas apresentações um exemplo real de espiritualismo. Emma Hardinge, uma médium e historiadora de espiritualismo, em seu livro Modern American Spiritualism (1870), declarou que as fraudes de Melville Fay foram "abertamente expostas pelos próprios Espiritualistas "; John W Truesdell, um cético da época, concordou que Fay era uma velhaca. Parece claro que reivindicações de Annie eram de acordo com seu público: quando lidava com espiritualistas, ela reivindicava poderes mediúnicos, e quando atuava num salão de música ela deixava que o público a julgasse, uma atitude adotada por outros mentalistas da época, os Piddingtons.
Cientistas e Mágicos
Quando os Fays chegaram a Londres em junho de 1874, os anúncios para suas apresentações no Queen's Concert Rooms, Hanover Square, mencionaram "entretenimentos incluindo sessões espíritas na luz e às escuras todos os dias", " manifestações misteriosas," e "uma série de efeitos estonteantes"; porém, não havia sugestão alguma de que eles tivessem qualquer relação com o espiritualismo. Todavia, Annie achou que ela mesma seria uma médium de efeitos físicos.
Imediatamente, ela começou a receber a atenção de vários investigadores psíquicos; F. W. H. Myers, por exemplo, que mais tarde seria um dos fundadores principais da Sociedade de Pesquisas Psíquicas, expressou seu interesse numa "investigação extensa da mediunidade da Sra. Fay" William Crookes, entretanto declarou claramente que ele queria ser o primeiro a examiná-la.
Em um comentário interessante feito em carta por Myers a seu colega Sidgwick, o primeiro diz, depois de mencionar Crookes, como "o leão não permitirá ser ele mesmo privado de seu filhote _ nem o filhote de seu leão," sugerindo que Crookes estava tentando fazer de Eva a sua protegida pessoal e que Eva não se opunha em assumir tal papel (Dingwall 1966).
Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, dois mágicos britânicos famosos que tinham seu próprio teatro em Egyptian Hall e já haviam expostos os truques usados pelos irmãos Davenport, incluíram em seu espetáculo "Uma sessão indescritível," com Cooke, amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos.
Era possível neutralizar esta exposição que Annie Eva Fay, uma artista de teatro que se achava ela mesma o centro de atenção de um corpo de homens de eminente saber literário e científico, sendo tratada como uma "médium" a quem era necessário "investigar," sucumbisse à tentação e aceitou seu novo papel. Se os investigadores psíquicos estavam determinados em ver se era uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse, deste modo, restabeleceria sua reputação e promoveria mais interesse público em seus espetáculos.
As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os "testes elétricos de Crookes," feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não podia livrar-se das cordas, Crookes pediu-lhe que apertasse ambas as manivelas de uma bateria, construída para interromper a corrente se ela soltasse qualquer uma das manivelas, e nesse caso o marcador cairia a 0. Fay conseguiu, de alguma maneira, apresentar suas manifestações apesar do contato ter permanecido constante.
Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que seu anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes da sessão começar, eles descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto. Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não podia ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
O sucesso nestas experiências deu alento à excursão de Annie das províncias inglesas; porém, quando ela deu abertura em Birmingham, em maio, era novamente descrita como o "Fenômeno Indescritível" e seu espetáculo era visto como um entretenimento (Dingwall 1966). Aparentemente, no fim de sua excursão, seu gerente, insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não terem produzido qualquer ganho adicional em seus bolsos, escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele ofereceu poder revelar como as experiências de Crookes tinham sido falsificadas por uma soma significativa de dinheiro. Maskelyne recusou a oferta, então o empresário escreveu a ele novamente, apresentando-lhe Srta Lottie Fowler, outro excelente mística. que podia fazer os truques de Fay e foi em excursão seguindo a mesma rotina de Annie quando esta deixou a Inglaterra.
Exposições e Confissão
A exposição das apresentações de Annie apareceram ocasionalmente na imprensa. Em 12 de abril de 1876, Washington Irving Bishop, um antigo membro da companhia americana de artistas de Fay, mais tarde para se tornar ele mesmo um dos maiores mentalistas de toda região, revelando ao New York Daily Graphic como seus truques eram realizados. A despeito da exposição, ela continuou trabalhando com sucesso habitual e reintroduziu o ato da leitura de mentes em seu programa. Blocos eram distribuídos e membros do público eram convidados por seu marido a escrever perguntas, assinar seus nomes, destacar e dobrar as folhas e segurar os pedaços de papel dobrados em suas mãos. Depois, Annie, vendada, predizia corretamente o conteúdo das folhas de papel e respondia às perguntas escritas neles. Ela chamou esta parte do espetáculo de"Somnolency," adaptado de "Somnomancy," o nome Samri S. Baldwin, "The White Mahatma," foi dado ao ato que ele inventou.
Em 1906 H.A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos de truque usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. Esta "exposição" era desnecessária, desde que naquele momento ela estava declarando em seu programa que pessoas crédulas e tolas não deviam ser influenciadas pela sua apresentação, uma vez que ela "não era uma médium espiritualista " e não existia nada "de sobrenatural ou milagroso" em sua apresentação.
Era o máximo das negativas de qualquer poder sobrenatural, exposições adicionais ocorreram em fevereiro de 1907, quando o Professor W. S. Barnickel descreveu alguns de seus métodos e em janeiro de 1911, quando Albini, o mágico, expôs seu ato “Somnolency”; ainda assim, os teatros públicos lotavam aonde ela se apresentava.
Seu filho, John T. Fay, casado com Anna Norman, uma das assistentes do espetáculo da Eva, saíram de casa, e ele e a esposa fizeram seu próprio negócio chamado "Os Fays." Quando John morreu em 1908, sua viúva fez seu próprio espetáculo e chamou a si mesma de "Sra. Eva Fay, A Alta Sacerdotisa de Misticismo."
Obviamente, Annie se ressentiu dela usando uma nomenclatura tão semelhante à sua própria, mas nunca tomou ação legal para fazê-la parar.
Em 1912 Annie visitou a Europa novamente e quando ela chegou a Londres, onde ela se apresentou no Coliseum, os espiritualistas ainda estavam prontos para se maravilharem de seus poderes sobrenaturais. Um deles, J. Hewat McKenzie, anunciou que ele podia descobrir o segredo da Eva: ele disse que suas manifestações eram feitas por um par pequeno de mãos e braços materializados, um pouco como aqueles de um macaco, e estes saíam de seu tórax. Ele soube porque ele pôde sentir "o cheiro de odor da emanação do matéria psico-plástica" durante uma apresentação. Este mesmo homem reivindicara anteriormente que ele soube como que Houdini executava suas fugas: “desmaterializando seu corpo," naturalmente (Doyle 1930).
Durante sua visita, o investigador e mágico psíquico Eric J. Dingwall, quem a descreveu como "extremamente cativante com uma aparência perfeita e olhos azuis cintilantes," foi bem sucedido na recepção de sua proposta e elegeram como a primeira Dama Hnorável Associada ao Circulo de Mágicos(Dingwall 1966).
Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair multidões onde quer que ela atuasse. Devido a um acidente, ela fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
Houdini a considerou "uma das mais inteligentes médiuns da história" e a apresentou como "um diamante branco de palha" cabelo e olhos penetrantes, dos quais "grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora." "É uma pequena maravilha," ele observou, "que com sua personalidade ela podia enganar os gigantes mentais de eras—tanto da nossa época, como das épocas passadas" (Silverman 1996).
Eles falaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. "Ela falou livremente de seus métodos," registrou Houdini. "Nunca em qualquer momento ela deu a entender que acreditava em espiritualismo." Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente envolveu uma manivela da bateria em baixo de sua junta do joelho, mantendo o circuito fechado, mas deixando uma mão livre para fazer como ele pediu.
Um ano mais tarde ela anunciou seu plano para deixar as dez casas de sua propriedade em Melrose Heights para atores e atrizes pobres, mas ela morreu em 20 de maio de 1927, antes de efetivar os detalhes finais de seu projeto.
A revelação do Annie Eva Fay para Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
Brooks-Smith relata o seguinte "não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço juntos através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão sem produzir qualquer movimento grande no indicador do galvanômetro." Num segundo teste, ele "virou ambos os elétrodos para baixo sucessivamente introduzindo-os em minhas meias, de forma que minhas mãos estavam livres sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro." Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos que consistituíam-se num soberano de ouro e papel salino em um pulso e o segurado na dobra de seu joelho" (Brooks-Smith 1965).
Não existe mais dúvida, agora, que aquele truque aconteceu realmente durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda é obscuro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico e estava dispostos a testar todos eles, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.
Massimo Polidoro é Diretor de Executivo de CICAP (o Comitê italiano para a Investigação de Reivindicações do Paranormal), representante europeu para a Fundação de James Randi Educacional, autor de vários livros que lida com exame crítico de reivindicações paranormais e um estudante diplomado em psicologia na Universidade de Pádua. Ele está trabalhando atualmente em um projeto para Prometheus Books sobre a estranha amizade entre Harry Houdini e Senhor Arthur Conan Doyle.
Referências
Brandon, R. 1984. The Spiritualists. Reprint. Buffalo, N.Y.: Prometheus Books.
Brookes-Smith, C. 1965. Cromwell Varley's Electrical Tests. Journal of the Society for Psychical Research 723 (43), March.
Christopher, M. 1975. Mediums Mystics & The Occult. New York: Thomas Y Crowell Co.
Christopher, M. [1973] 1996. The Illustrated History of Magic. Reprint, Porthsmouth, N.H.: Heinemann.
Crookes, W. 1875. A Scientific Examination of Mrs. Fay Mediumship. The Spiritualist, 12 March.
Dingwall, E. J. 1966. The Critics' Dilemma. Crowhurst, Sussex: Privately printed.
Doyle, A. C. [1930] 1992. The Edge of the Unknown. Reprint, New York: Barnes & Noble, Inc.
Hall, T. [1962] 1984. The Medium and the Scientist. Reprint, Buffalo N.Y.: Prometheus Books.
Houdini, H. [1924] 1972. A Magician Among the Spirits. Reprint, New York: Arno Press.
Polidoro, M. 1995. Viaggio tra gli spiriti. Varese: Sugarco.
Polidoro, M. 1998. Houdini and Conan Doyle: The Story of a Strange Friendship. SKEPTICAL INQUIRER 2(22), March/April.
Thompson, G. T. 1964. Mrs Fay's Mediumship. Journal of the Society for Psychical Research 721 (42), September.
Silverman, K. 1996. Houdini!!! The Career of Ehrich Weiss. New York: Harper Collins.
COPYRIGHT 2000 Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal
COPYRIGHT 2003 Gale Group
--------------------------------------------------------------------------------
[1] É difícil saber de que tipo de objeto se está falando, podem ser cordas de instrumentos musicais, utilizados no fenômeno (Nota de Jader dos Reis Sampa
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
videomaker escreveu:Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
E seria tremenda covardia da minha parte! bater em um leigo!vc sabe disso!
Já diz o ditado: cão que late não morde. Principalmente os mais burros.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Acauan escreveu:[center]AVISO AOS NAVEGANTES:[/center]
Parem com esta palhaçada.
A moderação
Caro moderador, gostaria de uma orientação de como proceder diante de tal situação:
Já diz o ditado: cão que late não morde. Principalmente os mais burros. o encosto.
Desde já lhe agradeço.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
O ENCOSTO escreveu:videomaker escreveu:Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
E seria tremenda covardia da minha parte! bater em um leigo!vc sabe disso!
Já diz o ditado: cão que late não morde. Principalmente os mais burros.
Encosto,
Qual parte da advertência de parar com a palhaçada você não entendeu?
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Acauan escreveu:O ENCOSTO escreveu:videomaker escreveu:Eu particulamente acho que isso não vai dar em nada. O Encosto é do RS, o VM é do Nordeste, dificilmente esses caras vão se encontrar e se isso ocorrer acho que não vai acontecer nada, pois provavelmente os dois irão se ignorar mutuamente ao vivo.
E seria tremenda covardia da minha parte! bater em um leigo!vc sabe disso!
Já diz o ditado: cão que late não morde. Principalmente os mais burros.
Encosto,
Qual parte da advertência de parar com a palhaçada você não entendeu?
Mesmo sabendo que não vale a pena chutar cachorro morto, acabei respondendo a uma provocação infantil.
Inclusive, ao que tudo indica, foi quotada acima.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Botanico escreveu: Não entendi a sua pergunta. Isso acima é o que Polidoro diz que aconteceu, baseado no disse Houdini, que por sua vez obteve a informação da própria Eva Fay, que teria ficado super-encantada com ele e revelou todos os seus truques numa boa.
O ENCOSTO escreveu:Não é isso que está no artigo do site do Vitor Moura, que você indicou:
Muito bem por ter postado o texto, de fato ele não transcreveu o conteúdo da "confissão" que Houdini escreveu. Mas vou fazê-lo agora. Porém antes deixe-me manter uns trechos que estão no texto:
O ENCOSTO escreveu:Foi por essa época que John Nevil Maskelyne e George Alfred Cooke, dois mágicos britânicos famosos que tinham seu próprio teatro em Egyptian Hall e já haviam expostos os truques usados pelos irmãos Davenport, incluíram em seu espetáculo "Uma sessão indescritível," com Cooke, amarrado da mesma maneira dos americanos, duplicando seus feitos.
Era possível neutralizar esta exposição que Annie Eva Fay, uma artista de teatro que se achava ela mesma o centro de atenção de um corpo de homens de eminente saber literário e científico, sendo tratada como uma "médium" a quem era necessário "investigar," sucumbisse à tentação e aceitou seu novo papel. Se os investigadores psíquicos estavam determinados em ver se era uma médium, então ela concordaria e tiraria bom proveito disto enquanto pudesse, deste modo, restabeleceria sua reputação e promoveria mais interesse público em seus espetáculos.
As experiências mais importantes de todas feitas sobre a “mediunidade” de Annie foram, sem dúvida, os "testes elétricos de Crookes," feitos em sua própria casa em fevereiro de 1875 (Crookes 1875).
Para estas sessões, Cromwell F. Varley, outro membro da Royal Society, forneceu um circuito de controle elétrico, uma versão ligeiramente modificada do que foi usado por Crookes com a médium Florence Cook. Para ter certeza que a médium, sentada em um gabinete cortinado, não podia livrar-se das cordas, Crookes pediu-lhe que apertasse ambas as manivelas de uma bateria, construída para interromper a corrente se ela soltasse qualquer uma das manivelas, e nesse caso o marcador cairia a 0. Fay conseguiu, de alguma maneira, apresentar suas manifestações apesar do contato ter permanecido constante.
Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que seu anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes da sessão começar, eles descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto. Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não podia ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
Até aqui tudo certo, não?
O ENCOSTO escreveu:O sucesso nestas experiências deu alento à excursão de Annie das províncias inglesas; porém, quando ela deu abertura em Birmingham, em maio, era novamente descrita como o "Fenômeno Indescritível" e seu espetáculo era visto como um entretenimento (Dingwall 1966). Aparentemente, no fim de sua excursão, seu gerente, insatisfeito com o fato que as investigações dos cientistas não terem produzido qualquer ganho adicional em seus bolsos, escreveu para J. N. Maskelyne sugerindo organizar uma exposição pública da sua ex-cliente. Ele ofereceu poder revelar como as experiências de Crookes tinham sido falsificadas por uma soma significativa de dinheiro. Maskelyne recusou a oferta, então o empresário escreveu a ele novamente, apresentando-lhe Srta Lottie Fowler, outro excelente mística. que podia fazer os truques de Fay e foi em excursão seguindo a mesma rotina de Annie quando esta deixou a Inglaterra.
Algum cético sábio e valoroso que está acompanhando este debate me explica isso? Então o Maskelyne expôs a dita-cuja antes, suponho que de graça, e agora que lhe era oferecida uma soma significativa em dinheiro para desmontar o experimento de Crookes _ olha que oportunidade: com a médium ao vivo e a cores _ ELE RECUSOU! Afinal, a exposição do Maskelyne valeu ou não valeu?
O ENCOSTO escreveu:
Em 1906 H.A. Parkyn, editor da revista Suggestion, contribuiu com um longo artigo sobre os métodos de truque usados pela Srta Fay em seus testes de leitura de boletos, descrevendo a preparação dos blocos e o uso de cúmplices no meio do público. Esta "exposição" era desnecessária, desde que naquele momento ela estava declarando em seu programa que pessoas crédulas e tolas não deviam ser influenciadas pela sua apresentação, uma vez que ela "não era uma médium espiritualista " e não existia nada "de sobrenatural ou milagroso" em sua apresentação.
Que interessante a apresentadora de um espetáculo ilusionista falar tal coisa no meio da apresentação... Chamar o seu público de crédulo e tolo não é uma boa maneira de se conseguir audiência. Por mim, tudo bem eu já sei que Polidoro é mentiroso.
O ENCOSTO escreveu:Nos onze anos seguintes ela continuou a atrair multidões onde quer que ela atuasse. Devido a um acidente, ela fez sua apresentação final em Milwaukee em 1924. Em julho do mesmo ano ela recebeu uma visita de Harry Houdini.
Houdini a considerou "uma das mais inteligentes médiuns da história" e a apresentou como "um diamante branco de palha" cabelo e olhos penetrantes, dos quais "grandes raias de inteligência relampejariam dentro e fora." "É uma pequena maravilha," ele observou, "que com sua personalidade ela podia enganar os gigantes mentais de eras—tanto da nossa época, como das épocas passadas" (Silverman 1996).
A minha tradução aqui não ficou boa, pois não entendi o sentido das frases e expressões idiomáticas por inteiro. De qualquer forma, tem toda a cara e o cheiro de elogios nada sinceros...
O ENCOSTO escreveu:Eles falaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. "Ela falou livremente de seus métodos," registrou Houdini. "Nunca em qualquer momento ela deu a entender que acreditava em espiritualismo." Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente envolveu uma manivela da bateria em baixo de sua junta do joelho, mantendo o circuito fechado, mas deixando uma mão livre para fazer como ele pediu.
Chegamos ao ponto. A fim de se fazer melhor juízo, vou postar aqui o que Houdini de fato disse:
"Houdini teve uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma alegada conversação com Sra Fay.
‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, terminou com uma exposição do trabalho dela, que se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou em sua clemência e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela teve a pior chance no mundo de o conseguir pelo galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para o enganar.'
* O 'galvanômetro' é um instrumento usado controlar a médium. É um dispositivo elétrico fornecido com um sintonizador e duas manivelas, é construído de forma que se o médium soltar-se de qualquer uma das manivelas, o contato estaria interrompido e "o sintonizador registraria a falha. A médium, para enganar o pesquisador, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intato e pos a mão livre para fora e assim produziu o “espírito”. (Nota de rodapé do Houdini.)"
Como eu tinha dito, OS EXPERIMENTOS FORAM FEITOS NA CASA DE CROOKES (E NÃO EM UM TEATRO) E NÃO HAVIA ILUMINAÇÃO ELÉTRICA NAQUELES TEMPOS, E MESMO QUE HOUVESSE, DE NADA ADIANTARIA, POIS O GALVANÔMETRO FUNCIONAVA A BATERIA. O espírita burro que aqui escreve deduz que a tal confissão registrada por Houdini NUNCA EXISTIU e que ele, como mágico que era, supôs que este seria um truque possível... mas apesar de tanta sapiência, ele esqueceu que as condições de vida 50 anos antes eram bem diferentes das condições em que ele vivia. Já os céticos sábios nem desconfiam disso, certo?
O ENCOSTO escreveu:A revelação do Annie Eva Fay para Houdini do modo de como ela enganou Crookes foi confirmado anos mais tarde quando o investigador psíquico Colin Brooks-Smith encontrou um dos galvanômetros usados por Crookes no Museu de Ciência em Londres. A máquina foi consertada e posta a trabalhar.
Brooks-Smith relata o seguinte "não há nenhuma dificuldade em deslizar um pulso e antebraço juntos através de uma manivela e segurar a outra manivela, mantendo assim o circuito fechado através do antebraço, e então liberando a outra mão sem produzir qualquer movimento grande no indicador do galvanômetro." Num segundo teste, ele "virou ambos os elétrodos para baixo sucessivamente introduzindo-os em minhas meias, de forma que minhas mãos estavam livres sem produzir quaisquer grandes oscilações no indicador do galvanômetro." Deste modo, não só se confirmou a revelação de Eva mas também a nota de rodapé explicativa de Houdini de 1924 (pág. 102) que em 1874 Florence Cook podia ter destacado um dos eletrodos que consistituíam-se num soberano de ouro e papel salino em um pulso e o segurado na dobra de seu joelho" (Brooks-Smith 1965).
Depois eu falo desse Brooke Smith. Também foi outro incompetente que só os céticos sábios poderiam levá-lo a sério.
O ENCOSTO escreveu:Não existe mais dúvida, agora, que aquele truque aconteceu realmente durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; o que ainda é obscuro é se ele era um imbecil total (improvável) ou um cúmplice voluntário. Em todo caso, uma coisa não pode ser negada: o grande William Crookes teve um interesse especial em médiuns jovens, atraentes, pretextando um interesse científico e estava dispostos a testar todos eles, ainda que fossem fraudes sinceras como Eva Fay, em sua própria casa, bem debaixo de nariz da sua esposa.
Nisso se resume a sabedoria cética: incapaz de refutar o experimento, pega-se qualquer bobagem e diz-se as bobagens habituais. Aviso aos navegantes: Crookes só estudou duas médiuns jovens (Florence Cook e Rosina Showers), sendo que a primeira ele a validou e a segunda foi descartada como fraude. E nenhuma das duas era necessariamente atraente (a segunda era uma gorda...). Os demais médiuns eram homens e mulheres maduras e casadas. Mas um cético tem permissão de falar sem provar nada, certo?
O ENCOSTO escreveu:Massimo Polidoro é Diretor de Executivo de CICAP (o Comitê italiano para a Investigação de Reivindicações do Paranormal), representante europeu para a Fundação de James Randi Educacional, autor de vários livros que lida com exame crítico de reivindicações paranormais e um estudante diplomado em psicologia na Universidade de Pádua. Ele está trabalhando atualmente em um projeto para Prometheus Books sobre a estranha amizade entre Harry Houdini e Senhor Arthur Conan Doyle.
Lógico que ele tem de achar estranho: apesar de tudo, Houdini não era necessariamente contra o Espiritismo e sim contra os canalhas. O próprio Houdini sentia que havia algo de verdadeiro na mediunidade (como ele próprio sentiu quando contatou o espírito de sua mãe que o salvou de se afogar num rio congelado).
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Fabi escreveu::emoticon5: Ele é inteligente, agora parece que o videomaker e ele se conhecem, mas o videomaker tá bancando o mal caráter nessa história, pra que falar da vida pessoal dele? Isso é mal caratismo. Só porque o encosto não concorda com o espiritismo? E aí ele fica falando que o encosto é magrelo, diz o nome dele aqui no RV. Pra você ver como caráter não tem nada a ver com religião.
Pronto! Mais uma que gamou no meu Encostado!
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
Judas escreveu:Estou estupefato!!!Como são científicos e confiáveis estes experimentos de Crookes !!! Por que será que só a comunidade científica não enxerga isso??![]()
Depois os espíritas ficam reclamando quando são taxados de CRENTES.
Pior é eles ficarem choramingando por ai que os céticos e cientistas não reconhecem os grandiosos experimentos científicos, realizados para provar a existências das sandices espiritistas.
Que somos maus como o pica-pau, e batemos pé e fazemos beicinho: Não quero, não quero, não quero!!!
Ninguém merece.

Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Anna escreveu:Judas escreveu:Estou estupefato!!!Como são científicos e confiáveis estes experimentos de Crookes !!! Por que será que só a comunidade científica não enxerga isso??![]()
Depois os espíritas ficam reclamando quando são taxados de CRENTES.
Pior é eles ficarem choramingando por ai que os céticos e cientistas não reconhecem os grandiosos experimentos científicos, realizados para provar a existências das sandices espiritistas.
Que somos maus como o pica-pau, e batemos pé e fazemos beicinho: Não quero, não quero, não quero!!!
Ninguém merece.
E não é assim não?

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Anna escreveu:Judas escreveu:Estou estupefato!!!Como são científicos e confiáveis estes experimentos de Crookes !!! Por que será que só a comunidade científica não enxerga isso??![]()
Depois os espíritas ficam reclamando quando são taxados de CRENTES.
Pior é eles ficarem choramingando por ai que os céticos e cientistas não reconhecem os grandiosos experimentos científicos, realizados para provar a existências das sandices espiritistas.
Que somos maus como o pica-pau, e batemos pé e fazemos beicinho: Não quero, não quero, não quero!!!
Ninguém merece.
Muito bem, Judas e Anna. Então é assim que vocês pensam?
Vejamos se FINALMENTE eu vou conseguir que dois céticos tão bons me forneçam as refutações CIENTÍFICAS que venho desejando ver a tempos. Aqui vai o relatório de Crookes, que Polidoro teve em mãos e babou-se pela explicação de Houdini e apoiou-se no incompetente Brooke-Smith para refutá-lo.
UM EXAME CIENTÍFICO DA MEDIUNIDADE DE SRA. FAY.
Por William Crookes, F.R.S.
Editor do 'QUARTERLY JOURNAL OF SCIENCE'.
Há um ano atrás, a Sra. Annie Eva Fay veio dos Estados Unidos a este país, com boa reputação como médium para a produção de fenômenos físicos.
Ficou aparente para mim que os primeiros meios inventados pelo Sr. Varley para testar a mediunidade de Srta Cook, tiveram resultados muito satisfatórios no caso dela, como já registrado por ele em The Spiritualist, seriam os mais indicados para demonstrar se os fenômenos que aconteceram na presença da Sra. Fay eram produzidos num passe de mágica ou eram genuínos. A experiência mostrou que as melhores condições para a produção dos fenômenos mais notáveis em mediunidade da Sra. Fay são que ela devia ser isolada das outras pessoas presentes e na escuridão. Então, a fim de conseguir manifestações sob condições de teste, era necessário que a médium devia estar tão manietada que ela não pudesse se livrar sozinha ou por qualquer outro poder sem o conhecimento dos observadores. Sra. Fay é normalmente amarrada com fitas ou barbante. Eu propus manietá-la com uma corrente elétrica. Este método tem a vantagem de certeza absoluta, uma vez que, se o médium libertar suas mãos ou corpo dos fios, em estado de transe ou não, o galvanômetro do lado de fora faz os espectadores saberem o momento em que o circuito foi interrompido. Por outro lado, se os fios forem unidos, de forma que a corrente ainda possa passar, o efeito se faz ainda mais evidente pelo galvanômetro.
Na sexta-feira à noite, 19 de fevereiro (de 1875), Sra. Fay veio sozinha à minha casa, para se submeter a estes testes, na presença de vários homens de conhecido saber científico. Ela entrou na sala de visitas, e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois do que meus amigos desceram a escada para examinar o aparato elétrico e minha biblioteca, que deveria para ser usada como o gabinete escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as fecharam hermeticamente com seus anéis de sinete (cera marcada com o relevo do sinete de um anel). Eles também fecharam hermeticamente, de modo semelhante, sobre a segunda porta da biblioteca, que abre num corredor. A outra porta da biblioteca abre para o meu laboratório, em que os experimentadores permaneceriam durante os testes. Uma cortina foi então suspensa acima desta porta, para colocar a biblioteca em escuridão adequada e permitir a passagem rápida e fácil para dentro e para fora.
Acompanhar o esquema que mostra ao arranjo do aparato.
D, bateria.
F, galvanômetro.
H, controle para cortar mais ou menos a corrente a fim de regular a deflecção do galvanômetro.
E, caixa de rolos de resistência.
A e B, chaves iniciar e interromper o contato.
(A) está sempre fechada, e é usada só para corrigir ou verificar o zero.
(B) pressionada para K, põe os rolos de resistência em lugar do médium.
Os dois fios de arames em cada lado da seta vão para a médium.
(Infelizmente não tenho como postar o esquema aqui, mas acho que não fará falta)
A médium segura duas manivelas, presas aos arames abaixo da seta, fechando o circuito deste modo, e faz a lâmpada do galvanômetro ser defletida na escala. O desvio agora é ajustado, com o propósito de distribuir a corrente entre o galvanômetro e o desvio, causando uma deflecção conveniente no primeiro. Qualquer movimento da médium é agora visto por uma variação da posição do ponto de luz. Se os fios ou manivelas sofrerem um curto-circuito de qualquer forma, o ponto de luz salta fora da escala; se, por outro lado, o contato for rompido pela médium, a luz imediatamente cai para zero.
Para medir a resistência da médium, a chave, B, é fechada, o que coloca os rolos de resistência no circuito em vez da médium. As cavilhas são então tiradas até a deflecção no galvanômetro for igual àquela produzida pela médium; as resistências são então ambas equiparadas da médium e dos rolos, e os valores são lidos nos últimos.
O galvanômetro de reflexão, com o rolo de resistência e de desvio, foi colocado junto à parede no laboratório, pelo lado da cortina, e dois pequenos pedaços de arame muito espessos atravessavam a parede, e estavam firmemente soldados a duas manivelas de metal no outro lado. Estas manivelas eram para ser seguras pela Sra. Fay, cujo corpo, deste modo fechava o circuito elétrico, e deu-me uma deflecção no galvanômetro que varia com sua resistência elétrica. As manivelas de metal estavam firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em salmoura e em então segurou as manivelas, eu sempre achei que a quantia de deflecção seria muito constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta para conduzir o contacto com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantia exata de deflecção devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro; Se ela fizesse as manivelas tocarem uma com a outra a deflecção tornava-se tão grande que faria a luz pular rapidamente fora da escala; se ela deixasse de segurar as manivelas por um momento, o raio de luz vinha para o zero; se ela tentasse substituir seu corpo por qualquer coisa para estabelecer contato parcial entre as duas manivelas, aconteceriam grandes oscilações do indicativo luminoso enquanto isso estava sendo feito, tornando evidente a tentativa, uma vez depois de que as chances de mudanças teriam sido infinitas contra a quantidade certa de deflecção produzida.
Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram o que podia ser feito, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Por uma série de ajustes cuidadosos, entre cada um, eles tiveram que me perguntar qual quantidade de deflecção havia, deste modo, sido produzida no galvanômetro, eles obtiveram uma vez a quantidade de resistência igual àquela de um corpo humano. Mas para efetivar isto, teria sido impossível sem informações sobre as indicações dadas pelo galvanômetro, e tudo isso produzia as violentas oscilações do raio de luz, que denunciavam que eles estavam tentando restabelecer um novo contato por truques de algum tipo. Na sugestão de um deles, porém, é obvio que isto era apenas fonte de possível de erro, as manivelas de metal foram então pregadas agora tão mais separadamente, que ele expressou estar satisfeito com aquilo, pois nem mesmo ele, nem qualquer outra pessoa podia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca; Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários objetos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros. Nós então a pedimos para umedecer suas mãos com a salmoura e então que segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma vez uma deflecção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era suficientemente iluminado por gás para nós vermos tudo distintamente.
Nós começamos os testes às 8.55 da noite; a deflecção pelo galvanômetro era 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay, 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflecção era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57 a deflecção era 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais afastado da Sra. Fay.
Deve ficar claramente entendido que eu estava num lado da parede com o galvanômetro, que Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, soldadas aos pedaços de arame, tão firmemente que ela não podia mover suas mãos ou as manivelas dois centímetros à direita ou esquerda, e sob aquelas condições, uma mão saiu mais lateralmente da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso dois minutos depois que deixamos o quarto.
Às 8.58 a deflecção era 208°; às 8.59 era 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
Às 9 horas a deflecção era 209°; neste momento uma mão foi vista novamente sair e segurava uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I?Às 9.01 a deflecção era 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
Às 9.02 a deflecção era 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
Às 9.03, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era sabido ser parcial e via a médium como uma praga. Eu posso afirmar positivamente que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando Sra. Fay entrou no quarto.
Às 9.04 a deflecção era 213°. Eu novamente medi a resistência de corpo do Sra. Fay, e era então 6,500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia no pedaço de manto a 1,5 metros da médium, foi nos dado.
Às 9.046, a deflecção era 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana inteira de pé na abertura da cortina.
Às 9.05, o circuito vi o circuito subitamente ser interrompido. Eu entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela jazia inconsciente na cadeira, mas foi reavivada no curso de meia hora. Deste modo esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
Uma antiga peça de porcelana, em forma de um prato, foi achada no topo de minha escrivaninha na biblioteca; não estava lá antes das experiências começaram. Em minha sala de visitas de cima há um modelar que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos neste modelar estão várias peças de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay tinha estado na sala de visitas talvez uma hora antes da sessão começar, mas ela ficou lá em presença de várias testemunhas; a sala estava bem iluminada e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos veriam isto. Os pratos tinham estado naqueles modelares por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família teve ocasião de tocar neles. E um dos cavalheiros presentes disse que ele estava certo que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele olhou para o topo da escrivaninha com a intenção de colocar isto a limpo e assim descartar essa possibilidade. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar até outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
Antes de a Sra. Fay vir em casa aquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a inteligência que atuou no trabalho exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o trabalho de suas vidas. O livro Spectrum Analysis não tinha registro literário ainda, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu saiba geralmente a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e eu não tenho nenhuma razão para supor que Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que fora escrito pela pessoa particularmente presente.
Em ocasiões anteriores eu apliquei um teste elétrico para manifestações da Sra. Fay. Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. A deflecção quando ela pegou nas manivelas foi 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240°, então permaneceu fixa em 237°; A resistência da médium às 9.20 era 5,800 unidades da British Association. Batidas eram ouvidas às 9.28, quando a deflecção estava oscilando entre 215° e 245°.
Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; A resistência era 5,900. Muitas batidas eram ouvidas agora, aparentemente na porta perto da médium, mas não havia nenhum movimento da luz, o que provava que as mãos da Sra. Fay estar perfeitamente quietas.
Às 9.31 a deflecção era 234°. Ouvi a médium então suspirar e soluçar. O indicador do galvanômetro estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando agora ao mesmo tempo. Os movimentos foram então ouvidos no quarto; vários artigos eram lançados no laboratório pela abertura da cortina; O violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outros no quarto. Tudo isso enquanto o indicador luminoso permanecia muito fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas estavam acontecendo. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 nós podíamos ouvir a caixa musical sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a deflecção era 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. Ela só foi capaz de dizer, 'Estou tão cansada de segurar estas coisas. Ela estava então baqueada, mas se recuperou em pouco tempo.
No sábado, 6 de fevereiro, outra sessão experimental foi feita em minha casa. Foi um pouco às pressas, para o benefício de um eminente F.R.S., que foi incapaz de freqüentar a noite prévia. Sra. Fay era a médium. Algumas precauções extras foram tomadas. A biblioteca foi completamente revistada, as portas e janelas foram trancadas e tiras de papel engomado foram colocadas nelas. Estes pedaços de papel estavam então hermeticamente presos acima de com um anel que pertence a uma senhora presente. Depois que o teste elétrico foi aplicado, da mesma maneira que na noite anterior. Quase as mesmas coisas aconteceram, com os mesmos resultados, isto é nós não pudemos descobrir o movimento mais leve por parte da médium. Minha escrivaninha, que se fecha firmemente com uma trava, foi fechada cuidadosamente logo antes da sessão, foi encontrada ainda aberta depois que a sessão terminou. Isto ocorreu em muito pouco tempo. Ela começou às 9.15 e terminou às 9.30 da noite.
A princípio eu sempre permito aos novos médiuns que vêm a mim as suas próprias condições; pois eu não sei que fenômenos podem acontecer e aí não estou em numa posição de sugerir testes, nem, possivelmente, devia eu poder consegui-los antes dos médiuns terem confiança em mim de que eu não os acusarei de quaisquer truques, depois do que eles sempre se mostraram desejosos em me ajudar à medida que podem. Todas as manifestações dependem de condições delicadas intimamente conectadas com o estado nervoso dos sensitivos, e a maioria das manifestações são interrompidas quando qualquer coisa que acontece o incomoda.
De acordo com a nota de Burns (aprovada por Crookes), a sessão de 25 de fevereiro seguiu um curso semelhante. Ele descreve um efeito adicional não mencionado por Crookes.
A luz na escala parecida permanecer fixa o tempo todo, mas uma observação cuidadosa determinou que ela se moveu mais de uma divisão, um espaço menor que o grau em um termômetro, e atenção precisa por parte de observadores experientes revelou o fato que uma pulsação leve era notável no raio de luz, devido à respiração da Sra. Fay.
Se isto era um efeito genuíno, confirmaria além de qualquer dúvida razoável, que um ser humano estava no circuito. Claro que é sabido que debaixo de condições difíceis de observação é possível que uma oscilação aparente deste tipo pareça uma ilusão óptica. Esperamos decidir o assunto experimentalmente no tempo devido.
(A publicação The Medium and Daybreak, 12,1875 de março, pág. 161., traz o O relatório de Burns acrescenta detalhes adicionais relativos ao ambiente físico. Ele dá um plano da biblioteca de Crookes, e explica as precauções tomadas para assegurar que nenhuma pessoa estranha podia entrar na biblioteca).
Burns ficou muito impressionado pela eficácia das preparações de Crookes. Ele escreve:
A biblioteca foi minuciosamente examinada e preparada para a sessão. Sr. Crookes teria tomado tais precauções na casa do mais ardente espiritualista; ele teria possivelmente sujeitado a si mesmo a alguma pequena ofensa pelo muito que fazia. Todo canto foi examinado. As fixações da janelas-venezianas postas à mostra, a porta no corredor foi trancada e fechada hermeticamente com o selo do Sr. Bergheim. Estas precauções não foram empreendidas com a vistas a ridicularizar as condições do teste normalmente impostas nas sessões, mas na maneira mais séria e concenciosa para não deixar nenhuma brecha aberta por meio da qual se poderiam levantar suspeitas sobre a natureza dos fenômenos. As janelas teria permanecido fechadas hermeticamente também, mas depois de muita reclamação de seus convidados, Sr. Crookes em última instância cedeu, mas devido aos restos de cera e papel, nós podíamos ver que as venezianas tinham sido hermeticamente fechadas em ocasiões anteriores. As janelas dão para um jardim na frente e uma área ampla, separada da rua por uma pesada grade de ferro, de forma que uma entrada pelas janelas não só seria um feito difícil, mas altamente perigoso, pois o experimentador poderia ele próprio acabar nas mãos da polícia.
Para nosso conhecimento, só dois métodos foram propostos por meio dos quais o médium podia ter enganado. Podmore, em Modern Spiritualism, Vol. 2, Methuen, Londres, 1902, pág. 158, faz estas observações:
Desta nota [isto é aquela de James Burns] não dá a entender que quaisquer precauções foram tomadas para assegurar que mãos da Sra. Fay estavam realmente no circuito; se um rolo de resistência fosse preso às manivelas, só teria sido necessário ao médium na luz fraca para colocar suas mãos perto delas durante a inspeção momentânea do Sr. Crookes. Para descobrir um artifício do tipo provavelmente praticado, teria bastado nada menos que uma inspeção cuidadosa em plena luz.
Se Crookes fosse descuidado quase ao ponto da imbecilidade, esta explicação podia explicar o teste descrito por Burns, como o posteriormente descrito. Mas, a menos que nós estejamos preparados para acreditar que Podmore tinha que ter explicação natural a todo evento, não fica claro por que ele limitou sua atenção para a sessão de Burns1. Na sessão descrita por Crookes, dois Membros da the Royal Society, ambos experimentadores experientes e um, pelo menos, como nós sabemos de suas cartas anteriores, nos fenômenos de Fox (vejam pág. 41), tomaram muito cuidado com artifícios. Ele estava ainda presente na biblioteca com Crookes quando Sra Fay pegou as manivelas, e gastaram os minutos precedentes na procura por um método possível de fraude. A sugestão do Podmore não pode ser descartada como uma impossibilidade absoluta mas, como tantas de tais sugestões. postula um grau de incompetência por parte dos experimentadores que parece quase mais incrível que os efeitos paranormais descritos. É como Crookes disse, em outra ocasião:
Meus críticos não me darão crédito para a posse de um mínimo de bom senso? E eles não podem imaginar que as precauções óbvias que lhes ocorrem, tais como as que eles usam para apontar falhas em minhas experiências, não teriam também me ocorrido no curso da investigação prolongada e paciente?
(Podmore tendeu bastante para explicações ‘fáceis’ e negligenciou a evidência inconveniente. Cf. Análise do Padre Thurston do tratamento de Podmore aos testes de acordeão de D. D. de Home: The Church and Spiritualism, Milwaukee, 1933, Capítulo IX, e especialmente pág. 173.)
A outra explicação é a de Houdini, já citada.
E para terminar. Polidoro cita um monte de textos sobre exposições da Ana Eva Fay feita por aqueles autores e mágicos. Faltou ele explicar porquê Maskelyne recusou um trabalho tão simples, mesmo sendo bem remunerado.
Fala-se do desafio do Randi... Bem, vamos ver como a história da Ana Eva Fay termina:
Dr Carpenter, um velho inimigo de Crookes, lançou um ataque direto em Nature, baseado no patrocínio de Crookes à Sra Fay. Parece que Crookes, cuja habilidade na conduta de controvérsia ácida era de uma alta ordem, não teve grande dificuldade em repelir o ataque. As alegações do Dr Carpenter provocaram a carta da Sra Fay ao The Banner of Light. O final dela é:
"(...) em resposta à declaração do Dr. Carpenter que uma oferta foi feita por meus gerentes em maio, 1875, de uma soma de equivalente de dinheiro para mim expor todos os meus truques, eu agora direi para o Dr. Carpenter, como eu fiz para meus gerentes, eu não tenho nada para expor.
Estou de posse de uma carta, datado de 18 de novembro, 1877, perguntando a mim se eu considerarei um preço para visitar a Inglaterra sob do título de uma Exposee, e mostre como eu deveria ter enganado os membros da Sociedade Real.
Minha resposta é como segue:—
'Tão pobre quanto sou, e tão esperta quanto eu deveria ser como sugerido pelo Dr. Carpenter e outros, eu sou obrigada a recusar sua tentadora proposta para encher minha bolsa tentando impossibilidades. Eu sinceramente tenho esperança de poder me sustentar e a meu filho em uma ocupação mais ilustre'.
Akron, Ohio, 10 de dezembro, 1877.
Annie Eva Fay."
Dá para os céticos me explicaram como é que ela "confessou" sua fraude a Houdini de graça, quando poderia fazer o mesmo na Inglaterra e ainda ficar com a bolsa cheia de grana?
DIG escreveu:Judas escreveu:Estou estupefato!!!Como são científicos e confiáveis estes experimentos de Crookes !!! Por que será que só a comunidade científica não enxerga isso??![]()
Pois é.
Acontece que ela está sendo manipulada pelo malvados ateístas
Não mais do que a opinião das diversas denominações cristãs e outras pelos seus respectivos clérigos...
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com espirit
"Houdini teve uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma alegada conversação com Sra Fay.
‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, terminou com uma exposição do trabalho dela, que se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou em sua clemência e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela teve a pior chance no mundo de o conseguir pelo galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para o enganar.'
* O 'galvanômetro' é um instrumento usado controlar a médium. É um dispositivo elétrico fornecido com um sintonizador e duas manivelas, é construído de forma que se o médium soltar-se de qualquer uma das manivelas, o contato estaria interrompido e "o sintonizador registraria a falha. A médium, para enganar o pesquisador, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intato e pos a mão livre para fora e assim produziu o “espírito”. (Nota de rodapé do Houdini.)"
Se Houdini realmente declarou isso, ele mentiu descaradamente.
Para confirmar isso, gostaria de ver sua fonte em ingles. Algum site cético deve ter publicado este depoimento com a tentativa de desmascarar Crookes. Coloquei no google os termos electric light crookes Eva para ver se encontrava algo, mas não achei nada.
Pode mostrar suas fontes?
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com espirit
A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca; Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários objetos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros. Nós então a pedimos para umedecer suas mãos com a salmoura e então que segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma vez uma deflecção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era suficientemente iluminado por gás para nós vermos tudo distintamente.
Primeiro, ela foi ate seu posto, ai deixaram tudo escuro e só depois ela mergulhou as mãos na solução e fechou o circuito.
É isso?
Se for, o teste é muito amador.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com espirit
A outra explicação é a de Houdini, já citada.
E para terminar. Polidoro cita um monte de textos sobre exposições da Ana Eva Fay feita por aqueles autores e mágicos. Faltou ele explicar porquê Maskelyne recusou um trabalho tão simples, mesmo sendo bem remunerado.
Fala-se do desafio do Randi...
Exatamente. O desafio de Randi.
Dá para os céticos me explicaram como é que ela "confessou" sua fraude a Houdini de graça, quando poderia fazer o mesmo na Inglaterra e ainda ficar com a bolsa cheia de grana?
Quem sabe é porque ela ganharia muito mais continuando com a sua tour. Ou treinando outra pessoa de confiança para continuar após sua parada.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
O ENCOSTO escreveu:"Houdini teve uma explicação alternativa para o teste elétrico. Em Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), ele reporta uma alegada conversação com Sra Fay.
‘Ela me disse que quando Maskelyne, o mágico, terminou com uma exposição do trabalho dela, que se viu forçada a recorrer a uma estratégia. Indo à casa do Professor Crookes, ela se lançou em sua clemência e fez uma série de testes especiais. Com um lampejo nos olhos ela disse que se aproveitaria dele. Parece que ela teve a pior chance no mundo de o conseguir pelo galvanômetro* mas por um golpe de sorte para ela e azar para o Professor Crookes, a luz elétrica falhou por um segundo no teatro em que ela estava se apresentando e ela aproveitou a oportunidade para o enganar.'
* O 'galvanômetro' é um instrumento usado controlar a médium. É um dispositivo elétrico fornecido com um sintonizador e duas manivelas, é construído de forma que se o médium soltar-se de qualquer uma das manivelas, o contato estaria interrompido e "o sintonizador registraria a falha. A médium, para enganar o pesquisador, simplesmente colocou uma das manivelas na dobra nua de seu joelho e a manteve presa lá e assim, com sua perna, manteve o circuito intato e pos a mão livre para fora e assim produziu o “espírito”. (Nota de rodapé do Houdini.)"
Se Houdini realmente declarou isso, ele mentiu descaradamente.
Para confirmar isso, gostaria de ver sua fonte em ingles. Algum site cético deve ter publicado este depoimento com a tentativa de desmascarar Crookes. Coloquei no google os termos electric light crookes Eva para ver se encontrava algo, mas não achei nada.
Pode mostrar suas fontes?
A fonte em inglês que tenho é um texto que eu e o Vitor traduzimos, mas que ainda não está disponível (estou sem o nome dele agora, mas eu posso lhe passar depois). De qualquer forma, você já tem a referência do livro de Houdini: Magician Among the Spirits (Harper, Nova Iorque, 1924, pág. 204), veja se acha alguma coisa por aí, ou com o nome Houdini apenas.
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
O ENCOSTO escreveu:A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca; Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários objetos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros. Nós então a pedimos para umedecer suas mãos com a salmoura e então que segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma vez uma deflecção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era suficientemente iluminado por gás para nós vermos tudo distintamente.
Primeiro, ela foi ate seu posto, ai deixaram tudo escuro e só depois ela mergulhou as mãos na solução e fechou o circuito.
É isso?
Se for, o teste é muito amador.
Considerando que tiveram de medir a distância entre a médium e de objetos deixados ali e em posição definida, é mais provável que a iluminação tenha sido dimuída ao final e não no início, pois até este passo, não era necessária a escuridão e atrapalharia todo o processo. Acho que quem lê deveria ser um pouco mais esperto para saber isso... a menos que queria procurar pêlo em ovo e caspa em bola de bilhar para dizer:
_ Achei! Isso prova que o experimento foi falho!
Você já viu que não tinha jeito de substituir a médium por um resistor qualquer, portanto esse passo não comprometeria o experimento.
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
A outra explicação é a de Houdini, já citada.
E para terminar. Polidoro cita um monte de textos sobre exposições da Ana Eva Fay feita por aqueles autores e mágicos. Faltou ele explicar porquê Maskelyne recusou um trabalho tão simples, mesmo sendo bem remunerado.
Fala-se do desafio do Randi...
O ENCOSTO escreveu:Exatamente. O desafio de Randi.
Este é um desafio ao inverso: tratava-se de mostrar como é que, por meios ilusionistas, ela fraudou o experimento.
Dá para os céticos me explicaram como é que ela "confessou" sua fraude a Houdini de graça, quando poderia fazer o mesmo na Inglaterra e ainda ficar com a bolsa cheia de grana?
O ENCOSTO escreveu:Quem sabe é porque ela ganharia muito mais continuando com a sua tour. Ou treinando outra pessoa de confiança para continuar após sua parada.
Ô meu! Está concordando comigo que Polidoro de fato é mentiroso? Não cita ele que ela jamais se declarava médium, nem espiritualista, e ainda por cima chamava sua platéia de tola e crédula? Além disso, veja só que o Zangari tinha até proposto me possibilitar contato com mágicos (depois parece que se arrependeu da oferta), mas cobrava de mim garantias de que eu manteria sigilo sobre o que ficasse sabendo das artes mágicas (quer dizer, eu não poderia dar uma de Mister M). Ela poderia fazer o mesmo: revelaria seus truques aos mágicos, receberia o prêmio e eles ficariam sabendo de novas artes com as quais poderiam desmascarar os médiuns...
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Re: Re.: KARDECISMO - William Crookes e seus estudos com esp
Botanico escreveu:
Considerando que tiveram de medir a distância entre a médium e de objetos deixados ali e em posição definida, é mais provável que a iluminação tenha sido dimuída ao final e não no início, pois até este passo, não era necessária a escuridão e atrapalharia todo o processo.
O relatorio diz que eles PEDIRAM (porquê eles mesmos não fizeram isso?) para ela umedecer as mãos e depois segurar os dispositivos DEPOIS de realizado as medições.
Acho que quem lê deveria ser um pouco mais esperto para saber isso... a menos que queria procurar pêlo em ovo e caspa em bola de bilhar para dizer:
Pois é. É tão banalizado materialização de espiritos a ponto de ver um em cada esquina. Quem duvida disso após ler relatos (repletos de erros bobos como esse) está tentando achar pelo em ovo. Claro.
_ Achei! Isso prova que o experimento foi falho!
Sorte a sua que, segundo a sua maxima, se este for falho, todos os outros ainda são verdadeiros.
Você já viu que não tinha jeito de substituir a médium por um resistor qualquer, portanto esse passo não comprometeria o experimento.
Claro. Crookes disse que não tinha jeito. Se ele disse, tá dito.
Isso se a medium for a responsavel por fechar o circuito com suas mãos. Ao que tudo indica, ninguém viu já que tudo estava escurinho.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”