O ENCOSTO escreveu:Benetton escreveu:O ENCOSTO escreveu:Benetton escreveu:Caso correlato :Carta psicografada ajuda a inocentar ré por homicídio no RSTranscrições foram usadas no processo em que mulher de 63 anos era acusada de mandar matar tabelião em Viamão (RS)
Textos atribuídos à própria vítima foram aceitos pela juíza por terem chegado no prazo; acusação não pediu impugnação do documento
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE (...)
Li sobre este caso e ele não gerou tanta polemica no RS.
Eu respondi isso no topico citado acima:
Promotora não acredita que texto ajudou na absolvição
Desde às 9h de quinta-feira, as atenções na cidade se voltaram para o julgamento de Iara. Durante os debates, Costantino sacou aquilo que considerava um trunfo: a carta supostamente psicografada pelo morto. O texto não dizia que Iara era inocente, mas dizia que "orava diariamente" por Iara e que esperava pela "verdade". No final da tarde de ontem, a sentença: os jurados absolveram a acusada por cinco votos contra dois.
- Acho foi o ponto de desequilíbrio no julgamento. Na saída, várias pessoas comentaram comigo sobre a carta. Não sou espírita, mas estudei espiritismo para este júri - explicou Constantino.
Para a promotora Luciane Feiten Wingert, que pleiteava a condenação de Iara, a carta psicografada por Jorge José Santa Maria, da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, não teve maior importância.
- Não acredito que ela tenha sido absolvida pela carta. Acho que pesou mais a declaração do caseiro, que já foi condenado - opinou Luciane.
Como os jurados não fundamentam seus votos, é improvável que se descubra o real peso da mensagem lida em plenário. Conforme a juíza da 1ª Vara do Júri Jaqueline Höfler, o documento foi anexado em tempo legal e a parte contrária não o impugnou.
Retirado do Jornal Zero Hora.
Ok, Encosto. Nos meus posts anteriores tenho reafirmado que as cartas não passam de coadjuvantes. Elas só podem ter algum valor se estiverem em consonância com as provas materiais. Isoladamente, não são provas cabais, apenas oferecem um caminho para os autos. Daí, a necessidade de comprovação dos indícios pelos peritos, depoimentos, etc.
São tão relevantes quanto a leitura na borra de café.
Cabe ao bom senso decidir se isso deve ou não ser utilizado dentro dos tribunais. Imagine quantos outros processos similares de paranormalidade existem nesse mundo...
Não é bem assim. Juristas, Advogados, Juízes já se pronunciaram a respeito, e parte deles aceitam como peça corroborativa dos processos. Repito o que já postei antes :
O advogado criminalista Roberto Podval concorda que a psicografia não pode ser utilizada como única prova objetiva no Direito.
“Materialmente falando, isoladamente não é prova válida. Mas pode ter um caráter subjetivo e indicar ao juiz algum caminho.” E de acordo com o Juiz Federal aposentado Zalmino Zimmermann, são cada vez mais comuns casos de Juízes que aceitam cartas psicografadas como provas.
“Claro que depende da qualidade e da autenticidade da prova”, explicou. "Os casos, porém, não estão catalogados para consulta em separado", disse o Juiz.
Sim, existem vários fenômenos de paranormalidade e que já fazem parte do processo anterior ao Julgamento. Vejamos :
Embora essa possibilidade esteja fora do alcance dos Tribunais, já existe catalogado, na Inglaterra, o caso do pesquisador Montague Keen (já falecido), cujo teor cita um caso bem extraordinário de um psíquico ajudando, com eficácia, a polícia :
http://www.survivalafterdeath.org/artic ... sponse.htm
"...a young woman whose brutally murdered body was found by a police detective who broke into her apartment in West London in February 1983. The detective spent five hours examining and recording every aspect of the body and the apartment. A few days later, accompanied by a colleague, he visited the home of a young Irish woman who was among the scores of members of the public to have responded to one of a large number of offers from the public for information.
The Irish woman described to the two policeman how she had been assailed over the weekend following the murder by a voice identifying itself as the murdered woman, albeit by her maiden name which had not been made public. In the course of the interview she gave some 150 pieces of evidence, almost all of it accurate, save for a few instances where the information was unprovable, but consistent. The medium's informant gave details of the precise circumstances of the murder, the clothing and jewellery of the dead woman, her activities on and before the day of the murder, the names of her closest relatives and friends, the appearance, age, habits, Christian name and unique nickname of the murderer. To dispel the obvious doubts of the police officers, and prompted by her discarnate informant, she proceeded to give the assistant officer three highly accurate pieces of information about himself which not merely astonished him but changed his entire belief system for life.
Some of the information could have been drawn from the mind of the policeman whose notes confirmed the accuracy of her descriptions. Some of it - the location of her friend's house, her pending divorce, fits of depression, the conduct of the murderer in her flat and in his getaway car after the killing, the length of time she had known the murderer, the tattoos on his arm, the description of his girlfriend, the false insurance claim he had recently made etc - was unknown to the officers, although subsequently verified. Some of it - the full name of a woman friend - was not confirmed as accurate until eighteen years later.
The murderer, a petty criminal known to the police, was not a suspect and had an alibi. Evidence from a murdered woman via a medium is not admissible in UK Courts. The case was cold stored until 2,000 when advances in DNA technology enabled the police to produce evidence which determined the fate of the killer, now serving a lengthy prison sentence. The crucial evidence was provided by the murderer's discarded pullover, rescued from a dustbin by the investigating police officer solely because of the impressive accuracy of the medium's information. The notes of his interview, along with the medium's semi-entranced drawing on which she wrote the murderer's nickname, and the cryptic address of a location which was found years later to have been the most likely hiding place of the stolen jewellery, were carefully preserved by the officer who, together with his colleague, and the medium, have testified to the accuracy of this evidence.
Thus far the case has been reported only obscurely, in an article by the police officer principally involved, in a privately circulated police magazine. What makes it so damaging to the super-psi case is the extravagance of the assumptions that have to be made to avoid postulating an intelligent deceased and clearly identifiable communicator. Here is a case where fraud and straightforward mind-reading from the living can be immediately eliminated as inconsistent with known and unchallengeable facts. Cold reading, body language, and the customary litany of feeble explanations employed by sceptics to account for veridical evidence clearly have no place here: there was no-one's mind to read for much of the evidence, even if one assumes that some of it was dragged from the reluctant depths of the murderer's own psyche. The medium was unknown to the victim, so far as is known; but even assuming that to be untrue, and positing ample cryptomnesic prowess by the medium, it could not accurately reveal facts unknown to anyone alive when the information was transmitt..."
Outro caso :
O caso de Montague Keen acima referenciado já seria um exemplo. Mas vamos a outros. O problema é que esses casos não são amplamente divulgados e talvez até mesmo a Polícia, como Instituição, evite de reconhecer publicamente a ajuda que recebe de paranormais, que podem ser médiuns ou não, face ao preconceito ainda existente nesses casos, e mesmo porque teria que admitir, ainda que parcialmente, sua incapacidade de resolver alguns casos complicados, por seus próprios méritos.
O parapsicólogo Willem Tenhaeff e Gerard Croiset, um dos mais testados agentes psi de todos os tempos, constituem um dos raros e bem sucedidos casos de parceria na investigação qualitativa dos fenômenos paranormais.
Desde 1946, Croiset submeteu-se a numerosos testes com Tenhaeff e outros parapsicólogos de diversos países. Também ajudou a polícia, não só da Holanda, mas de outros países da Europa, assim como dos Estados Unidos, na solução de crimes misteriosos, empregando a sua aptidão psi.
Croiset preferia ser consultado por telefone, porque, segundo ele, este procedimento eliminava influências estranhas e reduzia a confusão ou sobreposição de impressões. E não aceitava pagamento pelos seus serviços, ainda mesmo quando consultado pela Polícia, alegando que utilizava seus poderes em benefício da humanidade. Por isso, disse uma vez:
Croiset visualizava imagens, colhidas da memória das pessoas que o consultavam. Algumas vezes essas imagens surgiam ante a sua visão em grande velocidade. Por isso, ele não pensava com palavras, mas com imagens. Como já observara H. H. Price, os métodos educacionais modernos desencorajaram o pensamento por imagens, substituindo-o pelo pensamento por palavras.
Croiset descrevia, com assombrosa precisão, os locais onde as pessoas desaparecidas tinham passado e onde naquele momento se encontravam, as roupas que trajavam, onde, em caso de morte, os seus corpos se achavam ou seriam achados. Também com idêntica precisão, localizava animais e objetos perdidos. Em algumas ocasiões, Croiset se equivocava, mas quase sempre isso ocorria nos pequenos detalhes.
POLLACK, Jack Harrison – Croiset the Clairvoyant. Doubleday & Company Inc, Garden City, New York. 1964.