Folheto GLBT orienta uso de drogas

[Alter-ego]

Panfleto para Parada [Homossexual] orienta como cheirar cocaína

DANIEL BERGAMASCO
da Folha de S.Paulo 08/06/2007

Impresso em 40 mil exemplares, um panfleto produzido para ser distribuído na Parada do Orgulho GLBT de São Paulo orienta os participantes sobre o uso de cocaína.

"Para cheirar, prefira um canudo individual a notas de dinheiro", diz o material, que também traz dicas sobre outras drogas: "Faça uma piteira de papel se for rolar um baseado"; "Compartilhe a droga, nunca o material a ser
usado".

A cartilha estampa o selo colorido do governo federal, aquele do slogan "Brasil - Um País de Todos". O Ministério da Saúde confirma que os dados utilizados no texto são coerentes com a sua política de redução de danos.

Também estão impressos na cartilha logotipos dos programas contra DST/Aids do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo, do Ministério do Turismo e da Embratur. Entretanto, segundo as respectivas assessorias de imprensa, os
órgãos não tiveram participação na elaboração do material.

O panfleto --que, dobrado em quatro partes, forma uma cartilha de oito páginas-- começou a ser distribuído ontem, durante a Feira Cultural GLBT (sigla para Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros) , no vale do Anhangabaú (região central), principal evento paralelo à parada. A distribuição continuará no domingo, quando a parada deverá reunir 3 milhões de pessoas, segundo estimativa dos organizadores.

Regina Fachini, vice-presidente da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, diz que o objetivo do texto é "alertar para o risco de contaminação durante o uso de drogas, de acordo com dicas do Ministério da Saúde". "É a idéia de redução de danos para afastar riscos de doenças transmissíveis, como a Aids", diz Fachini.

Investigação

O material elaborado pela organização da Parada Gay é criticado pelo delegado Wuppslander Ferreira Neto, do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), que diz que investigará o evento para checar se existe facilitação ou omissão ao tráfico de drogas.

"O lançamento de um panfleto assim mostra que a parada reconhece que lá vai se usar cocaína e maconha", diz o delegado. "Esse panfleto é uma aberração. É um incentivo ao uso de drogas e ao tráfico, que são crimes. A preocupação
em alertar para cuidados de higiene não pode ser maior que a preocupação sobre o uso de drogas."

Médicos infectologistas ouvidos pela Folha divergem sobre a política de "redução de danos". "Particularmente, sou radicalmente contra o uso de droga em si. Não trabalho com hipóteses de redução de danos", diz David Uip. "O ideal é não usar droga nenhuma, mas a divulgação dos cuidados é positiva
para minimizar problemas", diz Hélio Vasconcelos Lopes.

A cartilha, que defende o uso de preservativos e fala sobre anabolizantes, tem outra dica polêmica, que diz: "Quanto mais cedo você souber se tem o HIV, mais tarde começará a tomar a sua medicação".

[aknatom]

Qual sua opinião sobre o panfleto Igor?

[Alter-ego]

Qual sua opinião sobre o panfleto Igor?

Se a informação é veridica, na totalidade, também sou contra.
Política de redução de danos, realmente não pode ser maior que a política de combate ao tráfico.

[aknatom]

Me pergunto até que ponto vale esse tipo de hipocrisia. É a mesma coisa que não falar de camisinha e sexo seguro com a tua filha porque vc não quer "incentivar" ela a fazer sexo. Ela vai fazer de qualquer jeito, o melhor que vc tem a fazer é minimizar o problema.
Ou então, pra ficar melhor ilustrado, aquela história vc vai ser corno mesmo, então telefona pra casa uns 15 minutos anytes de chegar que pelo menos não dá de cara com o Ricardão...

[Lúcifer]

Acredito que o Brasil não está preparado sociologicamente para se ter uma informação destas.
O que acontece é que no grupo sempre vai haver alguns drogados, isso é logico. O que o informativo queria esclarecer é para que os viciados não se contaminassem e não contaminassem os outros. Pura informação de prevenção abordando justamente aqueles que já estão no vício.
Mas, ao que parece, a mentalidade ainda é meio curta para se entender nas entrelinhas.

[RicardoVitor]

Surreal.

[Apocaliptica]

Aberrações provenientes do choque de valores. Sempre vão causar polêmica.

[Alter-ego]

Achei o link:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 2817.shtml

[Alter-ego]

E também achei isto:

Parada Gay suspende entrega de panfleto que orientava sobre uso de cocaína
DANIEL BERGAMASCO
da Folha de S.Paulo

Os organizadores da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo --que ocorre amanhã, das 13h30 às 22h, saindo da avenida Paulista-- suspenderam a distribuição dos 40 mil panfletos que estampavam orientações sobre o uso de cocaína.

O texto dizia: "Para cheirar, prefira um canudo individual a notas de dinheiro". O material também dava dicas sobre uso de maconha ("Faça uma piteira de papel só para você quando for rolar um baseado").

O comunicado da associação critica reportagem da Folha, publicada ontem, que reproduziu as informações da cartilha. A nota diz que o texto teve "caráter preconceituoso, alarmista e pouco informativo" e que os panfletos "são dirigidos a públicos específicos" --apesar de a distribuição ter sido aberta para todos os visitantes da Feira Cultural GLBT, realizada na quinta-feira, e prevista para continuar na Parada Gay, cujo público esperado é de 3 milhões de participantes.

No comunicado, a associação diz que retomaria "a veiculação do panfleto apenas mediante manifestação específica dos parceiros governamentais responsáveis pela política de saúde de redução de danos".

O argumento da associação em defesa do panfleto é o de que ele auxilia pessoas que são usuárias de drogas a evitar doenças como Aids e hepatite.

A cartilha estampa os selos de programas de DST/Aids dos governos estadual e municipal e também a logomarca do governo federal e do Ministério do Turismo.

Na noite de ontem, o Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, e a Coordenação Estadual de DST e Aids de São Paulo, do governo estadual, enviaram comunicado defendendo a política de redução de danos.

Observam, no entanto, que "alguns dos termos utilizados no folheto são adaptações dos termos contidos nos manuais de redução de danos". Na nota, os órgãos defendem a suspensão da distribuição do material até que os termos utilizados sejam avaliados tecnicamente.

A Secretaria Estadual de Saúde informa também que pediu a suspensão da cartilha porque não autorizou a impressão de seu logo.

Ilegal

Ontem, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que o "panfleto é ilegal". "É evidente que a prefeitura jamais autorizaria o seu logotipo em um panfleto como esse", disse o prefeito de São Paulo.

Em nota, a Aborda (Associação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos) defendeu as dicas da cartilha: "As ações de promoção de saúde devem levar em consideração a realidade, e não nossos desejos de um mundo ideal e perfeito".

[o anátema]

Eu acho que deveriam dar um panfleto escrito: "diga não às drogas", com os diversos malefícios e todos dados científicos pertinentes. Com certeza todos iriam ler, parar de se drogar, o tráfico acabaria, e economizaria muito mais dos cofres públicos do que apenas ensinar as coisas relacionadas a como se drogar sem propagar doenças.

[Sorrelfa]

legalize Já



o resto é conversa fiada !!!

[o anátema]

A cartilha, que defende o uso de preservativos e fala sobre anabolizantes, tem outra dica polêmica, que diz: "Quanto mais cedo você souber se tem o HIV, mais tarde começará a tomar a sua medicação".

???

[RicardoVitor]

Quem quiser se matar nas drogas, que se mate. Não é papel do Estado gastar dinheiro da população trabalhadora para ficar ensinando marmanjo sobre o que deve fazer ou não com a sua saúde. O que é surreal é que está se fazendo exatamente o contrário: gastando dinheiro público para ensinar marmanjo COMO acabar com a sua saúde. É o absurdo em dobro. Em triplo, quando novamente se utiliza o dinheiro do trabalhador para salvar a vida desse bando de drogados, em clínicas de recuperação estatais.

[Sorrelfa]

Quem quiser se matar nas drogas, que se mate. Não é papel do Estado gastar dinheiro da população trabalhadora para ficar ensinando marmanjo sobre o que deve fazer ou não com a sua saúde. O que é surreal é que está se fazendo exatamente o contrário: gastando dinheiro público para ensinar marmanjo COMO acabar com a sua saúde. É o absurdo em dobro. Em triplo, quando novamente se utiliza o dinheiro do trabalhador para salvar a vida desse bando de drogados, em clínicas de recuperação estatais.

endosso !

E penso que o estado deveria se negar a prestar tratamento medico no Sus para usuarios de drogas.

[Lúcifer]

Quem quiser se matar nas drogas, que se mate. Não é papel do Estado gastar dinheiro da população trabalhadora para ficar ensinando marmanjo sobre o que deve fazer ou não com a sua saúde. O que é surreal é que está se fazendo exatamente o contrário: gastando dinheiro público para ensinar marmanjo COMO acabar com a sua saúde. É o absurdo em dobro. Em triplo, quando novamente se utiliza o dinheiro do trabalhador para salvar a vida desse bando de drogados, em clínicas de recuperação estatais.

endosso !

E penso que o estado deveria se negar a prestar tratamento medico no Sus para usuarios de drogas.

Agora, olhando para o outro lado, o que gastaria menos: Tratar apenas de um usuário ou de vários que pegou algum tipo de doença com aquele indivíduo?

A abordagem pode até ser estranha mas é realista. Dizer que ninguém mais ira se drogar é utópico. O que pode ser feito para amenizar um pouco é o cara se drogar com responsabilidade, não envolvendo mais ninguém com ele.

Resumindo, é mais barato tratar de um usuário do que muitos usuários que adoeçeram por causa daquele indivíduo.

[RicardoVitor]

É mais barato não tratar nenhum drogado. Quem quiser compartilhar droga, ou fazer sexo sem proteção, que faça, mas não queira que o restante pague pela sua irresponsabilidade.

[Ahura-Mazda]

É mais barato não tratar nenhum drogado. Quem quiser compartilhar droga, ou fazer sexo sem proteção, que faça, mas não queira que o restante pague pela sua irresponsabilidade.

Usuário não é contribuinte? E os que sofrem os efeitos do uso do álcool ou do tabaco, devem ser excluidos também?

[Lúcifer]

Ao Ricardo Vitor

Sinto muito mas você está sendo muito radical.
Que as pessoas erram, é normal mas veja; o que é o vício em sua percepção mais simples: Uma fuga da realidade.
Infelizmente, existem pessoas que não são tão fortes psicologicamente e necessitam de um escape para se sentirem melhor. Alguns escolhem cocaína; outros maconha, outros chocolate e etc.

Se for seguir o seu pensamento, então todas as outras pessoas que procuram um escape e adoeçem não deveriam ter cuidados médicos.
Para quem é chocólatra, pode acabar desenvolvendo diabetes. Os viciados em alcool, cirrose e etc. Quer dizer então que esses tipos de pessoas também não deveriam ter atendimento médico?

Só que tem uma coisa: viciados ou não em drogas e entorpecentes, de uma forma ou outra, eles pagam impostos e, consequentemente tem direito a assistência médica sim. E negar assistência médica a quem se precisa fere os Direitos Humanos. Se as pessoas a que são submetidas o tratamento fossem bandidos, eu mandaria pra pqp mas os usuários não devem receber esse tratamento negativo e sim, terem o tratamentod médico necessário e auxílio psicológico para não voltar a essas merdas.

[RicardoVitor]

Ao Ricardo Vitor

Sinto muito mas você está sendo muito radical.
Que as pessoas erram, é normal mas veja; o que é o vício em sua percepção mais simples: Uma fuga da realidade.]

Uma concepção arbitrária.

Infelizmente, existem pessoas que não são tão fortes psicologicamente e necessitam de um escape para se sentirem melhor. Alguns escolhem cocaína; outros maconha, outros chocolate e etc.

Que escolham. Cada um sabe seus limites e responsabilidades.

Se for seguir o seu pensamento, então todas as outras pessoas que procuram um escape e adoeçem não deveriam ter cuidados médicos.

Cuidados médicos estatais, não.

Para quem é chocólatra, pode acabar desenvolvendo diabetes. Os viciados em alcool, cirrose e etc. Quer dizer então que esses tipos de pessoas também não deveriam ter atendimento médico?

Não deveriam. Qual o argumento para defender que os que tomam as devidas precauções deveriam pagar pelo tratamento daqueles que, conscientemente, não se cuidam?

Só que tem uma coisa: viciados ou não em drogas e entorpecentes, de uma forma ou outra, eles pagam impostos e, consequentemente tem direito a assistência médica sim.

Petição de princípio.

E negar assistência médica a quem se precisa fere os Direitos Humanos.

Fere? Quem disse? A única forma de ferir seria se caso se proibisse tal assistência médica. O indivíduo é livre para buscar tratamento. Ninguém deve ser obrigado a pagar por seu tratamento, a enfermidade é uma condição natural. Quando uma pessoa se expõe a tal risco, tem que saber que há consequências, que terá que arcar pelos seus atos.

Se as pessoas a que são submetidas o tratamento fossem bandidos, eu mandaria pra pqp mas os usuários não devem receber esse tratamento negativo e sim, terem o tratamentod médico necessário e auxílio psicológico para não voltar a essas merdas.

Por que?

[Lúcifer]

Ao Ricardo Vitor

Sinto muito mas você está sendo muito radical.
Que as pessoas erram, é normal mas veja; o que é o vício em sua percepção mais simples: Uma fuga da realidade.]

Uma concepção arbitrária.

Com certeza

Infelizmente, existem pessoas que não são tão fortes psicologicamente e necessitam de um escape para se sentirem melhor. Alguns escolhem cocaína; outros maconha, outros chocolate e etc.

Que escolham. Cada um sabe seus limites e responsabilidades.

Nem todos tem esse discernimento. E, mesmo que o tivessem, já está influenciado pela droga o que dificulta parar.

Se for seguir o seu pensamento, então todas as outras pessoas que procuram um escape e adoeçem não deveriam ter cuidados médicos.

Cuidados médicos estatais, não.

Por que?

Para quem é chocólatra, pode acabar desenvolvendo diabetes. Os viciados em alcool, cirrose e etc. Quer dizer então que esses tipos de pessoas também não deveriam ter atendimento médico?

Não deveriam. Qual o argumento para defender que os que tomam as devidas precauções deveriam pagar pelo tratamento daqueles que, conscientemente, não se cuidam?

Não é essa a questão. Muitas vezes a pessoa nem tem noção que está prejudicando a si mesmo. Só perceem que estão ruim quando são internados em caso de urgência.

Só que tem uma coisa: viciados ou não em drogas e entorpecentes, de uma forma ou outra, eles pagam impostos e, consequentemente tem direito a assistência médica sim.

Petição de princípio.

E negar assistência médica a quem se precisa fere os Direitos Humanos.

Fere? Quem disse? A única forma de ferir seria se caso se proibisse tal assistência médica. O indivíduo é livre para buscar tratamento. Ninguém deve ser obrigado a pagar por seu tratamento, a enfermidade é uma condição natural. Quando uma pessoa se expõe a tal risco, tem que saber que há consequências, que terá que arcar pelos seus atos.

No caso de proibir, é isso que você estava sugerindo alguns posts acima. Sim, o indivíduo é livre e, pagando os seus impostos, ele tem tanto direito quanto uma pessoa que não esteja em suas condições.

Se as pessoas a que são submetidas o tratamento fossem bandidos, eu mandaria pra pqp mas os usuários não devem receber esse tratamento negativo e sim, terem o tratamentod médico necessário e auxílio psicológico para não voltar a essas merdas.

Por que?

Porque eles não são marginais causando dor e sofrimento a uma família. É somente uma pessoa que não sabe como lidar com seus problemas e fraquezas e se refugiam nas drogas para aliviarem um pouco a dor da sociedade ou suas agruras. Nota: quando falo em drogas, estou falando também em alcool e cigarros. Eles são vítimas inocentes de falsas promessas de libertação. (atenção, estou falando somente sobre os usuários que ficam na deles, que não causam mal a ninguém).

[o anátema]

Acho que deveriam liberar a produção e comércio de drogas E haver isenção de prestação de socorro/tratamento para drogados de todos os tipos. Nas embalagens de cigarro, cerveja ou qualquer droga, além de ou em vez do aviso do ministério da saúde sobre os malefícios deveria ter um tipo de "contrato", "ao consumir esse produto, aceito as 'condições de uso', renuncio ao direito à tratamento médico público e me declaro totalmente responsável por quaisquer danos materiais (incluindo à saúde/morte) que possa causar quando sob efeito dessas substâncias ou de outras que eventualmente eu consuma".

[DIG]

E é! E é!

[RicardoVitor]

Olavo traz uma espécie de inquietação, por fazer sentido às vezes... Isso que ele está falando do ativismo gay faz sentido.

[DIG]

Bem às vezes...

[betossantana]

E penso que o estado deveria se negar a prestar tratamento medico no Sus para usuarios de drogas.

Toxicomania é doença, como o alcoolismo.