Fernando Silva escreveu:O que me ficou na lembrança da milhares de missas a que tive que assistir:
-Orações que não me diziam nada mas que eu repetia como um mantra
-Sermões intermináveis, às vezes num sotaque incompreensível, que se arrastavam por 20 minutos ou mais enquanto eu cabeceava de sono.
-Velhas caducas rezando o terço em vez de prestar atenção.
-Loucos, exibicionistas ou babacas que cantavam os hinos aos gritos, às vezes envergonhando o resto da família.
-Um calor insuportável, cheiros estranhos, peido, suor, naftalina.
-Assistir à missa em pé por falta de lugar (por isto, eu chegava pelo menos 20 minutos antes, para pegar lugar, e tinha que fingir que não via as velhas caducas me olhando com cara de "levanta daí e me dá o lugar")
-Ter que rezar o Pai Nosso de mãos dadas com babacas (meninas bonitas não iam à missa, até onde pude perceber, ou ficavam agarradas com o namorado ou cercadas pela família). Eu cruzava os braços e abaixava a cabeça mas os babacas me cutucavam até eu dar a mão. Nos últimos tempos, passei a sair para o fundo da igreja, ostensivamente, em vez de dar a mão.
-Padres moderninhos e grupos de "jovens", fazendo muito barulho com musiquinhas de quinta categoria e vocais de programa da Xuxa, enquanto a "platéia" rebolava e batia palmas.
-Pedidos de palmas para os aniversariantes, para os visitantes de outras paróquias, para Gizuis, para isto e para aquilo: "Vamos aplaudir Jesus! Eeeeeeh!"
-A sensação de ter perdido pelo menos uma hora preciosa da minha vida.
Passei por algo parecido. Só que, por sorte, não fui obrigado a continuar frequentando a igreja.
Acho que a gota final foi quando uns babacas, durante um encontro de todos os "crismando", teve a brilhante ideia de rezar o terço (sem mais nem menos) logo após a reunião. Bem naquela hora que você pensa "porra! finalmente esta acabando essa merda! Vou pra casa!" . Todo mundo se deu a mão. E eu cai fora. Fui para casa.
Posso contar nos dedos as poucas vezes que me diverti numa missa. Certas vezes, cachorros entravam na igreja e iam até o padre. Era um bom passa tempo já que eu acompanhava os passos do cachorro para ver oque ele ira aprontar (ficava na torcida).
Alguns doentes mentais, bebados, etc, também entravam no meio da missa e aprontavam as suas.
E sempre tem aquela criança xarope, com pais que não se mancam, que começa a correr dentro da igreja.