Entrevista do nosso amigo Fayman

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emmmcri
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Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por emmmcri »

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Sombrias escrituras entrevista Nelson Magrini

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Relâmpagos vermelhos como sangue, anjos e demônios conspirando uma guerra iminente, Lúcifer na Terra desvendando um mistério... esse é o mundo fantástico e aterrorizante de Nelson Magrini, escritor brasileiro e engenheiro mecânico, que participa em nosso site falando sobre seus livros “Anjo, a face do mal” e o mais recente “Relâmpagos de Sangue”.

S.E. – Primeiro Nelson, conte-nos sobre os motivos que o levaram a escrever livros de terror, visto que você começou a escrever em 2000, não é mesmo?

Nelson Magrini – Exato. Até 2000 eu era somente mais um leitor ávido, que devorava ficção-científica, terror e suspense, livros de Divulgação Científica, várias biografias, a maioria de astros do Rock e de muitos físicos famosos e... Mecânica Quântica, uma paixão de muitos anos. O motivo que me levou a escrever não deixa de ser curioso. Sou formado em Engenharia Mecânica e minha carreira profissional foi inteiramente centrada em Planejamento, Gestão e Logística, contando com mais de vinte e cinco anos atuando diretamente na Indústria e em Consultoria.

Contudo, na virada de 1999 / 2000, a área de consultoria em Gestão estava em crise e comecei a pensar em outra atividade, mas com a condição de que deveria ser totalmente fora de minha área de atuação. Obviamente sabia que, em assim sendo, não seria uma atividade com a qual poderia contar de imediato como uma forma de sustento, mas sim, algo que eu edificaria para o futuro. O segundo passo foi a imposição de que tal atividade deveria ser em algo que eu gostasse e soubesse fazer, ou seja, não haveria tempo para aprender a nova atividade. Por exemplo, pensemos em música. É algo que adoro, mas não sei sequer diferenciar as notas musicais de ouvido, muito menos ler partitura. Em outras palavras, teria que estudar muito até começar a engatinhar nessa área.

E pensando assim, em uma madrugada, tive a idéia de escrever. Foi assim, de estalo. Simplesmente, eu “sabia que sabia escrever”. Tinha a certeza de que poderia construir uma história, com a trama e os detalhes pertinentes. Quanto ao tema “terror” (aqui no Brasil, tudo é classificado de terror, seja suspense, mistério, etc), era o que eu mais lia e gostava, em termos de entretenimento, e isso me dava uma vantagem: eu era como os demais leitores, muito crítico e exigente. Sabia o que qualquer leitor espera de uma história de suspense e mistério. Em outras palavras, eu havia encontrado algo que sabia fazer, o tema sobre o qual escreveria e ainda, o público alvo para o qual escreveria. Logicamente, de “saber que sabia” para ter o primeiro livro concluído foi um bocado trabalhoso, mas meu primeiro trabalho foi deveras gratificante e aprendi muito com ele.

Outra curiosidade foi que, há muitos anos, ouvi alguém comentar que livros infantis ou voltados ao público pré-adolescente eram os que tinham possibilidades de publicação no Brasil, por um autor nacional. Em função disso, meus dois primeiros trabalhos foram voltados a esse público, mas já contando com elementos de mistério, intenso suspense e muita aventura. Nenhum desses trabalhos foram aceitos para publicação e enquanto concluía o segundo livro, minha idéia já era partir para o público adolescente / adulto. Daí nasceu ANJO A Face do Mal. No futuro, há chance dessas primeiras histórias chegarem ao público leitor.



S.E. – Seu primeiro livro, “Anjo, a face do mal”, fala sobre a eterna luta entre o bem e o mal, anjos e demônios. Além do espetacular surgimento de Lúcifer na Terra. Quando você escreveu esse livro, era sua intenção fazer os leitores refletirem sobre bem e mal?

Nelson Magrini – Na realidade, era fazer os leitores refletirem sobre como conceituamos Bem e Mal. Mas não que escrevi uma história para poder lançar tal mensagem. Minha intenção quando escrevo qualquer coisa é fazer meus leitores se divertirem e se possível, sentirem um bocado de medo! Muitos leitores já me escreveram relatando o nível de angústia que viveram com meus personagens, sentindo cada sensação página a página dos livros. Contudo, por mais que se enquadre em literatura de entretenimento, penso que uma história de terror não precisa ser necessariamente descartável. Ela pode ter um conteúdo mais profundo, desde que faça sentido e caiba na trama. Nesse sentido, gosto de fazer meus leitores pensarem. Em ANJO A Face do Mal, não questiono apenas os conceitos de Bem e Mal, como também o conceito de Verdade, lançando um desafio aos leitores, às nossas crenças que parecem tão óbvias, mas que de fato, nunca pensamos muito profundamente sobre elas. Tenho certeza de que quando Lúcifer diz que Verdade é um conceito relativo e altamente elástico, isso mexeu com a cabeça de muita gente, em sua maioria jovens, muitos deles com questionamentos e interrogações de toda espécie. Desse modo, mesmo com leitores que discordem do que é apresentado cria-se uma empatia, um diálogo autor – leitor muito mais amplo que somente uma relação fã – escritor, se tomarmos apenas o conteúdo divertimento.

E nesse sentido, um personagem como Lúcifer me possibilitou ir ainda mais fundo, dando oportunidade de colocar questões sobre religiões, crenças e fé. Obviamente, não era minha intenção fazer os leitores abandonarem suas crenças, mas sim, levá-los a refletir sobre certas colocações, posturas e conceitos arraigados em cada um, mas não necessariamente explicados em si e por si. Verdade, Bem e Mal são apenas alguns deles.

Contudo, ressalto que o primeiro objetivo, o principal objetivo é oferecer uma história de qualidade que prenda o leitor do começo ao fim. Quem compra esse tipo de literatura quer, exige, que a trama o faça esquecer o mundo à volta, mesmo que por algum tempo e essa é a finalidade primeira. Como disse, gosto de fazer o leitor pensar, desde que seja compatível com a história ou com uma determinada passagem da trama. Em Relâmpagos de Sangue, apenas próximo ao final faço algumas considerações sobre messianismo e a procura do saber pela humanidade, exatamente em uma passagem onde tais questionamentos são pertinentes ao personagem que atua. Faz parte integral da história, mas não deixa de convidar o leitor a refletir.



S.E. – Fale-nos sobre seu mais recente livro, “Relâmpagos de Sangue”. Qual é exatamente o roteiro abordado nesse livro?

Nelson Magrini – A trama nasce em torno de dois personagens, Sara e Josimar (Jôs), que há aproximadamente um mês estão tendo estranhas visões que envolvem sangue, a cor vermelha e tempestades, além de lapsos de memória. Em função disso, ambos resolvem voltar ao local onde passaram as últimas férias, certos de que alguma coisa muito errada aconteceu.

A aventura se passa em uma cidade fictícia, Germinade, no interior de Minas Gerais, aonde fatos estranhos vão ganhando proporções inimagináveis, envolvendo os personagens que vão aparecendo ao correr da história, num suspense crescente, aonde o mistério por detrás de tudo vai se revelando, até chegar em um clímax com um desfecho inesperado.

Descobrir que mistério é esse faz parte da leitura.

Relâmpagos de Sangue não é somente um livro extremamente visual, mas um livro que, se o leitor se deixar levar pela história, viverá a aflição, o medo e o terror de cada personagem como se tudo estivesse se passando consigo próprio.

S.E. – Nota-se em seus livros, principalmente em Relâmpagos de Sangue, uma linguagem tecida pelo suspense, em que você passeia pelo assunto principal com grande maestria até chegar ao seu culminante desfecho. De onde veio sua inspiração para escrever um suspense tão bem trabalhado como Relâmpagos de Sangue?

Nelson Magrini – Não deixa de ser difícil falar de como nasce a inspiração. Relâmpagos de Sangue nasceu de uma conversa com minha sobrinha, em uma noite qualquer, creio que sobre um sonho ou algo assim. Até onde me lembro, em comum apenas havia sangue espalhado ou jorrando. Em determinado momento, afirmei que isso poderia dar uma boa história e em seguida, fui até o computador e escrevi um prólogo, onde figurava o personagem Jôs. Imprimi e levei para que lesse. Creio que aí nasceu o título, Relâmpagos de Sangue, mas foi assim, de estalo (sou muito perfeccionista quanto aos títulos de minhas obras e não importa como nascem, têm de ser perfeitos). Minutos depois, reli o prólogo que havia escrito e decidi que podia melhorá-lo, escrevendo um novo, agora com Sara. Quando isso aconteceu, eu ainda não havia concluído ANJO A Face do Mal. Meses depois, quando decidi que o próximo trabalho seria Relâmpagos de Sangue, resgatei os originais e a princípio iria usar o segundo prólogo, o de Sara. Mas relendo o material, me veio a idéia de usar os dois personagens e acabei juntando os dois prólogos escritos em um só.

Outro ponto comum às minhas obras é que minhas inspirações não vêm todas de uma vez. Por exemplo, em Relâmpagos de Sangue, comecei com um prólogo bombástico, mas que eu havia escrito meses antes e não fazia a menor idéia de qual seria o mistério por detrás de tudo aquilo. Isso é comum em minha forma de criar. Muitas vezes parto sem saber exatamente para onde estou indo e deixo a coisa fluir, trabalhando com várias possibilidades. O mistério por detrás dos acontecimentos de Relâmpagos de Sangue não me veio de imediato, nem estava entre os que originalmente eu desenvolvia, mas quando apareceu, caiu como uma luva e mais uma vez, meu perfeccionismo disse “é isso, perfeito”!

E por tudo isso me veio a idéia de não revelar de imediato o enigma, deixando o leitor descobrir, apresentando-o aos poucos. Mas para quem já leu o livro, agora percebe que as pistas estavam todas lá, desde o começo.

Além da inspiração, Relâmpagos de Sangue exigiu algo um pouco mais abrangente. Uma vez determinado o mistério do livro, sua força motora, a mim ficou claro que ele necessitaria de vários eventos que se desenvolvessem em paralelo, exatamente para transmitir ao leitor a abrangência daquilo que atuava por detrás da história. E isso implicava em vários personagens e a maioria deles bem marcantes. De uma maneira curiosa, tanto ANJO A Face do Mal, quanto Relâmpagos de Sangue, possuem um número grande de personagens pois as histórias assim o exigem e descobri que tenho facilidade de trabalhar com esse tipo de enredo. Foi isso tudo e mais um pouco que transformou Relâmpagos de Sangue em um suspense extremamente denso e intenso.



S.E. – Você também participou da coletânea “Visões de São Paulo”, com o conto “Sombra”. Conte-nos, como foi sua participação nessa coletânea?

Nelson Magrini – Fui convidado pelo Richard Diegues, que além de escritor, mantém o portal Círculo de Crônicas, e foi o idealizador da coletânea. O projeto me atraiu de imediato, a reunião de cinqüenta autores, alguns inéditos em publicação, e dos mais variados temas, ou seja, há autores que escrevem humor, outros crônicas e mesmo terror, como eu e o André Vianco. Meu maior desafio neste trabalho foi exatamente escrever... um conto! Eu somente havia escrito um conto até aquela data e sempre afirmei que não sabia escrever contos. E ainda mais, deveria ser um conto com apenas duas páginas no máximo!

Isso foi muito difícil. Sei e gosto de escrever um livro de quatrocentas páginas, mas... contos? Como é que se faz isso?

Bem, tinha umas idéias e ainda bem que funcionaram. Sombra saiu um conto que traz os elementos que costumo e gosto de trabalhar, mistério, suspense e medo, sem deixar de ter um toque de humor, mas com um fim que deixa no ar, um fim que não é um fim em si. Com certeza, daria uma grande história de terror.

Sombra acabou sendo muito importante porque quebrou, ou mesmo atenuou bastante, esta minha dificuldade de escrever contos, mas particularmente, prefiro uma boa história com muitas e muitas páginas.



S.E. – Sabemos que você desenvolve estudos e trabalhos sobre Física Quântica. Você costuma usar esses seus conhecimentos em sua literatura sobrenatural?

Nelson Magrini – Até hoje apenas mencionei a Mecânica Quântica em uma conversa de Lúcifer com o personagem Lucas, onde, de uma maneira indireta, Lúcifer confirma a validade de nossa Ciência, pelo menos em nosso mundo real. E com certeza, qualquer comentário ou envolvimento de conceitos físicos sempre se darão conforme a Física. Em outras palavras, posso fantasiar sobre tais conceitos, mas nunca os vou ligar ao sobrenatural ou ao misticismo. Já temos demais disso por aí, inclusive, vendendo muito bem. Praticamente, quase todos os livros de auto-ajuda dos últimos quinze anos citam “suas verdades validadas ou explicitadas pela Mecânica Quântica”, pouco importando, e mesmo omitido na maior cara de pau, que todo aquele “ensinamento miraculoso” nada tem a ver com Física Quântica. Para mim, isso é charlatanismo e desonestidade intelectual, usado apenas para “revestir de verdade científica” um amontoado de crendices e bobagens de toda espécie e sem o menor sentido.

O uso de conceitos científicos serão utilizados nos mesmos moldes descritos anteriormente, ou seja, se forem necessários à trama ou a alguma explicação. Todavia, tenho um projeto rabiscado onde a Física de Partículas é o palco. A idéia surgiu da seguinte colocação: pode a Mecânica Quântica ser assustadora? Obviamente aqui não me refiro às suas equações que, por si só, já assustam muita gente! Pretendo desenvolver este trabalho futuramente.



S.E. – Percebe-se que você é um escritor bastante criativo. Nesse ponto, seria correto afirmar que a ciência o ajudou?

Nelson Magrini – Sim, posso dizer que sim. Embora sempre fui uma pessoa muito imaginativa, estudar Física em áreas como a Relatividade, Cosmologia e Mecânica Quântica ajudaram a desenvolver minha imaginação ainda mais. Particularmente em Física de Partículas é impossível de se formar um cenário, uma imagem mental da realidade com aquilo que estamos acostumados em nosso dia a dia, e trabalhando durante anos com isso tudo, creio que funcionou como uma verdadeira injeção em meus processos criativos e imaginativos.



Minha intenção quando escrevo qualquer coisa é fazer meus leitores se divertirem e se possível, sentirem um bocado de medo!

- Nelson Magrini



S.E. – Em sua época de estudante de física, o que você costumava ler na área da literatura fantástica? Seus livros de hoje correspondem ao seu gosto de antigamente?

Nelson Magrini – Sim e não. Primeiramente, o que me levou à literatura fantástica foi o que me levou à Ciência, mais especificamente à Física: o céu noturno estrelado, a visão do Universo. Desde que me lembro, ainda criança de tudo, o Universo me fascina. Desde cedo comecei com as histórias em quadrinhos e muito rápido cheguei à ficção-científica. Ver o Universo de verdade, aliado às histórias fantásticas de naves espaciais, exploração de mil mundos, etc, a procura pela Ciência foi um passo natural. Na época, eu lia muita ficção-científica, tendo devorado praticamente todos os livros de Isaac Asimov, Arthur Clarke e vários outros. Também nessa época, eu devorava toda literatura de divulgação científica. O gosto pelo terror surgiu bem depois e atualmente é o meu predileto, em termos de literatura fantástica. É muito raro ler ficção-científica hoje em dia, embora ainda aprecie.



S.E. – Há planos para um próximo lançamento?

Nelson Magrini – Sem dúvida, muitos planos! No momento estou escrevendo o próximo livro, que trará algumas novidades. Primeiro, tratará da temática de Vampiros. Muitos leitores sempre me perguntavam se eu escrevia sobre vampiros e confesso, não tinha muita vontade de fazê-lo. Não porque não os acho fascinante, muito pelo contrário, sempre foram meus personagens favoritos, mas sim porque muita gente o faz atualmente, seja pelos meus amigos, o grande André Vianco, com sua saga já enorme, como por Joaquim Modesto, autor que estréia com Trevas, assim como vários outros escritores. O problema era que eu não queria escrever o mesmo que todos escreviam e via com certa relutância vir a fazê-lo em curto espaço de tempo.

Mas aí vem o lance da criatividade. Assim como em Relâmpagos de Sangue, eu tive uma idéia para um novo livro onde trataria apenas com três personagens centrais, e isso por si já seria uma diferença enorme em relação aos dois primeiros publicados. O terceiro desses personagens poderia ser muitas coisas, um fantasma, um demônio, um “sei lá o quê” e munido desta maneira (melhor dizendo, não munido!), comecei a escrever e desenvolver a história e logo me dei conta que o terceiro personagem poderia muito bem ser um vampiro. Por sinal, pela trama que bolei, um vampiro seria perfeito.

Mas a questão era: que vampiro? Embora dentro da temática, e respeitando como é retratado um vampiro, dentro das variações dos escritores, eu queria algo novo, diferente, e foi isso que me deixou entusiasmado com a história. Não foi uma “história de vampiro” que nasceu. Nasceu uma história de suspense e horror de uma forma inimaginável, onde um dos personagens veio a ser um vampiro.

A diferença para muitos pode ser sutil, mas para mim foi enorme. Eu havia encontrado o que queria, uma trama diferente dentro da temática e ao mesmo tempo, ia ao encontro dos anseios dos leitores, outro ponto que considero muito importante. Obviamente, é necessário que eu goste da história que escrevo, mas escrevo para meus leitores. Por ser um fã desse tipo de literatura, creio que penso como a maioria, vejo o que a maioria quer em uma história. Quando escrevo, não escrevo somente para mim, escrevo pensando em quem irá ler. Esse é um dos motivos que reviso e altero dezenas de vezes em determinada passagem. Ela tem de ficar perfeita para o leitor.

Mas os planos não param por aí. Recentemente, acabei três contos de uma futura coletânea organizada pelo André Vianco, com a participação dos escritores que publicaram na Novo Século, onde a temática será o medo. Embora ainda sem data de lançamento, será um projeto que se concretizará em um futuro não muito distante.

Assim que terminar a obra atual, meus planos serão o desenvolvimento da seqüência de ANJO A Face do Mal, diretamente do final do livro. Desta feita, a trama será centrada em Lucas, uns seis meses após os eventos mostrados no primeiro livro. O início da seqüência está relativamente adiantada, pois já escrevi várias partes. Posso antecipar que nesta trama, Lucas se deparará com um tipo de anjo que ninguém gostaria de encontrar. Do primeiro livro, outros personagens também estarão presentes, como o policial Rafael e seus eternos carros antigos, sempre ouvindo o bom e velho Heavy Metal.

Voltar a criar e escrever com estes personagens é uma coisa difícil de descrever, mas me deu muita alegria. A mim, a cena da entrada de Rafael na trama é nítida como um filme, onde ele chega à cena de um crime, com um Santa Matilde SM 4.1, em uma noite fria e uma fina chuva caindo, ao som de Beyond the Realms of Death, do Judas Priest. Daria um filme e tanto.

Muitas pessoas comentam minha maneira de descrever e colocar detalhes que os fazem visualizar perfeitamente as cenas da trama e posso dizer que adoro isso. Quando escrevo meus livros é como se eu fosse assistindo ao filme da história, cena a cena, passo a passo. Creio que este seja um ponto importante e que meus leitores apreciam bastante.

Fora isso, mais um monte de projetos rabiscados, anotados e vários outros nascendo a cada dia. Posso prometer que idéias não faltam. É só uma questão de tempo para escrevê-los e levá-los à público.



S.E. – Agradeço sua participação super-interessante neste site, aproveitando para pedir que o mestre deixe seu recado aos leitores de Sombrias escrituras!

Nelson Magrini – Antes de tudo, quero agradecer a você, Arcano Soturno, e ao Sombrias escrituras por esta oportunidade de estar junto a você, leitor. E para aproveitar ainda mais esta oportunidade, não poderia deixar de frisar que várias vezes ao longo desta entrevista, ressaltei que, antes de escritor, sou um leitor ávido igual a você, imaginativo e muito exigente. Por isso, não tenho dúvidas de que há muitos escritores espalhados por aí, dentro de muitos de vocês, esperando apenas uma oportunidade. Então, nada melhor para encerrar este bate-papo que convidá-los, incentivá-los a escreverem. Criem seus contos, suas histórias, seus personagens. Escrevam, escrevam e escrevam mais um pouco. Se vocês adoram ler estas histórias fascinantes, posso assegurar que nem imaginam o que é estar do lado de cá.

Quem quiser me escrever sobre meus livros ou qualquer outro assunto, pode mandar um e-mail para:

nelson_magrini@yahoo.com.br

Convido-os também a visitar meu site oficial, bem como as comunidades do orkut:

http://www.nelsonmagrini.com

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Um grande abraço a todos!



Grande amigo Fayman !
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
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betossantana
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Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por betossantana »

Eu espero, Fayman, do fundo, DO FUNDO, DE BEM LÁ DO FUNDO do meu coração, que você escreva MELHOR que o seu GRANDE AMIGO André Vianco!!!!!!! O que na verdade quase nem chega a ser um mérito, QUEM não escreve melhor que o André Vianco?????
É um problema espiritual, chupe pau!

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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por francioalmeida »

betossantana escreveu:... do fundo, DO FUNDO, DE BEM LÁ DO FUNDO... (do meu coração)
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Samael
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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por Samael »

betossantana escreveu:Eu espero, Fayman, do fundo, DO FUNDO, DE BEM LÁ DO FUNDO do meu coração, que você escreva MELHOR que o seu GRANDE AMIGO André Vianco!!!!!!! O que na verdade quase nem chega a ser um mérito, QUEM não escreve melhor que o André Vianco?????


Te garanto que vale a pena. Não li a segunda obra ainda, mas a primeira é um suspense para lá de divertido e com personagens bastante envolventes, além de umas pitadas únicas que só o Nelson pode deixar...

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Fernando Silva
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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por Fernando Silva »

Samael escreveu:Te garanto que vale a pena. Não li a segunda obra ainda, mas a primeira é um suspense para lá de divertido e com personagens bastante envolventes, além de umas pitadas únicas que só o Nelson pode deixar...

O segundo é bem diferente do primeiro, tanto no tema quanto no modo de contar a história.
Está mais para uma história de terror sufocante.

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Fayman
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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por Fayman »

betossantana escreveu:Eu espero, Fayman, do fundo, DO FUNDO, DE BEM LÁ DO FUNDO do meu coração, que você escreva MELHOR que o seu GRANDE AMIGO André Vianco!!!!!!! O que na verdade quase nem chega a ser um mérito, QUEM não escreve melhor que o André Vianco?????


Posso dizer que nós escrevemos de maneiras diferentes. O Vianco já tem uma legião de fãs e o pessoal gosta muito dele, e temos muitos leitores em comum.

Quanto a escrever melhor, acho que somente você poderá avaliar. Como pode ver pelos comentários do Samael e do Fernando Silva, venho mudando a cada livro, o que acho normal. Quanto mais se escreve, mais se evolui.

Caso tenha curiosidade, no meu site Nelson Magrini - Obras, há dois pequenos trechos de cada livro. Não é muito, mas talvez dê para ter uma idéia.

Abraços!
Fayman

autor de:

OS GUARDIÕES DO TEMPO
RELÂMPAGOS DE SANGUE

ANJO - A FACE DO MAL
AMOR VAMPIRO
(Coletânea 7 autores)

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Leonardo
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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por Leonardo »

Parabéns Fay.
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Leo

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betossantana
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Re: Re.: Entrevista do nosso amigo Fayman

Mensagem por betossantana »

Fayman escreveu:O Vianco já tem uma legião de fãs e o pessoal gosta muito dele,


Eu sei, DEUS ME PERDOE, eu SEI!!!! Um horror, um horror!!!!

Fayman escreveu:Quanto a escrever melhor, acho que somente você poderá avaliar. Como pode ver pelos comentários do Samael e do Fernando Silva, venho mudando a cada livro, o que acho normal. Quanto mais se escreve, mais se evolui.


Talvez o Vianco tenha evoluído também desde... desde... como é mesmo o nome daquele livro em que descobrem uma caravela com vampiros dentro no litoral do Sul e tem uma sequência chamada Sétimo? Tive vômitos e diarréia lendo aquela redação gigante de sexta série, nem lembro mais que fim eu dei naquela desgraça, estava apodrecendo a estante do meu quarto!!!!!!! Mas quem sabe ele não tenha melhorado desde então, pra redações de oitava série ou de primeiro ano do ensino médio, pelo menos!!!!
É um problema espiritual, chupe pau!

Trancado