Ocultismo e racionalidade.

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betossantana
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Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por betossantana »

Sempre achei interessantes e às vezes realmente fascinantes alguns sistemas esotéricos e ocultistas, apesar de não ter um pingo de fé em nenhum deles… interessantes pelo lado cultural, pelos desejos, arquétipos e ideário humanos que representam e pelo lado ficcional, uma espécie de "ficção da vida real", fantasias pelas quais muitas pessoas REALMENTE pautavam suas vidas.

Mas, por algum motivo que não consigo racionalmente explicar, tenho MEDO de me aprofundar nos estudos e no contato com pessoas ligadas a esses sistemas, rituais e sociedades. Essa irracionalidade me incomoda muito: se não acredito, por quê tenho medo? Seria o mesmo medo que eu sentia quando criança dos filmes de terror e do escuro (filmes esses responsáveis em boa parte por eu achar o ocultismo interessante)?

Por exemplo, vejamos a Ordo Templi Orientis, tradicional e famosa sociedade esotérica e "mágica" cujo expoente mais popular foi Aleister Crowley: se não acredito em nada daquilo que eles pregam e vejo tudo como auto-satisfação embelezada e arrogância patológica aliada ao desejo de mistério e da sensação de poder, o que me impediria de enviar uma correspondência a eles pra me filiar e aprender sobre o que se faz e no que se acredita lá? Nada. Mas embora eu tenha curiosidade e certa fascinação, tenho MEDO.

Um dos motivos que já me aventurei cogitar seria uma possibilidade de consideração particular minha de que, TALVEZ, rituais e práticas ocultistas poderiam, através da sugestão aplicada pelos seus dirigentes e ambientes de celebração e pela impressionabilidade dos participantes, ter consequências "reais" na psiquê humana, os quais poderiam gerar efeitos no equilíbrio psicológico ou até somático.

Um exemplo só pra ilustrar seria a cena arrepiante descrita por Paulo Coelho em "As Valkírias": em certa tarde em seu apartamento, teria ele começado a se sentir mal e a enxergar, formando-se no meio de sua sala, um vórtice negro no ar do qual saíam vozes berrando e rindo, objetos sendo quebrados e sons de um ambiente degradado e assustador. No livro, Paulo Coelho atribui a visão ao fato de ter sido frequentador de ritos místicos thelemitas (de Thelema, a doutrina esotérica e filosofia de vida criada por Aleister Crowley), e a experiência também ocorre simultaneamente com sua namorada, que já chega da rua com os mesmos sintomas e a uma amiga que lhe faz um telefonema naquele exato momento pedindo socorro por estar sofrendo o mesmo mal-estar. A terrível sensação só era aliviada quando as vítimas iniciavam uma distração mental sequencial como contar objetos, tais como livros, discos, talheres, etc., o que mais tarde se torna também ineficiente. A maneira pela qual a experiência é finda não vale a pena mencionar.

(OBS.: li "As Valkírias" na distante época em que desconhecia a plagiação salafrária e a mediocridade da literatura de Paulo Coelho.)

Fico me perguntando: sugestão administrada em rituais e práticas ocultistas podem realmente causar efeitos tão drásticos na normalidade psicológica de uma pessoa, mesmo não sendo de uma maneira tão assustadora quanto colocada por Paulo Coelho? (Sem contar o fato de que me parece impossível que uma sugestão nesses moldes possa causar o MESMO EFEITO em mais de uma pessoa AO MESMO TEMPO e em LOCAIS DIFERENTES, o que trabalha contra a veracidade razoável da historieta de Paulo Coelho, hehehehe. A não ser talvez um caso de hipnose coletiva, seria possível?)

Gostaria de saber de vocês, em resumo:

1 - Você também se sente assim, irracionalmente impulsionado a repelir a prática do ocultismo mesmo não partilhando de fé alguma em uma doutrina ocultista?

E, por reflexo:

2 - Você já participou de alguma sociedade secreta ou de práticas ou rituais ocultistas?


NÃO ESCULHAMBEM O MEU TÓPICO, POR FAVOR, É PRA SER SÉRIO!!!!!!!! :emoticon6:
Editado pela última vez por betossantana em 20 Nov 2007, 02:14, em um total de 2 vezes.
É um problema espiritual, chupe pau!

Apocaliptica

Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Apocaliptica »

Sim, durante a minha vida me senti atraída e impulsionada por assuntos metafísicos que ao mesmo tempo que me atraíam e atiçavam a curiosidade, causavam uma certa repulsa ou medo. E por não saber a onde poderiam levar ( intuitivamente sabemos que aquilo pode exercer influência desconhecida em nossa mente, mas não queremos cruzar a linha), eu apenas observava, ou reprimia a curiosidade. Assim como fiz com as drogas em geral.

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betossantana
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Re: Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por betossantana »

Apocaliptica escreveu:Sim, durante a minha vida me senti atraída e impulsionada por assuntos metafísicos que ao mesmo tempo que me atraíam e atiçavam a curiosidade, causavam uma certa repulsa ou medo. E por não saber a onde poderiam levar ( intuitivamente sabemos que aquilo pode exercer influência desconhecida em nossa mente, mas não queremos cruzar a linha), eu apenas observava, ou reprimia a curiosidade. Assim como fiz com as drogas em geral.


Entendo, fascinante, Flávia!!!!! Principalmente a parte sobre o exercício de influências desconhecidas sobre nossa mente, que tem afinidade com o que eu estava dizendo!
É um problema espiritual, chupe pau!

Apocaliptica

Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Apocaliptica »

Relacionei com drogas porque elas estabelecem padrões mentais e químicos semelhantes à certos efeitos delirantes , assim como as coisas ocultas.

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Jeanioz
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Jeanioz »

Falando sério, pras picas com ocultismo... :emoticon12:
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DIG
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por DIG »

1 - Você também se sente assim, irracionalmente impulsionado a repelir a prática do ocultismo mesmo não partilhando de fé alguma em uma doutrina ocultista?

Não. Acho o ocultismo até simpático, não fosse ele 1 GRANDE mentira de crédulo doidão talvez até seria adepto :emoticon16:

2 - Você já participou de alguma sociedade secreta ou de práticas ou rituais ocultistas?


Olha, eu quase entrei em 1, por insistência contínua de 1 amigo meu-que era agnóstico, aliás. Mas me barraram quando descobriram que tenho 1 tio maçom(pqp, tenho 6 tios e só conheço 2, e de vista, eles podiam ao menos ter dito qual deles que era maçom, porque eu não sei :emoticon11: ) :emoticon5:

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Alter-ego
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Mensagem por Alter-ego »

Beto,
eu tive contatos de primeiro grau com o ocultismo.
Quando era criança eu sentia-me atraído pelo assunto e lia ávidamente sobre esoterismo e religiões em geral. Na época nem eu nem qualquer pessoa da minha casa praticava qualquer religião.
No momento em que tive a minha crise de fé, eu, por motivos profissionais, já estava em contato com uma ordem iniciática. Resolvi aproveitar a oportunidade para adentrar-me nela. Apresentei a minha objeção de consciência (o fato de não crer em Deus é um impedimento ao ingresso em várias dessas ordens), mas disseram-me que não seria problema. Bastaria que eu redefinisse Deus. Mas se você, realmente, enviar carta aspirando a alguma dessas ordens não faça o mesmo, você talvez não tenha a mesma "sorte".
Quando já estava nesta ordem, continuei estudando sobre outras e cheguei a ser convidado por outras duas. Convites não aceitos, sobretudo por falta de tempo.
Engraçado que quando pisei a primeira vez no Templo, eu ainda era cristão, e mal podia disfarçar minha repulsa pelos ídolos egipcios, contra os quais Moisés havia falado. Mas nunca tive um sentimento que possa se chamar de medo.
No entanto, eu tenho um amigo que é ateu, mas frequenta terreiros de candomblé. Ele vivia me chamando para ir lá, pela cultura, pela ideologia de liberdade. Lá, algo relativamente bem mais simples, eu nunca tive coragem de ir. Disseram-me várias vezes em meios espiritualistas que eu seria médium. E eu morria de medo de incorporar qualquer entidade. Mesmo quando não cria nelas, tinha medo. Creio que é o medo que sentimos diante do desconhecido. De não saber como será a experiência. Se dói, se perdemos a noção de mundo, e se não conseguirmos voltar... São muitos os medos. E olha que com 8 anos de idade eu pisei pela primeira vez num terreiro, o não me é uma cultura absolutamente desconhecida.
Mas é isso.





Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.
Sugiro que, ao invés de uma ordem iniciática você procure a Igreja Católica mais perto de sua casa. Lá na sua paróquia o grupo da RCC "Salvação e Glória" se reúne às terças, 19:30 hs.
Um abraço!
"Noite escura agora é manhã..."

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Jeanioz
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Mensagem por Jeanioz »

Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:
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Benetton
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Mensagem por Benetton »



Ei, Alter, o que Você acha da Canção Nova? Por que os Monfortianos não a vêem com bons olhos?

Você acha que lá poderemos experimentar algo de diferente e nos impulsionar a algum tipo de exaltação, desprendimento?

Por que algumas pessoas, tomadas pelo calor da fé, falam em línguas estranhas em algumas celebrações carismáticas?


Abs.


" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.

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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."

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DIG
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Mensagem por DIG »

Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.





Não??????
E aquele papo de ter que temer a deus todo poderoso,

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emmmcri
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Mensagem por emmmcri »

Jeanioz escreveu:
Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:


Eu sempre soube que ateus têm um medo que se borram de Deus.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE

Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.



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Jeanioz
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Mensagem por Jeanioz »

emmmcri escreveu:
Jeanioz escreveu:
Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:


Eu sempre soube que ateus têm um medo que se borram de Deus.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


É quase isso: não se borrando para seu amigo invisível, mas cagando e andando... :emoticon19:
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Apocaliptica

Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Apocaliptica »

:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

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Res Cogitans
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Res Cogitans »

Eu chuto macumba.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Mensagem por Alter-ego »

Jeanioz escreveu:
Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:

Olha a questão...
Vocês costumam achar que vamos à Igreja por medo do Inferno. De modo algum. Vamos à Igreja porque descobrimos um Deus que nos ama profundamente, e queremos estar mais perto dele.
"Noite escura agora é manhã..."

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Malamen
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Malamen »

Mentiroso. :emoticon12:
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Mensagem por Alter-ego »

Benetton escreveu:
Ei, Alter, o que Você acha da Canção Nova? Por que os Monfortianos não a vêem com bons olhos?

Você acha que lá poderemos experimentar algo de diferente e nos impulsionar a algum tipo de exaltação, desprendimento?

Por que algumas pessoas, tomadas pelo calor da fé, falam em línguas estranhas em algumas celebrações carismáticas?


Abs.


Oi Benetton! (Como é mesmo seu nome?)
Os conservadores em geral, quando não crêem que dons carismáticos como o Dom de línguas cessaram com o fim da Era Apostólica, crêem que ficou restrito a situações muito especiais.
Por exemplo, Montfortianos acreditam que vários santos oravam em línguas e recebiam manifestações carismáticas, mas não creem na validade desses fenômenos quando se dá na RCC. Sobretudo pelas falhas doutrinárias que eles vêem nos grupos da RCC, e pela suposta proximidade com o estilo dos fenômenos que se dão em determinadas igrejas pentencostais.
Eu creio nos fenômenos carismáticos e participo deles. Quanto às críticas dos tradicionalistas, na verdade a Bíblia fala que a presença de Sinais, milagres e prodígios, longe de ser certeza de salvação ou de ortodoxia, são canais da Graça, o que retira o óbice apresentado anteriormente.
"Nós falamos outras línguas!"

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aknatom
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Mensagem por aknatom »

Alter-ego escreveu:
Jeanioz escreveu:
Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:

Olha a questão...
Vocês costumam achar que vamos à Igreja por medo do Inferno. De modo algum. Vamos à Igreja porque descobrimos um Deus que nos ama profundamente, e queremos estar mais perto dele.


Se Deus está em todos os lugares, por que na igreja vc está mais perto dele?
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Alter-ego
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Mensagem por Alter-ego »

aknatom escreveu:
Alter-ego escreveu:
Jeanioz escreveu:
Alter-ego escreveu:Felizmente, em Deus não precisamos ter medo. Porque no amor não existe medo.


Opa!!!!!!!!!! :emoticon38:

Então aquele papo de "castigo de Deus" é mentira???

Aê!!! Viva!!! :emoticon262:

Olha a questão...
Vocês costumam achar que vamos à Igreja por medo do Inferno. De modo algum. Vamos à Igreja porque descobrimos um Deus que nos ama profundamente, e queremos estar mais perto dele.


Se Deus está em todos os lugares, por que na igreja vc está mais perto dele?

Dizer que Deus está em todos os lugares é vago e perigoso.
Deus está numa pedra, pois a pedra demonstra a sabedoria de quem pensou nos elementos minerais da Terra e é autor da existência. Mas a pedra não contém Deus.
Deus está no Inferno, através da sua justiça. Nem por isso quero ir pra lá.
Assim, posso falar com Deus em casa. Mas a Igreja, além de ser um local reservado para a oração, onde o clima, a música e a visão nos conduzem ao estado orante, para nós católicos, no Sso. Sacramento do altar há a presença substancial de Deus.
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aknatom
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por aknatom »

Onipresença espiritual relativa, certo?
Deixa eu ver, com a onipresença espiritual ele está espiritualmente no inferno, lugar de sofrimento para o espirito... me parece que temos um problema teológico aqui certo? Incompatibilidade com infinitamente bom?
Se a onipresença não for só espiritual, temos um oiutro problema também: por que no sacramento aquele vinho lá é mais Deus do que os outros?
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Helituuu
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Helituuu »

Eu ja tive uma experiencia esquisita.....
bah, qdo eu tinha uns 14 anos (1998), um amigo me emprestou um cd do pantera, e eu emprestei pra ele um cd do titas (acustico mtv), ouvi o tal do cd do pantera e fui dormir....no outro dia acordo com uma dor na panturrilha fenomenal....parecia ate que eu tinha feito exercicios fisicos no dia anterior. Comentei com minha mae sobre a dor. ai ela me contou um negocio, ela me disse que no meio da madrugada eu comecei a gritar por ela do meu quarto dizendo: "mae, musica quer me pegar, a musica quer me pegar", ela disse que eu me rebatia todo. Ela disse que teve que orar por mim, repreendendo o mal em nome de Jesus e ai as coisas voltaram a normalidade e eu dormi.
Hehe - Mas Deus nos ama assim mesmo! :0)

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aknatom
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Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por aknatom »

Quanto a obviedade da igreja ter a função de orar, não há o que discutir... afinal, nem foi a ICAR que inventou lugares grandes e opressores para vc se sentir pequeno diante do seu deus e assim se submeter a vontade dele (ou dos seus intermediários mais diretos). Digamos que ela levou a coisa a um nível de perfeição, mas pela idéia original, precisa pagar royalts... :emoticon12:
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Re: Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Alter-ego »

aknatom escreveu:Onipresença espiritual relativa, certo?
Deixa eu ver, com a onipresença espiritual ele está espiritualmente no inferno, lugar de sofrimento para o espirito... me parece que temos um problema teológico aqui certo? Incompatibilidade com infinitamente bom?
Se a onipresença não for só espiritual, temos um oiutro problema também: por que no sacramento aquele vinho lá é mais Deus do que os outros?

Saca essência e acidente? Presença substancial e presença espiritual?
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Benetton
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Mensagem por Benetton »



Alter-ego escreveu:
Benetton escreveu:
Ei, Alter, o que Você acha da Canção Nova? Por que os Monfortianos não a vêem com bons olhos?

Você acha que lá poderemos experimentar algo de diferente e nos impulsionar a algum tipo de exaltação, desprendimento?

Por que algumas pessoas, tomadas pelo calor da fé, falam em línguas estranhas em algumas celebrações carismáticas?


Abs.


Oi Benetton! (Como é mesmo seu nome?)
Os conservadores em geral, quando não crêem que dons carismáticos como o Dom de línguas cessaram com o fim da Era Apostólica, crêem que ficou restrito a situações muito especiais.
Por exemplo, Montfortianos acreditam que vários santos oravam em línguas e recebiam manifestações carismáticas, mas não creem na validade desses fenômenos quando se dá na RCC. Sobretudo pelas falhas doutrinárias que eles vêem nos grupos da RCC, e pela suposta proximidade com o estilo dos fenômenos que se dão em determinadas igrejas pentencostais.
Eu creio nos fenômenos carismáticos e participo deles. Quanto às críticas dos tradicionalistas, na verdade a Bíblia fala que a presença de Sinais, milagres e prodígios, longe de ser certeza de salvação ou de ortodoxia, são canais da Graça, o que retira o óbice apresentado anteriormente.
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Meu primeiro nome é Jefferson.

Ok. Boa parte está explicada.

Mencionei o fato das "linguas estranhas" em face da reportagem, já antiga, dos "Ritos Sagrados" da Globo. Vou reproduzir parte aqui. O Vídeo pode ser visto no link :

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 23,00.html

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Você já deve ter visto as cenas de fervor religioso que ocorrem em igrejas católicas e templos evangélicos. Mas as cenas que você vai ver são raras: evangélicos e católicos rezam em línguas estranhas! Que língua é essa, que não faz sentido, que não tem significado? Que parece mera repetição de sílabas?

Aos olhos da fé, essa estranha oração tem um sentido e tem uma história, que vem de dois mil anos atrás. É o que você vai ver neste novo episódio da série "Êxtase, Ritos Sagrados".

São Paulo, igreja de Nossa Senhora do Brasil. As orações diante do altar-mor preparam os devotos para o que vem a seguir: os católicos carismáticos acreditam que nestas celebrações recebem os dons do espírito santo. Este é o que eles chamam de o dom de orar em línguas estranhas.

“Esse tipo de exaltação na fala permite a você ficar até horas e horas louvando e exaltando a Deus. É uma linguagem que não tem tradução, não tem interpretação. Você não pensa, não articula, não se trata de uma linguagem identificável, em termos de linguística ela não tem estrutura que possa analisar e traduzir. Isso é a oração em línguas”, explica Reinaldo Beserra dos Reis, membro do Comitê Internacional da Renovação Carismática.

Sorocaba, São Paulo. Em outra celebração carismática, os devotos entram em êxtase.

Ainda em São Paulo, um templo evangélico: a Igreja Assembléia de Deus Betésda. É uma religião pentecostal, protestante e não católica - mas também ali os crentes oram em línguas estranhas.

“Quando ele está falando em línguas estranhas, ele está falando com deus numa língua que para ele é mistério. Ela é um fenômeno de transbordamento, nós dizemos que é ultrapassar a barreira da linguagem”, observa o pastor Ricardo Gondim, presidente da Assembléia de Deus Betesda.

“Eu sinto que é a manifestação do poder de Deus. Que ali Deus realmente confirma a sua presença”, acredita Id Feres, aposentado.

Mas qual é o fundamento desta prática religiosa? Conta a bíblia que antes de subir ao céu Jesus Cristo prometeu enviar a seus apóstolos o Espírito Santo. Na celebração de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa judaica, em Jerusalém, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos de cristo, inclusive a Virgem Maria, na forma de línguas de fogo. Então ocorreu o fenômeno das línguas: os apóstolos falavam em sua própria língua, provavelmente o aramaico. E ainda assim, muitas testemunhas que não conheciam o aramaico porque eram de outras regiões entendiam o que os apóstolos diziam.

“No Pentecostes houve aquela efusão grande do Espírito Santo. É interessante que o primeiro fenômeno é que o que os apóstolos falavam, todos entendiam. Depois houve muitas vezes esse fenômeno de glossolalia, de falar em línguas diferentes”, revela Dom Alberto Taveira, arcebispo de Palmas/TO, e diretor espiritual da Renovação Carismática.

“Aquele fenômeno que se deu no dia de Pentecostes não ficou restrito ao dia de Pentecostes, essa promessa iria se repetir em outras ocasiões”, assegura o pastor Gondim.

“Quando você está muito feliz com algo que acontece que você começa a cantarolar muito mais usando os sons do que as palavras”, lembra Dom Alberto Taveira.

O pastor Ricardo Gondim cita uma frase do Apóstolo Paulo: “as línguas estranhas são os gemidos inexprimíveis do espírito que em mim ora ao pai”.

Um pastor evangélico americano, negro, quase cego, inaugurou a era moderna do movimento pentecostal. Seu nome: William Seymour. No início do Século 20, este homem promovia cultos barulhentos, com muito canto, muita dança, gritos, línguas estranhas - êxtase espiritual dentro de um templo numa rua que se tornaria célebre: a Rua Azuza, em Los Angeles.

Em abril de 1906, repórteres do "Los Angeles Daily Times" assistiram às celebrações do pastor Seymour e puseram na primeira página do jornal: “Espantosa babel de línguas!”, “Nova seita de fanáticos à solta!”, “Cenas impressionantes na noite da Rua Azuza!”.

Foi assim, há quase cem anos, que o movimento pentecostal voltou: primeiro, nas igrejas evangélicas. Mais recentemente, nos anos 60, também na Igreja Católica.

“No momento em que nós estamos orando em línguas, é o próprio espírito que vem e nos conduz a esse momento de oração“, acha Raquel Bergamin, estudante.

“É uma experiência com Deus“, ressalta Lílian dos Santos, balconista.

“Toda essa experiência que vivemos tem como fruto e consequência uma paz interior muito grande”, lembra Marcos Volcan, líder da Renovação Carismática.

“As pessoas da minha família dizem ‘você enlouqueceu, isso aí é coisa da sua cabeça, você criou isso’, mas eu tinha dentro de mim uma consciência muito clara. Algo de extraordinário estava acontecendo comigo”, conta Ironi Spuldaro, pregador da Renovação Carismática.

“Eu estou louvando a Deus, na verdade, com o meu falar em línguas”, explica Sílvia Bocalini, administradora de imóveis.



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Re: Re.: Ocultismo e racionalidade.

Mensagem por Alter-ego »

Helituuu escreveu:Eu ja tive uma experiencia esquisita.....
bah, qdo eu tinha uns 14 anos (1998), um amigo me emprestou um cd do pantera, e eu emprestei pra ele um cd do titas (acustico mtv), ouvi o tal do cd do pantera e fui dormir....no outro dia acordo com uma dor na panturrilha fenomenal....parecia ate que eu tinha feito exercicios fisicos no dia anterior. Comentei com minha mae sobre a dor. ai ela me contou um negocio, ela me disse que no meio da madrugada eu comecei a gritar por ela do meu quarto dizendo: "mae, musica quer me pegar, a musica quer me pegar", ela disse que eu me rebatia todo. Ela disse que teve que orar por mim, repreendendo o mal em nome de Jesus e ai as coisas voltaram a normalidade e eu dormi.

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