Botanico escreveu:No relatório é dito que as manoplas estavam FIRMEMENTE envolvidas pelos panos... Meio difícil desatá-los com uma mão só e fazer as pontas se encostarem... na medida certinha para dar o valor exato da resistência do corpo humano. E sem contar agora com um problema: como ela ia medir essa distância no escuro? E ainda mais que os colegas de Crookes o mandaram afastar as manoplas (isso não havia sido combinado antes, certo?).
Não é difícil não, se eu fosse o Crookes e quisesse enganar um bando de trouxas, eu faria as tiras de pano com um comprimento e largura corretos, e que permitisse enrolar nas manoplas para dar a impressão de que estavam firmes, e faria laços prontos nas pontas, isto seria algo em torno de 1,10cm de comprimento por 3cm de largura. Qualquer afastamento menor que isso funcionaria, portanto se elas estivessem mais perto ou longe, até aquela distância, é indiferente, a sobra teria de ficar pendurada mesmo…
Assim, quando os caras fizeram o teste com o lenço, molharam e dobraram ele até dar a resistência correta para a distancia em que estavam antes as manoplas, mais próximas, e como o lenço é mais largo, a resistência dele molhado é naturalmente menor que a da tira mais estreita que já estava enrolada, e quando pediram para ele afastar só deu mais credibilidade e não afetou em nada o resultado… e os laços permitiriam fazer o truque até na total escuridão…
Sobre se panos encharcados ou molhar as mãos comprometeriam o experimento, você sabe que não, é claro, mas como são desnecessários, na minha opinião, também servem para algo mais…
Quanto a razão que levaria o Crookes a fazer isso, bem, se você fosse chamado de burro, incompetente, trouxa, etc… pelos seus colegas cientistas, você não gostaria de mostrar que estava certo, e esfregar isso na cara deles?
Sobre os controles da experiência serem fracos e pouco transparentes, leia em
http://www.survivalafterdeath.org/articles/podmore/science.htm:
"The library was left in darkness, except a little light from the fire. The spectators stood in a circle, round the apparatus, in the laboratory. Before the curtain in the doorway was drawn, Mrs. Fay was asked by Mr. Crookes to grasp the handles. She did so at fifteen minutes past ten o'clock. The streaks of light on the scale at once ran up from zero to two hundred and twenty one divisions, and Mr. Crookes, assisted by Mr. Bergheim, read the amount of resistance at 5,600 B.A. units. Mr. Crookes returned for a moment to the library to see if Mrs. Fay was indeed in her proper place, and the report was satisfactory"(37).
(37) "Medium and Daybreak", March 12th, 1875.
Note que, se o Crookes e a Fay quisessem fraudar o galvanômetro com uma tira de pano umedecida com salmoura, não teriam dificuldade em fazê-lo, pois tudo era feito fora das vistas dos presentes e na obscuridade...
E. J. Dingwall , no livro “The Critic’s Dilemna” 1967, escreveu:
“Is it surprising that by the end of 1875, Mr. and Mrs. Crookes had withdrawn from the Spiritualist scene? Crookes wrote that he had not obtained conviction of communication, and both the Crookes wrote of their disillusion with Spiritualists.”
Você sabe algo sobre isso?