O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

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Acauan
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Re: Re.: O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

Mensagem por Acauan »

André escreveu:O exemplo que dei é real, e muitos que pagaram anos a fio, tiveram a cobertura negada, pq os gerentes sabiam que isso era no interesse de maximizar lucros.

Veja o filme Sicko.


Qualquer filme pode dar a impressão que quiser citando o que interessa e omitindo o que convém à causa que defende. Informar-se por tais fontes é como formar opinião sobre o governo Bush vendo os filmes de Michael Moore.

No mais, esta dramatização toda não tem como fugir às únicas hipóteses possíveis, ou houve fraude e os lesados podem recorrer à justiça ou os contratos permitiam a negação das coberturas.

Este papo de "interesse de maximizar lucros" como disse é conversa mole para boi dormir.


André escreveu:Se vc acha que é justo isso que acontece, tem direito. Eu não acho.


Se as pessoas que assinaram os contratos eram adultas e responsáveis e o fizeram de livre e espontânea vontade, qual a injustiça em se fazer com que o contrato seja cumprido?
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Acauan Guajajara
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emmmcri
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Mensagem por emmmcri »

André escreveu:http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/

Medical bills make up half of bankruptcies

Pois é, e isso é baseado em estudos de Harvard como de Dr. David Himmelstein que disse:

“Most of the medically bankrupt were average Americans who happened to get sick.”

E por ai vai. Achar que minha posição tem a ver com simpatia por ideologias não poderia estar mais distante da verdade.

Defendo o que considero melhor, combinando de diferentes matrizes, e influenciados por varias, minha lealdade é para com minha consciencia, e a defesa de idéias e sistemas, que penso, podem ser melhores para humanidade.

Isso é tanto uma posição racional, como dotada de um sentimento de amor pela humanidade. Um sem o outro é incompleto, e insuficiente.


Parábens Andre! 100% correta a sua forma de agir e pensar !
Na diversificação de idéias encontramos muitas pérolas .
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE

Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

Olá André!

Com relação aos Estados Unidos, deixei bem claro que deveria, como país rico, oferecer um melhor atendimento médico aos que não podem pagar por um plano de saúde.

O Estado precisa oferecer bons serviços públicos de educação e saúde, bem como segurança, mediante a arrecadação de impostos. O que o Estado não pode, de forma alguma, é inibir o crescimento econômico do país, através de intervenções desnecessárias na economia e impostos elevados.

André escreveu: E minhas posições foram formadas no estudo de história, especialmente minha especialização em política, ao longo de 7 anos na faculdade.


Isso não diz muita coisa. Conheço psicólogos que sabem bem menos sobre Freud do que eu. Hoje em dia o conhecimento está aberto para todos. Uma faculdade ajuda no conhecimento, mas não é mais a única fonte dele.

Acho interessante você ficar 7 anos numa faculdade sem aprender a escrever direito. 7 anos? Quantas vezes ficou em dependência?

André escreveu:Obvio isso não é garantia que esteja certo ou errado, apenas indica que são posições construídas depois de muita reflexão, as quais eu conheço bem os argumentos contrarios, e não vejo mérito neles.


Realmente não garante nada mesmo, até mesmo com relação à reflexão. Conheço muitas amebas em História que nunca refletiram sobre nada disso e apenas seguiram um ensino bastante tendencioso dos professores, que por sinal possuem, quase na totalidade, uma forte inclinação Marxista.

E continuam repetindo seus ensinamentos tendenciosos que nem um papagaio.

André escreveu:Ou seja, são posições amadurecidas. Tenho abertura para mudar aspectos, mas como vc vê outros com posiçoes mais amadurecidas, o cerne do que defendem, não muda facilmente.


É um direito que você realmente possui, graças à liberdade de expressão, que por sinal é fruto da visão liberal.

André escreveu:As suas pela mudança repentina e grande, realmente não eram firmes, se fossem resistiriam de alguma forma a crítica a absorvendo mais seletivamente.


Cara, você está falando igualzinho aos crentes, desde que deixei de ser evangélico. Até hoje dizem que se eu fosse realmente evangélico, iria ser mais crítico com relação aos não-crentes.

O que eles dizem, na verdade, é que se eu fosse mais bitolado não iria mudar de opinião. Infelizmente sua postura é bastante similar e igualmente desprezível.

André escreveu:A minha ligação não é apenas emocional, é ela foi reforçada por tudo que estudei, logo a ligação com as posições é principalmente intelectual. Apenas expresso de maneira emocional, ou sensível, em momentos, por traço de personalidade.


Um crente também acha que suas posições são racionais e sólidas. Paciência!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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André
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Re: Re.: O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

Mensagem por André »

Acauan escreveu:
André escreveu:O exemplo que dei é real, e muitos que pagaram anos a fio, tiveram a cobertura negada, pq os gerentes sabiam que isso era no interesse de maximizar lucros.

Veja o filme Sicko.


1)Qualquer filme pode dar a impressão que quiser citando o que interessa e omitindo o que convém à causa que defende. Informar-se por tais fontes é como formar opinião sobre o governo Bush vendo os filmes de Michael Moore.

No mais, esta dramatização toda não tem como fugir às únicas hipóteses possíveis, ou houve fraude e os lesados podem recorrer à justiça ou os contratos permitiam a negação das coberturas.

Este papo de "interesse de maximizar lucros" como disse é conversa mole para boi dormir.


André escreveu:Se vc acha que é justo isso que acontece, tem direito. Eu não acho.


2)Se as pessoas que assinaram os contratos eram adultas e responsáveis e o fizeram de livre e espontânea vontade, qual a injustiça em se fazer com que o contrato seja cumprido?


1)Não houve fraude, na maioria das vezes, mas as leis que permitem isso devem ser mudadas, pois estão legitimando uma injustiça, talvez a melhor forma seja inclusive mudar o sistema de saúde todo, pois ele de forma sistemática tem permitido isso.

2)A injustiça é a ilusão de cobertura, que as empresas dão, quando na verdade em doenças serias, cujos custos são altos, essas contratam gente para encontrar qualquer desculpa para não pagar. O sistema legal ao legitimar isso comete uma injustiça para com os segurados. E todas as empresas fazem isso, logo eles podem não ser segurados e ter que ir a falência, ou ter a ilusão que estão segurados, para somente descobrir no caso grave que a empresa tem meios de negar cobertura. A maioria prefere a ilusão, e por isso como coloquei em várias noticias inclusive estudos de Harvard demonstram, falência familiar sua principal causa nos EUA são as contas médicas.
Editado pela última vez por André em 02 Jul 2007, 17:17, em um total de 1 vez.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:Olá André!

1)Com relação aos Estados Unidos, deixei bem claro que deveria, como país rico, oferecer um melhor atendimento médico aos que não podem pagar por um plano de saúde.

O Estado precisa oferecer bons serviços públicos de educação e saúde, bem como segurança, mediante a arrecadação de impostos. O que o Estado não pode, de forma alguma, é inibir o crescimento econômico do país, através de intervenções desnecessárias na economia e impostos elevados.

André escreveu: E minhas posições foram formadas no estudo de história, especialmente minha especialização em política, ao longo de 7 anos na faculdade.


2)Isso não diz muita coisa. Conheço psicólogos que sabem bem menos sobre Freud do que eu. Hoje em dia o conhecimento está aberto para todos. Uma faculdade ajuda no conhecimento, mas não é mais a única fonte dele.

Acho interessante você ficar 7 anos numa faculdade sem aprender a escrever direito. 7 anos? Quantas vezes ficou em dependência?

André escreveu:Obvio isso não é garantia que esteja certo ou errado, apenas indica que são posições construídas depois de muita reflexão, as quais eu conheço bem os argumentos contrarios, e não vejo mérito neles.


3)Realmente não garante nada mesmo, até mesmo com relação à reflexão. Conheço muitas amebas em História que nunca refletiram sobre nada disso e apenas seguiram um ensino bastante tendencioso dos professores, que por sinal possuem, quase na totalidade, uma forte inclinação Marxista.

E continuam repetindo seus ensinamentos tendenciosos que nem um papagaio.

André escreveu:Ou seja, são posições amadurecidas. Tenho abertura para mudar aspectos, mas como vc vê outros com posiçoes mais amadurecidas, o cerne do que defendem, não muda facilmente.


4)É um direito que você realmente possui, graças à liberdade de expressão, que por sinal é fruto da visão liberal.

André escreveu:As suas pela mudança repentina e grande, realmente não eram firmes, se fossem resistiriam de alguma forma a crítica a absorvendo mais seletivamente.


5)Cara, você está falando igualzinho aos crentes, desde que deixei de ser evangélico. Até hoje dizem que se eu fosse realmente evangélico, iria ser mais crítico com relação aos não-crentes.

O que eles dizem, na verdade, é que se eu fosse mais bitolado não iria mudar de opinião. Infelizmente sua postura é bastante similar e igualmente desprezível.

André escreveu:A minha ligação não é apenas emocional, é ela foi reforçada por tudo que estudei, logo a ligação com as posições é principalmente intelectual. Apenas expresso de maneira emocional, ou sensível, em momentos, por traço de personalidade.


6)Um crente também acha que suas posições são racionais e sólidas. Paciência!


1)Não somente os que não podem pagar, pois os que pagam estão tendo cobertura negada o que está levando a falência como indica esse link.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/


2)Não é da sua conta, mas licenciatura e bacharelado fiz em 5 anos, sem nunca ter ido nem para uma prova final. Todas passei com média superior a 7, nunca tranquei disciplina, nem perdi por faltas. Demorei pq além de dois diplomas, fiz 3 anos de iniciação cientifica, 1 ano de estagio, e depois fiz ainda várias disciplinas do mestrado, o que levou mais 2 anos, inclusive parte do período que escrevi meu primeiro livro.

Ou seja, dependência? Eu nunca nem fui para prova final, quanto mais.Meu rendimento global em Bacharelado foi 9.0, e Licenciatura 8.8.

3)Alguns dos melhores professores e alguns dos piores, tem inclinações marxistas, logo isso não é garantia de qualidade de qualquer tipo.

4)E o liberalismo político é uma forte influencia sobre minha forma de pensar. Sou crítico de aspectos do liberalismo econômico, e entendo outras alternativas como melhores.

5)Negativo, existe uma diferença grande. Eu não qualifiquei seu novo conhecimento, acho inclusive que está ancorado, esse novo, em bases mais firmes. O antigo, é que era via emocional, coisa que vc mesmo disse, não fui eu que inventei.

6)Um dos meus melhores amigos é crente, e acredita em Deus, vc pensa menos dele por causa disso? Acha que tem menos capacidade de julgar? Isso é de um profundo preconceito com relação ao caráter dos crentes. Boa parte desses crentes cometem esse equivoco em relação a nós, o que não significa que devamos fazer o mesmo, em relação a eles.
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Acauan
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Re: Re.: O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

Mensagem por Acauan »

André escreveu:1)Não houve fraude, na maioria das vezes, mas as leis que permitem isso devem ser mudadas, pois estão legitimando uma injustiça, talvez a melhor forma seja inclusive mudar o sistema de saúde todo, pois ele de forma sistemática tem permitido isso.

2)A injustiça é a ilusão de cobertura, que as empresas dão, quando na verdade em doenças serias, cujos custos são altos, essas contratam gente para encontrar qualquer desculpa para não pagar. O sistema legal ao legitimar isso comete uma injustiça para com os segurados. E todas as empresas fazem isso, logo eles podem não ser segurados e ter que ir a falência, ou ter a ilusão que estão segurados, para somente descobrir no caso grave que a empresa tem meios de negar cobertura. A maioria prefere a ilusão, e por isso como coloquei em várias noticias inclusive estudos de Harvard demonstram, falência familiar sua principal causa nos EUA são as contas médicas.


André,

Você está dando voltas e mais voltas para negar o óbvio.
Não há nenhuma lei malévola protegendo os interesses mesquinhos e gananciosos dos malvados empresários da saúde.

Há apenas contratos.
Se as coberturas foram negadas foi porque os contratos previam isto e se o contratante assinou é porque, naquele momento, concordou com os termos.

A única forma de haver uma "ilusão de cobertura" é se o contratante assinar o contrato sem o ler detalhadamente, sendo que em uma sociedade como a americana que, ao contrário da brasileira, tradicionalmente valoriza este tipo de compromisso, a maioria das pessoas é bastante criteriosa ao assinar documentos assim, sendo que muitos particulares consultam seus advogados antes de fazê-lo.

Voltamos sempre ao fato de que este discurso tem apelo emocional e só.

E sinceramente André, como você pode renegar (com suas razões) fontes como o Mídia Sem Máscara por ser tendenciosa e aceitar um Michael Moore, o balofo mais mentiroso da atualidade?
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André
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Re: Re.: O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

Mensagem por André »

Acauan escreveu:
André escreveu:1)Não houve fraude, na maioria das vezes, mas as leis que permitem isso devem ser mudadas, pois estão legitimando uma injustiça, talvez a melhor forma seja inclusive mudar o sistema de saúde todo, pois ele de forma sistemática tem permitido isso.

2)A injustiça é a ilusão de cobertura, que as empresas dão, quando na verdade em doenças serias, cujos custos são altos, essas contratam gente para encontrar qualquer desculpa para não pagar. O sistema legal ao legitimar isso comete uma injustiça para com os segurados. E todas as empresas fazem isso, logo eles podem não ser segurados e ter que ir a falência, ou ter a ilusão que estão segurados, para somente descobrir no caso grave que a empresa tem meios de negar cobertura. A maioria prefere a ilusão, e por isso como coloquei em várias noticias inclusive estudos de Harvard demonstram, falência familiar sua principal causa nos EUA são as contas médicas.


André,

Você está dando voltas e mais voltas para negar o óbvio.
Não há nenhuma lei malévola protegendo os interesses mesquinhos e gananciosos dos malvados empresários da saúde.

Há apenas contratos.
Se as coberturas foram negadas foi porque os contratos previam isto e se o contratante assinou é porque, naquele momento, concordou com os termos.

A única forma de haver uma "ilusão de cobertura" é se o contratante assinar o contrato sem o ler detalhadamente, sendo que em uma sociedade que tradicionalmente valoriza este tipo de compromisso como a americana (ao contrário da brasileira) a maioria das pessoas é bastante criteriosa ao assinar documentos deste tipo, sendo que muitos particulares consultam seus advogados antes de fazê-lo.

Voltamos sempre ao fato de que este discurso tem apelo emocional e só.

E sinceramente André, como você pode renegar (com suas razões) fontes como o Mídia Sem Máscara por ser tendenciosa e aceitar um Michael Moore, o balofo mais mentiroso da atualidade?


Vou dizer algo que deveria ser obvio, mas parece não ser.

Algo legal pode ser injusto, e para isso o exemplo da escravidão. Ela foi legal por muito tempo, mas nunca foi justa.

Agora vc acha justo que os contratos sejam feitos com a estratégia de possibilitar negar cobertura em casos onerosos, e as empresas tenham mecanismos construídos para negar cobertura, de forma a aumentar seus lucros?

O que vc faria nesse caso?Ficaria sem seguro ou faria um seguro que agora vc sabe que não vai te cobrir em caso de enfermidade seria, como os milhares de casos, evidenciam.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/

Essa fonte não é do Moore e como essa posso postar várias.

Quanto ao Moore o site tem os links oficiais do governo americano, e de onde ele tirou, logo tem que se evidenciar que ele está mentindo, não repetir como fruto do senso comum.

Advogado nenhum vai resolver, todos os HMO operam de forma similar, não existe escolha de sistema público para a classe média, e os privados agem de forma similar. Os contratos são construídos com esses objetivos, de permitir a negação, e a população não tem outra alternativa. Por isso os gastos em contas médicas são a causa número UM de falência das famílias americanas, como diversos estudos vem demonstrando.

Isso está errado, o sistema está errado, e a forma como Canadenses, Ingleses, Franceses, e tantos outros das 24 mais desenvolvidas economias do mundo, fazem é em termos de sistema, melhor.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


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Mensagem por Acauan »

André escreveu:Vou dizer algo que deveria ser obvio, mas parece não ser.
Algo legal pode ser injusto, e para isso o exemplo da escravidão. Ela foi legal por muito tempo, mas nunca foi justa.


Você foi infeliz duas vezes.
Primeiro por descartar a priori a possibilidade de que eu já tenha aventado a diferença entre justiça e lei e considerado isto em minha análise.

A segunda é que, pela segunda vez, mesmo já havendo sido demonstrado anteriormente, você recorre a uma analogia completamente absurda, já que a escravidão era uma condição à qual pessoas eram submetidas por meio da força, contra sua vontade, enquanto eu estou falando de assinatura de contratos, quando as pessoas de livre e espontânea vontade lavram compromissos mútuos para cada parte, explicitamente detalhados em documento escrito.

Repito a pergunta, se as pessoas aceitam os termos do contrato livremente, conhecendo seus conteúdos, onde está a injustiça?
Devemos considerar que as dezenas de milhões de pessoas que usam sistema de saúde privado nos Estados Unidos são todos completos idiotas e incapazes que precisam ser tutelados pelo Estado para não se virem indefesas diante de um mal irresistível ou aceitar a explicação mais simples que algumas pessoas, em determinadas circunstâncias, se arrependem dos compromissos que assumiram ou exigem mais da outra parte, por conta de suas mazelas particulares que, por mais tristes que sejam, não lhes dão este direito.

Vê a diferença?


André escreveu:Agora vc acha justo que os contratos sejam feitos com a estratégia de possibilitar negar cobertura em casos onerosos, e as empresas tenham mecanismos construídos para negar cobertura, de forma a aumentar seus lucros?


Você ainda não esclareceu a única questão aqui.
Se os contratos são tão injustos como diz, porque as pessoas os assinam de livre e espontânea vontade?


André escreveu:O que vc faria nesse caso?Ficaria sem seguro ou faria um seguro que agora vc sabe que não vai te cobrir em caso de enfermidade seria, como os milhares de casos, evidenciam.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/


O que eu faria não é o caso e sim o que eu fiz, uma vez que já passei por esta situação e fiz o que qualquer pessoa de bom senso faria.
Dentre as muitas companhias de seguro saúde escolhi uma cuja relação custo-benefício das coberturas era a que eu procurava, examinei detalhadamente o contrato e esclareci ponto a ponto o que era e o que não era coberto antes de assinar e nunca tive problemas, assim como conheço um batalhão de particulares e empresários que lidam com isto aos borbotões e tratam de examinar cláusulas com cuidado, esclarecer dúvidas e negociar vantagens ao invés de chorar pelo leite derramado que sabem que será a conseqüência caso não façam isto.

Como não me acho mais esperto que o americano médio e duvide-ó-dó que por lá eles tenham menos opções de planos de saúde do que aqui, acho impossível que eu tenha conseguido equacionar este problema sem dificuldades e eles não consigam.


André escreveu:Essa fonte não é do Moore e como essa posso postar várias.


Poste uma que mostre que as operadoras de seguro saúde tem como não cumprir termos contratuais sem serem processadas e obrigadas a fazê-lo. É a única forma de você mostrar que tem razão.

André escreveu:Quanto ao Moore o site tem os links oficiais do governo americano, e de onde ele tirou, logo tem que se evidenciar que ele está mentindo, não repetir como fruto do senso comum.


André, você simplesmente me decepciona. Antes que você suba nas tamancas por eu dizer isto, considere que a esta altura já devia ter percebido que não ligo a mínima para o senso comum (seja lá o que for isto) quando fundamento o que digo.
Depois, você simplesmente demonstrou que tem dois pesos e duas medidas, pois as provas de que Moore é um mentiroso são abundantes na net, mas você prefere descartar a priori uma fonte de direita como o Mídia Sem Máscara a fazer uma pesquisa que confronte a confiabilidade do rolha de poço esquerdista.

No mais, qualquer pesquisador que conheça minimamente os melindres sabe que é possível se produzir qualquer impressão citando trechos de fontes que interessam e ocultando as que lhe convém, coisa que Moore faz direto e que uma opinião bem fundamentada só é possível confrontando as afirmações contra fontes citadas por quem defende tese contrária, não fazer isto é confiar no que diz a raposa sobre as galinhas estarem seguras com ela.

Se quer fontes que provam que o bolo fofo é um mentiroso aí vão algumas, mas poderia citar dezenas:

Michael Moore's Sicko Propoganda

Michael Moore's latest scam

Mikey Mooreon takes a Beating

Moore's 'Sicko' Gives Accused Little Say

Uma pergunta:

Você se deu ao trabalho de checar fontes potencialmente contestadoras ao vídeo de Moore antes de formar uma opinião sobre ele?


André escreveu:Advogado nenhum vai resolver, todos os HMO operam de forma similar, não existe escolha de sistema público para a classe média, e os privados agem de forma similar. Os contratos são construídos com esses objetivos, de permitir a negação, e a população não tem outra alternativa. Por isso os gastos em contas médicas são a causa número UM de falência das famílias americanas, como diversos estudos vem demonstrando.


Devemos concluir então que os americanos são um povo de retardados mentais, uma vez que apesar de serem detentores da mais tradicional democracia do planeta, com uma tradição de luta por seus direitos, parecem aceitar bovinamente ser escravizados pelos malvados donos de seguro saúde. Pior, estupidamente insistem em votar nos republicanos que em sua perversidade defendem este estado de coisas insuportável ao qual eles aparentemente se resignam por não estar tão bem informados da situação quanto você.


André escreveu:Isso está errado, o sistema está errado, e a forma como Canadenses, Ingleses, Franceses, e tantos outros das 24 mais desenvolvidas economias do mundo, fazem é em termos de sistema, melhor.


Ou você está errado.
Nós, Índios.

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Mensagem por André »

Acauan escreveu:
André escreveu:Vou dizer algo que deveria ser obvio, mas parece não ser.
Algo legal pode ser injusto, e para isso o exemplo da escravidão. Ela foi legal por muito tempo, mas nunca foi justa.


1)Você foi infeliz duas vezes.
Primeiro por descartar a priori a possibilidade de que eu já tenha aventado a diferença entre justiça e lei e considerado isto em minha análise.

A segunda é que, pela segunda vez, mesmo já havendo sido demonstrado anteriormente, você recorre a uma analogia completamente absurda, já que a escravidão era uma condição à qual pessoas eram submetidas por meio da força, contra sua vontade, enquanto eu estou falando de assinatura de contratos, quando as pessoas de livre e espontânea vontade lavram compromissos mútuos para cada parte, explicitamente detalhados em documento escrito.

Repito a pergunta, se as pessoas aceitam os termos do contrato livremente, conhecendo seus conteúdos, onde está a injustiça?
Devemos considerar que as dezenas de milhões de pessoas que usam sistema de saúde privado nos Estados Unidos são todos completos idiotas e incapazes que precisam ser tutelados pelo Estado para não se virem indefesas diante de um mal irresistível ou aceitar a explicação mais simples que algumas pessoas, em determinadas circunstâncias, se arrependem dos compromissos que assumiram ou exigem mais da outra parte, por conta de suas mazelas particulares que, por mais tristes que sejam, não lhes dão este direito.

Vê a diferença?


André escreveu:Agora vc acha justo que os contratos sejam feitos com a estratégia de possibilitar negar cobertura em casos onerosos, e as empresas tenham mecanismos construídos para negar cobertura, de forma a aumentar seus lucros?


2)Você ainda não esclareceu a única questão aqui.
Se os contratos são tão injustos como diz, porque as pessoas os assinam de livre e espontânea vontade?


André escreveu:O que vc faria nesse caso?Ficaria sem seguro ou faria um seguro que agora vc sabe que não vai te cobrir em caso de enfermidade seria, como os milhares de casos, evidenciam.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/


3)O que eu faria não é o caso e sim o que eu fiz, uma vez que já passei por esta situação e fiz o que qualquer pessoa de bom senso faria.
Dentre as muitas companhias de seguro saúde escolhi uma cuja relação custo-benefício das coberturas era a que eu procurava, examinei detalhadamente o contrato e esclareci ponto a ponto o que era e o que não era coberto antes de assinar e nunca tive problemas, assim como conheço um batalhão de particulares e empresários que lidam com isto aos borbotões e tratam de examinar cláusulas com cuidado, esclarecer dúvidas e negociar vantagens ao invés de chorar pelo leite derramado que sabem que será a conseqüência caso não façam isto.

Como não me acho mais esperto que o americano médio e duvide-ó-dó que por lá eles tenham menos opções de planos de saúde do que aqui, acho impossível que eu tenha conseguido equacionar este problema sem dificuldades e eles não consigam.


André escreveu:Essa fonte não é do Moore e como essa posso postar várias.


4)Poste uma que mostre que as operadoras de seguro saúde tem como não cumprir termos contratuais sem serem processadas e obrigadas a fazê-lo. É a única forma de você mostrar que tem razão.

André escreveu:Quanto ao Moore o site tem os links oficiais do governo americano, e de onde ele tirou, logo tem que se evidenciar que ele está mentindo, não repetir como fruto do senso comum.


5)André, você simplesmente me decepciona. Antes que você suba nas tamancas por eu dizer isto, considere que a esta altura já devia ter percebido que não ligo a mínima para o senso comum (seja lá o que for isto) quando fundamento o que digo.
Depois, você simplesmente demonstrou que tem dois pesos e duas medidas, pois as provas de que Moore é um mentiroso são abundantes na net, mas você prefere descartar a priori uma fonte de direita como o Mídia Sem Máscara a fazer uma pesquisa que confronte a confiabilidade do rolha de poço esquerdista.

No mais, qualquer pesquisador que conheça minimamente os melindres sabe que é possível se produzir qualquer impressão citando trechos de fontes que interessam e ocultando as que lhe convém, coisa que Moore faz direto e que uma opinião bem fundamentada só é possível confrontando as afirmações contra fontes citadas por quem defende tese contrária, não fazer isto é confiar no que diz a raposa sobre as galinhas estarem seguras com ela.

Se quer fontes que provam que o bolo fofo é um mentiroso aí vão algumas, mas poderia citar dezenas:

Michael Moore's Sicko Propoganda

Michael Moore's latest scam

Mikey Mooreon takes a Beating

Moore's 'Sicko' Gives Accused Little Say

Uma pergunta:

Você se deu ao trabalho de checar fontes potencialmente contestadoras ao vídeo de Moore antes de formar uma opinião sobre ele?


André escreveu:Advogado nenhum vai resolver, todos os HMO operam de forma similar, não existe escolha de sistema público para a classe média, e os privados agem de forma similar. Os contratos são construídos com esses objetivos, de permitir a negação, e a população não tem outra alternativa. Por isso os gastos em contas médicas são a causa número UM de falência das famílias americanas, como diversos estudos vem demonstrando.


6)Devemos concluir então que os americanos são um povo de retardados mentais, uma vez que apesar de serem detentores da mais tradicional democracia do planeta, com uma tradição de luta por seus direitos, parecem aceitar bovinamente ser escravizados pelos malvados donos de seguro saúde. Pior, estupidamente insistem em votar nos republicanos que em sua perversidade defendem este estado de coisas insuportável ao qual eles aparentemente se resignam por não estar tão bem informados da situação quanto você.


André escreveu:Isso está errado, o sistema está errado, e a forma como Canadenses, Ingleses, Franceses, e tantos outros das 24 mais desenvolvidas economias do mundo, fazem é em termos de sistema, melhor.


7)Ou você está errado.


1)Se não fizerem HMO de uma farão de outra.

Qual a alternativa? Não ter seguro??

Alguns conseguem ganho de causa na justiça mas isso demora, e muitos morrem antes disso.

2)A alternativa é não ter seguro médico e ter que pagar milhares em alguns casos milhões por tratamento. Não existe qualquer contrato que não tenha as escapatórias, logo ou aceitam isso, ou ficam sem seguro.

3)Então pq será que eles vivem menos que na França ,no Canadá, e a causa primeira de falência são as contas médicas???


4)Depois de ver o filme do Moore, se vc me disser que as companhias estão certas em negar, no exemplo de micose,ou dos voluntários do 11 de setembro, ai não discuto mais com vc. Pq não vale a pena.

5)Sim, vi inclusive o filme Farehype que é uma crítica frontal a Moore, em relação ao Farenhiet. Li fontes, e em alguns casos discordo dos métodos de Moore, e seus exageros, porém acabei de ver o filme com uma pessoa que estuda saúde pública a mais de 20 anos, e me disse que as informações do filme batem. Ao analisar, especialmente no que tange esse ultimo trabalho dele, que é de grande qualidade, concordo muito, e até a Fox teceu elogios.

6) Vc deve saber que casamento gay foi uma das questões centrais, assim como luta contra terrorismo. Uma das melhores formas de controlar é usando questões culturais, e medo. Até final dos anos 60 talvez as coisas fossem melhores, mas a partir da década de 70 a coisa desandou.

Mesmo assim os democratas recuperaram o Congresso e o Senado. Mesmo que eles tb não sejam nenhuma maravilha.

7)Ou vc. Veja o filme, depois comentamos mais.

Se ainda achar o sistema americano melhor que o Canadense, o Frances, o Ingles, ....

Quero ouvir os porquês.

Para mim saúde é um direito humano, coloque lucros na combinação, e interesses privados, e vejamos o que aparece.

Até Margaret Thatcher concorda comigo nessa, e defende o Sistema de Saúde Britânico (NHS) de forma tão forte quanto a defesa pela democracia. De controle Estatal regulado democraticamente.

A opressão Estatal somente existe, quando a democracia falta e a população está com muito medo, ou em dividas, sem sonhos e esperanças. E é opressão Estatal o que ocorre nos EUA, com políticos comprados pelas empresas de seguros, que defendem seus interesses. Comprando não somente os republicanos mais democratas tb, para garantir sua hegemonia.

Um povo que em sua maioria não acha a Inglaterra no mapa, que não acredita em evolução, e nesse quesito um dos piores do mundo. Com medo, ambição pessoal e individualista impulsionando ao trabalho. Os EUA são diversificados e não apenas isso, mas o quadro predominante não é animador, em outras épocas não era assim.

Queria saber tb outra coisa. Se vc responsabiliza os exemplos do Moore, as pessoas, nos casos citados, por terem sido negados. Em alguns casos que levaram a morte de pessoas. Depois de ver o filme vc me responde essa. Como é uma coisa generalizada, e o estudo de Harvard que postei demonstra, não nenhum Moore(que é uma figura controversa) , ai fica mais fácil.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André escreveu:Não somente os que não podem pagar, pois os que pagam estão tendo cobertura negada o que está levando a falência como indica esse link.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/


Olá André!

Vamos supor que você tenha um plano de saúde nos Estados Unidos e neste plano a sua franquia seja de 500 dólares anuais.

Num dado momento, você sofre um grave acidente e os gastos com internação e cirurgia serão de 2.000 dólares.

Repare que seu plano de saúde apenas cobre 500 doláres e os 1500 adicionais é você quem deve pagar. Se você não pagar é óbvio que a seguradora não irá pagar para você e a sua cobertura será evidentemente negada.

Você não pode exigir que a seguradora faça algo diferente do que está no contrato.

André escreveu:Um dos meus melhores amigos é crente, e acredita em Deus, vc pensa menos dele por causa disso? Acha que tem menos capacidade de julgar? Isso é de um profundo preconceito com relação ao caráter dos crentes.


Obviamente que não! O que não acredito é que seus posicionamentos e visões de mundo sejam de natureza racional e não de natureza emocional.

Não existe nada preconceituoso com relação a isso. É uma constatação óbvia.
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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:
André escreveu:Não somente os que não podem pagar, pois os que pagam estão tendo cobertura negada o que está levando a falência como indica esse link.

http://www.msnbc.msn.com/id/6895896/


1)Olá André!

Vamos supor que você tenha um plano de saúde nos Estados Unidos e neste plano a sua franquia seja de 500 dólares anuais.

Num dado momento, você sofre um grave acidente e os gastos com internação e cirurgia serão de 2.000 dólares.

Repare que seu plano de saúde apenas cobre 500 doláres e os 1500 adicionais é você quem deve pagar. Se você não pagar é óbvio que a seguradora não irá pagar para você e a sua cobertura será evidentemente negada.

Você não pode exigir que a seguradora faça algo diferente do que está no contrato.

André escreveu:Um dos meus melhores amigos é crente, e acredita em Deus, vc pensa menos dele por causa disso? Acha que tem menos capacidade de julgar? Isso é de um profundo preconceito com relação ao caráter dos crentes.


2)Obviamente que não! O que não acredito é que seus posicionamentos e visões de mundo sejam de natureza racional e não de natureza emocional.

Não existe nada preconceituoso com relação a isso. É uma constatação óbvia.


1)Vc leu a noticia do link?Viu o filme Sicko?

Acho que não em todo caso é bom perguntar.

O caso não é esse. Suponha esse caso.

Uma mulher é diagnosticada com tumor no cérebro. Os médicos recomendaram, e agendaram uma cirurgia para remover. Quando ela fez o requerimento a seguradora disse "não consideramos isso um risco de vida" e com isso ela foi negada o que estava no contrato. Essa mulher morreu desse tumor que não era um "risco de vida".

Casos como esse tem aos montes.Vc pode achar que não é legal, mas é pois o contratos embora prevejam pagar isso, tem clausulas de avaliação como essa, que permitiram a seguradora avaliar que não era risco de vida. Todas as seguradoras fazem isso. Depois que vc conhecer os casos reais e ver o que aconteceu com as pessoas, volte aqui e me diga o que pensa.

Na Inglaterra, todo o tratamento, assim como em outros países que citei, seria feito de graça.

2)È um erro completo, e desconhecimento da minha pessoa, além de uma desqualificação das minhas posições com base em personalidade.

Então quem discorda de vc não é racional? Vc é o novo profeta da razão, e todos os outros são pessoas em um mau caminho determinados pelos sentimentos.

Cara em todas as 25 mais industrializados países de primeiro mundo, com exceção dos EUA, o sistema de saúde é publico, é um direito, e nesses funciona melhor. Segundo a avaliação do World Heath Organization

The U. S. health system spends a higher portion of its gross domestic product than any other country but ranks 37 out of 191 countries according to its performance, the report finds. The United Kingdom, which spends just six percent of gross domestic product (GDP) on health services, ranks 18th . Several small countries – San Marino, Andorra, Malta and Singapore are rated close behind second- placed Italy.

Fonte

http://www.who.int/inf-pr-2000/en/pr2000-44.html

37 lugar pros EUA.E ainda gasta muito e mal. Os sistemas publicos da Inglaterra, e dos demais países acabam sendo mais baratos.

A constatação obvia é que está tentando tapar o sol com a peneira, e a realidade contraria seus argumentos.

Em todos os países de primeiro mundo, o sistema é melhor, e na maioria é público, gratuito, e é mais barato, e volta para sociedade em mais benefícios do que o gasto.
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Acauan
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Mensagem por Acauan »

André escreveu:Depois de ver o filme do Moore, se vc me disser que as companhias estão certas em negar, no exemplo de micose,ou dos voluntários do 11 de setembro, ai não discuto mais com vc. Pq não vale a pena.


Tem razão André, não vale a pena.
Para você por suas razões e para mim pelas minhas, que se resumem na constatação de que suas viseiras ideológicas evoluíram para tapa-olhos. Você ultrapassou o ponto de ter uma visão distorcida da realidade e não consegue mais enxergá-la pelo apego passional a seu sonho de um mundo diferente deste e melhor, que lhe impede de aceitar qualquer fato que possa abalar suas convicções e, consequentemente, suas esperanças.

Mais uma vez, antes de subir nas tamancas leia a prova do que digo.
Você comete erros muito piores do que se apegar a fontes sem nenhuma credibilidade e delas tirar conclusões muito mais amplas do que os dados permitiriam, mesmo que se verdadeiros fossem.

O que vemos é uma renuncia voluntária à lógica mais primaria como evidente na citação abaixo:


A alternativa é não ter seguro médico e ter que pagar milhares em alguns casos milhões por tratamento. Não existe qualquer contrato que não tenha as escapatórias, logo ou aceitam isso, ou ficam sem seguro.


Ora, se você próprio afirma que todos os contratos tem escapatórias para não pagar grandes despesas médicas, por que cargas d'água alguém faria um seguro médico para se prevenir de pagar milhares ou milhões por tratamento, já sabendo de antemão que na hora H as seguradoras tirarão o corpo fora?

Sua contradição além de gritante é circular. Você diz que os seguros têm como escapar ao pagamento das grandes despesas médicas e quando confrontado sobre porque então as pessoas fazem seguro, você diz que é por medo de ter que bancar grandes despesas médicas. Decida-se, pois.
Se não há qualquer garantia de que o seguro servirá para alguma coisa, qual é o problema de ficar sem seguro?
E se mesmo assim dezenas de milhões de americanos recorrem a eles, devemos concluir que são todos completos idiotas mal informados, que precisam ser avisados por você com base no vídeo do Bolo Fofo que estão jogando fora seus suado dinheirinho?

E com base em que você afirma que não existe contrato que não tenha escapatórias?
Você examinou TODOS os contratos de seguro saúde dos Estados Unidos, um por um e concluiu isto, ou simplesmente aceitou que se o Michael Moore disse (se é que disse) então é verdade?

Os absurdos como estes se acumulam a tal ponto na postagem anterior que chega a assustar que sejam produzidos por alguém instruído nas técnicas de pesquisa, que mesmo assim parece não perceber a diferença entre dizer "a pesquisa tal, com base nos métodos e amostragens tais concluiu que a maioria dos americanos não sabe apontar a Inglaterra no mapa" e afirmar, taxativamente como fato indubitável, "a maioria dos americanos não sabe apontar a Inglaterra no mapa".

A análise de vantagens comparativas entre sistema público e privado de saúde é uma questão complexa, que exige ampla análise dinâmica de dados, dos quais é fácil incorrer em correlações espúrias.
Entretanto vimos conclusões de um simplismo tão ingênuo que beira o infantil, como concluir que se as expectativas de vida dos europeus são maiores então o sistema de saúde deles é melhor, sem cogitar todas as variáveis específicas contidas dentro da amplitude genérica das macro-médias e desprezando arbitrariamente todos os outros fatores que influenciam a expectativa de vida. Para não falar dos factóides oportunistas que citam a micose de sei-lá-quem como prova de sei-lá-o-que.
Factóides por factóides, em um dos artigos que citei anteriormente ou autor levanta vários sobre falhas no sistema de saúde do Canadá, imitando o que Moore fez com o americano, mas certamente você não dará àqueles o peso que deu a estes, pois, como as TV's Toshibas são melhores que outros japoneses, os seus factóides são melhores que os factóides dos outros.

De fato é melhor pararmos por aqui.
Como concordamos desde o início, prosseguir é perda de tempo.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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André
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Mensagem por André »

Acauan escreveu:
André escreveu:Depois de ver o filme do Moore, se vc me disser que as companhias estão certas em negar, no exemplo de micose,ou dos voluntários do 11 de setembro, ai não discuto mais com vc. Pq não vale a pena.


Tem razão André, não vale a pena.
Para você por suas razões e para mim pelas minhas, que se resumem na constatação de que suas viseiras ideológicas evoluíram para tapa-olhos. Você ultrapassou o ponto de ter uma visão distorcida da realidade e não consegue mais enxergá-la pelo apego passional a seu sonho de um mundo diferente deste e melhor, que lhe impede de aceitar qualquer fato que possa abalar suas convicções e, consequentemente, suas esperanças.

Mais uma vez, antes de subir nas tamancas leia a prova do que digo.
Você comete erros muito piores do que se apegar a fontes sem nenhuma credibilidade e delas tirar conclusões muito mais amplas do que os dados permitiriam, mesmo que se verdadeiros fossem.

O que vemos é uma renuncia voluntária à lógica mais primaria como evidente na citação abaixo:


A alternativa é não ter seguro médico e ter que pagar milhares em alguns casos milhões por tratamento. Não existe qualquer contrato que não tenha as escapatórias, logo ou aceitam isso, ou ficam sem seguro.


1)Ora, se você próprio afirma que todos os contratos tem escapatórias para não pagar grandes despesas médicas, por que cargas d'água alguém faria um seguro médico para se prevenir de pagar milhares ou milhões por tratamento, já sabendo de antemão que na hora H as seguradoras tirarão o corpo fora?

Sua contradição além de gritante é circular. Você diz que os seguros têm como escapar ao pagamento das grandes despesas médicas e quando confrontado sobre porque então as pessoas fazem seguro, você diz que é por medo de ter que bancar grandes despesas médicas. Decida-se, pois.
Se não há qualquer garantia de que o seguro servirá para alguma coisa, qual é o problema de ficar sem seguro?
E se mesmo assim dezenas de milhões de americanos recorrem a eles, devemos concluir que são todos completos idiotas mal informados, que precisam ser avisados por você com base no vídeo do Bolo Fofo que estão jogando fora seus suado dinheirinho?

E com base em que você afirma que não existe contrato que não tenha escapatórias?
Você examinou TODOS os contratos de seguro saúde dos Estados Unidos, um por um e concluiu isto, ou simplesmente aceitou que se o Michael Moore disse (se é que disse) então é verdade?

Os absurdos como estes se acumulam a tal ponto na postagem anterior que chega a assustar que sejam produzidos por alguém instruído nas técnicas de pesquisa, que mesmo assim parece não perceber a diferença entre dizer "a pesquisa tal, com base nos métodos e critérios tal concluiu que a maioria dos americanos não sabe apontar a Inglaterra no mapa" e afirmar, taxativamente como fato indubitável, "a maioria dos americanos não sabe apontar a Inglaterra no mapa".

A análise de vantagens comparativas entre sistema público e privado de saúde é uma questão complexa, que exige ampla análise dinâmica de dados, dos quais é fácil incorrer em correlações espúrias.
Entretanto vimos conclusões de um simplismo tão ingênuo que beira o infantil, como concluir que se as expectativas de vida dos europeus são maiores então o sistema de saúde deles é melhor, sem cogitar todas as variáveis específicas contidas dentro da amplitude genérica das macro-médias e desprezando arbitrariamente todos os outros fatores que influenciam a expectativa de vida. Para não falar dos factóides oportunistas que citam a micose de sei-lá-quem como prova de sei-lá-o-que.
Factóides por factóides, em um dos artigos que citei anteriormente ou autor levanta vários sobre falhas no sistema de saúde do Canadá, imitando o que Moore fez com o americano, mas certamente você não dará àqueles o peso que deu a estes, pois, como as TV's Toshibas são melhores que outros japoneses, os seus factóides são melhores que os factóides dos outros.

De fato é melhor pararmos por aqui.
Como concordamos desde o início, prosseguir é perda de tempo.


Eu quero saber se vc defende o sistema privado como é nos EUA, e se acha que foi justo e correto o que aconteceu com os entrevistados do filme? Sendo que especialistas em saúde pública já me disseram que o que filme demonstra confere com suas pesquisas.

Depois que vc assistir o filme, se assistir, ai retomamos.

Se o sistema gratuito é pior para vc, o público, aquele que até Eu quero saber se vc defende o sistema privado como é nos EUA, e se acha que foi justo e correto o que aconteceu com os entrevistados do filme? Sendo que especialistas em saúde pública já me disseram que o que filme demonstra confere com suas pesquisas.

Depois que vc assistir o filme, se assistir, ai retomamos.

É meio que uma curiosidade se vc acha o sistema gratuito, o público, pior, aquele que até Margareth Thatcher defendeu na Inglaterra.

Alias a grande conquista nesses países foi ter tornado essa questão acima dos partidos, e um direito humano, que é como vejo, e concordo com todos esses regimes democráticos que socializaram medicina.
Editado pela última vez por André em 03 Jul 2007, 15:56, em um total de 3 vezes.
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betossantana
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Re.: O Estado brasileiro é benfeitor ou predador?

Mensagem por betossantana »

Acauan escreveu:Repito a pergunta, se as pessoas aceitam os termos do contrato livremente, conhecendo seus conteúdos, onde está a injustiça?


Algumas restrições em termos de cobertura de atendimento médico não são aceitas pela legislação brasileira, sendo irrelevantes o fato de constarem em instrumento contratual ou não. O consumidor e o fornecedor de produtos e serviços não estão em posição de igualdade e por isso a lei veda certos tipos de restrição como limitação de dias que o segurado pode passar em UTIs. Mesmo assim as seguradoras de saúde insistem e continuam colocando essas cláusulas e várias outras absolutamente NULAS em seus contratos. Elas fazem isso não porque desconheçam a lei dos lugares onde elas operam, fazem porque são caras-de-pau mesmo. TODO SANTO DIA eu atendo gente no Juizado em que eu trabalho que requer liminar pra obrigar o plano de saúde a atender ou manter atendimento de certo tipo de enfermidade ou procedimento que eles se recusam a fazer pelos fundamentos mais estapafúrdios. Isso é PRAXE.

Tem gente que acha que porque uma coisa consta em um contrato, ela é obrigatória e acabou. Se liga, meu filho. Todo contrato se submete à lei.
É um problema espiritual, chupe pau!

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

André escreveu:As pessoas não sabem disso, das escapatórias, os entrevistados demonstram toda sua surpresa,o filme é uma denuncia justamente disso. As pessoas somente descobrem quando precisam.


André,

O que está lhe faltando desde o início desta discussão é uma visão macro da realidade onde estes fatos específicos se encaixam.

Os Estados Unidos da América são tradicionalmente a sociedade líder na defesa dos direitos do consumidor, ao mesmo tempo que valorizam o respeito aos contratos como instrumentos da liberdade e responsabilidade individual.
Em outras palavras, trambiqueiros que agem de má fé para deliberadamente lesar seus clientes respondem perante a lei, que nestes casos é rápida e dura.
Por outro lado, acertos entre partes claramente definidos em contrato, no qual todos conheciam os termos e concordaram com eles, só são cobrados judicialmente nos exatos termos do que foi acordado, exceto se alguma cláusula ferir diretamente alguma lei.

É suficientemente conhecido o caso do Zé Ruela que se queimou com café quente no McDonalds, processou a empresa porque não havia qualquer aviso no copo ou outro lugar sobre os riscos da temperatura da bebida e não só ganhou uma indenização escorchante como obrigou a lanchonete a colocar avisos informando o óbvio, que café quente queima.
Isto se repete em toda relação fornecedor – consumidor nos Estados Unidos, como todos já devem ter observado nos carros cujos espelhos retrovisores levam gravados o aviso que os objetos refletidos são menores que os reais ou detalham nas embalagens todos os possíveis efeitos danosos de qualquer produto posto a venda.

Não fazer isto é se arriscar a pagar milhões de dólares para o primeiro Mané que se engasgue com uma batata frita ou coisa parecida.

Dentro desta tradição, você e o Michael Moore querem fazer crer que tumor no cérebro pode ser descartado como fator de risco de vida sem que esta justiça tão dura e zelosa na preservação dos direitos tenha uma palavra a dizer contra.
Claro que deve haver uma história real parecida com esta contada, mas todo mundo que conhece o Michael Moore sabe que há muito mais verdade no que ele omite do que no que informa, o que é a mesma coisa que mentir, fazendo valer a máxima de que é possível dizer um monte de mentiras falando apenas a verdade. Em Tiros em Columbine e Fahrenheit 911 estas omissões eram tão óbvias que dispensavam consulta a outras fontes a qualquer um minimamente informado sobre os eventos.

Assim, a única forma de alguém com tumor no cérebro ter seu tratamento negado sem que os segurados recorressem com chances à justiça é se os termos do contrato deixassem isto claro, detalhe do tipo que é do hábito do Bolo Fofo omitir.
Constatado que o contrato previa esta não cobertura e que o segurado a aceitou quando do fechamento, aí sim, não há o que qualquer juiz possa fazer.

Caso contrário, se alguma junta médica paga pelos seguros de saúde avaliar que um tumor no cérebro não é mortal – um absurdo evidente para qualquer leigo – simplesmente não há como eles não serem responsabilizados na justiça, civil e criminalmente, sob risco de pagarem centenas de milhões de dólares como punição por uma única morte, como é comum por lá.

Caso você o Michael Moore não tenham percebido, o sistema de justiça americana não é o brasileiro.
Lá as grandes corporações de bilhões e bilhões de dólares morrem de medo de juizes de primeira instância por saber que a força das instituições está acima e além do que podem pagar. E não sou em quem diz, é o histórico dos fatos em que companhias muito mais poderosas que os seguros de saúde (como as indústrias de petróleo, automóveis e tabaco) foram pegas no contrapé e dançaram miudinho nas decisões da Suprema Corte.

É preciso mais que um vídeo feito pelo propagandista ideológico mais caricato e espalhafatoso do mundo para contradizer estas verdades óbvias, amplamente conhecidas e incontestáveis na farta documentação que as comprovam.


André escreveu:Não todos claro, mas os casos de negação são tantos que fez a World Heath Organization, avaliar os EUA como 37 no mundo. Apesar da força de sua economia. Pq será?


Por que os critérios de contagem desta organização resultaram neste número. Outros critérios produziriam resultado diferente.
Sem avaliação dos métodos pelos quais estes índices são obtidos, eles, por si só não significam absolutamente nada, principalmente quando levantados por organizações estatais burocráticas, que devem ter lá suas simpatias por sistemas geridos por organizações estatais burocráticas.


André escreveu:Eu quero saber se vc defende o sistema privado como é nos EUA, e se acha que foi justo e correto o que aconteceu com os entrevistados do filme? Sendo que especialistas em saúde pública já me disseram que o que filme demonstra confere com suas pesquisas.


Eu defendo o sistema que apresenta a melhor relação custo benefício, o que em sistemas nacionais vai além do custo financeiro e deve considerar aspectos regionais, sócio-politicos, culturais e outros.

O problema de comparar a França com os Estados Unidos é que os Estados Unidos não são a França. Se todos os esquerdistas tem piti quando ouvem a folclórica frase "o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil", porque ter como certo que o que é bom para a Inglaterra é bom para os americanos?

É como nas empresas.
Qualquer empresário gostaria de prover seus funcionários com o melhor plano de saúde que desse o máximo de coberturas e conforto, mas no geral, caso o façam não terão como repassar este custo para o preço dos produtos e terão que arcar com os prejuízos que podem afetar a capacidade de investimento da empresa, sua competitividade e talvez acarretar sua falência, quando então os funcionários não terão nem plano de saúde e nem emprego.

Claro que pode haver empresas suficientemente rentáveis para prover a melhor assistência médica aos seus empregados sem que isto lhes seja problema, o que não quer dizer que haja bom senso em apontar estas como exemplo para aquelas que operam realidades completamente distintas.

Com os países é a mesma coisa.

Análise simplista quase sempre é conclusão errada.
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André
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Mensagem por André »

Acauan escreveu:
André escreveu:As pessoas não sabem disso, das escapatórias, os entrevistados demonstram toda sua surpresa,o filme é uma denuncia justamente disso. As pessoas somente descobrem quando precisam.


André,

O que está lhe faltando desde o início desta discussão é uma visão macro da realidade onde estes fatos específicos se encaixam.

Os Estados Unidos da América são tradicionalmente a sociedade líder na defesa dos direitos do consumidor, ao mesmo tempo que valorizam o respeito aos contratos como instrumentos da liberdade e responsabilidade individual.
Em outras palavras, trambiqueiros que agem de má fé para deliberadamente lesar seus clientes respondem perante a lei, que nestes casos é rápida e dura.
Por outro lado, acertos entre partes claramente definidos em contrato, no qual todos conheciam os termos e concordaram com eles, só são cobrados judicialmente nos exatos termos do que foi acordado, exceto se alguma cláusula ferir diretamente alguma lei.

É suficientemente conhecido o caso do Zé Ruela que se queimou com café quente no McDonalds, processou a empresa porque não havia qualquer aviso no copo ou outro lugar sobre os riscos da temperatura da bebida e não só ganhou uma indenização escorchante como obrigou a lanchonete a colocar avisos informando o óbvio, que café quente queima.
Isto se repete em toda relação fornecedor – consumidor nos Estados Unidos, como todos já devem ter observado nos carros cujos espelhos retrovisores levam gravados o aviso que os objetos refletidos são menores que os reais ou detalham nas embalagens todos os possíveis efeitos danosos de qualquer produto posto a venda.

Não fazer isto é se arriscar a pagar milhões de dólares para o primeiro Mané que se engasgue com uma batata frita ou coisa parecida.

Dentro desta tradição, você e o Michael Moore querem fazer crer que tumor no cérebro pode ser descartado como fator de risco de vida sem que esta justiça tão dura e zelosa na preservação dos direitos tenha uma palavra a dizer contra.
Claro que deve haver uma história real parecida com esta contada, mas todo mundo que conhece o Michael Moore sabe que há muito mais verdade no que ele omite do que no que informa, o que é a mesma coisa que mentir, fazendo valer a máxima de que é possível dizer um monte de mentiras falando apenas a verdade. Em Tiros em Columbine e Fahrenheit 911 estas omissões eram tão óbvias que dispensavam consulta a outras fontes a qualquer um minimamente informado sobre os eventos.

Assim, a única forma de alguém com tumor no cérebro ter seu tratamento negado sem que os segurados recorressem com chances à justiça é se os termos do contrato deixassem isto claro, detalhe do tipo que é do hábito do Bolo Fofo omitir.
Constatado que o contrato previa esta não cobertura e que o segurado a aceitou quando do fechamento, aí sim, não há o que qualquer juiz possa fazer.

Caso contrário, se alguma junta médica paga pelos seguros de saúde avaliar que um tumor no cérebro não é mortal – um absurdo evidente para qualquer leigo – simplesmente não há como eles não serem responsabilizados na justiça, civil e criminalmente, sob risco de pagarem centenas de milhões de dólares como punição por uma única morte, como é comum por lá.

Caso você o Michael Moore não tenham percebido, o sistema de justiça americana não é o brasileiro.
Lá as grandes corporações de bilhões e bilhões de dólares morrem de medo de juizes de primeira instância por saber que a força das instituições está acima e além do que podem pagar. E não sou em quem diz, é o histórico dos fatos em que companhias muito mais poderosas que os seguros de saúde (como as indústrias de petróleo, automóveis e tabaco) foram pegas no contrapé e dançaram miudinho nas decisões da Suprema Corte.

É preciso mais que um vídeo feito pelo propagandista ideológico mais caricato e espalhafatoso do mundo para contradizer estas verdades óbvias, amplamente conhecidas e incontestáveis na farta documentação que as comprovam.


André escreveu:Não todos claro, mas os casos de negação são tantos que fez a World Heath Organization, avaliar os EUA como 37 no mundo. Apesar da força de sua economia. Pq será?


Por que os critérios de contagem desta organização resultaram neste número. Outros critérios produziriam resultado diferente.
Sem avaliação dos métodos pelos quais estes índices são obtidos, eles, por si só não significam absolutamente nada, principalmente quando levantados por organizações estatais burocráticas, que devem ter lá suas simpatias por sistemas geridos por organizações estatais burocráticas.


André escreveu:Eu quero saber se vc defende o sistema privado como é nos EUA, e se acha que foi justo e correto o que aconteceu com os entrevistados do filme? Sendo que especialistas em saúde pública já me disseram que o que filme demonstra confere com suas pesquisas.


Eu defendo o sistema que apresenta a melhor relação custo benefício, o que em sistemas nacionais vai além do custo financeiro e deve considerar aspectos regionais, sócio-politicos, culturais e outros.

O problema de comparar a França com os Estados Unidos é que os Estados Unidos não são a França. Se todos os esquerdistas tem piti quando ouvem a folclórica frase "o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil", porque ter como certo que o que é bom para a Inglaterra é bom para os americanos?

É como nas empresas.
Qualquer empresário gostaria de prover seus funcionários com o melhor plano de saúde que desse o máximo de coberturas e conforto, mas no geral, caso o façam não terão como repassar este custo para o preço dos produtos e terão que arcar com os prejuízos que podem afetar a capacidade de investimento da empresa, sua competitividade e talvez acarretar sua falência, quando então os funcionários não terão nem plano de saúde e nem emprego.

Claro que pode haver empresas suficientemente rentáveis para prover a melhor assistência médica aos seus empregados sem que isto lhes seja problema, o que não quer dizer que haja bom senso em apontar estas como exemplo para aquelas que operam realidades completamente distintas.

Com os países é a mesma coisa.

Análise simplista quase sempre é conclusão errada.


Sua retórica é boa e tem coisas que não discordo da analise. Mas eu fico não apenas com o Micheal Moore (Ele não seria suficiente para me convencer) e sim, e muito mais, com os especialistas de saúde pública que conheço, que pesquisam sobre isso a mais de 20 anos, e me disseram que o cerne do que o filme demonstra confere. Ou seja, um sistema privado de saúde é pior, e chega a ser desumano, quando costumeiramente rejeita fazer tratamento com base em questões financeiras. Não é somente a França ou Canadá, são todos os países de primeiro mundo, exceção aos EUA, tem alguma forma de sistema de saúde universal, público, a maioria fornecendo atendimento de graça ou quase isso, não é caridade, pois as pessoas pagaram pelo sistema com impostos.

Eu sou contra envolver lucros e saúde, pois para mim saúde é um direito humano, não podendo ser negado. Alias como é o caso na Inglaterra, coisa que até a Margareth Thatcher defendeu.

Boa parte da população americana está anestesiada, afundada em dividas, e com medo. E foram convencidos por muito tempo que controle do Estado, e socialização da medicina, e medicina para todos, é coisa de comunista, o que equivale a dizer que é coisa do demonio.


Olha o nascimento dos HMO. Conversa de Nixon e John Ehrlichman. Uma perola, encontrada nas fitas que ele fazia.(conversation number 450-23. "Richard Nixon - Oval Office Recording)

millercenter.virginia.edu

Peguei a tradução feita em português de Portugal mas quem quiser vai na fonte e vê o original. Eu ouvi a fita.

Ehrlichman: Reduzimos os problemas do vice-presidente relativos a este assunto</i> a um só aspecto,
que é o de se devemos ou não incluir estas Organizações de Manutenção de Saúde (HMO) como aquela coisa da Edgar Kaiser's Permanente.

Nixon:
Deixa que te pergunte...

Sabes que não estou muito virado para nenhum desses malditos programas de saúde.

Ehrlichman:Isto é dirigido aos privados.

Nixon:Bem, assim já gosto mais.

Ehrlichman:Edgar Kaiser criou este negócio da Permanente para lucrar.
E a razão pela qual ele consegue lucrar...
eu encontrei-me com Edgar Kaiser, para falar com ele sobre isto.
E aprofundei bastante a questão.
Todo o incentivo vai para a redução dos cuidados de saúde, porque quanto menos cuidados prestarem às pessoas, mais dinheiro fazem.

Nixon:Muito bem.

Ehrlichman: e os incentivos são desviados na direcção correcta.

Nixon:Nada mau.

Dia seguinte nascem os HMO. So um detalhe, ninguém conseguiu questionar que a maior causa de falência nos EUA são as contas médicas como aponta o relatório do professor de Harvard que indiquei.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André!

Deixei bastante claro que o Estado deve cuidar da saúde e educação de qualidade e oferecê-las gratuitamente aos que não podem pagar. Um país tão rico como os EUA poderiam realmente oferecer muito mais do que oferecem.

Como disse, minha inclinação é maior para o liberalismo social.

André escreveu:Então quem discorda de vc não é racional? Vc é o novo profeta da razão, e todos os outros são pessoas em um mau caminho determinados pelos sentimentos.


Se eu fosse um profeta da razão não mudaria tanto minhas idéias e convicções. Não preciso ser nenhum gênio para constatar que são razões emocionais que travam a racionalidade dos crentes.

Como na filosofia Jedi "as paixões nublam a mente".

É bastante óbvio!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

Acauan escreveu:
Constatado que o contrato previa esta não cobertura e que o segurado a aceitou quando do fechamento, aí sim, não há o que qualquer juiz possa fazer.


Acontece. Já vi um caso em que uma decisão liminar determinou que o seguro de saúde procedesse imediatamente à realização de um parto para a parte autora, mas ao fim do processo ficou claro que o plano não cobria esse procedimento específico e a demanda foi julgada improcedente, o que possibilitava ao fornecedor cobrar da segurada o valor do procedimento feito sem que houvesse cobertura para ele no contrato. Entretanto, certas cláusulas, mesmo que o segurado esteja plenamente ciente da presença delas no instrumento contratual, são absolutamente nulas, como as que eu me referi que limitam o número de dias coberto pelo plano quando o segurado está em unidade de terapia intensiva. Qualquer pessoa pode tranquilamente assinar um contrato que disponha isso (como acho até que a maioria tem mesmo) e saber que essa cláusula deve ser considerada não escrita e sem efeito por serem abusivas. Na verdade aí reside toda a eficácia da teoria das cláusulas abusivas, cuja ciência pelo consumidor é absolutamente irrelevante.
É um problema espiritual, chupe pau!

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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:André!

1)Deixei bastante claro que o Estado deve cuidar da saúde e educação de qualidade e oferecê-las gratuitamente aos que não podem pagar. Um país tão rico como os EUA poderiam realmente oferecer muito mais do que oferecem.

Como disse, minha inclinação é maior para o liberalismo social.

André escreveu:Então quem discorda de vc não é racional? Vc é o novo profeta da razão, e todos os outros são pessoas em um mau caminho determinados pelos sentimentos.


2)Se eu fosse um profeta da razão não mudaria tanto minhas idéias e convicções. Não preciso ser nenhum gênio para constatar que são razões emocionais que travam a racionalidade dos crentes.

Como na filosofia Jedi "as paixões nublam a mente".

É bastante óbvio!


1)A questão é como fazer isso, e as evidencias apontam que embora seja bom enxugar o Estado em setores, como eu sou contra o excesso de cargos por indicação, por exemplo, no caso da saúde principalmente, controle Estatal, em diversos países, tem se mostrado menos custoso e melhor para população. Sendo oferecido de graça a todos, e no caso dos medicamentos apenas os que podem pagar, pagam, como é o caso na Inglaterra, e mesmo assim pagam pouco. Ou seja, diferentes planos que entendem uma coisa básica, saúde e acesso a serviços de saúde, é um direito, e sua comercialização leva a diminuição ao acesso desse serviço que tem que ser garantido a todos.

Na Educação sou favorável a um sistema misto. Com espaço para iniciativa privada, mas que deve ser regulada democraticamente, para evitar irresponsabilidades. E tb deve ser garantida a todos, o acesso ao conhecimento.

2)Eu não sou crente (Nem religioso, nem me adapto bem rótulos de sistemas de idéias), tenho é um monte de dúvidas.E minha razão me leva a um pessimismo, porém tb a constatação que existem escolhas e possibilidades. As que escolho, faço por razoes de analise de resultados como é o caso.

A emoção, amor a humanidade por exemplo, combinada com a razão, da a ultima direção, e caráter. Logo não é dispensável.

Vc sugerir que sou cego pq sinto, é sugerir que eu seria capaz de fazer melhor avaliação sem sentir. O que é falso. Todos sentimos, em diferentes níveis, e apenas aqueles que não conhecem nem querem saber os argumentos contrários se cegam. Eu conheço os argumentos da direita, e aprendo compreendendo, mas raramente os considero melhores, e estou no meu direito de avaliação pessoal.

Quem me parece querer negar as evidencias é vc, postei muitas, e nenhuma foi suficientemente refutada. Como contas médicas serem a maior causa de falências nos EUA, como se iniciou HMO, e os problemas ligados a esses.

Eu já acho que indiferença é bem fácil de ocorrer naqueles que condenam sensibilidade alheia. Antes que diga que estou falando de vc, não estou. Falo em geral, ter sentimento de solidariedade é uma virtude, não um defeito. Ele somente é problemático se não é acompanhado por ponderação e razão.

Vc fala como se um excluísse o outro, como se fossem antagônicos. Pois para mim a ética, algo fundamental, nasce no individuo, com a combinação de ambos razão e emoção.

O problema da crença é acreditar sem dúvidas, nem reservas. Acreditar na possibilidade, algo dinâmico é fundamental até mesmo para um empresário que assume riscos. Eu acredito que é possível um sistema de saúde melhor, ou nos moldes e aprendendo com experiências dos outros, vendo quais boas idéias podem ser adaptadas, e ou, colaborar.Para mim a descrença completa é a desculpa para apatia, e o primeiro sintoma do egocentrismo.

E vc fala de constatações, as minhas foi o que expus, e não foi por peninha das pessoas, mas foi por entender que o sistema britânico é melhor que o dos EUA, por exemplo, após uma avaliação. Vc fez essa avaliação? Conhece os dois sistemas? E mesmo que tenha feito, e mesmo que conheça, democraticamente deve respeitar o meu direito de ter a minha avaliação, e buscar subterfúgios de caracterização de personalidade para desqualificar minhas posições, não é muito democrático. E garanto se eu fizer isso com vc, vc não vai gostar. Logo “não faça aos outros o que não quer que façam com vc” ademais não tem qualquer valor de conteúdo.
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André
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Mensagem por André »

betossantana escreveu:
Acauan escreveu:
Constatado que o contrato previa esta não cobertura e que o segurado a aceitou quando do fechamento, aí sim, não há o que qualquer juiz possa fazer.


Acontece. Já vi um caso em que uma decisão liminar determinou que o seguro de saúde procedesse imediatamente à realização de um parto para a parte autora, mas ao fim do processo ficou claro que o plano não cobria esse procedimento específico e a demanda foi julgada improcedente, o que possibilitava ao fornecedor cobrar da segurada o valor do procedimento feito sem que houvesse cobertura para ele no contrato. Entretanto, certas cláusulas, mesmo que o segurado esteja plenamente ciente da presença delas no instrumento contratual, são absolutamente nulas, como as que eu me referi que limitam o número de dias coberto pelo plano quando o segurado está em unidade de terapia intensiva. Qualquer pessoa pode tranquilamente assinar um contrato que disponha isso (como acho até que a maioria tem mesmo) e saber que essa cláusula deve ser considerada não escrita e sem efeito por serem abusivas. Na verdade aí reside toda a eficácia da teoria das cláusulas abusivas, cuja ciência pelo consumidor é absolutamente irrelevante.


Excelente postagem beto.

As leis mudam, e são construídas por pessoas.

Nos EUA as empresas de seguros, e da farmácias, conseguiram fazer leis passarem que as beneficiam, depois de comprar mais da metade do congresso. Aqui ocorre coisa similar em relação a influencia privada sobre o poder público, quando minorias de poder econômico, fazem sua vontade prevalecer.

Alias essa é uma das razoes pelas quais eu defendo uma ampliação da democracia e ampla reforma política, diminuindo cargos por indicação (transformando o que for necessário em cargos de carreira e técnicos para as pessoas entrarem pq tem qualidade e não pq conhecem fulano), acabar com aposentadoria dos políticos, limitar numero de mandatos, e por ai vai.

Somente com mudanças no sistema, que tem que vir de pressão democrática e popular, obvio, é que imagino seja possível, combater corrupção, ingerência privada, e afins.

As leis e regras da sociedade devem refletir os anseios populares, e é assim na Inglaterra, por exemplo. Nenhum político, hoje, tem poder de privatizar o sistema de saúde, o poder pertence ao povo, e esse não vai permitir (ou pelo menos é o que indicam em suas pesquisas e votações até hoje). Mesmo na França, e afins. Por isso a direita de lá já absorveu e alguns passaram a defender esse sistema público.

Estamos longe de tamanho amadurecimento e cidadania, eu sei disso, e meu pessimismo indica que as chances disso mudar são pequenas, mas cada um deve pelo menos fazer sua parte, e saber que é possível, mesmo que improvável. Sabendo que somente uma união democrática em prol disso, representa tantos os meios éticos, como uma possibilidade viável para tais transformações.
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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:André!

Deixei bastante claro que o Estado deve cuidar da saúde e educação de qualidade e oferecê-las gratuitamente aos que não podem pagar. Um país tão rico como os EUA poderiam realmente oferecer muito mais do que oferecem.

Como disse, minha inclinação é maior para o liberalismo social.

André escreveu:Então quem discorda de vc não é racional? Vc é o novo profeta da razão, e todos os outros são pessoas em um mau caminho determinados pelos sentimentos.


Se eu fosse um profeta da razão não mudaria tanto minhas idéias e convicções. Não preciso ser nenhum gênio para constatar que são razões emocionais que travam a racionalidade dos crentes.

Como na filosofia Jedi "as paixões nublam a mente".

É bastante óbvio!


Ah Edson. Sobre os Jedis vc está errado. Vou explicar, os Jedis são incentivados a ter compaixão com todas as criaturas, é a diretriz maior do código Jedi, definida como amor incondicional. É essencial para um Jedi, para dar direção aos seus atos.

O que é proibido é a posse, e ligação amorosa. Sendo o ultimo em minha avaliação um equivoco, pois se é de comum acordo deveria ser permitida.( Alias essa tradição boba é uma das que demonstram alguns dos erros da Ordem que facilitaram a ascenção de um ditador)

Os mestres, Obi-Wan e Yoda, costumeiramente dizem para Luke "Confie em seus sentimentos".

O que é o mal, é o medo, é a ambição pessoal por poder, é a raiva e colera em relação ao outros. O bem é a paz, é a amizade, é a relação de aprendizado entre mestre e aprendiz, é a convivencia harmoniosa dos diferentes.

É alias por amor, e compaixão, e se livrar do ódio, e do medo, que Luke termina por superar todos os seus mestres, pois quando derrota o pai que acabava de tentar matar ele, e ameaçava converter sua irmã ou tb destruir ela. Ele se revela um Jedi, ao não dar um golpe em um adversário desarmado, e com isso, leva a redenção do pai, que por amor, e por finalmente compreender, se vira contra o Imperador, e o destrói, quando esse estava prestes a matar Luke. Ao levar Anakin a sair do lado negro da força, ao demonstrar que Anakin ainda tinha “bondade nele” ,Luke, com esse ato de compaixão, triunfa, aonde todos os mestres antes não tinham conseguido.
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Acauan
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Mensagem por Acauan »

betossantana escreveu:
Acauan escreveu:
Constatado que o contrato previa esta não cobertura e que o segurado a aceitou quando do fechamento, aí sim, não há o que qualquer juiz possa fazer.


Acontece. Já vi um caso em que uma decisão liminar determinou que o seguro de saúde procedesse imediatamente à realização de um parto para a parte autora, mas ao fim do processo ficou claro que o plano não cobria esse procedimento específico e a demanda foi julgada improcedente, o que possibilitava ao fornecedor cobrar da segurada o valor do procedimento feito sem que houvesse cobertura para ele no contrato. Entretanto, certas cláusulas, mesmo que o segurado esteja plenamente ciente da presença delas no instrumento contratual, são absolutamente nulas, como as que eu me referi que limitam o número de dias coberto pelo plano quando o segurado está em unidade de terapia intensiva. Qualquer pessoa pode tranquilamente assinar um contrato que disponha isso (como acho até que a maioria tem mesmo) e saber que essa cláusula deve ser considerada não escrita e sem efeito por serem abusivas. Na verdade aí reside toda a eficácia da teoria das cláusulas abusivas, cuja ciência pelo consumidor é absolutamente irrelevante.


A citação quotada, como toda a discussão em curso quanto ao tema, se referia aos Estados Unidos da America e sua tradição de respeito a contratos como instrumentos da liberdade e responsabilidade individual e sua conciliação com instituições fortes e judiciário enérgico na defesa dos direitos do cidadão, como explicitado nas postagens anteriores.

Nestes tristes trópicos abaixo do Equador onde qualquer paixão diverte, estas premissas obviamente não valem.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André escreveu:A questão é como fazer isso, e as evidencias apontam que embora seja bom enxugar o Estado em setores, como eu sou contra o excesso de cargos por indicação, por exemplo, no caso da saúde principalmente, controle Estatal, em diversos países, tem se mostrado menos custoso e melhor para população. Sendo oferecido de graça a todos, e no caso dos medicamentos apenas os que podem pagar, pagam, como é o caso na Inglaterra, e mesmo assim pagam pouco. Ou seja, diferentes planos que entendem uma coisa básica, saúde e acesso a serviços de saúde, é um direito, e sua comercialização leva a diminuição ao acesso desse serviço que tem que ser garantido a todos.


Considero que somente os que não podem pagar é que devem ter o serviço de saúde e medicamentos gratuitos. No mais, concordo com você.

André escreveu:Na Educação sou favorável a um sistema misto. Com espaço para iniciativa privada, mas que deve ser regulada democraticamente, para evitar irresponsabilidades. E tb deve ser garantida a todos, o acesso ao conhecimento.


No caso da Educação, meu raciocínio é o mesmo. Quem pode pagar paga. Ensino gratuito somente para quem não pode pagar. Em ambos os casos, Saúde e Educação podem ter espaço para a iniciativa privada, que deverá respeitar, obviamente, as normas e leis estabelecidas.

André escreveu:A emoção, amor a humanidade por exemplo, combinada com a razão, da a ultima direção, e caráter. Logo não é dispensável.


É extamente nesse ponto que comparo você com os crentes. Enquanto os crentes permitem que os sentimentos guiem a razão, os racionais (onde me enquadro) fazem o contrário. Os racionais direcionam seus sentimentos através da razão.

Em outras palavras. Para os racionais a razão guia a emoção e para os crentes a emoção conduz a razão.

André escreveu:Quem me parece querer negar as evidencias é vc, postei muitas, e nenhuma foi suficientemente refutada. Como contas médicas serem a maior causa de falências nos EUA, como se iniciou HMO, e os problemas ligados a esses.


Disse categoricamente que é inadmissível, para uma nação rica como a americana, o descaso com relação a saúde dos que não podem pagar por um plano.

Não ignorei absolutamente nada. Pelo contrário!

E André, por favor, pare com essa choradeira sentimental!
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Edson Jr
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Mensagem por Edson Jr »

André escreveu:Ah Edson. Sobre os Jedis vc está errado. Vou explicar, os Jedis são incentivados a ter compaixão com todas as criaturas, é a diretriz maior do código Jedi, definida como amor incondicional. É essencial para um Jedi, para dar direção aos seus atos.


Não misture as coisas André. Vejamos os princípios da filosofia Jedi:

1 - Não há emoção; há paz.
2 - Não há ignorância; há conhecimento.
3 - Não há paixão; há serenidade.
4 - Não há caos; há harmonia.
5 - Não há morte; há a Força.

Leia o príncipio número 3: "Não há paixão; há serenidade."

Existe um ensinamento muito forte nisso. Significa que devemos buscar o conhecimento de forma tranqüila e serena, deixando de lado nossos vícios e paixões, pois se não fizermos isso eles vão inevitavelmente interferir e deturpar a correta leitura da realidade e a verdadeira compreensão das coisas.

É nesse sentido que disse que "as paixões nublam a mente".

A verdadeira compaixão seria resultado da serena busca pela verdade sem interferências emocionais.

André escreveu:Os mestres, Obi-Wan e Yoda, costumeiramente dizem para Luke "Confie em seus sentimentos".


Sentimentos desapaixonados, obviamente.
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André
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Mensagem por André »

Edson Jr escreveu:
André escreveu:A questão é como fazer isso, e as evidencias apontam que embora seja bom enxugar o Estado em setores, como eu sou contra o excesso de cargos por indicação, por exemplo, no caso da saúde principalmente, controle Estatal, em diversos países, tem se mostrado menos custoso e melhor para população. Sendo oferecido de graça a todos, e no caso dos medicamentos apenas os que podem pagar, pagam, como é o caso na Inglaterra, e mesmo assim pagam pouco. Ou seja, diferentes planos que entendem uma coisa básica, saúde e acesso a serviços de saúde, é um direito, e sua comercialização leva a diminuição ao acesso desse serviço que tem que ser garantido a todos.


1)Considero que somente os que não podem pagar é que devem ter o serviço de saúde e medicamentos gratuitos. No mais, concordo com você.

André escreveu:Na Educação sou favorável a um sistema misto. Com espaço para iniciativa privada, mas que deve ser regulada democraticamente, para evitar irresponsabilidades. E tb deve ser garantida a todos, o acesso ao conhecimento.


2)No caso da Educação, meu raciocínio é o mesmo. Quem pode pagar paga. Ensino gratuito somente para quem não pode pagar. Em ambos os casos, Saúde e Educação podem ter espaço para a iniciativa privada, que deverá respeitar, obviamente, as normas e leis estabelecidas.

André escreveu:A emoção, amor a humanidade por exemplo, combinada com a razão, da a ultima direção, e caráter. Logo não é dispensável.


3)É extamente nesse ponto que comparo você com os crentes. Enquanto os crentes permitem que os sentimentos guiem a razão, os racionais (onde me enquadro) fazem o contrário. Os racionais direcionam seus sentimentos através da razão.

Em outras palavras. Para os racionais a razão guia a emoção e para os crentes a emoção conduz a razão.

André escreveu:Quem me parece querer negar as evidencias é vc, postei muitas, e nenhuma foi suficientemente refutada. Como contas médicas serem a maior causa de falências nos EUA, como se iniciou HMO, e os problemas ligados a esses.


4)Disse categoricamente que é inadmissível, para uma nação rica como a americana, o descaso com relação a saúde dos que não podem pagar por um plano.

Não ignorei absolutamente nada. Pelo contrário!

E André, por favor, pare com essa choradeira sentimental!


1)No Canadá, França, Inglaterra, .... todos os desenvolvidos, é gratuito ou praticamente, a todos, e funciona. Acho que no Brasil, ainda não daria certo isso, e devemos começar pelos que não podem pagar. Para quem sabe um dia chegar a isso.

2)O problema na saúde é que a experiência vem demonstrando que um sistema apenas público, aonde lucros não entram, é mais barato, e melhor para população. Os privados tem gastos com propaganda, entre outros, que os públicos não tem. Fora que sendo público, não pode ser negado a ninguém.

3)Talvez eu tenha me expressado mau, alias tenho certeza disso. Para mim razão e emoção são complementares. A razão impõe limites, realismo, a emoção da qualidade. A definição em questões é definida racionalmente, mas a direção das ações, da prática, é definida emocionalmente. No exemplo, racionalmente analisando os sistemas de saúde, os públicos, são melhores, isso é uma avaliação desapaixonada, já o que fazer, que é ter um sistema de saúde que cuide melhor das pessoas, e as ações para isso, é fruto de compaixão com outros seres humanos, logo emoção está presente. Uma sem a outra para mim é insuficiente.

4)Concordo.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado