Botanico escreveu:Comé? Está dizendo que esses experimentos que constam na literatura espírita FORAM REPLICADOS DE A-Z por outros? Por outros QUEM? QUANDO? ONDE? COMO? E trabalharam COM OS MESMOS médiuns e chegaram a resultados negativos? Bem, de fato houve comissões que examinaram um médium tal e disseram ter visto fenômenos; já outra comissão declarou ter visto fraude "porque notaram que o médium coçou sua perna direita com a ponta do pé esquerdo"... É por aí?
Anna escreveu:Vc continuou confundindo reprodução independente com taxa de sucesso de um experimento replicado pelo proponente.
ô Anna! Vamos tentar entender umas diferenças. No período mais experimental, entre 1850 e 1930, o interesse dos pesquisadores eram os fenômenos QUALITATIVOS, ou seja, estavam interessados no grau de eficiência do fenômeno. Assim por exemplo, a Florence Cook produzia uma materialização geralmente completa, de corpo inteiro, distinta dela e "compacta". Já a Eva Carriere produzia rostos grotescos ou materializações miniaturas ou formas indefinidas. O que os pesquisadores tentavam cercar eram as possibilidades de tais coisas serem produzidas por meios fraudulentos. A Carriere aí foi posta nua, ou teve de vestir corpete costurado no corpo, fez exame gino-retal, tomou vomitivo, ou seja, o pesquisador considerou todas as alegações de fraudes que lhe apresentavam. Pois bem, se em 10 sessões foram observados fenômenos de qualidade, não faria muito sentido o pesquisador querer fazer 100 sessões só para se certificar de que os fenômenos não foram produzidos por acaso... Entendeu?
Apesar disso, veja que os pesquisadores em questão não se limitavam a UM experimento apenas. Eles queriam ver mais e se certificarem de que não estavam sendo enganados. Mas para a comunidade cética isso não basta... embora não me tenham apresentado até hoje refutações mais eficazes.
Preciso conhecer melhor essa revista de alto impacto então.
Anna escreveu:O que você precisa é parar de fazer leitura seletiva daquilo que postam pra ti. A lista contendo os artigos tratando do assunto foi postada por mim, diretamente para VOCÊ, no tópico https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=63 ... c&start=40 há zilênios atrás:Anna escreveu:Existem milhares de fenômenos espirituais envolvendo curas fantásticas realizadas por médiuns diante do olhar de muitos espectadores, e quando investigados são comprovadamente fraudes, ou o poder dos médiuns não se manifesta. Se vc procurar direitinho vai achar. Dr Louis Rose, parapsicólogo, mergulhou em 95 casos que diziam ser verdadeiros, mas constatou que apenas dois deles PODERIAM ser considerados.
Além disso experiências anômalas são tema de estudo de gente séria e interessada em entender o que está acontecendo na cabeça e organismo das pessoas que as descrevem, sem preconceitos (aqui a palavra no sentido pejorativo), e tb a validade dos casos que poderiam não ser fraude.
Eu te sugiro pesquisar sobre esse assunto de forma isenta, leia pesquisadores sérios que tem posições distintas e seus estudos e experimentos. Sugiro alguns muito interessantes (tenho alguns deles em PDF se quiser te mando via email:APA (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION) – Guidelines Regarding Possible Conflict Between
Psychiatrists' Religious Commitments and Psychiatry Practice. Am J Psychiatry 147: 542, 1990.
BATSON, C.D.; VENTIS, W.L. – The Religious Experience. Oxford University Press, New York; 1982.
CARDEÑA, E.; LEWIS-FERNÁNDEZ, R.; BEAR, D.; PAKIANATHAN, I; SPIEGEL, D. – Dissociative Disorders.
In: DSM-IV Sourcebook, DC, Washington American Psychiatric Press, 1994.
CARDEÑA, E.; LYINN, S.J.; KRIPPNER, S. – Varieties of Anomalous Experience: Examining the Scientific Evidence, DC, Washington American Psychological Association, 2000.
ALMEIDA, A.M.; ALMEIDA, A.A.S – “História da Loucura Espírita” no Brasil". XVIII Congresso Brasileiro de Psiquiatria e Regional Meeting World Psychiatric Association. Associação Brasileira de Psiquiatria e World Psychiatric Association, 25-28 out. 2000.
GABBARD, G.O.; TWEMLOW, S.W.; JONES, F.C. – Differential Diagnosis of Altered Mind/Body Perception. Psychiatry 45: 361-9, 1982.
Cardeña, E.; Lyinn, S.J.; Krippner, S. Varieties of Anomalous Experience: Examining the Scientific Evidence. Washington DC, American Psychological Association, 2000.
OWENS, J.E.; COOK, E.W.; STEVENSON, I. – Features of “near-death experience” in Relation to Whether or not Patients Were Near Death. Lancet 336: 1175-7, 1990.
OWENS, J.E.; COOK, E.W.; STEVENSON, I. – Near-Death Experience. Lancet 337: 1167-8, 1991.
PARISCHA, S.; STEVENSON, I. – Near-Death Experiences in India. J Nerv Ment Dis 174: 165-70, 1986.
PEKALA, R.J. – The Phenomenology of Consciousness Inventory (PCI). West Chester, PA: Mid Atlantic Educational Institute, 1991.
RAO, D.; STEVENSON, I. – Telepathy in Shared Dreams? Am J Psychiatry 136: 1345-6, 1979.
ROSS, C.A.; JOSHI, S. – Paranormal Experiences in the General Population. J Nerv Ment Dis 180:357-61, 1992.
ROSS, C.A.; JOSHI, S.; CURRIE, R. – Dissociative Experiences in the General Population. Am J Psychiatry 147: 1547-52, 1990.
SCHOUTEN, S.A.; STEVENSON, I. – Does the Socio-Psychological Hypothesis Explain Cases of reincarnation Type? J Nerv Ment Dis 186: 504-6, 1998.
SIMS, A. – Symptoms in the Mind. Ballière Tindall, London, 1988.
STEVENSON, I.; GREYSON, B. – Near-Death Experience: Relevance to the Question of Survival after Death. JAMA 242: 265-7, 1979.
STEVENSON, I. – American Children who Claim to Remember Previous Lives. J Nerv Ment Dis 171: 742-8, 1983.
STEVENSON, I. – Do We Need a New Word to Supplement “Hallucination”? Am J Psychiatry 140: 1609-11, 1983.
STEVENSON, I. – The Explanatory Value of The Idea of Reincarnation. J Nerv Ment Dis 164: 305-26, 1977.
TART, C.T. – States of Consciousness and State-Specific Sciences. Science 176: 1203-10, 1972.
TART, C.T. – States of Consciousness. Lincoln, Authors Guild Backprint.com Edition, 2000 (1983).
TURNER, R.P.; LUKOFF, D.; BARNHOUSE, R.T.; LU, F.G. – Religious or spiritual problem. A culturally sensitive diagnostic category in the OSM-IV. J Nerv Ment Dis 183(7): 435-44, 1995.
WEAVER, A.J.; SAMFORD, J.A.; LARSON, D.B. et al. – A Systematic Review of Research on Religion in Four Major Psychiatric Journals: 1991-1995. J Nerv Ment Dis 186: 187-9, 1998.
ALARCÓN, R.D. – Culture and Psychiatric Diagnosis. Psychiatric Clinics of North America 18(3): 449-65, 1995.
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Depois foi postado novamente Neste tópico http://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=11544& ... &start=160 na página 9. Também com referência para o tópico original o qual você visitou, mas parece que continuou não vendo. Se fosse periódico da associação espírita garanto que você tinha visto, mas como é besteira científica da máfia pavorosa não merece atenção. Bah!
Sabe, Anna, essa comunicação aqui anda meio difícil. Falo dos experimentos QUALITATIVOS, SEM NEM QUESTIONAR SUAS CAUSAS _ EXCETO A FRAUDE. Queria que me mostrassem quais as falhas experimentais cometidas pelo Crookes, Bozzano, Richet, Lombroso & Cia Bela. E o que os céticos têm me dito é que esses caras estavam apaixonados, eram imbecis, ou eram canalhas... Como se isso tudo refutasse os seus experimentos de forma muito convincente.
A que causas os autores citados por você atribuem a ocorrência dos fenômenos, não estou nem aí. Basta que convincentemente os fenômenos existam. Mas é interessante isso: um autor por você citado diz que analisou 95 casos, mas só dois se salvaram... (chamuscados?). Os céticos, como o George Price _ em artigo na Nature de 1953, diz que toda essa gente aí ou era muito burra (cometia erros experimentais) ou era safada. Fazer o que, né? Eu leio inglês, mas um tanto quanto lento e, como você, estou cheio de coisas para fazer. É prova para corrigir, ilustração de livros para fazer, é laminário que preciso deixar pronto para o próximo semestre... Você diz ter uns pdfs. Por acaso terio o pdf dos Almeidas, a tal História da Loucura Espírita” no Brasil? Se não tiver, tudo bem, dou um jeito de conseguir no Probe ou em bibliotecas (se não estiverem em greve).
Recapitulando: quero ver é refutações contra os experimentos QUALITATIVOS e não experimentos QUANTITATIVOS, com outros pesquisados e que em nada se assemelham na produção dos fenômenos.
A comunidade cética tem esfregado na cara de nós espíritas é que JAMAIS tais coisas são publicadas em revistas indexadas SÉRIAS e sim apenas nas literaturas e periódicos próprios das associações espíritas...
Anna escreveu:O que mostra mais uma vez a tendência aguda da credulidade nas afirmativas de autoridade apresentada pela maioria de vocês, ao contrário da busca em fontes experimentais diretas e isentas. Eu não costumo aceitar qualquer afirmativa de autoridade de crédulos, céticos, ou Mr. Crocks da vida.
Eu também não... Mas quem é que está apelando para autoridade? A minha questão com Crookes é a REFUTAÇÃO dos seus experimentos como tais. Ou seja, partindo do pressuposto de que ele era honesto, como então os médiuns o teriam enganado? Quais teriam sido as falhas de controle? E o mesmo vale para os outros que já citei. Agora se a refutação virá em cima do "estava apaixonado" ou "era um canalha", aí então já é outra estória que cabe a seus proponentes apresentarem as provas.
Bem, experimentos são para se TESTAR hipóteses, madame. A hipótese de que certas pessoas teriam capacidades especiais e estranhas exigira se encontrar essas pessoas e fazer os experimentos.
Anna escreveu:Ao que me parece existem e sempre existiram tais pessoas no mundo, habitando principalmente centros espíritas de mesa ou terreiros, casas esotérias e/ou orientais. Portanto, parece ser completamente possível realizar um experimento hoje que funcione com essa massa crítica. Aliás comprovar psi e avaliar casos anômalos é o que buscam parapsicólogos sinceros, porém eles mesmos demosntram numeralmente quanto difícil é encontrar um casinho mínimo que se possa avaliar, a maioria não é válido.
Tá, como eu não li a lista bibliográfica que me passou, então não sei da pesquisa de campo que esses camaradas fizeram nos centros espíritas, terreiros, casas esotéricas ou orientais... Também não sei o que estavam procurando. Uma coisa é um médium "dar uma comunicação de um defunto, cuja fala e forma de expressar, bem como suas revelações são confirmadas por seus parentes. Uma outra é o pesquisador, acreditando que há uma força Psi, uma criptomnésia, uma pantomnésia e mais uma dúzia de outras anésias na mente do médium que lhe permite obter informações as quais ele dramatizaria na forma de uma mensagem de defunto. Aí então vão lá os testes de baralho, os testes de gazuas, etc e tal e... Fracasso! O médium não consegue mostrar-se melhor do que um indivíduo comum. O que fracassou aqui? A capacidade do médium em contatar espíritos de defuntos ou as hipóteses paranormais sugeridas pelo pesquisador?
Já a hipótese de que tudo era malandragem e safadeza, só exigira ilusionistas (e há aqueles filiados a sociedades céticas, certo) que mostrariam como poderia ter sido enganados os cientistas que obtiveram resultados ou, quando isso falha, lançar contra esses cientistas a acusação de que são canalhas. Simples assim, não?
Anna escreveu:O Ade foi um que teve saco e dedicou TEMPO aqui com isso. Porém há criticas a esse experimento por aí. Aliás, aquelas fotos são patéticas, assim como são a do X-Xavier. Se ainda assim vocês querem, porque querem, acreditar na veracidade de algo imensamente frouxo como prova cabal, é problema de vocês. Mas querer passar atestado de robustez aos tais experimentos, e aos de X-Xavier e da patota lá do Frei Luiz, e de vilã pra ciência, por rejeitá-los diante da sua falibilidade, é querer forçar sua crença cega aos outros.
Eu gostaria de ver as críticas a ESSE EXPERIMENTO por aí, pois tanto quanto sei só DUAS foram apresentadas e não foram das melhores e mesmo assim o grande bambambam cético Massimo Polidoro resolveu aproveitar uma delas. O Ade mostrou que Crookes poderia ter feito uma redação mais cuidadosa do experimento. Aliás, o próprio Crookes admitiu isso, de que o modo de como descreveu os seus experimentos dos anos 1873-1875 não estava boa e pretendia fazer uma revisão geral, mas morreu antes disso. Mesmo assim, ainda falta uma coisa: DEMONSTRAR QUE O EXPERIMENTO FOI FALHO. Sim, pois até agora a ÚNICA forma de liquidá-lo é fazer de Crookes um cúmplice da médium, pois sem isso NÃO HAVIA COMO A MÉDIUM FRAUDAR. Mas aí, como tenho dito, é preciso que se apresentem os motivos.
E quanto ao X-Xavier aí está se referindo à Josefa? Ora, tudo bem, sem problemas: basta que me digam como enganaram os repórteres do Cruzeiro, apesar de estes terem feito de tudo para salvar as aparências com reportagens mentirosas.