Estóicos
Estóicos
Estóicos
Por Acauan
Como manda o Código, o Guerreiro se fartará no suficiente.
Quando tiver por lençol a relva e por cobertor o firmamento, não se encontrará sobre as penas do ganso sono mais reparador.
Beberá da rocha que brota e do orvalho servido na folha côncava.
E sentirá frescor menor apenas do que aquele que exala do hálito da mulher amada.
Em sua mesa porá o fruto brilhante, o animal que corria ou a raiz que se entranha.
E se banqueteará.
Quando o vento gélido navalhar sua pele ou o sol inclemente secar suas lágrimas, o Guerreiro se aquecerá ou refrescará no triunfo futuro.
Pois comparado ao triunfo do Guerreiro, o mais macio leito é pedra, a água mais pura é areia e a carne mais tenra é vento seco.
Na noite do triunfo, o Guerreiro olhará seus pés e verá sob eles os prazeres da Terra.
Erguerá seus olhos para os olhos dos Seus, nos quais o triunfo se refletirá em sua plenitude.
E os erguendo mais, contemplará nas estrelas do Céu os que tombaram com glória.
Como manda o Código.
Por Acauan
Como manda o Código, o Guerreiro se fartará no suficiente.
Quando tiver por lençol a relva e por cobertor o firmamento, não se encontrará sobre as penas do ganso sono mais reparador.
Beberá da rocha que brota e do orvalho servido na folha côncava.
E sentirá frescor menor apenas do que aquele que exala do hálito da mulher amada.
Em sua mesa porá o fruto brilhante, o animal que corria ou a raiz que se entranha.
E se banqueteará.
Quando o vento gélido navalhar sua pele ou o sol inclemente secar suas lágrimas, o Guerreiro se aquecerá ou refrescará no triunfo futuro.
Pois comparado ao triunfo do Guerreiro, o mais macio leito é pedra, a água mais pura é areia e a carne mais tenra é vento seco.
Na noite do triunfo, o Guerreiro olhará seus pés e verá sob eles os prazeres da Terra.
Erguerá seus olhos para os olhos dos Seus, nos quais o triunfo se refletirá em sua plenitude.
E os erguendo mais, contemplará nas estrelas do Céu os que tombaram com glória.
Como manda o Código.
Editado pela última vez por Acauan em 06 Jul 2007, 23:02, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
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Re.: Estóicos
Como dizia o tartaruga genial ao seu Pupilo Songoku: "para levar uma existencia feliz é preciso treinar duramente"
Re.: Estóicos
Este texto do Acauã em muito se parece em estilo com os meus, quando eu ainda me regozijava escrevendo. Uma das coisas que eu fazia era começar com a mesma frase que encerrava o texto.
Pequeno e simples, porém bom.
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Re.: Estóicos
Gostei da parte da mulher amada... 

(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653
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Re: Re.: Estóicos
Apocaliptica escreveu:...quando eu ainda me regozijava escrevendo.
Por que parou?
Parou por que?
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Re: Re.: Estóicos
Acauan escreveu:Apocaliptica escreveu:...quando eu ainda me regozijava escrevendo.
Por que parou?
Parou por que?
Não sei...fases. Tinha contos, uma novela nunca terminada, muitos poemas ( ganhei uma TV num concurso da Philips aqui no RS, primeiro e segundo lugar, mas o segundo lugar foi desclassificado, pois consideraram que era cópia de "alguma coisa, pois era perfeito demais..."


Fui redatora em agência de publicidade também. Mas sei lá..um dia acordei e rasguei tudo. Um acesso típico da minha personalidade. Faço isto algumas vezes.

Sou apaixonada pela beleza nas letras.

- Fernando Silva
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Re.: Estóicos
Tenho lá minhas dúvidas se ficaria feliz vivendo no meio do mato, entre mosquitos, aranhas e cobras, comendo, não o que eu quisesse, mas o que eu encontrasse, sem nada para fazer a não ser dormir, procurar comida, comer.
Sem livros, sem ar condicionado, sem conforto, sem objetivos.
Posso apreciar o ócio (mas só por curtos períodos) e o gosto por aventuras improvisadas e sem conforto foi-se com a juventude.
Lembro-me de uma reportagem sobre uma pequena tribo nômade no meio da Amazônia, liderada por uma mulher: estavam todos cobertos por picadas de mosquitos. Não pareciam se importar. Será que eu acabaria como eles?
Lembro-me também de uma reportagem no Fantástico sobre os pigmeus e sua xenofobia.
No final, o Sérgio Chapelin, com uma cara compungida de quem se reconhece um civilizado degenerado, dizia que eles não se interessavam pelas músicas dos outros porque faziam sua própria música, não viajavam porque estavam satisfeitos em sua própria terra e nos achavam muito infelizes em nossa mania de querer saber mais, ouvir mais, viajar mais.
Bem, talvez eles sejam felizes em sua ignorância, mas, para mim, é um pouco tarde para abandonar a civilização e sua complexidade. Complexidade indispensável ao sustento de 6,5 bilhões de humanos, que a natureza sozinha não tem mais como manter.
Tenho o estoicismo, não como objetivo ou ideal, mas como um meio para se atingir algo.
Sem livros, sem ar condicionado, sem conforto, sem objetivos.
Posso apreciar o ócio (mas só por curtos períodos) e o gosto por aventuras improvisadas e sem conforto foi-se com a juventude.
Lembro-me de uma reportagem sobre uma pequena tribo nômade no meio da Amazônia, liderada por uma mulher: estavam todos cobertos por picadas de mosquitos. Não pareciam se importar. Será que eu acabaria como eles?
Lembro-me também de uma reportagem no Fantástico sobre os pigmeus e sua xenofobia.
No final, o Sérgio Chapelin, com uma cara compungida de quem se reconhece um civilizado degenerado, dizia que eles não se interessavam pelas músicas dos outros porque faziam sua própria música, não viajavam porque estavam satisfeitos em sua própria terra e nos achavam muito infelizes em nossa mania de querer saber mais, ouvir mais, viajar mais.
Bem, talvez eles sejam felizes em sua ignorância, mas, para mim, é um pouco tarde para abandonar a civilização e sua complexidade. Complexidade indispensável ao sustento de 6,5 bilhões de humanos, que a natureza sozinha não tem mais como manter.
Tenho o estoicismo, não como objetivo ou ideal, mas como um meio para se atingir algo.
Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Tenho lá minhas dúvidas se ficaria feliz vivendo no meio do mato, entre mosquitos, aranhas e cobras, comendo, não o que eu quisesse, mas o que eu encontrasse, sem nada para fazer a não ser dormir, procurar comida, comer.
Sem livros, sem ar condicionado, sem conforto, sem objetivos.
Posso apreciar o ócio (mas só por curtos períodos) e o gosto por aventuras improvisadas e sem conforto foi-se com a juventude.
Lembro-me de uma reportagem sobre uma pequena tribo nômade no meio da Amazônia, liderada por uma mulher: estavam todos cobertos por picadas de mosquitos. Não pareciam se importar. Será que eu acabaria como eles?
Lembro-me também de uma reportagem no Fantástico sobre os pigmeus e sua xenofobia.
No final, o Sérgio Chapelin, com uma cara compungida de quem se reconhece um civilizado degenerado, dizia que eles não se interessavam pelas músicas dos outros porque faziam sua própria música, não viajavam porque estavam satisfeitos em sua própria terra e nos achavam muito infelizes em nossa mania de querer saber mais, ouvir mais, viajar mais.
Bem, talvez eles sejam felizes em sua ignorância, mas, para mim, é um pouco tarde para abandonar a civilização e sua complexidade. Complexidade indispensável ao sustento de 6,5 bilhões de humanos, que a natureza sozinha não tem mais como manter.
Tenho o estoicismo, não como objetivo ou ideal, mas como um meio para se atingir algo.
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Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Tenho lá minhas dúvidas se ficaria feliz vivendo no meio do mato, entre mosquitos, aranhas e cobras, comendo, não o que eu quisesse, mas o que eu encontrasse, sem nada para fazer a não ser dormir, procurar comida, comer.
Sem livros, sem ar condicionado, sem conforto, sem objetivos.
Posso apreciar o ócio (mas só por curtos períodos) e o gosto por aventuras improvisadas e sem conforto foi-se com a juventude.
Lembro-me de uma reportagem sobre uma pequena tribo nômade no meio da Amazônia, liderada por uma mulher: estavam todos cobertos por picadas de mosquitos. Não pareciam se importar. Será que eu acabaria como eles?
Lembro-me também de uma reportagem no Fantástico sobre os pigmeus e sua xenofobia.
No final, o Sérgio Chapelin, com uma cara compungida de quem se reconhece um civilizado degenerado, dizia que eles não se interessavam pelas músicas dos outros porque faziam sua própria música, não viajavam porque estavam satisfeitos em sua própria terra e nos achavam muito infelizes em nossa mania de querer saber mais, ouvir mais, viajar mais.
Bem, talvez eles sejam felizes em sua ignorância, mas, para mim, é um pouco tarde para abandonar a civilização e sua complexidade. Complexidade indispensável ao sustento de 6,5 bilhões de humanos, que a natureza sozinha não tem mais como manter.
Tenho o estoicismo, não como objetivo ou ideal, mas como um meio para se atingir algo.
É, Fernando...acho lindo e poético, mas jamais cogitei de sair da vida urbana da capital. Nem nas pequenas e médias cidades do interior eu conseguiria viver. O tédio me consome. Embora eu também não tenha espírito para suportar megalópoles...Prefiro as capitais entre 1 milhão e 4 milhões de habitantes. Menos e mais do que isto, foge da minha sensação de bem-estar. Mas isto é meu padrão brasileiro. Eu viveria em Paris ou Nova Iorque com certeza.
O máximo que suporto no meio do mato, são aventuras como acampar por uma quinzena de dias. Depois, quero conforto e nada de insetos à minha volta.
Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Tenho o estoicismo, não como objetivo ou ideal, mas como um meio para se atingir algo.
Estoicismo não é masoquismo. Significa, no sentido geral, a capacidade de por-se acima das vicissitudes e não conformar-se com elas ou, muito menos, desejá-las.
E o Estoicismo do Guerreiro visa atingir algo, dentro e fora de si mesmo.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
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Re.: Estóicos
Estoicismo pode ser visto como virtude? Parece relativo aos valores e limites individuais. Por exemplo, eu não tenho este tipo de estoicismo...mas pareço ter outros, em contrapartida me sinto tão frágil e incompetente para lidar com coisas que aos outros parecem óbvias ....
- Fernando Silva
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Re: Re.: Estóicos
Apocaliptica escreveu:Estoicismo pode ser visto como virtude? Parece relativo aos valores e limites individuais. Por exemplo, eu não tenho este tipo de estoicismo...mas pareço ter outros, em contrapartida me sinto tão frágil e incompetente para lidar com coisas que aos outros parecem óbvias ....
Entendo que estoicismo seja a capacidade de suportar sofrimentos e dificuldades sem se abater ou desanimar até se atingir o objetivo.
Mas suponho que haja quem veja o desenvolvimento dessa capacidade como o objetivo em si.
- Fernando Silva
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Re.: Estóicos
Muitos dos ensinamentos atribuídos a Jesus vêm dos filósofos gregos estóicos e cínicos, como "Se te baterem, dá a outra face", "Se te pedirem o casaco, dá também a camisa".
Eles pregavam o desapego aos bens materiais e repudiavam a sociedade corrompida.
Eles pregavam o desapego aos bens materiais e repudiavam a sociedade corrompida.
Re.: Estóicos
Acauan escreveu:Estoicismo não é masoquismo. Significa, no sentido geral, a capacidade de por-se acima das vicissitudes e não conformar-se com elas ou, muito menos, desejá-las.
E o Estoicismo do Guerreiro visa atingir algo, dentro e fora de si mesmo.
o mestre yoda "ensinava" o estoicismo... inclusive yoda em sanscrito significa guerreiro!
Editado pela última vez por Shanaista em 07 Jul 2007, 15:24, em um total de 1 vez.
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Re.: Estóicos
Eu não sou nada estoica.... 

Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Apocaliptica escreveu:Estoicismo pode ser visto como virtude? Parece relativo aos valores e limites individuais. Por exemplo, eu não tenho este tipo de estoicismo...mas pareço ter outros, em contrapartida me sinto tão frágil e incompetente para lidar com coisas que aos outros parecem óbvias ....
Entendo que estoicismo seja a capacidade de suportar sofrimentos e dificuldades sem se abater ou desanimar até se atingir o objetivo.
Mas suponho que haja quem veja o desenvolvimento dessa capacidade como o objetivo em si.
Sim, por isto eu perguntei, pois há formas de vê-lo.
Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Muitos dos ensinamentos atribuídos a Jesus vêm dos filósofos gregos estóicos e cínicos, como "Se te baterem, dá a outra face", "Se te pedirem o casaco, dá também a camisa".
Eles pregavam o desapego aos bens materiais e repudiavam a sociedade corrompida.
Pois é...e eu desconfio que o estoicismo tenha origens em instintos de preservação da vida junto aos instintos de morte. É uma luta interna projetada no mundo exterior. Por isto, para alguns indivíduos faz sentido e para outros, não.
Quando este estoicismo se tranforma em valor cultural, ele é visto como virtude naquele grupo e o respeito parece advir do mais estóico. Cria-se uma espécie de hierarquia, como se vê nas tribos ao redor do mundo.
Acontece que alguns dos rituais estóicos são impostos. E aí eu começo a não gostar e a questionar o seu valor, que coloca o próprio estoicismo acima da individualidade. Deve ser uma pressão muito forte.
- Fernando Silva
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Re: Re.: Estóicos
Apocaliptica escreveu:Acontece que alguns dos rituais estóicos são impostos. E aí eu começo a não gostar e a questionar o seu valor, que coloca o próprio estoicismo acima da individualidade. Deve ser uma pressão muito forte.
Como os rituais de passagem dos índios brasileiros, que consistiam em se enfiar a mão numa jarra cheia de formigas e aguentar firme as mordidas.
Ou dos índios americanos, como o que aparece no filme "Um homem chamado cavalo": ficar pendurado por um gancho enfiado por baixo das costelas por horas a fio.
Talvez fosse um meio de separar os homens dos meninos, talvez esta separação fosse necessária à sobrevivência da tribo em tempos e ambientes mais brutais, sei lá.
- Fedidovisk
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- Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46
Eu tinha como estóico aquele cara indiferente a dor alheia e prórpria. Que não mede esforços para alcançar um objetivo mas a própria natureza racional sua limita seus objetivos à apenas o essencial.
Tenho uma leve tendência niilista, ascetista, ateísta, racionalista... e as vezes nos meus devaneios o quadro se inverte, mas o quadro está muito bem pregado e me torna as origens.
Só gezuis no meu coração...

Tenho uma leve tendência niilista, ascetista, ateísta, racionalista... e as vezes nos meus devaneios o quadro se inverte, mas o quadro está muito bem pregado e me torna as origens.
Só gezuis no meu coração...


Re: Re.: Estóicos
Fernando Silva escreveu:Apocaliptica escreveu:Acontece que alguns dos rituais estóicos são impostos. E aí eu começo a não gostar e a questionar o seu valor, que coloca o próprio estoicismo acima da individualidade. Deve ser uma pressão muito forte.
Como os rituais de passagem dos índios brasileiros, que consistiam em se enfiar a mão numa jarra cheia de formigas e aguentar firme as mordidas.
Ou dos índios americanos, como o que aparece no filme "Um homem chamado cavalo": ficar pendurado por um gancho enfiado por baixo das costelas por horas a fio.
Talvez fosse um meio de separar os homens dos meninos, talvez esta separação fosse necessária à sobrevivência da tribo em tempos e ambientes mais brutais, sei lá.
Sim, eu vi o filme...
Logo que entrei aqui no RV tive uma discussão meio disparatada com o Acauan, acerca dos rituais de passagem, que ele defendeu como sendo parte de uma cultura a ser respeitada, pois cada povo sabe de si.
Acontece que eu me referia a um dos muitos rituais cruéis, principalmente ao que vi num documentário sobre uma tribo que inicia o menino na vida adulta ( menino de 9 anos ), levando-o ao meio do mato, onde ele é seguro por homens mais velhos e lhe são aplicadas várias picadas de um tipo de abelha ou marimbondo selvagem. A cena é dantesca. O menino de 9 anos talvez nunca tenha visto aquilo e criança é criança.
Eles se debatem de dor e choram muito a cada picada. Como posso concordar com isto?
Re: Re.: Estóicos
Usuário deletado escreveu:Ser estóico não é fácil.
E quem disse que é para ser?...É para superar as vicissitudes mesmo.
Eu não sou nada estóica também...não neste sentido, pelo menos.
Re: Re.: Estóicos
Usuário deletado escreveu:Apocaliptica escreveu:Usuário deletado escreveu:Ser estóico não é fácil.
E quem disse que é para ser?...É para superar as vicissitudes mesmo.
Eu não sou nada estóica também...não neste sentido, pelo menos.
Ninguém, mas quem quiser ser tem um longo e árduo caminho a percorrer...
Sim, mas se observar o estóico falando, para ele é quase um desafio prazeroso, porque as ações empreendidas pelo sujeito justificadas pelo desafio de chegar ao objetivo, misturam-se ao estoicismo em si. Parece ser ele o objetivo, e não os objetivos mencionados.
Re.: Estóicos
Estóico não ama a dor, o sofrimento, nem a morte, tenta entender e vencer estes aspectos, considerando como fazendo parte da vida em lugar de fugir, viver em frustração toda a vida, visto ser impossível escapar.
Concordo com Acauan o estóico não é masoquista, nem conformista.
Concordo com Acauan o estóico não é masoquista, nem conformista.
O autocarro azul está a chamar
- Soviete Supremo
- Mensagens: 645
- Registrado em: 20 Out 2007, 16:56
Re.: Estóicos
Achei muito lindo o texto do Acauan... Deu vontade de morar no Vietnã. 

“A classe capitalista fornece continuamente à classe operária letras de câmbio por uma parte do produto fornecida pela segunda, mas encampada pela primeira. Mas o operário continua a devolvê-la à classe capitalista, retirando a parte que lhe toca por seu próprio produto. A forma mercadoria do produto e a forma dinheiro da mercadoria dissimulam essas relações.”
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139