Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Não leve a mal, mas acho que você está perdendo o controle das coisas que escreve. Tenta sintetizar o seu pensamento para não haver problemas. Tenta expor sua visão de uma forma resumida par não gerar má interpretação.
Eu, Apo, Acauan já até chegamos num conseso, mas você está batendo nas mesmas teclas, sendo que já foi explicado, até pelo próprio Acauan alguns post atráz...
Abraços...
Manoel Machado Henriques
"...A razão de um povo inteiro, leva tempo a construir..."
André escreveu:Clara, somente discordei recentemente de vc quando falou sobre "obrigatoriedade da solidariedade", viu minhas mensagens sobre o assunto? O que disse é que solidariedade pode no maximo ser estimulada, mas deve ser escolhida. Tb sou favorável a políticas que tornem a competição mais justa, e promovam mais igualdade, mas de forma democrática.
Um exemplo que achei bom foi na França que os médicos ganham mais dinheiro se o quadro clinico dos seus pacientes, em exames de rotina, melhora, se param de fumar, se ficam mais saudáveis. Achei uma idéia simples que incentiva bom comportamento, e no caso boa medicina preventiva.
André, ainda bem que fizeste essa nota.
Quando escrevi obrigatoriedade da solidariedade, pus entre aspas para tentar esclarecer que não queria dizer aquilo literalmente.
No tópico "caridade secular" tentei explicar isto melhor, mas não vou repetir porque me parece que concordo plenamente contigo. Não me parece realmente produtivo ou democrático forçar alguém a ser solidário, mas penso que seja um valor que deve ser fomentado e incentivado pela sociedade.
Por exemplo, agora em Portugal debate-se a acreditação e certificação de competências adquiridas em voluntariado associativo e outras formas de educação não formal. É algo que já está bem solidificado noutros países da Europa, e é uma forma de valorizar a cidadania activa e solidária.
Também concordo completamente que os "incentivos" devem sempre respeitar as regras democráticas. Aliás, acredito que qualquer regime - por mais que a sua ideologia seja teoricamente "pura" - que não respeite as regras democráticas, cairá indubitavalemente na tirania e despotismo.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
André escreveu:Clara, somente discordei recentemente de vc quando falou sobre "obrigatoriedade da solidariedade", viu minhas mensagens sobre o assunto? O que disse é que solidariedade pode no maximo ser estimulada, mas deve ser escolhida. Tb sou favorável a políticas que tornem a competição mais justa, e promovam mais igualdade, mas de forma democrática.
Um exemplo que achei bom foi na França que os médicos ganham mais dinheiro se o quadro clinico dos seus pacientes, em exames de rotina, melhora, se param de fumar, se ficam mais saudáveis. Achei uma idéia simples que incentiva bom comportamento, e no caso boa medicina preventiva.
André, ainda bem que fizeste essa nota. Quando escrevi obrigatoriedade da solidariedade, pus entre aspas para tentar esclarecer que não queria dizer aquilo literalmente.
No tópico "caridade secular" tentei explicar isto melhor, mas não vou repetir porque me parece que concordo plenamente contigo. Não me parece realmente produtivo ou democrático forçar alguém a ser solidário, mas penso que seja um valor que deve ser fomentado e incentivado pela sociedade.
Por exemplo, agora em Portugal debate-se a acreditação e certificação de competências adquiridas em voluntariado associativo e outras formas de educação não formal. É algo que já está bem solidificado noutros países da Europa, e é uma forma de valorizar a cidadania activa e solidária.
Também concordo completamente que os "incentivos" devem sempre respeitar as regras democráticas. Aliás, acredito que qualquer regime - por mais que a sua ideologia seja teoricamente "pura" - que não respeite as regras democráticas, cairá indubitavalemente na tirania e despotismo.
Eu bem que estranhei no dia que ví, mas como estava entre aspas imaginei que poderia ser algo assim.Nem preciso dizer o que penso sobre o que escreveu.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Edson sua revolta com doutrinação é justificada, seu escárnio com marxismo, socialismo democrático, ...não é.
1)Quem decide se o que faço ou digo se justifica ou não sou eu.
Não você.
André escreveu:São coisas diferentes. Com a doutrinação eu tb sou contra de todo tipo, eu cheguei a ter uma professora de Geografia, Liberal, que sabendo que era minoria, chegava a gritar e fazer cara feia a qualquer idéia que parecesse com socialismo, de qualquer tipo. Os professores de esquerda que tive por sorte não faziam doutrinação, mas sei que existem os que fazem, já ensinei em colégios públicos.
2)Talvez você considere que os de esquerda não faziam doutrinação porque você aceitava bem suas idéias. Bastante conveniente.
Com relação à política, já disse: pit stop!
1)Em parte.Assim como vc pode definir, eu posso entender que intolerância com outras maneiras de pensar, tb tenho autonomia para criticar. Alias como democrata devo criticar.
2)Não, eu estudei em colégios particulares bons que se eles fizessem isso, um dos meus colegas de direita iram reclamar,e eu mesmo pois seria uma atitude não democrática. Havia fiscalização nos professores nesse sentido.
Mas como disse eu já ví que no sistema público e em outros colégios particulares existe a doutrinação e sou contra como vc, somente te digo, vc não avança sua defesa, se mostrando intolerante com a esquerda, prejudica.
Explico, a defesa deve ser por ausencia de doutrinação de qualquer tipo, de direita, de esquerda, de religiosos, de nacionalista.....O professor não pode fazer da aula um projeto de transformar os alunos em soldados de sua causa, seja ela qual for.
Editado pela última vez por André em 09 Jul 2007, 11:00, em um total de 1 vez.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Pessoas discordam de vc, e não gostam quando vc faz pouco caso do que elas pensam. Mais ainda, não gostam quando vc faz pouco caso de teorias extremamente influentes, como marxismo, mesmo que elas próprias sejam críticas ao marxismo.
Cara, não viaje!
O problema não é discordar de mim. Não estou nem aí para isso.
O problema é discordar de algo que não disse, que não falei, devido problemas de interpretação.
Vc disse que não existia nada de valor no marxismo, eu falei sobre os grandes historiadores marxistas, e sobre os diversos que são influenciados por essa tradição.
Vc disse que os marxistas deveriam morrer. Eu disse que se eu escrevesse isso dos liberais seria extremamente grosseiro e demonstração de intolerância com pensamento liberal. A recíproca obviamente é verdadeira.
E eu ainda completo com o fato de eu não ser marxista. Apenas considero que tem o seu valor, e já li grandes trabalhos de historiadores que utilizam teorias de Marx, para não descartar sumariamente. Nem a contribuição desses, e outros, para o pensamento de esquerda.
Como disse na mensagem, fez pouco caso do que outros pensam, e fez pouco caso, de uma tradição teórica, que como disse é criticável como qualquer outra. O fazer pouco caso, em escárnio e deboche, tem uma hora que pessoas com pensamento de esquerda, resolve retrucar.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Não leve a mal, mas acho que você está perdendo o controle das coisas que escreve. Tenta sintetizar o seu pensamento para não haver problemas. Tenta expor sua visão de uma forma resumida par não gerar má interpretação.
Eu, Apo, Acauan já até chegamos num conseso, mas você está batendo nas mesmas teclas, sendo que já foi explicado, até pelo próprio Acauan alguns post atráz...
Abraços...
Seria melhor você me dizer em que ponto não fui claro.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
André escreveu: Assim como vc pode definir, eu posso entender que intolerância com outras maneiras de pensar, tb tenho autonomia para criticar. Alias como democrata devo criticar.
Considero o marxismo, assim como as religiões, pura bobagem. Ilusões, fantasias. Isso é minha opinião sincera, o que não tem absolutamente nada a ver com intolerância. Infelizmente, talvez por apego ideológico, você encara minhas posições dessa forma.
André escreveu:Mas como disse eu já ví que no sistema público e em outros colégios particulares existe a doutrinação e sou contra como vc, somente te digo, vc não avança sua defesa, se mostrando intolerante com a esquerda, prejudica.
O que posso fazer se a esquerda marxista contaminou o ambiente escolar ao inserir gradualmente suas ideologias utópicas?
Tenho minhas preferências e a esquerda para mim é uma tragédia. Fazer o quê? Dizer o contrário do que penso para agradar você? Obviamente que não.
André escreveu:Explico, a defesa deve ser por ausencia de doutrinação de qualquer tipo, de direita, de esquerda, de religiosos, de nacionalista.....O professor não pode fazer da aula um projeto de transformar os alunos em soldados de sua causa, seja ela qual for.
É justamente isso que defendo. Você insiste em interpretar errado. Paciência!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
André escreveu:Vc disse que não existia nada de valor no marxismo, eu falei sobre os grandes historiadores marxistas, e sobre os diversos que são influenciados por essa tradição.
É o que penso. Tenho compromisso com minha honestidade intelectual.
André escreveu:Vc disse que os marxistas deveriam morrer.
É óbvio que isso não foi num sentido literal. Se liga!
André escreveu:E eu ainda completo com o fato de eu não ser marxista. Apenas considero que tem o seu valor, e já li grandes trabalhos de historiadores que utilizam teorias de Marx, para não descartar sumariamente. Nem a contribuição desses, e outros, para o pensamento de esquerda.
É um direito seu, claro!
André escreveu:Como disse na mensagem, fez pouco caso do que outros pensam, e fez pouco caso, de uma tradição teórica, que como disse é criticável como qualquer outra. O fazer pouco caso, em escárnio e deboche, tem uma hora que pessoas com pensamento de esquerda, resolve retrucar.
Como disse, não ligo para as discordâncias. O problema é distorcer (talvez propositadamente) o que eu digo para depois criticar da forma que melhor convém.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
André escreveu: Assim como vc pode definir, eu posso entender que intolerância com outras maneiras de pensar, tb tenho autonomia para criticar. Alias como democrata devo criticar.
1)Considero o marxismo, assim como as religiões, pura bobagem. Ilusões, fantasias. Isso é minha opinião sincera, o que não tem absolutamente nada a ver com intolerância. Infelizmente, talvez por apego ideológico, você encara minhas posições dessa forma.
André escreveu:Mas como disse eu já ví que no sistema público e em outros colégios particulares existe a doutrinação e sou contra como vc, somente te digo, vc não avança sua defesa, se mostrando intolerante com a esquerda, prejudica.
2)O que posso fazer se a esquerda marxista contaminou o ambiente escolar ao inserir gradualmente suas ideologias utópicas?
Tenho minhas preferências e a esquerda para mim é uma tragédia. Fazer o quê? Dizer o contrário do que penso para agradar você? Obviamente que não.
André escreveu:Explico, a defesa deve ser por ausencia de doutrinação de qualquer tipo, de direita, de esquerda, de religiosos, de nacionalista.....O professor não pode fazer da aula um projeto de transformar os alunos em soldados de sua causa, seja ela qual for.
3)É justamente isso que defendo. Você insiste em interpretar errado. Paciência!
1)Achar que o marxismo é bobagem está no seu direito, assim como eu de achar isso uma visão simplista de algo complexo. A intolerância está em dizer que deseja a morte para eles. Assim como é intolerante desejar a morte de pessoas da direita.
2)Somente se o professor claramente força os alunos a concordar com ele, usando do poder de sua autoridade, é que vale a crítica. Ou se ele em todas as aulas continuamente apresenta apenas os argumentos que favorecem sua forma de pensar. Isso obviamente não pode ser permitido.
E eu nunca pedi para vc ser de esquerda, seria tolice, mas respeitar as pessoas de esquerda, assim como respeitar outras pessoas que pensam de diferente, é algo a se almejar.
3)Nisso concordamos, e não vejo como poderia estar interpretando errado.
O que parece e ai espero que vc diga que não defende isso, é uma substituição da doutrinação de um estilo, que vc não gosta, por outra que vc gosta. Se disser que quer uma postura mais isenta, no sentido dos objetivos, estamos em pleno acordo nesse ponto.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Vc disse que não existia nada de valor no marxismo, eu falei sobre os grandes historiadores marxistas, e sobre os diversos que são influenciados por essa tradição.
1)É o que penso. Tenho compromisso com minha honestidade intelectual.
André escreveu:Vc disse que os marxistas deveriam morrer.
2)É óbvio que isso não foi num sentido literal. Se liga!
André escreveu:E eu ainda completo com o fato de eu não ser marxista. Apenas considero que tem o seu valor, e já li grandes trabalhos de historiadores que utilizam teorias de Marx, para não descartar sumariamente. Nem a contribuição desses, e outros, para o pensamento de esquerda.
É um direito seu, claro!
André escreveu:Como disse na mensagem, fez pouco caso do que outros pensam, e fez pouco caso, de uma tradição teórica, que como disse é criticável como qualquer outra. O fazer pouco caso, em escárnio e deboche, tem uma hora que pessoas com pensamento de esquerda, resolve retrucar.
3)Como disse, não ligo para as discordâncias. O problema é distorcer (talvez propositadamente) o que eu digo para depois criticar da forma que melhor convém.
1)E eu com a minha.
2)Então quando eu disser algo desse gênero "Liberais não ligam para pobreza, e defendem uma teoria que legitima seus privilégios, e por isso o que defendem é desumano" Se ligue, não era literal.
3)Ainda estou para ver aonde distorci, e se não entendi algo completamente, isso é inerente ao diálogo, e aos maus entendidos, não é motivo para se aborrecer, nem levantar suspeitas sobre o caráter dos interlocutores.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:A intolerância está em dizer que deseja a morte para eles. Assim como é intolerante desejar a morte de pessoas da direita.
Cara, você não tá bem...já te disse que não foi no sentido literal...foi uma brincadeira que lúcifer e eu fizemos...
André escreveu:E eu nunca pedi para vc ser de esquerda, seria tolice, mas respeitar as pessoas de esquerda, assim como respeitar outras pessoas que pensam de diferente, é algo a se almejar.
É claro que respeito as pessoas de esquerda, mas a ideologia esquerdista, para mim, é uma doideira sem pé e cabeça. Ter essa opinião a respeito é direito meu, legítimo. Não é desrespeitar nem desmerecer ninguém.
André escreveu:O que parece e ai espero que vc diga que não defende isso, é uma substituição da doutrinação de um estilo, que vc não gosta, por outra que vc gosta.
Que tipo de doutrinação nas escolas estou sugerindo? Nenhuma, mas com algumas distorções propositais ao que disse e digo você pode criar várias doutrinas.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
André escreveu:Então quando eu disser algo desse gênero "Liberais não ligam para pobreza, e defendem uma teoria que legitima seus privilégios, e por isso o que defendem é desumano" Se ligue, não era literal.
Você quer que eu assuma que uma brincadeirinha entre Lúcifer e eu dizendo "morte aos marxistas" não foi uma brincadeirinha. Que foi literal, totalmente verdadeiro!
Cara, você é um pé no saco!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
André escreveu:A intolerância está em dizer que deseja a morte para eles. Assim como é intolerante desejar a morte de pessoas da direita.
1)Cara, você não tá bem...já te disse que não foi no sentido literal...foi uma brincadeira que lúcifer e eu fizemos...
André escreveu:E eu nunca pedi para vc ser de esquerda, seria tolice, mas respeitar as pessoas de esquerda, assim como respeitar outras pessoas que pensam de diferente, é algo a se almejar.
É claro que respeito as pessoas de esquerda, mas a ideologia esquerdista, para mim, é uma doideira sem pé e cabeça. Ter essa opinião a respeito é direito meu, legítimo. Não é desrespeitar nem desmerecer ninguém.
André escreveu:O que parece e ai espero que vc diga que não defende isso, é uma substituição da doutrinação de um estilo, que vc não gosta, por outra que vc gosta.
Que tipo de doutrinação nas escolas estou sugerindo? Nenhuma, mas com algumas distorções propositais ao que disse e digo você pode criar várias doutrinas.
1)Quando escrevi isso não tinha visto ainda.
Editado pela última vez por André em 09 Jul 2007, 18:21, em um total de 1 vez.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
André escreveu:Então quando eu disser algo desse gênero "Liberais não ligam para pobreza, e defendem uma teoria que legitima seus privilégios, e por isso o que defendem é desumano" Se ligue, não era literal.
Você quer que eu assuma que uma brincadeirinha entre Lúcifer e eu dizendo "morte aos marxistas" não foi uma brincadeirinha. Que foi literal, totalmente verdadeiro!
Cara, você é um pé no saco!
As vezes sim, vc tb tem horas que num sei não
Tb quando eu "brincar" dessa forma vai ter que levar na esportiva, abriu o precedente.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
A geografia do Brasil - o "capital" sanguinário no campo e na cidade
PARTE I
"Brasil: sociedade e espaço", de José William Vesentini, livro de geografia brasileira amplamente adotado no ensino médio, ele é uma obra-prima do conhecimento sociológico.
Temos, pois, o capítulo sobre a "questão urbana no Brasil", e o texto de apoio é "A lógica da desordem", trecho do livro "A espoliação urbana", de Lúcio Kowarick, que explica da seguinte maneira os problemas da área urbana brasileira (reticências no original):
"Favelas, casas precárias da periferia e cortiços abrigam a classe trabalhadora, cujas condições de alojamento expressam a precariedade dos salários. Essa situação tende a se agravar, na medida em que se vêm deteriorando os salários. (...) A lógica da acumulação que preside ao desenvolvimento brasileiro recente apóia-se exatamente na dilapidação da força de trabalho. Na presença de uma vasta reserva de mão-de-obra e na ausência de uma sólida organização sindical e política da classe operária, tornou-se fácil aumentar as taxas de exploração. (...) Para o capital, a cidade e a classe trabalhadora interessam como fonte de lucro. Para os trabalhadores, a cidade é o mundo onde devem procurar desenvolver suas potencialidades coletivas. Entre os dois existe um mundo de diferenças. E um mundo de antagonismos."
Capital contra trabalho! Notem que os patrões não são nem considerados pessoas: eles são "o capital", uma entidade coletiva despersonalizada que vive de explorar as pessoas de verdade ("os trabalhadores"). Se essa linguagem marxista parece até ingênua e grosseira, agora que a esquerda está procurando sofisticar-se um pouco, por perceber que não dá para continuar falando em "luta de classes" depois de tantos anos de sucesso capitalista (onde ele existe, o que certamente inclui poucas regiões do Brasil) e fracasso socialista, isso é porque o livro de Kowarick foi editado em 1980. Mas, ao editar seu manual de geografia vinte anos depois, Vesentini não viu nenhum motivo para nem mesmo uma nota de rodapé aos comentários de Kowarick.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
A geografia do Brasil - o "capital" sanguinário no campo e na cidade
PARTE II
E, na mesma linha, é claro que as questões do nosso "espaço agrário" não poderiam faltar. Lá está o mesmo raciocínio, no texto "Expropriação e propriedade no campo", do livro "Expropriação e violência", de José de Souza Martins (também de 1980!):
"Há no país uma clara oposição entre diferentes regimes de propriedade: de um lado, o regime que leva o conflito aos lavradores e trabalhadores rurais, que é o regime da propriedade capitalista; de outro, os regimes de propriedade que têm sido atacados pelo capital, que é o da propriedade familiar, como o dos pequenos lavradores do sul e de outras regiões; o da propriedade comunitária dos povos indígenas; e o da posse, difundido em todo o país, sobretudo na Amazônia.”
"A propriedade capitalista é um regime distinto de propriedade. Baseia-se no princípio da exploração que o capital exerce sobre o trabalhador. A propriedade familiar, pelo contrário, não é propriedade de quem explora o trabalho alheio. O trabalhador e lavrador neste caso não vivem de lucro, seus ganhos são ganhos do seu trabalho (e de familiares) e não ganhos de capital, pois eles não provêm do trabalho de empregados assalariados. Quando o capital se apropria da terra, esta se transforma em terra de negócio, em terra de exploração do trabalho alheio; quando o trabalhador se apossa da terra, ela se transforma em terra de trabalho. São regimes distintos de propriedade, em aberto conflito um com o outro."
Deixando de lado a hilariante distinção entre as terras sem exploração e as terras com exploração, o que mais me espanta nesse texto é a concepção de "conflito" do autor, na qual ele baseia sua lamentação do desaparecimento da pequena propriedade familiar em favor de fazendas empresariais. Quem o lê tem a impressão de que os malignos capitalistas (ou melhor, o "capital") estão invadindo as pequenas propriedades e escravizando seus habitantes! Mas quem invade a terra alheia são os tais "trabalhadores rurais", organizados num movimento que estuda táticas de guerrilha e doutrina marxista (inclusive, imagino, os livros do Sr. José de Souza Martins). As terras adquiridas pelos capitalistas não são "anexadas" em "conflitos"; elas são compradas - em transações voluntárias. Se os pequenos proprietários que plantam para sua subsistência estão desaparecendo, isto não acontece por "imposição" do capitalismo, mas porque eles vendem suas terras, sejam quais forem seus motivos.
Melhor ainda é a charge usada pelo autor para ilustrar o texto: um porquinho tomando sol num campo verde cercado com arame farpado por todos os lados, e um grupo de patos triste olhando do lado de fora. A implicação óbvia é que o regime de propriedade privada é injusto, ou que a "propriedade é um roubo". O autor crê numa utopia agrária, com pequenos produtores trabalhando diretamente para sua própria subsistência - e ainda tem a cara de pau de, no capítulo seguinte, afirmar que a produção alimentar brasileira é insuficiente e não atende às necessidades da população!
Além do óbvio problema da eficiência, existe um outro detalhe que nosso autor finge ignorar: o regime de propriedade privada não exclui o comunitarismo - nesse regime, se você tem uma fazenda e deseja implantar nela um sistema comunitário, com todos trabalhando para o próprio sustendo, ninguém poderá impedi-lo - mas o contrário não é verdade. A implantação à força do comunitarismo tem uma história nada nobre em todos os lugares em que foi tentada, uma história que mistura fome e miséria em massa com genocídio. Na pioneira União Soviética, por exemplo, só na década de 1940 foram deportados para a Sibéria mais de 300 mil lituanos e estonianos pelo "crime" de ser fazendeiros ricos - e, portanto, servos do "regime burguês". E esse é o regime proposto para pacificar o campo brasileiro!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Acauan escreveu:A lógica está que neste contexto o termo socializar perdeu seu sentido original de educar o indivíduo para facilitar sua integração à sociedade, substituído pelo sentido ideológico de mudar a sociedade para impor uma nova ordem.
Acauan:
O que não entendo bem é essa tendência atual em querer colocar a socialização na frente dos conteúdos, dentro da escola.
É um erro de interpretação.
A escola deve sociabilizar o aluno ATRAVÉS da transmissão de conteúdos e não em detrimento deles. O que mais se ouve por aí são professores dizendo que estão formando cidadãos, só que estes cidadãos não sabem interpretar um texto simples, fazer uma multiplicação sem calculadora ou dizer, sem consultar o google, qual é a capital de Sergipe.
Ou seja, não há nada de errado na sociabilização, só que no mais das vezes por aqui o termo é usado como desculpa esfarrapada de professor vagabundo e incompetente.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan disse exatamente o que quis te dizer, Clara:
"Os conteúdos escolares, sendo bem aplicados, oferecem um grande leque de opções para o aluno, facilitando sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade."
É esse tipo de socialização que defendo. Uma socialização através da boa aplicação dos conteúdos escolares. Em nenhum outro momento quis dizer outra coisa.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Acauan disse exatamente o que quis te dizer, Clara:
"Os conteúdos escolares, sendo bem aplicados, oferecem um grande leque de opções para o aluno, facilitando sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade."
É esse tipo de socialização que defendo. Uma socialização através da boa aplicação dos conteúdos escolares. Em nenhum outro momento quis dizer outra coisa.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
O erro mais comum nas muitas análises sobre causas e soluções do problema do ensino público brasileiro é que a maioria se atém a elementos operacionais do sistema – volume de verbas, remuneração dos professores, métodos pedagógicos e pouco se fala do fundamental, as filosofias que orientam a formulação das diretrizes.
Estas filosofias estão em parte explícitas na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, um pastiche ideológico que oficializou com quarenta anos de atraso as propostas de Paulo Freire e outros ideólogos de esquerda da educação, mas sua identificação completa deve ser tirada da práxis da implantação do projeto marxista de educação ao longo deste tempo.
Relembrando dos comentários anteriores, a esquerda desviou o foco educacional da tradição católica do indivíduo que melhora a si mesmo e a partir de si pode melhorar a sociedade, para a ideologia coletivista da sociedade que progride historicamente e, no processo, melhora o indivíduo.
Assim, podemos encontrar nas diferenças entre estas diretrizes a origem da maioria dos problemas da educação pública brasileira.
Diretrizes tradicionais de inspiração católica:
- A função da escola é preservar e transmitir o saber humano acumulado; - O saber promove a ascese espiritual do indivíduo; - A educação conscientiza o homem de seus deveres e responsabilidades individuais.
Diretrizes coletivistas de inspiração marxista:
- A função da escola é conscientizar as massas; - A escola deve promover a mudança social; - A educação deve preparar as classes exploradas para seu papel histórico.
As primeiras coisas que os brasileiros devem se perguntar quando analisam o fracasso do sistema público de ensino são porque não mudam o sistema? Por que os teóricos que o desenharam não são repudiados e suas propostas abandonadas e substituídas por alguns dos muitos outros modelos internacionais bem sucedidos, inclusive em países pobres? Por que vemos estes mesmos teóricos preservando altos cargos na hierarquia burocrática estatal do ensino, dando entrevistas defendendo seus modelos, ao mesmo tempo que apontam soluções para os problemas da educação como se eles próprios não tivessem nada a ver com eles?
A resposta é que para os teóricos de esquerda o modelo é um sucesso, dado que seu objetivo não é ensinar alunos, trazê-los da ignorância e pô-los em contato com o legado do gênio humano a partir de onde poderão encontrar modelos em que se inspirar para realizar seu pleno potencial como seres humanos.
Estes são valores da educação tradicional, que os pais desejam para seus filhos, mas não que os ideólogos desejam para a "massa estudantil" que para eles é massa de manobra para a "mudança social", o verdadeiro e único objetivo de seu modelo, que pouco se importa se o filho da D. Maria sabe ou não sabe interpretar textos simples quando chega ao nível médio.
Quando expulsaram da escola pública a excelência, disciplina e civismo, rechaçados como elitismo, repressão e ditatorialismo prepararam o terreno passo a passo para a ignorância generalizada, a falta de respeito dos alunos para com professores e a instituição escolar e o desprezo pela própria Pátria, a qual não encontrava mais nas salas de aula quem a enaltecesse ou defendesse.
Na origem de todo o mal está o abandono da tradição de que o homem educado tem mais deveres e responsabilidades do que o homem ignorante. Em outros tempos, um homem instruído que apresentasse comportamentos socialmente reprováveis era repreendido com a frase "você estudou e se comporta como um ignorante?". Estudar significava assumir MAIS deveres sociais.
Nos ideário esquerdista, estudar significa ser conscientizado dos direitos sociais que deve reivindicar e apenas dos direitos.
Deve ser óbvio a todos qual das duas diretrizes produz uma sociedade melhor.
Continua...
Editado pela última vez por Acauan em 09 Jul 2007, 22:26, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan disse exatamente o que quis te dizer, Clara:
"Os conteúdos escolares, sendo bem aplicados, oferecem um grande leque de opções para o aluno, facilitando sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade."
É esse tipo de socialização que defendo. Uma socialização através da boa aplicação dos conteúdos escolares. Em nenhum outro momento quis dizer outra coisa.
Nisso nunca discordamos.
Graças a Deus!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Meu nome é Mariana Esteves Statzner, sou aluna do curso de Pedagogia da Universidade Federal Fluminense (UFF), e gostaria de denunciar o abuso de poder cometido pela professora Yolanda de Oliveira, que leciona a matéria de Didática na instituição citada.
O incidente ocorreu na aula do dia 15/05/2006, quando ela pediu que fizéssemos uma redação abordando duas questões. Na primeira, teríamos que relatar a globalização que temos (ou seja, o sistema político atual - o capitalismo). Num segundo momento, abordaríamos a globalização que queremos. Então, perguntei a ela se alguém estivesse satisfeito com o sistema atual teria que abordar a segunda questão também.
Simplesmente, ela disse que era inadmissível que houvesse alguém dentro daquela academia que concordasse com o sistema atual e, caso ela encontrasse uma redação pautada nisto, teria que encaminhá-la ao colegiado, pois a UFF não pode aceitar esse tipo de aluno. E para completar ressaltou que a pessoa que aceita o sistema tal como ele é (perverso), também é perversa (tudo isso falado na frente de cerca de 40 alunos). Me senti o verdadeiro ''monstro do sistema universitário'' por assumir uma posição capitalista.
No momento não falei absolutamente nada. Esperei o término da aula e fui falar com ela. Expliquei que ela havia me humilhado na frente de toda turma e que achava muito estranho um pedagogo assumir uma postura desse tipo, pois acredito que a opinião alheia tem que ser respeitada acima de tudo. E ela novamente ressaltou que a pessoa que aceita o sistema perverso que temos é perversa.
Quero destacar que em nenhum momento discuti com esta senhora e que as coisas que disse a ela foram as seguintes: que eu não acredito em igualdade social; que, desde que o mundo é mundo há as pessoas que mandam e as que obedecem; e que o que gira o planeta é o dinheiro. São verdades. Ao menos, as minhas verdades.
O que venho discutir aqui após este relato é a questão da liberdade de pensamento, que está na Constituição Brasileira. A senhora em questão além de não aceitar minha opinião, ainda fez questão de me humilhar, de me expor ao ridículo na frente de outras pessoas. Ressaltando sua ideologia (que seria a igualdade social. Uma sociedade justa. Talvez, socialista, não sei dizer) em detrimento da minha crença.
Acredito ainda que o papel da universidade é formar cidadãos críticos e não passivos, que necessitem dizer 'amém' a tudo o que os professores dizem. Estamos no meio acadêmico para trocar experiências, conhecimento e para questionar até mesmo valores e crenças que trazemos antes mesmo de ingressarmos na academia. Então, para concluir, se esta senhora possui sua crença e acha inadmissível que seus alunos não possuam a mesma, no mínimo teria que discutir isso enquanto coletivo, e não impor, de forma autoritária e CRUEL, sua ideologia.
No dia 16/05/2006, estive conversando com uma pessoa de inteira confiança de minha família e acima de tudo, minha amiga. Ela é formada em pedagogia pela UFF e leciona há 30 anos em escolas da rede pública do município do Rio de Janeiro.
Após relatar o ocorrido, ela questionou diversas atitudes de minha parte para compreender a posição da professora em questão. Questionou sobre minha orientação política, e me mostrou que não tenho embasamento teórico referente a algumas questões.
Ela entendeu a postura da professora como alguém que não concebe uma pessoa que aceita, sem questionamentos, o sistema tal como ele é. Ou seja, o capitalismo selvagem.
Após conversar com ela, refleti sobre diferentes ângulos. Acredito que vários de meus conceitos estão no plano do 'achismo', enquanto deveriam ser pautados em teorias. Ou seja, a professora deveria ter aproveitado a ocasião para conversar e discutir estes conceitos (o que é o capitalismo, o socialismo, a questão da igualdade social...), e não responder de forma autoritária e cruel a pergunta feita.
Também parei para refletir sobre sua prática pedagógica. Como um EDUCADOR pode humilhar um aluno na frente de uma turma inteira? Se sou uma pessoa que sofro de baixa-estima, o que teria me acontecido após esta situação?
Acredito agora ter entendido o porquê da revolta da professora. Embora eu aceite determinadas práticas dentro do capitalismo, critico diversas outras. O que ela deveria ter feito era ter orientado a turma como um todo, e não ter imposto a sua opinião em detrimento de outras.
Como futura educadora questiono sim a prática desta senhora, pois acredito que ninguém deva impor a sua opinião, crença, ou idéia em detrimento de outra. Uma das funções do educador é formar pessoas que pensem livremente, e que saibam criticar e questionar os fatos.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
[center]Resumo de uma tese na Faculdade de Educação da USP [/center]
[center]Estão matando a Matemática [/center]
Nossa investigação é uma pesquisa teórica de cunho histórico-filosófico-educacional, que tem como objetivo principal discutir as contribuições de Paulo Freire e de Ubiratan D’Ambrosio para a formação do professor de matemática no Brasil. A dialética e as técnicas de análise de conteúdo constituem a metodologia adotada. Desse modo, nos impusemos como tarefa analisar a formação do professor de matemática de modo contextualizado com a nossa realidade social atual e reconstituindo a função histórica que a nossa escola e a formação docente desempenharam como reforçadora das desigualdades sociais e mantenedoras do status quo da sociedade capitalista.
No levantamento histórico, utilizamos as contribuições de G. Freyre, S. B. de Holanda, C. Prado Júnior, L. Basbaum, C. Furtado, F. de Azevedo, J. K. Galbraith, O. de O. Romanelli, A. Teixeira, entre outros. E, em nossa análise, nos valemos das contribuições de K. Marx, F. Engels, A. Gramsci, M. Chauí, L. Althusser, J. Contreras, O. Skovsmose A. Ponce, M. Gadotti, K. Kosik e outros referenciais próprios da área.
A formação do professor de matemática é vista como resultado de um processo histórico-cultural que mantém ainda uma forte herança de elementos de uma sociedade colonial, corroborado pela não participação democrática do povo brasileiro em seu processo de constituição sócio-cultural numa sociedade capitalista e excludente.
E o trabalho demonstra que os atuais processos de formação de professor de matemática ainda são fortemente sedimentados numa formação alienada aos ditames de uma sociedade de classes, que não permite ao futuro professor compreender e fazer uso da necessária autonomia inerente à sua atuação, o que o faz atuar como um intelectual orgânico a serviço da consolidação da hegemonia da classe dominante. Nesse sentido, os constructos teóricos de P. Freire e de U. D'Ambrosio mostram-se como indicadores de encaminhamentos possíveis no processo de formação de um professor de matemática crítico/libertador e, por isso, consciente de sua tarefa como agente ativo na formação de um educando não especialista em matemática, mas inserido em sua realidade social como um sujeito transformador e em transformação, que encontra na matemática uma ferramenta para o processo dialético de sua própria construção.
Assim, a investigação indica a necessidade de uma atuação dos formadores no sentido de conscientizar os futuros professores de matemática de sua tarefa como intelectuais orgânicos a serviço da construção da hegemonia dos excluídos, dos explorados em geral. Ou seja, a investigação aponta a necessidade de a formação inicial se
constituir como um antidiscurso ao discurso ideológico da classe dominante.
Editado pela última vez por Edson Jr em 11 Jul 2007, 10:44, em um total de 1 vez.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)