Protegendo os pobres do mundo

[rapha...]

Clara, parece-me muito claro que numa sociedade onde o governo em gestão toma a decisão, pelos mais bonitos e justos fins que existam, de tomar para si quase metade do rendimento de um trabalhador, para oferecer-lhe uma gama de serviços que provavelmente o mesmo não irá utilizar, acaba criando embaraços econômicos onde o poder de consumo, que seria, este sim, a expressão real das vontades do indivíduo, é sumariamente diminuído, e leva consigo a qualidade de vida do mesmo trabalhador.

[clara campos]

Clara, parece-me muito claro que numa sociedade onde o governo em gestão toma a decisão, pelos mais bonitos e justos fins que existam, de tomar para si quase metade do rendimento de um trabalhador, para oferecer-lhe uma gama de serviços que provavelmente o mesmo não irá utilizar, acaba criando embaraços econômicos onde o poder de consumo, que seria, este sim, a expressão real das vontades do indivíduo, é sumariamente diminuído, e leva consigo a qualidade de vida do mesmo trabalhador.

Rapha, parece-me claro que se o estado retém uma parte (que dificilmente será próxima de metade) da renda de um trabalhador por forma a que todos os cidadãos, independentemente da sua renda, tenham direito a uma gama de serviços que dificilmente conseguiriam suportar (educação, saúde, justiça, segurança), então isso significa que teoricamente se considera que existem determinados direitos que são universais, independentemente da tua renda.

[Apocaliptica]

No Brasil um imposto pode chegar a 70%...

[clara campos]

então é o vosso socialismo que está mal, não O socialismo.
impostos tão altos teriam necessariamente que implicar serviços sociais de altíssima qualidade, como na suécia.

[André]

Clara, parece-me muito claro que numa sociedade onde o governo em gestão toma a decisão, pelos mais bonitos e justos fins que existam, de tomar para si quase metade do rendimento de um trabalhador, para oferecer-lhe uma gama de serviços que provavelmente o mesmo não irá utilizar, acaba criando embaraços econômicos onde o poder de consumo, que seria, este sim, a expressão real das vontades do indivíduo, é sumariamente diminuído, e leva consigo a qualidade de vida do mesmo trabalhador.

Que tal saúde pública de qualidade como tem na França ou na Inglaterra?

Gastos com contas médicas são a maior causa de falências (bankruptcy) nos EUA. Nos países citados não.

Os custos de vida em relação a saúde, educação, caem de forma poderosa. E acabam esses garantidos a todos, o que faz a sociedade melhor no geral. E voltam como benefícios para o indivíduos.

O consumo por si só não supre essas necessidades, e se o Estado não garantir, muitos não terão acesso, a saúde e educação.Como acontece nos EUA aonde quase 50 milhões de pessoas não tem seguro, e o auxilio para eles não protege em caso de enfermidade catastrófica. Para não dizer dos custos das Universidades, que limitam, sendo que bolsas são para poucos. Nos EUA famílias economizam por anos, para mandar os filhos para faculdade.

A qualidade de vida nos Estados do bem estar social é altíssima.

Eles pagam impostos, altos, mas economizam em outras áreas. Sendo que os impostos são progressivos, o que significa que os mais ricos pagam, mais, para possibilidade de todos, o que da uma equilibrada, no diferencial de poder e acesso, que as diferentes classes possuem.

Alias essa é uma frase, similar, que vi um médico francês dizer recentemente na TV.

[André]

então é o vosso socialismo que está mal, não O socialismo.
impostos tão altos teriam necessariamente que implicar serviços sociais de altíssima qualidade, como na suécia.

Sendo que aqui não é socialismo do estilo social democrata como tem se consolidado na Europa. É um assistencialismo, personalista, paternalista, em um sistema viciado e corrupto.

Aumentar somente os impostos não adianta, pq o dinheiro não chega todo, muito é desviado, superfaturado, e afins, fora os desperdícios. Sem uma reforma política, no sistema, que renove a classe política, amplie o controle popular sobre ela, e torne a sociedade mais democrática, nem medidas de caráter liberal, nem social democrata, tem chance de serem bem sucedidas.

Assim como diminuir impostos apenas aumenta o rombo, pq não vai ter como pagar muita coisa.

Tem que se diminuir o Estado em setores, e aumentar em outros, é uma questão de planejamento. Nada simples, talvez o simples para mim seja o pré-requisito urgente de reforma política, e aceleração de uma educação política, em um regime mais fortemente democrático.

E como Apo já disse, se o caráter da população for tão ruim como o dos políticos, ai não vejo solução a curto nem médio prazo. Por enquanto acredito que a classe política é pior, e a maior parte do povo, pode ser ignorante, mas é trabalhador, e honesto, e quer o bem para si, assim como para os outros, em sua maioria.

[Apocaliptica]

então é o vosso socialismo que está mal, não O socialismo.
impostos tão altos teriam necessariamente que implicar serviços sociais de altíssima qualidade, como na suécia.

Não temos um socialismo, temos uma roubalheira generalizada. É o que temos.

[André]

então é o vosso socialismo que está mal, não O socialismo.
impostos tão altos teriam necessariamente que implicar serviços sociais de altíssima qualidade, como na suécia.

Não temos um socialismo, temos uma roubalheira generalizada. É o que temos.

Triste, mas verdadeiro Apo.

E se o caráter da população for tão ruim somente mudando esse caráter, e ai é projeto de longo, muito longo prazo, e muito improvável, infelizmente.

Como acredito que a maioria da população, embora ignorante, seja trabalhadora, e honesta, em sua maioria, considero que um sistema melhor, mais justo, já encaminharia tb uma educação política maior, e já seria um primeiro passo importante.

Como tb aceleraria, a educação política, e o processo dos indivíduos assumirem mais responsabilidade pela sociedade que têm.

Mas se o problema estiver no caráter da maioria da população, isso pode melhorar um pouco, mas nem de longe resolve, e mudança desse caráter é lenta, e nem sei direito como poderia se lutar por ela. Na educação formal se ajuda, mas o principal agente é a família, e as próprias comunidades, e como sou contrario a engenharia social de comportamento, não sei ainda como se deveria proceder para melhorar o caráter da população. Talvez ensinar ética, cidadania, nas escolas, ajudasse e a promoção desses princípios.

[Apocaliptica]

Este país é uma coisa historicamente muito complicada, com um povo típico latino-americano terceiromundista e isto resume tudo.
Governo, povo, famíla, escola, MP, mentalidade, valores, cultura, visão...é tudo muito complicado.

[Ilovefoxes]

Socialismo é um mito, não há como implementá-lo corretamente quando tratamos com seres humanos. Funciona teoricamente, mas não no mundo real.

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Porque comunistas sempre tem uma fraca (bem fraca) propaganda sempre com apelos ao emocional falacioso?

Começando pelo título do tópico "Protegendo os pobres do mundo". Depois temos o usuário com uma menina pobre no avatar.

Parece o ícone de Che Guevara:
Ele morreu e sofreu por sua causa, logo sua causa era justa.

[spink]

O engrçado é que citam um professorzinho (utilizando a lógica da dos neocons) sem nenhuma expressão acadêmica para tentar refutar um estudioso sério.
Me poupem.

[Acauan]

O engrçado é que citam um professorzinho (utilizando a lógica da dos neocons) sem nenhuma expressão acadêmica para tentar refutar um estudioso sério.
Me poupem.

Como já disse em outra situação, a maioria dos que usam o termo "neocon" no Brasil não tem a menor idéia de seu significado, mesmo porque, se tivessem, não associariam sua lógica - seja lá o que entendam por isto - com citar "professorzinho sem nenhuma expressão para refutar um estudioso sério", correlação que tiraram sei lá de onde.

No mais, é interessante que o prof. Huáscar Fialho Pessali tenha sido rotulado de professorzinho tão prontamente, mesmo porque se quem assim o chamou tivesse menos pressa e mais preocupação em descobrir de quem fala, veria que ele apoia a maioria das idéias de Ha-Joon Chang, só o citei para deixar óbvio que mesmo acadêmicos que simpatizam ideologicamente com aquelas posições não podem negar as limitações e falhas técnicas de uma obra que é essencialmente de divulgação para leigos.

Ou seja, bastou a suspeita de que determinado professor universitário fosse ideologicamente incorreto para ser reduzido a professorzinho, enquanto bastou uma brevíssima resenha de um livro de divulgação para leigos para determinado autor de ideologia esperada ser chamado de pesquisador sério.

Por fim, não citei o professor Pessali para contestar Chang, citei seus colegas de Oxford, onde suas idéias não encontraram maior repercussão por não sobreviverem ao debate acadêmico aprofundado, tradicional na instituição.

Sugeri que quem quisesse pesquisasse a respeito, pelo jeito nem isto, mas as conclusões cheias de certeza aparecem mesmo assim.

Típico...

[spink]

É só citar um trabalho de relevância do dito cujo.
(essa postagem foi psicografada por Reinaldo Azevedo)

[Acauan]

É só citar um trabalho de relevância do dito cujo.
(essa postagem foi psicografada por Reinaldo Azevedo)

Carlos,

Você se deu ao trabalho de ler o que escrevi acima?

Se não, paro por aqui, se sim, por favor releia, pois não há qualquer conexão entre o que escrevi e o que você respondeu.

[spink]

É a tática manjada de desqualificar para iludir.

[spink]

Qual é o seu problema com FATOS históricos?

[Acauan]

É a tática manjada de desqualificar para iludir.

Quem usou o termo professorzinho não fui eu.
E quem usou deu um tiro no próprio pé, por tentar desqualificar quem defende as mesmas posições que ele, ou seja, não apenas apelou para a desqualificação e ilusão como foi precipitado demais no fazê-lo.

Quem reler o que eu escrevi verá que apontei falhas nas conexões de causa e efeito na obra de Chang, observei que a obra de referência é de divulgação para leigos e comentei que basta pesquisar para descobrir que no debate acadêmico de Oxford, onde leciona, ele não é figura de destaque.

Nenhuma destas minhas colocações foram sequer questionadas.

Pior, ninguém sequer me perguntou quem seriam os pares de Oxford que predominaram sobre Chang no debate acadêmico e muito menos se deram ao trabalho de pesquisar a respeito, como sugeri.

Vimos apenas a repetição da mesma peça, encenada ad infinitum: o que me é ideologicamente satisfatório eu apoio, mesmo sem saber bem o que é, e o que não é renego, mesmo sem ter idéia do que seja.

É como a citação aos neocons, absurda em si e mais absurda ainda que, após destacada, nenhuma vontade de corrigi-la ou entende-la foi feita.

Pois é...

Como disse, típico.

[Acauan]

Qual é o seu problema com FATOS históricos?

Meus textos e postagens estão disponíveis para você e qualquer um que queira conferir se tenho algum problema com eles.

Deixei um exemplo claro de que simultaneidade não implica em causalidade, mas estes comentários passam despercebidos, como os fantasmas de "O Sexto Sentido" a esquerda só vê o que quer e não admite que outros vejam mais.

[spink]

Acauan, você defende suas posições ultraliberais com erudição, não se engane, eu admiro isso.
Permita-me concordar com o professor que eu postei.
O resto fica com os defensores da "mão invisível" que tem predileção a meter a mão no nosso bolso e aproveitar-se do Estado quando lhe apraz.

[SickBoy]

É hora de chutar a escada

Um representante de um país rico não deve perguntar ao economista coreano Ha-Joon Chang, professor de estudos do desenvolvimento na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o que ele acha de livre comércio e globalização. Sua análise é bombástica: “Quando um país chega ao topo, chuta a escada para impedir o acesso dos outros.”

http://www.zaz.com.br/istoe/1781/1781vermelhas.htm



touché

[Acauan]

Acauan, você defende suas posições ultraliberais com erudição, não se engane, eu admiro isso.

Minhas posições não são ultra-liberais, admito que o Estado pode ter papel benéfico na saúde e educação por exemplo, mesmo que nem sempre seja o melhor gestor destas atividades.

Permita-me concordar com o professor que eu postei.

Não tenho intenção e nem meios de impedi-lo disto, mas este é um fórum de debates religiosos, acostumado a desafiar dogmas.

O resto fica com os defensores da "mão invisível" que tem predileção a meter a mão no nosso bolso e aproveitar-se do Estado quando lhe apraz.

Você encontrará safados de todas as ideologias com predileção em meter a mão no bolso dos outros, sejam os outros públicos ou privados, estatais ou particulares.

[spink]

George Soros já escreveu sobre esse tema.

[spink]

Para o ilovefoxes:
Já expliquei o meu avatar N vezes.
Se ficou incomodadado -pesquise.

[Ilovefoxes]

Você pode dar sua explicação, mas continuo a achar conveniente.

[spink]

Talvez seja conveniente para você; que não pode ver uma imagem de uma criança sem se excitar.
Garanto que não é o meu caso.