Apocaliptica escreveu:Experiências mostram claramente que há um conjunto de traços e cores na natureza toda que agrada à sensibilidade dos sentidos humanos. A visão capta estes estímulos e os transforma em sensação agradável ou não no cérebro. Em contrapartida, quanto mais se foge destas linhas, que seguem equações que exprimem alguns tipos de simetrias ou a quebra dela, mais desagradável e caótica se mostra para nós a imagem que vemos. Está estabelecida a noção de feiúra, contrária à beleza, que tanto fascina.
No ser humano, a simetria entre os dois lados do corpo, por exemplo, dita este padrão. Quanto mais simétrico, melhor. Mas não basta que seja simétrico, precisa ter um equilíbrio entre as linhas. No caso da face, o conjunto da obra - pretensamente divina - precisa ter sido concebido e forjado de forma que o resultado final mais se aproxime das linhas arredondadas, suaves e harmônicas que lembram ...um semblante de
bebê. Não é a toa que chamamos por adjetivos infantis aqueles rostos mais lindos que passam pela moda através das décadas.
Concordo em parte.
A harmonia nas feições devem poduzir um efeito menos agressivo a percepção humana, logo pode resultar numa feição mais aceitável, porém não significa ser necessáriamente belo.
Os rostos de bêbes humanos e de outros animais talvez como uma forma natural de defesa evolutiva, pois ocasionam ternura e afetivida aos adultos, são agradáveis o que é diferente de beleza.
Estabelecer um conceito de beleza aproximando os traços ao rosto de crianças pode ser invalidado facilmente pela preferência a rostos de traços grossos e em alguns casos desarmônicos.
Apocaliptica escreveu:Mas algumas coisas não mudam. Olhos mais amendoados e felinamente puxadinhos nos cantos são mais apreciados. Por isto chamamos aos dotados deste atributo de gatinha ou gatinho. Bocas mais carnudas são mais atraentes. Narizes pequenos, levemente arrebitados ou retilíneos, lembram o nariz de anjinhos. E poderíamos assim descrever o rosto em detalhes, passando por queixos e orelhas, sem esquecer as nucas e as maçãs do rosto
Talvez esses atributos sejam conceituadamente expressos como belos no conceito social que compartilhamos.
Será que outros grupos como os Aborígenes na Austrália compartilham da mesma opinião?
Apocaliptica escreveu:A base da beleza é esta.
Não acho.
Apocaliptica escreveu: Modas vêm e vão, estilos alternativos são criados na indústria da moda e por grupos de adolescentes que se insurgem e optam pelo estranho e pelo diferente ( nenhuma novidade para tal fase da vida).
Estilos de beleza diferente não são criados só por jovens, quem nunca viu um coroa ultra moderninho do tipo punk, ?
Expressar beleza "diferente do padrão social não é exclusivo dos adolescente e nem das industrias de modas alternativas.
apocalíptica escreveu:A prova disto foi tirada numa pesquisa muito interessante.
Crianças muito pequenas, entre 3 meses e 1 ano, foram expostas a fotos ( uma foto a uma criança de cada vez ), mostrando tipos variados de seres humanos, de muito belos a muito feios ( se levarmos em conta nosso critério e conceito comumente percebido).
Critérios esses da nossa cultura.
apocalíptica escreveu: A cada foto mostrada, eram observadas as reações dos bebês. Foram verificados sinais de alegria, fascinação, curiosidade, ansiedade, tranquilidade, medo e repulsa. Por vezes as crianças fixavam o olhar demonstrando prazer e em alguns casos, choravam ou simplesmente viravam o rosto.
Como falei, rostos assimétricos, de algum modo, produzem uma sensação desagradável, diferente dos rostos simétricos que são aceitáveis mesmo sem ser belos.
Cabe aqui uma observação. Certamente crianças com 3 meses é um ano já absorveram características de rostos agradáveis, principalmente os dos país.
Talvez uma criança que nasceu acostumada com traços Orientais possa se assustar com o mais belo rosto Ocidental, por ser diferente do rosto materno.
apocalíptica escreveu:Curiosamente, concluiu-se que os resultados demonstraram o mesmo gabarito que parece ser percebido pelos humanos mais velhos, quando já passaram a sofrer influência de informações externas.
Claro, as crianças, mesmo dessa idade, já receberam influência externa.
apocalíptica escreveu:O que significa dizer que a beleza como a conceituamos não é criada por nós, nem por uma indústria, nem por vontade de terceiros. Ela é sentida. E está marcada de alguma forma em nosso inconsciente.
Não acredito nisso.
Visivelmente podemos ver conceitos de beleza diferente em cada grupo, que presumidamente, parece ser moldada pela mesma sociedade.
apocalíptica escreveu:As variações sim, de cor de olhos, de penteados, de mais gordo ou mais magro, bronzeado ou braquinho, olhos azuis, verdes ou castanhos, cabelos ruivos...enfim...toda a diversidade das raças e misturas. Não cabe entrar no mérito aqui das exceções, como homens feios e sexies, mulheres exóticas e sensuais, que viraram mitos. Assim como também não questionam-se empatias ou antipatias pessoais. Adornos, acessórios, maquiagem e adereços também não estão em jogo aqui. Estamos falando da beleza que afeta aos nossos sentidos relacionados à estética pura.
Ignorando os adornos, quando mencionei os botoques dos índios.
Mas apô, cada grupo elege sim um conceito de belo diferente. Mesmo ignorando os adornos, entre indígenas e alguns povos, traços rudimentares são conceituadamente belo para alguns grupos.
apocalíptica escreveu:Somos todos narcisistas. A beleza nos encanta à medida que mais se aproxima da imagem que temos de nós mesmos em nossa gênese, aquela coisinha pequena e fofa que fomos quando bebês. Queremos manter assim nossa espécie, acalentando nossa auto-imagem de beleza infantil projetada nos outros e na imagem refletida nos espelhos que parecem se reproduzir à nossa volta.
Beleza não dá pra conceituar assim! Falar isso é ignorar as pessoas que têm preferências por traços opostos aos infantes.
apocalíptica escreveu:Mesmo sendo capazes de amar ao feio, buscamos nos parceiros potencialmente reprodutores, algo que transmita os gens que juntos mais se aproximam daquele ideal introjetado, provavelmente pela evolução, onde os mais saudáveis são aptos para encontrar novos parceiros, dando continuidade à "beleza" da espécie.
Certo!
O dinheiro, na sociedade moderna, como fator de sobrevivência da espécie, deveria entrar nessa sopa.
apocalíptica escreveu:A escala desta beleza ou feiúra oscila e a isto chamamos de gosto pessoal. Todavia até mesmo o gosto mais subsersivo se dobra à lógica ilógica daquela deusa ou príncipe que passa e arrebenta algo em nós, sugerindo quem sabe mesmo a presença divina, deixando-nos "bocabertamente" idiotizados.
A perfeição estética parece ser incessantemente buscada e exemplares belos são mais raros e mais cobiçados. Sinal de que não temos poder sobre nossos instintos, nem sobre nossos gens, e mesmo que o melhor bisturi consiga aprimorar algumas nuances, nunca conseguiremos saber quando seremos traídos pela genética. Ademais, precisamos estar preparados: a combinação das peças pode não resultar exatamente naquilo que desejávamos. É da vida.
Apo.[/quote]
Hummm.....
Tá pensando em fazer uma plástica, apô!?