A nicotina usada como remédio.
Rio, 23 de Julho de 2007 - O fumo faz mal à saúde, mas a nicotina, associada aos efeitos prejudiciais e viciantes do cigarro, se apresenta como arma futura para o tratamento de várias doenças. Cientistas e empresas de biotecnologia, sobretudo nos Estados Unidos, investem em estudos para comprovar as ações terapêuticas da substância e transformá-la em remédio. "A nicotina é muito estigmatizada porque seu sistema conhecido de entrega é mortal" ressalta Don de Bethizy, presidente da companhia biofarmacêutica Targacept. Mas a substância e o estudo de seus efeitos no cérebro trazem promessas para a saúde física e mental do homem. Não é surpreendente que algumas pesquisas científicas tenham relação com a indústria de tabaco. De Bethizy trabalhou para a empresa R.J. Reynolds por 15 anos, antes de tornar a Targacept independente. A RJR tem participação de 4% da empresa de biotecnologia Winston Salem, que desenvolve drogas com efeito semelhante ao da nicotina. "A substância já está no mercado como adesivos de pele, chiclete, spray nasal e comprimido. É possível chegar a níveis seguros de administração", pondera Ed Levin, especialista da Universidade Duke. A Targacept está em fase inicial de testes de componente que imita a ação da nicotina e pode ajudar quem tem esquizofrenia e Alzheimer. E também começou a testá-la para tratar a dor da extração de dentes. "A substância atua nos receptores da acetilcolina no cérebro. É envolvida no controle dos sistemas cardiovascular, de apetite, sono, recompensa e cognição, além da função motora e do humor. "As drogas com nicotina podem combater o Parkinson, a ansiedade e a depressão." Elson da Silva Lima, coordenador de programas de prevenção do tabagismo na Unicamp, explica que no Alzheimer há deficiência de acetilcolina. A nicotina estimula a produção do neurotransmissor ao se acoplar a seus receptores. "Se administrarmos a nicotina numa forma menos nociva do que o cigarro há uma chance para esses pacientes. É só perceber como os fumantes ficam mais atentos e produtivos", compara Lima. Artigo de 1982 na revista britânica Lancet sugere que fumantes são protegidos da colite ulcerativa pela ação da nicotina. A empresa CoMentis estuda o desenvolvimento de gel com nicotina para ferimentos. Para De Bethizy, outros estudos trazem contradição maior ao sugerir que a nicotina protege neurônios de substâncias tóxicas, como a beta-amilóide, que acredita-se destruir neurônios importantes para a aprendizagem e a memória. Daniel Sitar, chefe do Departamento de Farmacologia da Universidade de Manitoba, no Canadá, pondera que os cientistas ainda não sabem explicar os mecanismos da atividade terapêutica da nicotina em todas essas doenças. "É preciso ter cautela ao aceitar os resultados." kicker: Pesquisadores garantem que uso seguro da substância pode combater males como esquizofrenia, Alzheimer e Parkinson. (Gazeta Mercantil - Cristine Gerk)
fonte:
http://br.noticias.yahoo.com/s/070723/31/1mh4w.html
Nicotina poderá ser usada contra Alzheimer e Parkinson
Nicotina poderá ser usada contra Alzheimer e Parkinson
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

