Acauan escreveu:A pergunta que o Céu dos fundamentalistas não consegue responder é como os salvos conviverão com as lembranças dos não-cristãos que amaram.
Os adventistas são aniquilacionistas, ou seja, os não cristãos vão ser desintegrados após o juízo - ou coisa parecida e os demais fundamentalistas acreditam que eles serão torturados no inferno por toda a eternidade.
Que pai ou mãe poderia ser feliz neste paraíso sabendo que um filho amado teve tal destino exclusivamente por não ser cristão?
As opções são que uma vez no céu digam, foda-se ele mereceu, que simplesmente o esqueçam ou finjam que não aconteceu nada, "eu me dei bem, é o que importa".
Belo paraíso...
Acauan, não sei se adianta lhe falar...
Uma das coisas que me levou a ser Cristão, além das evidências patentes de uma Criação e da libertação de meu irmão das drogas pelo Evangelho de Jesus Cristo, foi o que encontrei na primeira epistola de João, que dizia: “
Não ameis o mundo, nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. Mas penso, o mundo é bom? É, com certeza. Mas como posso chamar de mundo bom quando existem misérias em boa parte do Globo? Como posso chamar de mundo bom quando aviões lotado de pessoas explodem nos prédios? E o que dizer da toxicomania dessa adolescência em transe? (...)
Cara, tenho uma filhinha de 5 anos, que seria capaz de dar a vida por ela, ou mesmo fazer um transplante de coração, se assim fosse preciso. Que dirá então de minha inquietude ao minha filhinha enfrentar este mundo hostil após os seus 13, 14 ou 15 anos de idade? Quer mesmo que eu diga pra ela “foda-se”, minha filha”? Ora, meu colega, não passa nem pela cabeça a idéia de poder viver um Céu sem minha filha ou minha família. Sempre cresci, graças a educação de minha mãe, amando as pessoas, não importando raça, cor ou religião... e dando muita importância a minha família. E graças a ela que me mostrou como entender esse mundo e a não amá-lo, como João aconselhou. Tento a todo custo passar esse educação pra minha filha, ou seja, AMAR sem olhar quanto de dinheiro há no bolso da outra pessoa. Se meus esforços não forem o bastante e se a misericórdia de Deus for rejeitada pela minha filha, o que posso mais fazer? Vou chorar por ela? É obvio que sim! Mas onde estará meu amor pelos outros? Não há? Não há felicidade no Céu ou numa Terra renova pelos filhos de Deus que fizeram a boa escolha? Deus nos promete nos Evangelhos uma renovação de nossa mente, que nos “
enxugará dos olhos toda a lágrima”, “
pois a morte já não existirá”. Não fosse assim, eu não estaria hoje educando a minha filha para alimentar esse amor que já é intrínseco à sua vida.
Duvidas desse amor? Pq hoje as pessoas choram as vidas que foram ceifadas no avião da TAM, se nem mesmo temos nenhum tipo de parentesco com elas? Serão lágrimas de crocodilo?... hipocrisia? Duvido muito! Essas mesmas pessoas eu desejaria comigo na nova Terra, e não apenas minha filha. Espero que entendas, colega.
Caro C

lega