Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

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emmmcri
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Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

Mensagem por emmmcri »

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u6146.jhtm

Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

Nicholas Wade
Em Nova York

Quando foi declarado que os recentes relatórios de avanços na pesquisa de clonagem do dr. Hwang Woo-suk tinham sido forjados, nesta sexta-feira (23/12), sua desgraça deixou os cientistas se perguntando como ele ascendeu tão rapidamente, enganou a tantos e levou um tombo tão grande.

Hwang, um médico-veterinário sul-coreano que escalou ao pináculo da visibilidade internacional com suas pesquisas sobre a clonagem e as células-tronco, levou consigo na queda mais do que sua própria reputação.

O governo sul-coreano, que promoveu Hwang como um herói nacional e uma celebridade internacional, viu seu investimento ser desperdiçado. As importantes revistas científicas que disputavam a publicação do trabalho de Hwang estão reexaminando seus procedimentos de avaliação. E apesar do laboratório de Hwang ser apenas um dos muitos trabalhando em pesquisa de célula-tronco, a impressão geral que ele criou de que o sucesso na clonagem terapêutica era iminente agora pode ser visto como apoiado em alegações falsas.

A comissão de investigação montada pela Universidade Nacional de Seul disse em um relatório provisório, divulgado na sexta-feira, que Hwang falsificou dados em 9 das 11 colônias de células-tronco embrionárias derivadas de pacientes que relatou na revista "Science" em junho. Quanto às duas colônias restantes, o comitê ainda não sabe se foram derivadas de pacientes, como disse Hwang, ou de óvulos humanos fertilizados.

Além disso, a principal premissa do artigo de Hwang, a de que poderia realizar clonagem humana de forma bastante eficiente, com apenas poucos óvulos humanos, era falsa. O comitê disse que ele usou bem mais óvulos do que relatou.

A comissão também está analisando a alegação de Hwang, de 2004, de ter sido o primeiro a clonar células humanas. Se isto também provar ser falso, a meta da clonagem terapêutica --reparar as células dos pacientes com seus próprios tecidos-- poderá se mostrar consideravelmente mais distante do que parecia há poucos meses.

Como Hwang conseguiu ascender tão rapidamente no firmamento científico e convencer tantos especialistas importantes de que seu trabalho era sério?

Sua ascensão atraiu um apoio generoso do governo sul-coreano, e a compartimentalização de seu laboratório fazia com que poucas pessoas tivessem uma visão geral do que estava acontecendo. O relato de avanços plausíveis fazia com que os cientistas no exterior sentissem, também, que poderiam conseguir o mesmo caso tivessem o acesso a tantos óvulos humanos quanto os obtidos por Hwang.

Além disso, Hwang convidou pesquisadores americanos de renome para serem co-autores de seus artigos, o que ele pode ter achado que tornaria seus resultados mais aceitáveis para importantes revistas como "Science" e "Nature". Ele até mesmo convidou o dr. Gerald Schatten, um especialista em célula-tronco da Universidade de Pittsburgh, para ser o autor principal de um relatório de junho de 2005, apesar de Schatten não ter participado de nenhuma experiência. Mas Donald Kennedy, o editor da "Science", disse que a inclusão de co-autores americanos "certamente não nos afetou".

O ponto de partida para a ascensão de Hwang à fama foi sua habilidade em fazer o sistema sul-coreano trabalhar para ele. O governo investiu cerca de US$ 65 milhões em sua pesquisa antes do colapso, e o Ministério da Ciência e Tecnologia o aclamou como "Cientista Coreano Ilustre".

O Ministério da Saúde e do Bem-Estar Social prometeu fornecer US$ 15 milhões no próximo ano para a criação do Centro Mundial de Célula-Tronco, no qual técnicos de Hwang clonariam células humanas para clientes científicos no exterior.

Uma indicação dos bons contatos de Hwang com o governo foi a inclusão da dra. Park Ky-young como co-autora de seu relatório de 2004 sobre clonagem humana. Uma botânica por formação, Park pode não ter contribuído muito cientificamente à tarefa de clonagem de células humanas. Mas ela é a consultora de ciência de Roh Moo-hyun, o presidente da Coréia do Sul.

Os freqüentes visitantes americanos à crescente operação de Hwang ficavam impressionados com a escala e perícia de sua operação e em como ele dividia seus cientistas em forças-tarefas especializadas em cada passo do processo de clonagem. Mas esta compartimentalização pode ter significado que nem todos os seus colegas de trabalho tinham conhecimento do que estava ocorrendo. Poucos pareciam ter visto as colônias de células embrionárias que Hwang dizia ter clonado de pacientes.

Fora da Coréia do Sul, o desastre deixou um sabor amargo nos cientistas que confiaram no trabalho de Hwang. "É uma coisa triste", disse Kennedy, o editor da "Science". "Nós sentimos que este não é nosso melhor dia."

A "Science" e a "Nature", duas importantes revistas científicas que competem pela publicação de avanços científicos notáveis, aceitaram os relatórios de Hwang. Mas a "Science" agora está revendo a precisão dos artigos de 2004 e 2005, nos quais Hwang disse ter clonado células humanas, e a "Nature" está revendo sua alegação de ter clonado um cão, que ele batizou de Snuppy.

"Nós estamos investigando o trabalho sobre Snuppy e investigaremos se nós e os juizes agimos apropriadamente, e se as normas devem mudar", disse o dr. Philip Campbell, o editor da "Nature".

Uma questão que ambas as revistas têm considerado é se seus editores e avaliadores deviam ter percebido os erros nos trabalhos de Hwang antes da publicação. Mas como em casos anteriores de fraude, os editores das revistas e outros cientistas afirmam que seu sistema depende basicamente de confiança e que os avaliadores podem checar apenas se as conclusões do relatório seguem os dados apresentados.

"A revisão de pares não visa descobrir fraude", disse Campbell. "Ela visa fornecer avaliação de especialistas da credibilidade científica e confiabilidade do que os cientistas estão relatando, aceitando o relatório em si de boa fé."

Kennedy notou que as revistas freqüentemente publicam artigos que posteriormente são mostrados como estando inocentemente errados. "O público precisa entender que as revistas e a revisão de pares não são perfeitas."

Mas os analistas podem recomendar que o autor forneça mais dados a qualquer momento caso estejam insatisfeitos. Os avaliadores da "Science" pediram a Hwang que fornecesse impressões de DNA mostrando que cada uma de suas colônias de células-tronco embrionárias apresentava o mesmo DNA do paciente das quais supostamente foram derivadas. Hwang enviou pares de impressões, algumas das quais contendo o mesmo ruído de fundo, sugerindo que a mesma impressão tinha sido apresentada duas vezes. Mas esta anomalia foi notada apenas posteriormente pelos críticos de Hwang.

Os analistas da "Nature" não pediram a Hwang que fornecesse evidência provando que Snuppy tinha sido clonado de outro cão. Campbell disse que a "Nature", como parte de sua investigação do artigo, considerará sobre se seus padrões de prova deverão ser mudados no futuro.

O fracasso de Hwang poderá ter repercussões na posição da ciência sul-coreana.

"Claramente, a credibilidade científica dos investigadores coreanos foi comprometida", disse o dr. John Gearhart, um pesquisador de célula-tronco da Universidade Johns Hopkins e membro da comissão de avaliação da "Science". Ele se referiu ao fato de fotos duplicadas e identificadas erroneamente terem aparecido em artigos de outros autores sul-coreanos além de Hwang.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Visite o site do The New York Times
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Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
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Re.: Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

Mensagem por Azathoth »

Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.
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Botanico
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Mensagem por Botanico »

Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
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Azathoth
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Re.: Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

Mensagem por Azathoth »

O problema é que atos desonestos por parte de cientistas recebem muito mais repercussão de cunho sensacionalista na mídia do que as descobertas científicas legítimas, que em grande parte só interessam aos especialistas da área. Isso cria uma cultura ludista, tecnofóbica, com aversão à ciência.
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Re: Q

Mensagem por O ENCOSTO »

Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
[/b]



besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.
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http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re: Q

Mensagem por emmmcri »

O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
[/b]



besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.


Até que enfin você falou algo que presta O EMBOSTO.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Re: Q

Mensagem por O ENCOSTO »

emmmCÚ DE CACHORRO escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
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besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.


Até que enfin você falou algo que presta O EMBOSTO.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



Sem falar que até hoje os "cientistas" criacionistas não conseguiram nem ao menos encontrar uma ÚNICA fraude na teoria da Evolução. :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Botanico
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Re: Re.: Fraude na clonagem deixa cientistas na defensiva

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Azathoth escreveu:O problema é que atos desonestos por parte de cientistas recebem muito mais repercussão de cunho sensacionalista na mídia do que as descobertas científicas legítimas, que em grande parte só interessam aos especialistas da área. Isso cria uma cultura ludista, tecnofóbica, com aversão à ciência.


Tá pensando que a mídia vive do que ô Gorba? Sensacionalismo vende e a preocupação com a verdade é de menos. Lembra lá o caso da Escola Base, a tal cujos donos foram acusados de explorar sexualmente as crianças lá matriculadas? A escolinha foi depredada (e a dívida ficou para quem alugou o prédio), saqueada, a mídia desfez bem da imagem dos donos e funcionários... e depois se provou que nada das acusações eram verdadeiras.
Os repórteres da Rádio Bandeirantes (Salomão Ésper, salvo engano) disseram que contataram um dos jornais sensacionalistas de que desceram o pau na coisa e quando questionados se descoberto que as acusações eram infundadas, qual a posição que o jornal tomaria no caso. A resposta foi:
_ Se provadas infundadas as acusações, então cessava-se a cobertura do caso.

Cessava-se a cobertura... E não se desmentia nada do que foi dito? É a coisa é assim na mídia.

Nós espíritas sabemos disso muito bem, pois repórteres do Cruzeiro testemunharam um caso de materialização autêntico (nada encontraram de fraude, por mais que tentassem achá-la), mas isso _a verdade _ não vendia revista, não dava prêmio aos jornalistas, então forjaram uma série de reportagens denunciando fraudes que não constataram. Sendo o Cruzeiro uma revista poderosa, achavam que nunca seriam desmentidos e não é que a maioria dos líderes espíritas ficaram quietinhos, murchos no seu canto? Mas para azar deles, Jorge Rizzini e Luciano dos Anjos pegaram a luva e conseguiram provar que a fraude era dos repórteres e desmoralizou a thurma.

A Ciência proporciona meios que melhoraram e melhoram ainda hoje o padrão de vida das pessoas e do Mundo (e algumas vezes pioram também). Acho que a pisada de bola do coreano arranha a imagem da ciência, mas tal estrago não chega nem perto daquele rasgo na bandeira da ética que o PT empunhava e agora se foi com o Mensalão.

É isso.

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Botanico
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Re: Q

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O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
[/b]



besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.


Sério? Mas é necessário um conselho de ética fechado em si mesmo, com decisões ocultas da mídia, etc e tal? Corporativismo é corporativismo, meu caro.
Acho que uma coisa que deveria ser liquidada são esses conselhos de medicina. Os casos deveriam ser julgados por juízes e os médicos, no caso, atuariam apenas como acessores. O fisioterapeuta que cuida das minhas costas disse-me sem rodeios que de fato a classe médica é muito unida e refratária em punir os maus profissionais.
Exemplos não faltam. Na Veja mesmo vi uma reportagem onde um médico, de formação clínica, passou a atuar como cirurgião plástico e fez umas besteiras monstruosas, que outros médicos desta última área se propuseram a (tentar) consertar... mas o registro do safado não foi cassado... Por que será?
É isso.

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Re: Q

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O ENCOSTO escreveu:
emmmCÚ DE CACHORRO escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
[/b]



besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.


Até que enfin você falou algo que presta O EMBOSTO.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



Sem falar que até hoje os "cientistas" criacionistas não conseguiram nem ao menos encontrar uma ÚNICA fraude na teoria da Evolução. :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


E o homem de Piltdown?

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Re: Q

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Botanico escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Botanico escreveu:
Azathoth escreveu:Ilustra o caráter auto-corretivo do empreendimento científico.


Tá faltando algo mais nesse caráter que é mais transparência e coragem de enfrentar a mídia de cabeça erguida.

Um grupo de bambambãs da biotecnologia publicou uma carta no http://www.sciencexpress.org com as palavras escolhidas a dedo, defendendo o afastamento da impressa leiga do assunto. Os oito autores da carta acham que esses assuntos seriam bem mais resolvidos dentro da comunidade científica. A profa Mayana Zats, de quem tive o privilégio de ser aluno, também defendeu essa posição.

Entretanto isso soa como a Lei de Ricúpero, a tal que diz que o que é bom a gente fatura e o que é ruim a gente esconde. Quando a mídia divulga as descobertas, populariza o nome dos cientistas, etc e tal, ela é bem vinda, mas quando se descobre que os cientistas pisaram na bola, aí a comunidade científica quer que a mídia se afaste e deixe que ela resolva a coisa por sua conta...

Até pode ter seus motivos lógicos e justos, mas que soa e fede mal, isso sim.
[/b]



besteira pura.

Sem falar que um cientista tem a condição de ficar reconhecido mundialmente sempre que desmascarar uma fraude.

Há interesses tanto para fraudar quanto para desmascarar uma fraude.


Sério? Mas é necessário um conselho de ética fechado em si mesmo, com decisões ocultas da mídia, etc e tal? Corporativismo é corporativismo, meu caro.
Acho que uma coisa que deveria ser liquidada são esses conselhos de medicina. Os casos deveriam ser julgados por juízes e os médicos, no caso, atuariam apenas como acessores. O fisioterapeuta que cuida das minhas costas disse-me sem rodeios que de fato a classe médica é muito unida e refratária em punir os maus profissionais.
Exemplos não faltam. Na Veja mesmo vi uma reportagem onde um médico, de formação clínica, passou a atuar como cirurgião plástico e fez umas besteiras monstruosas, que outros médicos desta última área se propuseram a (tentar) consertar... mas o registro do safado não foi cassado... Por que será?
É isso.


Amiguinho, para você ter uma idéia, quem não cursa medicina no Brasil terá muita dificuldade para exercer a profissão aqui. Não há um poder central, como o Vaticano.

Por isso disse que o seu exemplo anterior era tosco (ou outra coisa qualquer).

Se alguém frauda a ciencia na Asia, outros cientistas do outro lado do mundo poderão apontar a fraude. Não há um "corporativismo global".

Fora, evidentemente, no caso do preconceito quanto as evidencias apontadas pela Ciencia do Espirito. :emoticon1:
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Re: Q

Mensagem por Azathoth »

Botanico escreveu:E o homem de Piltdown?


O Homem de Piltdown foi desmascarado por cientistas, não criacionistas.

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Re: Q

Mensagem por Botanico »

Amiguinho, para você ter uma idéia, quem não cursa medicina no Brasil terá muita dificuldade para exercer a profissão aqui. Não há um poder central, como o Vaticano.
Encostado, estamos falando o mesmo idioma, mas não a mesma língua. Sobre algum camarada que NÃO FEZ CURSO DE MEDICINA e anda dando uma de médico por aí, não há dúvidas que o pessoal médico cai de pau em cima (lembra o Arigó? Aliás parace que o pessoal aquietou sobre o assunto, ou seja, parece que NINGUÉM me trouxe as provas de que ele era de fato charlatão...). O problema acontece é quando o cara FEZ O CURSO DE MEDICINA, PORÉM MAL E PORCAMENTE, é diplomado e faz besteiras de monte por aí. A impressão que fica é que neste caso parece haver alguma cobertura do pessoal médico (tá formado? ah! então é gente nossa). Então um cirurgião comete um erro grosseiro, um exemplo real: era para o médico amputar a perna esquerda gangrenada... e ele amputou a direita boa.
Sobre falsos médicos, sem curso, nem nada... Que se caia de pau em cima mesmo. Nada contra. Mas sobre os formados incompetentes, devia se aplicar a mesma regra, pois os pacientes mutilados ou mortos por conta disso não ficarão consolados por terem ficado nessa situação por um médico formado.
Lamento, mas acho que ao menos por aqui, temos um Vaticano médico em defesa do corporativismo.


Por isso disse que o seu exemplo anterior era tosco (ou outra coisa qualquer).

Se alguém frauda a ciencia na Asia, outros cientistas do outro lado do mundo poderão apontar a fraude. Não há um "corporativismo global".
Pode não haver, mas não vejo porque isso tem de ser tratato "internamente". O cientista fraudou na Ásia? Pior pros asiáticos. A União Soviética patrocinou os trabalhos fraudulentos do Lisenko, pois a evolução ao estilo lamarquista era policamente correta do ponto de vista do Estado Socialista. Quem saiu perdendo com isso?


Fora, evidentemente, no caso do preconceito quanto as evidencias apontadas pela Ciencia do Espirito. :emoticon1:
Oficialmente Ciência do Espírito não existe e portanto não é assunto do qual os cientistas devam se ocupar. O que se ocuparam dela são considerados até gênios na área de ciência real, mas verdadeiros poços de burrice quando falavam de seus experimentos com fantasmas.
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Trancado