Fernando Silva escreveu:André escreveu:Apo escreveu:Mas quanto mais democracia, menos distribuição de renda forçada de cima,
Não entendi. Mais democracia, mais decisão popular, se vai ou não distribuir é uma decisão que não cabe a mim isoladamente fazer. Sou favorável a uma melhor distribuição sim, não punitiva.
Todo mundo tem sonhos, quer resultados, quer uma sociedade melhor e mais justa, mas poucos estão dispostos a agir.
Democracia, na verdade, acaba sendo escolher livremente representantes supostamente capacitados e deixar que tomem as decisões.
O resultado é que, assim como não se mexeram para fazer, preferindo delegar, também não se mexerão para protestar se os tais representantes não corresponderem às expectativas.
E, por outro lado, a verdade é que a massa ignara depende da elite (elite: pessoas capacitadas a assumir a liderança, venham de que classe social vierem) para decidir por ela. Sem líderes, tem-se apenas uma multidão indecisa que, eventualmente, parte para um destrutivo estouro da boiada.
A sociedade, mesmo sem se envolver com as estruturas de poder, fará muito se cumprir as leis e educar seus filhos para que haja pessoas decentes para assumir a liderança no futuro.
Esse é um dos conceitos de democracia. Na Suíça existe a democracia direta ou semi-direta. A democracia pode ser apenas política, mas pode ser tb social e econômica.
A democracia pode estar em um regime presidencialista, parlamentarista, pode ser dentro dos conceitos da democracia liberal, ou pode ser o que parte da esquerda chama de democracia popular.
A grande conquista de países desenvolvidos não é apenas sua riqueza mas a progressiva construção da cidadania. Na França protestos, organização para reivindicar, é fato corriqueiro. Em vários países os políticos perderam grande parte de seu poder, eles simplesmente não podem se quiserem fazer uma alteração contra os anseios populares, a população não permite.
Educar, em vários níveis, para se caminhar para o exercício da cidadania, é primordial, para não se depender das lideranças, sendo que essas lideranças terão seu papel, mas não messiânico, nem de vilões, mas como servidores que propõem e que administram, em diálogo e sob fiscalização popular.
O pessoal fala em educar, assumir mais responsabilidades pelos erros e acertos, e participar mais do processo, acelera a educação política de forma incisiva.