Acauan escreveu:André escreveu:B)Agora ser considero um crime eu não concordo. Como a Fabi apontou se uma mulher estiver determinada a abortar ela vai faze-lo,...
1)
Ou o Índio velho aqui até hoje tem dificuldades em entender o homem branco ou tá todo mundo louco, porque este bugre não consegue ver a correlação entre alguém se dispor a cometer determinado ato e este ato ser ou não considerado crime.
Ora, se alguém estiver determinado a cometer homicídio, vai cometer. Por conta disto matar alguém não deve ser crime?André escreveu:...e o que acaba acontecendo é uma divisão social, as ricas pagam clinicas, os pobres arrumam outras formas, e muitas perdem a vida, ou sofrem complicações.
O que acaba acontecendo é que seja de mãe pobre ou rica, na clínica paga ou por outras formas, um feto é morto. Este deve ser o único foco da questão.André escreveu:Em resumo, para mim deve ser permitido, mas não deve ser incentivado,...
2)
Não sei como ou porque, mas quando o assunto é aborto os absurdos pipocam que nem milho no microondas.
Algum iluminado poderia explicar para este confuso Tupi qual a diferença entre permitir algo e incentiva-lo?
Se por acaso, em um belo e hipotético dia, as placas da cidade indicarem que é permitido pisar na grama, isto por si só não é um incentivo para que as pessoas façam exatamente isto? Na melhor das hipóteses teremos mais pessoas pisando na grama do que quando era explicitamente proibido, pois antes, pelos menos eu não pisaria.3)
André escreveu: ...e os detalhes de quantos meses, forma, e afins, devem ser definidos por profissionais da área da saúde.
André, vamos fazer um faz de conta aqui.
Imagine por um momento que, por um motivo qualquer, você engravidou uma mulher, quer muito ter o filho e ela não.
Segundo o que disse, quem deve decidir de quantos meses, forma e afins o filho que você gostaria de ter deve ser morto deve ser os profissionais da área da saúde?
Que qué isto minha gente?
Pior é que os tais profissionais da área da saúde certamente seriam profissionais da saúde pública, aqueles burocratas que ficam contando quantos anos faltam para se aposentar com salário integral. É a eles que deve ser dado o poder de vida ou morte sobre os filhos dos outros?4)
André escreveu:Para mim o "pai em potencial"...
Pai em potencial?
Taí um belo eufemismo para cafajestes covardes que não querem assumir a responsabilidade por seus atos.André escreveu:...somente deve ser ouvido pela "mãe em potencial"
E o antiquado aqui que acha tão bonitinha a expressão "futura mamãe"...André escreveu:...pertencendo a ela a decisão ultima,...
5)
Que eu me lembre uma criança, feto, embrião ou seja lá o que existe porque tem papai e mamãe.
Explique o mecanismo legal, moral, lógico, científico ou seja lá o que for pelo qual o fato de a mãe passar pela gravidez tira do pai todos os direitos de participar da decisão, considerando que a vida que se desenvolve na mãe não é uma parte do corpo dela, já que possui um dna próprio, vindo dos dois genitores.André escreveu:... isso quando ele estiver disponível para isso, o que não deve ser o mais comum.
6)
Você deve ser adepto da ideologia feminista de que a maioria dos homens são canalhas.André escreveu:Já que para mim não é um crime comparar com roubo não tem qualquer lógica.
Realmente, já que em um roubo ninguém morre, ao contrário do que ocorre no aborto (antes que alguém me corrija, se houver morte é latrocínio e não roubo). André escreveu:Sinceramente não é um cavalo de batalha meu. Considero a questão complexa.
7)
Só que, complexa ou não, você já fechou questão em todos os pontos cruciais.André escreveu:Oferecer alternativas, contra incentivar, mas permitir as que querem abortar de faze-lo, me parece a atitude mais humana.
8)
Pessoas que hoje estão vivas porque seu aborto não foi permitido em situações em que poderiam ter sido discordariam de você.André escreveu:De ao mesmo tempo que não transforma o ato em algo banal, mas tb de zela pela saúde das mulheres que não desejam concluir a gestação. Descriminaliza, mas não banaliza.
9)
André, se a esta altura você não se acostumou com meu estilo, dane-se.
Este seu encimadomurismo é um saco.André escreveu:Além disso, acredito que a mulher deve oferecer o motivo, e ter um processo para a realização, em que ela conversa com seu médico. Sendo orientada dos riscos, conseqüências, e dos estudos que existem sobre o assunto.
10)
Caiam na real todo mundo, pois é certo que não é só André que pensa assim quanto ao tema.
Por que uma mulher deveria tratar o problema mais grave de sua vida com uma pessoa que a ouve apenas porque está sendo paga para isto?
Um médico é um profissional que foi treinado para executar procedimentos de saúde e só. Não é um profeta iluminado capaz de solucionar questões morais profundas como a do aborto e nem quer ser. Não joguem esta responsabilidade nas mãos de gente que estudou medicina para tratar doenças e não para dizer a mães se devem ou não tirar seus fetos dos úteros antes da hora ou, no mínimo, descrever receitas abortivas como se falasse de correção de unha encravada.
Este papel cabe à família, as únicas pessoas que amam a mulher e a aconselharão inspiradas por este amor.
Por que cargas d' água um funcionário público deveria substituir pai, mãe, irmãos, marido ou namorado nesta hora tão difícil?
Aborto não é uma questão técnica, é uma questão de vida ou morte, será difícil entender isto?André escreveu:Tratar as pessoas com humanidade, e respeitar as escolhas que pertencem a elas e mais ninguém, é possível, mesmo que nos pareça por vezes tão difícil, e nossa realidade costumeiramente não nos mostre como algo comum.
11)
Tratar as pessoas com humanidade muitas vezes implica em condenar suas escolhas, proibi-las quando necessário, puni-las quando insistem nelas se preciso.
Isto é civilização.
Onde as escolhas não encontram resistência é barbárie.
1)Eu não considero um crime pq para mim a mulher tem direito sobre seu sistema reprodutivo, e para mim a decisão a ela pertence.
A questão de ser incontrolável é apenas uma conclusão observável que demonstra a divisão elitista que é promovida quando o assunto é aborto, que acaba prejudicando mais quem tem menos.
2)Não é a mesma coisa. Não permitir algo significa reservar uma punição para caso aja infração, incentivar algo é relativo a comportamento virtuoso, algo que deve ser feito, uma vez tendo liberdade de faze-lo.
Logo para mim o aborto em si não é algo que deve ser banalizado, mas criminalizar eu não concordo, pois como disse antes para mim o direito da mulher de escolher suplanta supostos direitos de um feto, ou como queira chamar.
3)Novamente não entendeu. O que eu disse é que quem vai ter a ultima palavra, mesmo eu sendo o possível futuro pai, vai ser a gestante. Agora quais os limites de meses, e a forma, caso ela opte por abortar, vão ser definidos por pessoas da área da saúde, e não em casos-a-caso mas regulamentar geral. Por exemplo é permitido até o primeiro trimestre. Alias como é feito na Itália e em diversos países.
4)Tb acho esses cafajestes. Mas muitas das que abortam tem a ver com isso. Quanto aos eufemismos e termos, cada um tem seu estilo.
5)Se ele quiser participar, o que não é o mais comum, deve sim ter direitos, mas como são dois, e para mim o Estado não deve decidir, a decisão ultima na minha opinião é da mulher, pois a vida está se desenvolvendo dentro dela, e precisa dela para sobreviver.
6)Não sou. Embora concorde com muitas das causas do feminismo e ache que as mulheres devem receber salários e ter oportunidades iguais, e direitos. Agora não pre-julgo o carater de coletividades com facilidade, mas deduzo que a maioria dos abortos não acontecem com um casal intimamente ligado. E sim nos casos dos cafajestes que vc mesmo indicou, entre outros, em que o possível futuro pai está ausente. Se ele estiver presente deve ser ouvido, mas para mim o peso maior recai sobre a mulher por o feto depender dela.
7)Tenho minhas opiniões.
8)O "se" é o mundo maravilhoso dos argumentos sem valor.
9)Não entendi, não falei com vc, e vc que parece cismou com meu estilo.
10)É lógico que no papel da decisão cabe a ela com seus familiares e de preferência com aquele que a engravidou tb. Falo que com a decisão tomada pelo aborto, cabe ao médico alertar dos problemas, e se certificar que ela examinou as alternativas e está determinada a realizar. Ele não vai decidir por ela, vai apenas fornecer informações, e deixar ela decidir, sua orientação se limita a analise dos procedimentos, riscos... e para se certificar que outra alternativa está fora dos planos dela.
11)Sim, mas essa escolha para mim pertence as mulheres predominantemente e com a palavra final, mesmo que claro em termos ideais o melhor é família e o responsável participar. Assim sendo não é algo pelo qual elas devem ser punidas.
Estranho vc não destingir entre o que é ilegal, e o que é desejável ou indesejável. Aqui no Brasil é ilegal, na maioria dos desenvolvidos é legal. Sou contra a criminalização e pela legalização, mas isso não faz do ato algo desejável ou que deve ser incentivado.
Em qualquer lugar existem regras e orientações de boa conduta, ou de comportamento. As regras, as leis, se não cumprir será punido, as orientações se não cumprir será repreendido pelos seus pares, não cabendo punição apenas uma reprovação moral.
Em inglês tem uma expressão que explica bem isso é
“frown upon”. Que significa olhar com desaprovação, também considerar ruim.
É isso considero aborto ruim, mas não ilegal. Ou que não deve ser ilegal, como não é em diversos países.