E no mundo real...

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André
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Mensagem por André »

NadaSei escreveu:
André escreveu:1)Enorme. Aliás eu não consigo nem ver a relação que vc fez.

São dois seres sem consciência que se nada for feito, terão consciência e que não podem viver por si próprios.
André escreveu:2)Mais comparações que não tem relação. Além do que foge do tema. Eu vou começar a ser repetitivo, pelo simples fato de vc não concordar com um paradigma, e as razoes que eu dei.

As razões, que a mulher deve ter controle sobre seu aparelho reprodutivo e decidir sobre ele, podem não fazer sentido para vc, mas fazem para milhões, como mostra o fato de diversos países terem adotado. Isso não faz deles certos ou errados, ilustra que os argumentos foram pesados e esses que não fazem sentido para vc foram vitoriosos.

O caso da aids talvez, mas e a questão do embrião não ser parte do corpo dela, sendo um outro ser vivo?
E a questão do procedimento abortivo em si, lidar com a eliminação de um ser vivo e estar completamente desvinculado da questão de posse dos órgãos da mulher?

A mulher como dona de seu corpo, pode evitar a gravidez.
O aborto como uma pratica que elimina um ser vivo, pode ser proibido, em que isso elimina um direito da mulher sobre os próprios órgãos?
Um embrião faz parte do aparelho reprodutivo da mulher?
André escreveu:3) Para mim somente é vida quando tem consciência.

Dai a pergunta sobre o rapaz inconsciente ligado ao aparelho.
Nos dois casos trata-se de um ser que está para tornar-se consciente se nada for feito para impedir isso.
Qual a diferença?
André escreveu:Sendo que dizer que é de terceiros é uma descaracterização, se a mulher quiser parar a gravidez no inicio nada vai a impedir, e não venham com aquelas comparações toscas de roubo, pq esse tipo de coisa pode sim ser impedido. Logo o instrumento é apenas punitivo de mulheres e médicos, e nas mulheres pune as mais pobres.

A punição é uma das formas de se impedir isso... o nome disso é repressão.
Outra é a prevenção e o fechamento das clinicas clandestinas, controle sobre remédios abortivos, etc...

A desobediência da lei, não é argumento para sua revogação.
Existem diversos exemplos que podemos citar, que sejam semelhantes ao do aborto e até de maior dificuldade para se impedir. Ainda assim, a pratica não justifica legalizar.
André escreveu:E sugiro as pessoas no debate aprender a entender o ponto de vista do outro. Ou pelo menos tentar.

Eu também acho e também entendo os dois pontos.
Só que não concordo, por esse motivo, pergunto justamente os pontos chave de minha discordância.

1)Principalmente em um caso onde pontos de vista subjetivos tentam definir o que é ou não vida e quem tem ou não direito a ela.
Eu vejo a vida como uma questão de "potencial" para vivencia, pois pensando friamente, não existe diferença entre matar um ser que ainda não é consciente e um que já é.
Ao tentar justificar isso segundo certos parâmetros, como o dá consciência, acabamos legitimando que a mesma regra se aplique a outras situações.


Vou me ater ao final.

1)Não se aplica em outras situações. E dentro da interpretação dos pro-escolha, ao obrigar a mulher ter a criança, vc tira o direito dela sobre o aparelho reprodutivo, que é onde o feto se desenvolve.

Na prática existem um monte de clinicas clandestinas, e gente pobre morrendo nelas, tendo seqüelas. A única forma que eu sei de evitar isso é permitindo que o aborto seja feito em hospitais com condições. Simultaneamente conscientizando que não deve ser banalizado, que existem riscos para mulher....
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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NadaSei
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

André escreveu:NadaSei me responda uma coisa.

Se não existem argumentos sólidos a favor do aborto, se é um absurdo tão grande que qualquer pessoa, como vc sugere, que raciocine sobre o assunto tenha uma posição diferente da sua, então pq cargas d'água que a maioria dos países mais desenvolvidos, com as seres humanos mais bem educados, com cidadania mais avançada, pq eles estão aprovando esse absurdo?

E por qual motivo aprovam leis que permitem policiais atirar na cabeça de qualquer um, só por uma suspeita?
Porque em tantos países já aprovaram a escravidão, proíbem a prostituição e as drogas, etc...?

Eles tinham bons argumentos?
Porque em tantos países permitem os crimes de honra?

O ser humano não tem o costume de se basear na razão e quando tenta faze-lo, muitas vezes se confunde.
Governos agem guiados principalmente por fatores políticos e morais, não racionais.
André escreveu:Somos aqui no Brasil tão mais inteligentes e perceptivos dessa questão que eles? Que França, Canadá, Dinamarca, Suécia, Holanda....

Não acho ele nem mais nem menos inteligentes em qualquer aspecto.
Eles tem um "governo" melhor organizado, e uma "sociedade" melhor educada só isso.
André escreveu:Lembrando que não argumento que eles estejam certos, ou que exista certo e errado nessa questão, e sim argumento que ambos os lados tem bons argumentos.

A legalização do aborto não necessita de bons argumentos, assim como a manutenção da escravatura nunca precisou.
André escreveu: Negar isso cai em um maniqueísmo bobo, e um moralismo insuportável, de ambos os lados.

É a disputa entre o direito da mãe e o direito do feto, é a visão que fornece a mãe o controle, e a visão que tira da mãe e a obriga, sob pena de punição, a concluir a gravidez.

Os poucos argumentos pró-aborto esbarram em contra argumentos pró-vida muito mais fortes, sendo que os pró-vida existem em muito maior número, enquanto os pró-aborto se sustenta em um ou dois argumentos questionáveis e que geram problemas por permitir que sejam usados em outros casos.

Meu ponto de vista é racional e amoral.
Eu aceito dois pontos de vista opostos, de fato.
1 - Nenhum assassinato é errado, não se justifica a vida.
2 - Todo assassinato é errado, toda vida tem direito de se manter.

Se for pensar, matar alguém não é prejuízo nenhum pro difundo... pode apostar que ele não vai se importar... vai estar morto e mortos não se importam com nada.
Se eu morrer, também não vou ter do que reclamar.

Entretanto, a função da vida é viver e a maioria de nós, prefere continuar vivos, isso inclui eu.
Poderiamos, por desejo coletivo, entender e "concordar" que a vida tem o direito de se manter enquanto durar, sem que terceiros interfiram nesse tempo.

Ok, então vamos estender e garantir isso a todas as formas de vida.
Ou, como dependemos de recursos e nos esbarramos uns nos outros, deixemos a lei da selva, que vença o mais forte.

Ambos os pontos de vista são válidos, se sustentam na razão e tem seus argumentos.
Qualquer tentativa de misturar 1 e 2 vai falhar.
Tentar definir que alguns seres tem o direito a vida por N motivos, enquanto outros não tem por X motivos, não pode se justificar de forma objetiva e que não resulte em alguns privilégios sem sentido.
Justificar na consciência coloca qualquer um sem consciência como sem direito, e justificar em uma atual falta de consciência, permite a qualquer ser sem consciência no momento ter seu direito revogado.

Tentar definir o que alguns seres são conscientes, enquanto outros não, traz problemas semelhantes.
A própria tentativa de justificar o direito a vida na consciência já é um tanto subjetiva e difícil de sustentar racionalmente e objetivamente.
Tipo, qual o motivo de uma árvore não ter direito a vida?
Ou uma barata?

Eu prefiro, dar ao que é vivo o direito a vida, mas entendo quem prefere a lei da selva, onde não existe problema em matar nada.
Tentar fugir desses dois extremos é sair da objetividade e se emaranhar em diversas questões contraditórias, entra no campo da moralidade e gera privilégios injustificáveis.
É tentar definir o que é ou não aceito como vida, com base em parâmetros subjetivos, onde cada um julga moralmente de forma diferente.

O problema dos pró-aborto é esse, eles tentam juntar o 1 e o 2 com base em justificativas subjetivas e morais.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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André
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Re: Re.: E no mundo real...

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NadaSei escreveu:
André escreveu:NadaSei me responda uma coisa.

Se não existem argumentos sólidos a favor do aborto, se é um absurdo tão grande que qualquer pessoa, como vc sugere, que raciocine sobre o assunto tenha uma posição diferente da sua, então pq cargas d'água que a maioria dos países mais desenvolvidos, com as seres humanos mais bem educados, com cidadania mais avançada, pq eles estão aprovando esse absurdo?

1)E por qual motivo aprovam leis que permitem policiais atirar na cabeça de qualquer um, só por uma suspeita?
Porque em tantos países já aprovaram a escravidão, proíbem a prostituição e as drogas, etc...?

Eles tinham bons argumentos?
Porque em tantos países permitem os crimes de honra?

O ser humano não tem o costume de se basear na razão e quando tenta faze-lo, muitas vezes se confunde.
Governos agem guiados principalmente por fatores políticos e morais, não racionais.
André escreveu:Somos aqui no Brasil tão mais inteligentes e perceptivos dessa questão que eles? Que França, Canadá, Dinamarca, Suécia, Holanda....

Não acho ele nem mais nem menos inteligentes em qualquer aspecto.
Eles tem um "governo" melhor organizado, e uma "sociedade" melhor educada só isso.
André escreveu:Lembrando que não argumento que eles estejam certos, ou que exista certo e errado nessa questão, e sim argumento que ambos os lados tem bons argumentos.

2)A legalização do aborto não necessita de bons argumentos, assim como a manutenção da escravatura nunca precisou.
André escreveu: Negar isso cai em um maniqueísmo bobo, e um moralismo insuportável, de ambos os lados.

É a disputa entre o direito da mãe e o direito do feto, é a visão que fornece a mãe o controle, e a visão que tira da mãe e a obriga, sob pena de punição, a concluir a gravidez.

3)Os poucos argumentos pró-aborto esbarram em contra argumentos pró-vida muito mais fortes, sendo que os pró-vida existem em muito maior número, enquanto os pró-aborto se sustenta em um ou dois argumentos questionáveis e que geram problemas por permitir que sejam usados em outros casos.

Meu ponto de vista é racional e amoral.
Eu aceito dois pontos de vista opostos, de fato.
1 - Nenhum assassinato é errado, não se justifica a vida.
2 - Todo assassinato é errado, toda vida tem direito de se manter.

Se for pensar, matar alguém não é prejuízo nenhum pro difundo... pode apostar que ele não vai se importar... vai estar morto e mortos não se importam com nada.
Se eu morrer, também não vou ter do que reclamar.

Entretanto, a função da vida é viver e a maioria de nós, prefere continuar vivos, isso inclui eu.
Poderiamos, por desejo coletivo, entender e "concordar" que a vida tem o direito de se manter enquanto durar, sem que terceiros interfiram nesse tempo.

Ok, então vamos estender e garantir isso a todas as formas de vida.
Ou, como dependemos de recursos e nos esbarramos uns nos outros, deixemos a lei da selva, que vença o mais forte.

Ambos os pontos de vista são válidos, se sustentam na razão e tem seus argumentos.
Qualquer tentativa de misturar 1 e 2 vai falhar.
Tentar definir que alguns seres tem o direito a vida por N motivos, enquanto outros não tem por X motivos, não pode se justificar de forma objetiva e que não resulte em alguns privilégios sem sentido.
Justificar na consciência coloca qualquer um sem consciência como sem direito, e justificar em uma atual falta de consciência, permite a qualquer ser sem consciência no momento ter seu direito revogado.

Tentar definir o que alguns seres são conscientes, enquanto outros não, traz problemas semelhantes.
A própria tentativa de justificar o direito a vida na consciência já é um tanto subjetiva e difícil de sustentar racionalmente e objetivamente.
Tipo, qual o motivo de uma árvore não ter direito a vida?
Ou uma barata?

Eu prefiro, dar ao que é vivo o direito a vida, mas entendo quem prefere a lei da selva, onde não existe problema em matar nada.
Tentar fugir desses dois extremos é sair da objetividade e se emaranhar em diversas questões contraditórias, entra no campo da moralidade e gera privilégios injustificáveis.
É tentar definir o que é ou não aceito como vida, com base em parâmetros subjetivos, onde cada um julga moralmente de forma diferente.

O problema dos pró-aborto é esse, eles tentam juntar o 1 e o 2 com base em justificativas subjetivas e morais.


1)Nenhum desses países aprova o que vc disse, os países que citei são onde se vive melhor, existe menos criminalidade, e mais as leis são cumpridas. É onde mais se valoriza a vida de fato.

2)A escravatura tinha os argumentos da propriedade privada, que os defensores do liberalismo clássico, alguns, se basearam nela. Um absurdo sim, que os liberais de hoje negam.

3)Pois eu acho seus argumentos fracos, e sua tentativa de coloca-los como inquestionáveis, os únicos racionais, uma postura arrogante.

Já disse existem bons argumentos de ambos os lados, negar isso, se achar totalmente certo, racional... vai cair em arrogância e desrespeito a opinião do outro. Mas enfim, respeitar e procurar entender o outro não tem sido o forte da humanidade em questões que dividem.


P.S Não é quantidade de argumentos que faz a força mas vou repetir somente para vc saber. Pq eles desmontam o essencial. Os argumentos pro-escolha.

1)Feto não é vida, não tem direitos no inicio da gravidez, logo não é assassinato.

2)A mãe tem direito de controlar seu aparelho reprodutivo. Qualquer ingerência rompe com seu direito. Já que não é vida o argumento de proteger a vida não é válido.

3)Clinicas despreparadas realizam milhões de abortos nos quais mulheres morrem, perdem fertilidade, e nenhuma punição vai fazer elas não realizarem. E para nós aborto não é crime compara-lo com é analogia falsa. Ao mesmo tempo em que se educa e leva-se ao planejamento familiar se deve respeitar as escolhas dos indivíduos.

Os argumentos de ambos os lados se repetem, continuar não tem muito sentido.
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André
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Vamos que vamos.

À Congregação Ampliada do ISC


Na perspectiva de aprofundar o debate sobre a descriminalização e legalização do aborto  objeto de breve discussão na última reunião ampliada do Colegiado do ISC e do posicionamento das Profas. Ediná Costa e Susan Pereira, por meio de carta encaminhada à Congregação desta instituição  gostaríamos de explicitar a posição do MUSA.
Essa posição fundamenta-se na experiência acumulada a partir de investigações científicas , de participação em instâncias técnicas  como Comitês de Morte Materna em nível local e nacional e da prática política, junto aos Conselhos Estadual e Municipal de Direitos das Mulheres, à Comissão Intersetorial de Saúde da Mulher, assessora do Conselho Nacional de Saúde e ao movimento de mulheres. Mais recentemente, por meio da participação na Comissão Estadual de Avaliação do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal e das Jornadas Brasileiras pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro.
Saudamos, portanto, este momento de debate mais amplo sobre o aborto no ISC, reflexo de uma discussão reavivada na sociedade brasileira, desde 2005, quando a Ministra Nilceia Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, entregou ao Congresso Nacional um projeto de lei de revisão da legislação vigente sobre o aborto. Além disso, é de conhecimento amplo o posicionamento que o Ministério da Saúde vem assumindo, explicitado nas declarações do seu atual Ministro, José Gomes Temporão que reconhece o aborto como problema de saúde pública e a necessidade de adoção de medidas para seu controle.
Em ambas as iniciativas, reconhece-se, pela primeira vez, a posição do governo brasileiro, gestor de um estado laico, de assumir a necessidade de enfrentar o problema do aborto e de formular e implementar políticas para todas as mulheres.

Antecedentes

Recentemente, no âmbito do Congresso da ABRASCO, realizado no último mês de julho, em Salvador, o GT Gênero e Saúde apresentou uma moção de apoio “às políticas recém anunciadas pelo Ministério da Saúde de implementação das ações de planejamento familiar, especificamente relacionadas à garantia do acesso das mulheres e dos casais aos métodos contraceptivos e aos procedimentos de encerramento da carreira reprodutiva de ambos (ligadura de trompas e vasectomia)”. A moção também reconhece a “postura corajosa do atual Ministro José Gomes Temporão na explicitação da necessidade do amplo debate pela sociedade brasileira sobre a situação do aborto no país, assim como da revisão da legislação vigente”. Por fim, defende “a descriminalização e legalização do aborto no Brasil”.
Na discussão desta questão no ISC, foi aventada a possibilidade de endosso do Instituto à moção, tendo sido levantada pela Profa. Ediná Costa a necessidade de maior reflexão sobre esta decisão, o que motivou posteriormente, o encaminhamento de sua carta, juntamente com a Profa. Susan Pereira, contrária a uma tomada de posição coletiva do ISC.
Retomaremos, pois alguns argumentos utilizados na carta das colegas para a discussão do tema:
O aborto e a saúde pública

1- Concordamos com as professoras quanto ao reconhecimento do aborto como problema de saúde pública, pela magnitude e alta morbimortalidade associada às práticas inseguras , pelo alto custo imposto aos serviços de saúde no tratamento das suas complicações e pela relevância social do problema. Concordamos também com a avaliação de como a legislação atual, fortemente restritiva, tem sido incapaz de limitar a realização de abortos. Esta tem, de fato, contribuído para reiterar iniqüidades sociais, ao penalizar as mulheres jovens e mais pobres, já que, mesmo na clandestinidade, aquelas de camadas sociais médias e altas têm acesso a procedimentos seguros, sem riscos aparentes à sua saúde.
Em Salvador, nossas pesquisas confirmam este quadro. Moças com escolaridade e renda familiar per capita mais altas engravidam menos, mas diante de uma gravidez, recorrem mais ao aborto do que aquelas de menor escolaridade e renda familiar (Aquino et al., 2006). São estas últimas, entretanto que irão interromper a gravidez de forma insegura, necessitando internação hospitalar para completar o procedimento ou para tratar suas complicações.
São as maternidades públicas  instituições organizadas para atendimento às parturientes e seus bebês , que essas mulheres buscam para completar a realização de um aborto incompleto, sendo muitas vezes alvo de discriminações, institucionalizadas tanto nas práticas, como na própria estrutura organizacional destas instituições (McCallum et al., 2006).
Algumas dessas mulheres morrerão em conseqüência desses abortos inseguros. Em 1993, foram 36% das mortes maternas e, em 1998, o aborto manteve-se como a principal causa isolada de morte materna na cidade – a cada mês, ao menos uma jovem morreu em Salvador desta forma. Quase 70% tinham menos de 25 anos e em torno de um quinto ainda era adolescente; a maioria tinha baixa escolaridade, todas eram pardas e negras, residiam no Subúrbio Ferroviário e outros bairros periféricos da cidade. Nos dois anos estudados, foram registrados casos de suicídios de jovens por envenenamento, com as famílias aventando a possibilidade de a gravidez estar associada a estes atos (Compte, 1995; Menezes &Aquino, 2001).
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André
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2- Apesar de concordarmos com a assertiva de que a implementação de políticas públicas de melhoria do acesso aos contraceptivos e de prevenção de DST, além de ações intersetoriais contra a violência de gênero possam reduzir o recurso ao aborto, consideramos que:
- A experiência de países com bom nível de desenvolvimento social que possuem programas de educação sexual nas escolas e facilidade de acesso à contracepção (inclusive a de emergência), mostra que ainda ocorrem gravidezes não planejadas que resultam, por exemplo, de falhas contraceptivas e situações de violência sexual (AGI, 1999);
- Em um contexto de manutenção da criminalização do aborto, mesmo com a ocorrência relativamente baixa de abortos, não são evitadas complicações e mortes por procedimentos inseguros. A morte em decorrência do aborto, mesmo que apenas uma, é inaceitável, já que esta condição é evitável quando a interrupção da gravidez ocorre de forma segura. Os países que melhoraram o acesso a cuidados de saúde e serviços de emergência obstétrica, mas que mantiveram leis restritivas ao aborto, não alcançaram impacto significativo de redução das taxas de mortalidade materna (Grimes et al, 2006);
- Nos países que flexibilizaram suas legislações punitivas ao aborto, registra-se de forma consistente, a redução a níveis quase virtuais da morbimortalidade associada aos procedimentos de interrupção da gravidez. O impacto da mudança das leis e a garantia de acesso a práticas seguras implicaram decréscimo importante da mortalidade por esta causa e na morbidade advinda de complicações e seqüelas físicas de abortos anteriormente realizados de forma insegura . Nesses países, após a legalização, se observou um leve aumento do número de abortos realizados, com os procedimentos sendo feitos em períodos mais precoces e com métodos menos invasivos, explicando o impacto imediato na morbimortalidade (Singh & Ratnam, 1998). Entretanto, contrariando as expectativas de que a legalização induziria a realização de abortos, observou-se logo após a diminuição da sua ocorrência, com a implementação adicional de medidas de melhoria do acesso à contracepção e de atenção às mulheres em situação de abortamento, com aconselhamento para evitar a repetição de abortos (AGI, 1999).
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3- É importante registrar que a interrupção da gravidez realizada de forma segura é considerada um procedimento com menor risco do que um parto normal (Boonstra et al., 2006; Campell et al., 2006). Em condições inseguras, complicações e seqüelas físicas, entretanto, são amplamente registradas (Grimes et al., 2006).

Quanto à generalização dos efeitos psicológicos e danos à saúde mental das mulheres, consideramos que uma revisão mais cuidadosa da literatura evidenciará não ser possível afirmar como incontestável a sua existência, por várias razões:
- São numerosas as referências que mostram não haver efeitos importantes à saúde, ainda que no momento da realização da interrupção ou no período subseqüente, as mulheres refiram sentimentos ambíguos de culpa, vergonha, medo, mas também de alívio e bem-estar por terem tomado a decisão certa naquele momento (Donati et al., 2002; Finer et al., 2003; Törnborn et al., 1999) . Mulheres com maior risco de apresentarem sofrimento pós-aborto são aquelas que experimentam ambivalência ou coerção no processo de decisão, aquelas mais jovens, com problemas psiquiátricos prévios, sem suporte do parceiro, ou apoio familiar ou social, com crenças religiosas e atitudes a priori contrárias ao aborto (Kero et al, 2004);
- Em longo prazo, a incidência de morbidade psiquiátrica tem se mostrado baixa. Uma coorte prospectiva de 13.000 mulheres do Reino Unido, com história de gravidez não pretendida, foi seguida durante 11 anos, comparando-se aquelas que fizeram abortos com as que tiveram filhos. Controlando-se história prévia de sintomas mentais, não foram observadas diferenças entre os grupos quanto ao relato de efeitos adversos.
- Artigos de revisão discutem a dificuldade de comparação dos resultados de diferentes estudos, pela variedade de procedimentos amostrais, diversidade nas medidas da saúde mental e dos períodos para realização das entrevistas em relação ao momento em que o aborto foi feito (Adler et al., 1990; Bradshaw & Slade, 2003; Boonstra et al., 2006).
- Adicionalmente, em muitos estudos, limites metodológicos têm sido apontados como: ausência de grupos de comparação, não ajuste de fatores confundidores (características socio-demográficas, história de problemas psicológicos/doença mental prévia ao aborto, uso de drogas, violência física ou sexual na infância), pouco tempo de seguimento dos grupos, perdas importantes de seguimento e falta de informação sobre não participantes (Adler et al., 1990; Bradshaw & Slade, 2003; Boonstra et al., 2006);
- Grande parte dos abortos ocorre no contexto de gravidezes não previstas, tornando difícil distinguir os efeitos da gravidez – atitudes próprias, dos parceiros, processo de decisão diante desta – daqueles decorrentes do procedimento do aborto. Os problemas psicológicos pós-intervenção podem refletir outros fatores associados às circunstâncias da gravidez mais do que aqueles do aborto em si (Boonstra et al., 2006). A literatura mais recente indica, então, a necessidade de se considerar fatores relativos ao processo de decisão, à falta de suporte, ao tratamento recebido no hospital, pouco considerados nos estudos realizados (Kero et al. 2004).

O argumento do dano à saúde mental tem sido constantemente reivindicado por aqueles com posições contrárias à legalização do aborto. Em 1987, o Presidente Ronald Reagan encomendou ao Dr. Everett Koop, conhecido opositor da legislação permissiva do aborto nos EUA, um relatório sobre os efeitos do aborto na saúde. Após reunião com grupos de trabalho formados por profissionais de várias áreas, entrevistas com mulheres e revisão de 250 artigos científicos, concluiu que os estudos apresentavam problemas metodológicos que não permitiam sustentar que o aborto provocado causasse efeitos psicológicos em nível individual e que, do ponto de vista da saúde pública, tais efeitos eram mínimos (Boonstra et al., 2006). Um ano após, a Associação Americana de Psicologia, instruída por uma comissão formada para examinar as evidências acerca dos efeitos psicológicos do aborto, reiterou as conclusões acima, concluindo que:
Desenhos bem conduzidos sobre respostas psicológicas pós-aborto têm consistentemente mostrado que o risco de danos é baixo [...] a percentagem de mulheres com experiência de sofrimento clinicamente relevante é pequena e parece não ser maior do que aquela encontrada em amostras de mulheres em idade reprodutiva” (APA, apud Fergusson et al. 2006:23)
Portanto, consideramos que as repercussões de abortos na saúde mental das mulheres devem sim, continuar sendo objeto de pesquisas, sobretudo para apoiar as mulheres no momento da realização do aborto.
Em países onde sua prática é crime, como é o caso do Brasil, este tema merece particular atenção. Para muitas mulheres, o longo percurso até obtenção dos meios para abortar, a falta de atenção humanizada que recebem nos serviços de saúde, a divulgação de casos de prisão de mulheres ainda internadas nestes serviços, tornam dramáticas as suas vivências, merecendo a realização de estudos que possam investigar estes casos de violência institucional e suas repercussões sobre a saúde das mulheres.
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Mensagem por André »

A favor da vida e do direito ao aborto

Os aspectos éticos, morais, religiosos e filosóficos presentes na discussão do aborto são complexos, traduzem convicções que não podem ser subestimadas, mas tampouco devem ser escamoteadas. Por isso, buscaremos, mesmo brevemente, evidenciar alguns dos valores presentes nas argumentações das Profas., desde que pudemos perceber que é provável que posições religiosas tenham fundamentado, de modo subjacente a argumentação registrada pelas colegas.
- Um primeiro ponto relaciona-se à falsa premissa que opõe as pessoas que são a favor da vida àquelas que, favoráveis à descriminalização e legalização do aborto, estariam automaticamente contrários a ela. Este tipo de argumento, que tem sido utilizado com muita freqüência por grupos predominantemente religiosos, contrários ao direito ao aborto, parece-nos reduzir os problemas do direito ao aborto a uma simples contraposição maniqueísta, de perspectivas fundadas em blocos de valores tomados como auto-evidentes (e que estão longe de sê-lo). É exigível uma reflexão minuciosa sobre as convicções integrantes das posições pró ou contra o direito ao aborto.
Por exemplo, deve-se refletir sobre a naturalização da maternidade, pensada como destino biológico das mulheres. Segundo Rosado-Nunes (2006), a reprodução humana – anticoncepção, gravidez, aborto – deve ser pensada em sua totalidade como plenamente humana, isto é, envolvendo escolhas, decisões e devendo ser objeto de direitos. A escolha é associada ao aborto, mas também o deve ser à maternidade.
Distintas pesquisas , realizadas em contextos bastante diferentes, constatam que as razões citadas pelas mulheres para decisão pelo aborto não contrariam um desejo de maternidade. Estas razões enfatizam a responsabilidade de assegurar ao filho certas condições de uma vida digna, contrastando assim com a percepção difundida de que estas escolhem abortar por razões de conveniência própria.
- Um segundo ponto a ser considerado na reflexão sobre o problema em foco é o da definição do início da vida e seus corolários – o estatuto do feto/embrião e a discussão sobre este ser, ou não, sujeito de direitos. Afirmar a existência de uma pessoa desde o momento da concepção não é uma verdade definitiva e absoluta. A discussão acerca do início da vida é (sempre foi) objeto de polêmica, tanto no campo científico, como em Filosofia. Para o Direito, a pessoa é aquela detentora de personalidade jurídica, e que só existe a partir do nascimento com vida. Antes disto, é nascituro, que possui “direitos” não ainda claramente definidos. No campo religioso podemos identificar posições teológicas que mudaram ao longo da história e que permanecem divergentes , implicando maior ou menor tolerância ao aborto.
Em geral, se concordamos que há vida no embrião e no feto, e que se trata de vida humana, resta discutir se embriões ou fetos podem ser considerados pessoas e, como tais, portadoras de direitos. Em caso de reconhecerem-se esses direitos, ficamos frente à necessidade de lidar com o conflito de interesses que se estabelece entre os direitos do feto e aqueles das mulheres que os carregam;
- Aquelas/es que defendem a descriminalização do aborto o fazem fundamentadas/os na defesa dos direitos das mulheres, com o objetivo de que estas, segundo sua consciência e independentemente de sua adesão, ou não, a credos religiosos, possam escolher, naquele momento, serem mães ou interromperem suas gestações. Esta atitude é também de defesa das vidas destas mulheres, bem como de seus filhos nascidos. Ao morrerem, em conseqüência do aborto em seu tratamento atual no Brasil, é a vida de seus filhos órfãos que se expõe a uma situação de grande vulnerabilidade.

Contra ou a favor da descriminalização e legalização do aborto

A discussão de fato posta hoje para a sociedade brasileira é se mulheres mais vulneráveis socialmente deverão continuar a morrer ou sofrer seqüelas físicas de abortos inseguros.
O projeto de lei, apresentado na Câmara Federal desde 2005, foi elaborado por uma Comissão Tripartite, integrada por dezoito representantes dos Poderes Executivo e Legislativo e da sociedade civil, propõe a descriminalização e legalização do aborto e revoga os artigos 124 a 128 do Código Penal que penalizam o procedimento. Nesse projeto é estabelecido o limite de doze semanas de gestação para o livre direito de interrupção da gravidez, pelas condições de segurança do procedimento, dado o menor desenvolvimento gestacional. É em torno de doze semanas de gestação que ocorre a formação das primeiras conexões em células neurais no local onde o cortéx cerebral se desenvolverá.
Este projeto alia-se ao conjunto de ações que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo, como a Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna, a organização da Atenção ao Abortamento Inseguro e a organização da Rede de Atenção às Mulheres em Situação de Violência, baseadas em princípios que reconhecem os direitos sexuais, reprodutivos e de saúde integral das mulheres como direitos a serem respeitados.
A proposta da nova legislação acata recomendação da 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em 2004 e também atende compromissos internacionais dos quais o Brasil é signatário .
A referência no documento apresentado pelas Profas. Ediná e Susan ao fato de que o Brasil, sendo signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, de 1969), não poderia descriminalizar o aborto posto que isto afronta o ordenamento jurídico nacional, deve ser discutida.
Segundo Lorrea (2006ª; 2006b), em uma postura bastante enfática, é mais que um equívoco apelar para o mito da proteção jurídica desde a concepção ao se falar do referido Pacto, mais um desconhecimento do processo de construção histórica desse acordo. Para este jurista, desde sua redação original, em Bogotá, em 1948 , com muita luta política, optou-se por não incorporar no texto a premissa “do direito à vida desde a concepção”, exatamente para que se mantivesse a coerência com legislações nacionais que admitiam diferentes tipos de abortos legais (como era o caso de vários países americanos, incluindo o Brasil).
Em 1968, na preparação da conferência de São José da Costa Rica, na tentativa de aprovar novamente um texto que contemplasse aquela premissa, após negociações, adotou-se ao final “a proteção da vida desde a concepção “em geral” e não como regra absoluta, justamente para, mais uma vez, não estar em conflito com legislações nacionais, que previam casos de abortos legais.



A moção e o ISC

Não buscamos a unanimidade em relação a todos os temas. Ao contrário, entendemos que nunca a alcançaremos, é salutar que assim seja. Contudo, as instituições não são a soma de opiniões individuais, ainda que estas devam ser consideradas. Portanto, avaliamos que no cenário atual de debate público sobre a descriminalização e legalização do aborto, em que o argumento da saúde pública adquire centralidade, é de fundamental importância a posição clara e pública de uma entidade acadêmica, de natureza laica como o ISC, comprometida com a saúde da população, devendo-se somar a outras vozes em defesa da saúde e de uma vida digna para mulheres.
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André
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Mensagem por André »

Notas

1Pesquisas sobre Mortalidade Materna em Salvador, realizadas em 1993 e 1998 (Compte, 1995; Menezes & Aquino, 2001); Pesquisa GRAVAD (Aquino et al., 2006) – inquérito de base populacional, realizado em 2002, com 4.634 jovens de 18 a 24 anos, em Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre que analisou a ocorrência de gravidez e abortos e fatores associados entre jovens; Pesquisa sobre a experiência de jovens mulheres em situação de abortamento em uma maternidade pública de Salvador (McCallum, Reis e Menezes, 2005).

2 Segundo definição da OMS, aborto inseguro é aquele realizado por profissional não qualificado e/ou em ambiente sem os padrões sanitários adequados.
3 Reduções acima de 80% (Canadá, 94%; Dinamarca, 99,6%; Reino Unido, 95%; Hungria, 83%; Singapura, 100%; Suécia, 99,8% e EUA, 97%) (Singh & Ratnam, 1998).
4 Na África do Sul, após legalização, observou-se redução de 19,6% para 9,7% da proporção de mulheres diagnosticadas com complicações consideradas severas, como falência de órgãos peritonite, choque, entre outras (Grimes et al, 2006).
5 No Brasil, poucos estudos tratam do tema (Costa et al. 1995; Pedrosa & Garcia, 2000; McCallum et al, 2005’ Peres, 2005) e estes encontram resultados similares, com as mulheres relatando sentimentos contraditórios, ressaltando-se, entretanto, o alívio com a decisão tomada. Nenhuma investigação longitudinal foi identificada.
6 Törnborn, 1999; Donati et al, 2002 Peres, 2003; Finer et al., 2005;
7 A organização Católicas pelo Direito de Decidir, com base em fundamentos da fé católica – recurso último à consciência individual diante de questões morais – se contrapõe à posição oficial da Igreja Católica, que tem sido um dos atores políticos mais ativos na luta contra a descriminalização e legalização do aborto. Maria José Rosado-Nunes, uma das suas integrantes, esclarece como na história do cristianismo, o aborto nem sempre foi considerado pecado e como sua condenação nem sempre teve como referência a vida do feto e sim a proibição do adultério. Para a autora, coexistem posições conflitantes na hierarquia da Igreja (Rosado-Nunes, 2006). Em outras religiões, a despeito da condenação geral do aborto, o tratamento é heterogêneo.
8 Conferência Internacional da Mulher, Pequim (1995); Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação sobre a Mulher (CEDAW) - 20ª sessão (1999); Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) (2003), que recomendaram ao Brasil a revisão da legislação atual referente ao abortamento.
9 Em 1948, constava no texto: Todo ser humano tiene derecho a la vida, libertad, seguridad, o integridad de su persona”.

Referências bibliográficas

1-Adler, N.E. et al. (1990).Psychological responses after abortion. Science, 288 (4951):41-44.
2-AGI- The Alan Guttmacher Institute. (1999) Sharing responsibility: women, society and abortion worldwide. New York: The Alan Guttmacher Institute.
3-Aquino, Estela M. L. et al. (2006). Gravidez na adolescência: a heterogeneidade revelada. In: Heilborn, M.L. (Org.). O aprendizado da sexualidade: um estudo sobre reprodução e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
4-Boonstra, H.D.; Gols, R. B.; Richards, C.L. , Finer, L.B. (2006). Abortion in women’s lives. NewYork: Alan Guttmacher Institute. 44p.
5-Bradshaw, Z; Pauline, S. (2003) the effects of induced abortion onemotional experiences anda relationships: A critical review of literature. Clinical Psychology Review, 23:929-958.
6-Broen, A. N., T. Moun, et al. (2005). The course of mental health after miscarriage and induced abortion :a longitudinal, five year follow up study. BMC Medicine, 3: 1-14.
7- Campbell, O.M. R et al. (2006). Strategies for reducing maternal mortality:getting on with what woks. Lancet, 368:1284-1299.
8-Compte, G. M. (1995) Mortalidade Materna. 1993. 144f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
9-Costa, R.G. et al. (2005). A decisão de abortar: processos e sentimentos envolvidos. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 11, n. 1, p. 97-105.
10- Donati, P., Cèbe, D., Bajos, N. (2002). Interrompre ou poursuivre la grossesse? In: BAJOS, Nathalie; FERRAND, Michèle. (Orgs). De la contraception à l’avortement: sociologie des grossesses non prévues. Paris: Inserm.,. p. 115-62. (Questions en santé publique).
11-Fergusson, D. M., J. Howrood, et al. (2006). "Abortion in young women and subsequent mental health." Journal of Child Psychology and Psichiatry, 47(1): 16-24.
12-Finer, L. B. et. al. (2005) Reasons US women have abortions: quantitative and qualitative perspectives. Perspectives Sexual and Reproductive Health, v. 37, n. 3, p. 110-118.
13- Grimes, D.A. (2003). Unsafe abortion: the silent scourge. British Medical Bulletin., 67:99-1113.
14-Grimes, David A; Benson, Janie; Singh Susheela et al. (2006) Unsafe abortion: the preventable pandemic.Lancet, 368:1908-19.
15-Kero, A; Hoberg, U. Lalos, A. (2004) Wellbeing and mental growth – long-term effects of legal abortion. Social Sciene and Medicine, 58:2559-2569.
16- Lorea, Roberto Arriada (2005) Aborto e direitos humanos na América latina: desconstruindo o mito da proteção da vida desde a concepção. Revista eletrônica do IPAS, n. 20., set.
________. (2006). Acesso ao aborto e liberdades laicas. Horiz. antropol., July/Dec., vol.12, no.26, p.185-201.
18-McCallum, Cecilia; Reis, Ana Paula dos; Menezes, Greice. (2005) O atendimento ao aborto em uma unidade pública de saúde: a perspectiva de jovens usuárias de profissionais de saúde. Trabalho apresentado no Seminário Internacional Fazendo Gênero 7: Gênero e Preconceitos. 28-30 de agosto de 2006. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis-Santa Catarina.
19-Menezes, G.M.S.; Aquino, E.M L.(2001) Mortalidade Materna na Bahia, 1998: Relatório de Pesquisa. Salvador: Instituto de Saúde Coletiva, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.
20-Pedrosa, I. L.; Garcia, T. R. (2000) “Não vou esquecer nunca!”: A experiência das mulheres com o abortamento induzido. Rev. Latino-am de enfermagem, v. 8, n. 6, p. 50-58.
21- Peres, S.O. (2003). Aborto e Juventude: Um horizonte de possibilidades diante da gravidez na adolescência. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
22- Rosado-Nunes, M. J. F. (2006). Aborto, maternidade e a dignidade da vida das mulheres. In: Alcilene Cavalcante; Dulce Xavier. (Org.). Em defesa da vida: aborto e direitos humanos. São Paulo: Publicações CDD, v. , p. 23-39.
23-Singh, K. & Ratnam, S.S. (1998) The influence of abortion legislation on maternal mortality. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 63, Suppl.; 123-129.
24-Törnborn, M. et. al. (1999) Decison-making about uwanted pregnancy. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, v. 78, p. 636-641.

Ana Paula dos Reis
Estela M.L de Aquino
Cecilia McCallum
Diorleme Oliveira da Silva
Gabriela Lamego
Greice Menezes
Jorge Iriart
Jenny Silva Araújo
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Fabi
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Re.: E no mundo real...

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:emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...
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NadaSei escreveu:
Fabi escreveu:E o direito a vida da mulher? Ela tem esse direito? um feto pode impor suua vida sobre a dela?

A criança é fruto das ESCOLHAS da mãe, é fruto das ações dela.Ter a criança não mata a mãe, então não existe motivos pra falar em "direito a vida da mulher", pois esse não está em risco.



Mentira! ela engravidou com o vento..... ou foi tomando agua NÃO MINERAL..... :emoticon4:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re.: E no mundo real...

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opniões machistas e religiosas eu dispenso... :emoticon19:
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Re: Re.: E no mundo real...

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Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...



Evite o aborto! não engravide! gravidez não é doença contagiosa! :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: E no mundo real...

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Fabi escreveu:opniões machistas e religiosas eu dispenso... :emoticon19:



Machistas? a verdade é cruel.... eu sei.....
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

videomaker escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...



Evite o aborto! não engravide! gravidez não é doença contagiosa! :emoticon1:

Aborto não é um procedimento fácil videomaker...sabe...dói...é uma cirurgia...você gosta de fazer cirurgias?
Mas as mulheres não querem saber de opniões machistas (pseudo) religiosas...

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Re: Re.: E no mundo real...

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videomaker escreveu:
Fabi escreveu:opniões machistas e religiosas eu dispenso... :emoticon19:



Machistas? a verdade é cruel.... eu sei.....

Com 38 anos...e espírita..... eu vou te ignorar...

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videomaker
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por videomaker »

Fabi escreveu:
videomaker escreveu:
Fabi escreveu:opniões machistas e religiosas eu dispenso... :emoticon19:



Machistas? a verdade é cruel.... eu sei.....

Com 38 anos...e espírita..... eu vou te ignorar...



Só não ignore isso! gravidez é resultado de penis e vagina.... e não de aperto de mão! :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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André
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por André »

Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...


Quem pensa assim Fabi eu não posso fazer nada a não ser dizer minha opinião. E lamentar, claro.
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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

André escreveu:1)Nenhum desses países aprova o que vc disse, os países que citei são onde se vive melhor, existe menos criminalidade, e mais as leis são cumpridas. É onde mais se valoriza a vida de fato.

Como eu disse, não existem "povos" mais sábios, apenas indivíduos diferentes e sociedades mais funcionais por N fatores.
Isso em momento algum significa que todas as suas leis sejam melhores ou mais justas.
Eu dei exemplos de leis de países que já foram aqueles onde se vivia melhor, onde existia menos criminalidade, etc...
André escreveu:2)A escravatura tinha os argumentos da propriedade privada, que os defensores do liberalismo clássico, alguns, se basearam nela. Um absurdo sim, que os liberais de hoje negam.

Sim, assim como hoje muitos países permitem o aborto, um absurdo dos tempos de hoje.
André escreveu:Já disse existem bons argumentos de ambos os lados, negar isso, se achar totalmente certo, racional... vai cair em arrogância e desrespeito a opinião do outro. Mas enfim, respeitar e procurar entender o outro não tem sido o forte da humanidade em questões que dividem.

Como eu já disse, aceito opiniões contrarias, aceito quem conteste o "direito" a vida, mas a tentativa de dizer que matar esse pode e aquele não, dizer que esse tem "direito" e aquele não, é sempre subjetiva.
André escreveu:P.S Não é quantidade de argumentos que faz a força mas vou repetir somente para vc saber. Pq eles desmontam o essencial. Os argumentos pro-escolha.

Claro que não, é a quantidade e conteúdo do argumento, o principio o qual defendo e o que ele não ignora.
André escreveu:1)Feto não é vida, não tem direitos no inicio da gravidez, logo não é assassinato.

Pois é... idéia subjetiva.
Quem disse que não é vida?
Com base em que se sustenta essa afirmação?
André escreveu:2)A mãe tem direito de controlar seu aparelho reprodutivo. Qualquer ingerência rompe com seu direito. Já que não é vida o argumento de proteger a vida não é válido.

Aqui temos três coisas que esse suposto argumento ignora.
1 - As escolhas e direito ao controle do aparelho reprodutivo, que a mulher tem para prevenir uma gravidez.
Ignora-se aqui a responsabilidade do ato.
2 - Ignora também o fato do embrião ou feto, não serem parte integrante do corpo da mulher, não serem propriedade dela.
3- Ignora que o embrião é vida.
André escreveu:3)Clinicas despreparadas realizam milhões de abortos nos quais mulheres morrem, perdem fertilidade, e nenhuma punição vai fazer elas não realizarem. E para nós aborto não é crime compara-lo com é analogia falsa. Ao mesmo tempo em que se educa e leva-se ao planejamento familiar se deve respeitar as escolhas dos indivíduos.

Mais uma vez ignora a responsabilidade da mulher.
Ninguém a obrigou fazer um aborto.
Ignora mais uma vez que o aborto interrompe a vida de um ser humano.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: E no mundo real...

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As escolhas e direito ao controle do aparelho reprodutivo, que a mulher tem para prevenir uma gravidez.



Como assim "controle"????? outro absurdo........ :emoticon16:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por NadaSei »

Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...

E alguém aqui é contra a vida da mulher?

Essas feministas sem argumentos... tão apelativas.
oh, a "vida" da mulher, ninguém pensa nelas...

Eu penso.
Não quero que elas façam cirurgia perigosas e desnecessárias como um aborto, principalmente por colocar em risco duas mulheres, ou um homem e uma mulher. :emoticon4:
Penso nas duas, tanto na mulher gravida quanto na filha dela que está para nascer.

Só que algumas feministas parecem querer apelar a um sentimentalismo barato, gritando para pensar na vida da pobre mulher que morre ao passar por um procedimento desnecessário para matar a própria filha.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por videomaker »

NadaSei escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...

E alguém aqui é contra a vida da mulher?

Essas feministas sem argumentos... tão apelativas.
oh, a "vida" da mulher, ninguém pensa nelas...

Eu penso.
Não quero que elas façam cirurgia perigosas e desnecessárias como um aborto, principalmente por colocar em risco duas mulheres, ou um homem e uma mulher. :emoticon4:
Penso nas duas, tanto na mulher gravida quanto na filha dela que está para nascer.

Só que algumas feministas parecem querer apelar a um sentimentalismo barato, gritando para pensar na vida da pobre mulher que morre ao passar por um procedimento desnecessário para matar a própria filha.



É isso ai..... :emoticon4:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

NadaSei escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...

E alguém aqui é contra a vida da mulher?

Essas feministas sem argumentos... tão apelativas.
oh, a "vida" da mulher, ninguém pensa nelas...

Eu penso.
Não quero que elas façam cirurgia perigosas e desnecessárias como um aborto, principalmente por colocar em risco duas mulheres, ou um homem e uma mulher. :emoticon4:
Penso nas duas, tanto na mulher gravida quanto na filha dela que está para nascer.

Só que algumas feministas parecem querer apelar a um sentimentalismo barato, gritando para pensar na vida da pobre mulher que morre ao passar por um procedimento desnecessário para matar a própria filha.

E eu não quero saber de fetos e embriões colocando em risco a vida da mulher... se ela quiser fazer o aborto ela tem esse direito..o corpo é dela e não seu...você nem tem útero...nem engravida...não sei porque tá palpitando

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fabi »

André escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...


Quem pensa assim Fabi eu não posso fazer nada a não ser dizer minha opinião. E lamentar, claro.

Quem pensa assim é o nadasei...

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Re: Re.: E no mundo real...

Mensagem por Fedidovisk »

Fabi escreveu:
NadaSei escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...

E alguém aqui é contra a vida da mulher?

Essas feministas sem argumentos... tão apelativas.
oh, a "vida" da mulher, ninguém pensa nelas...

Eu penso.
Não quero que elas façam cirurgia perigosas e desnecessárias como um aborto, principalmente por colocar em risco duas mulheres, ou um homem e uma mulher. :emoticon4:
Penso nas duas, tanto na mulher gravida quanto na filha dela que está para nascer.

Só que algumas feministas parecem querer apelar a um sentimentalismo barato, gritando para pensar na vida da pobre mulher que morre ao passar por um procedimento desnecessário para matar a própria filha.

E eu não quero saber de fetos e embriões colocando em risco a vida da mulher... se ela quiser fazer o aborto ela tem esse direito..o corpo é dela e não seu...você nem tem útero...nem engravida...não sei porque tá palpitando


Quando o feto ameaça a vida da mulher é permitido o aborto...

O problema é que você acha que impedir que uma mulher tire a vida de algo à troco de comodismo, é tirar-lhe a vida...

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Re: Re.: E no mundo real...

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Fabi escreveu:
NadaSei escreveu:
Fabi escreveu::emoticon14:E mulher conta como vida André? o importante é fetos...

E alguém aqui é contra a vida da mulher?

Essas feministas sem argumentos... tão apelativas.
oh, a "vida" da mulher, ninguém pensa nelas...

Eu penso.
Não quero que elas façam cirurgia perigosas e desnecessárias como um aborto, principalmente por colocar em risco duas mulheres, ou um homem e uma mulher. :emoticon4:
Penso nas duas, tanto na mulher gravida quanto na filha dela que está para nascer.

Só que algumas feministas parecem querer apelar a um sentimentalismo barato, gritando para pensar na vida da pobre mulher que morre ao passar por um procedimento desnecessário para matar a própria filha.

E eu não quero saber de fetos e embriões colocando em risco a vida da mulher... se ela quiser fazer o aborto ela tem esse direito..o corpo é dela e não seu...você nem tem útero...nem engravida...não sei porque tá palpitando



Evite o aborto clandestino! não engravide! siga meu conselho... gravidez não é doença contagiosa! :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

Trancado