Quem quer que o lulla seja derrubado?
- Fernando Silva
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Seguem abaixo dois artigos de antigos lulistas, hoje arrependidos e desorientados.
Não concordo com tudo o que eles dizem, como o conceito de "mais-valia" e o parasitismo de todos os ricos, mas há idéias interessantes.
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“Jornal do Brasil” 05/08/07
Os golpistas cansados e o eterno surpreso
Fritz Utzeri
QUER DIZER QUE VAIAR o Molusco é brincar com a democracia? Quer dizer que ele admite que nunca antes na história deste país os ricos (esses ingratos) ganharam tanto dinheiro como em seu governo? Quer dizer quer todos os que andaram vaiando o Molusco são ricos e banqueiros que lotaram o Maracanã e estão preparando um golpe, uma “marcha da família” para derrubá-lo como fizeram com Jango em 64? Quer dizer que (mais uma vez) ele se declarou “surpreso” com a extensão do apagão aéreo? Quer dizer que na véspera de um novo apagão de energia, o “grande timoneiro” nomeia Luiz Paulo Conde (e a turma do Garotinho) para o comando de Furnas?
É duro de engolir. É só recuar alguns anos, nem tantos assim. Lembram do Fora FHC? (O Fora Lula ainda não aconteceu, até aqui os ricos apenas “cansaram”, ai, ai... Ganhar dinheiro cansa). Pois é, o PT passou o governo do príncipe dos (soc)ciólogos vaiando, obstruindo e clamando contra ele. Passou o tempo todo acusando de um modo que hoje eles mesmos definem como “sem provas”. Não que FHC não o merecesse, mas é bom que se diga que o antecessor do Molusco jamais desenvolveu teorias conspiratórias e, colocado diante da crise de um apagão energético (também anunciado é bom que se diga), não usou a desculpa do “eu não sabia” e tomou medidas, mobilizou o país e conseguiu superar o problema.
Foram necessários 11 meses, cerca de 400 mortos e um imenso prejuízo econômico (além de manchetes diárias nos jornais) para que finalmente algo fosse feito para tentar resolver o apagão aéreo. O novo ministro da defesa, Nelson Jobim, pelo menos tem uma virtude:
age e transmite a impressão de que há um comandante na cabine tomando decisões e orientando o avião e não uma figura alegórica e alienada, que jamais sabe de nada, não decide e quando a coisa aperta joga a carga no mar, recitando sua “sabedoria”, um conjunto de sandices que nem mesmo presidentes primários como o general Figueiredo conseguiram igualar.
Está instituído entre nós o reino da mediocracia, no qual não estudar é mérito, em que a “sabedoria” brota das raízes “populares” e inatas do nosso governante, que se orgulha de seu apedeutismo, um detalhe que nada tem a ver com pobreza (pobreza, aliás, que abandonou há muito), haja vista o número de pobres que estudam para tentar chegar a uma posição na vida. Em sua alienação ele faz paralelos estapafúrdios como o de comparar-se a Jango e denunciar as elites que querem derrubá-lo. Quem? O João Dória Jr.? Fala sério!
Imaginem que Jango, em 64, estivesse aliado com pelo menos dois destes três políticos, Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto, e exercesse a política deles, com os banqueiros enchendo as burras. Teria havido golpe de 64? O problema é que Jango podia ter muitos defeitos, mas certamente tinha muito mais caráter que o Molusco e é fácil imaginar o que este faria se alguém como o general Amaury Kruel (na época comandante do Segundo Exército) lhe telefonasse na hora H e lhe dissesse que o apoiaria se ele se livrasse dos comunistas.
Como falar em elites golpistas quando vemos que tudo o que existe de mais elite e historicamente golpista está na chamada base de sustentação do governo? Gente da antiga UDN, da ex-Arena, da ex-república das Alagoas, tudo está no balaio do Molusco e agora mesmo quando se anunciam ameaças de nova crise energética, inevitável se o país começar de fato a crescer, oferece uma empresa estratégica como Furnas a um arquiteto sofrível (visitem a UERJ se quiserem comprovar) e a toda a turma de Garotinho & Rosinha que vem com ele. Positivamente, o atual governo (?) conseguiu a adesão de tudo aquilo que o PT passou a vida combatendo e denunciando, até o PSDB. Não é, senador José Sarney? Não é, ministro Jobim?
Não concordo com tudo o que eles dizem, como o conceito de "mais-valia" e o parasitismo de todos os ricos, mas há idéias interessantes.
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“Jornal do Brasil” 05/08/07
Os golpistas cansados e o eterno surpreso
Fritz Utzeri
QUER DIZER QUE VAIAR o Molusco é brincar com a democracia? Quer dizer que ele admite que nunca antes na história deste país os ricos (esses ingratos) ganharam tanto dinheiro como em seu governo? Quer dizer quer todos os que andaram vaiando o Molusco são ricos e banqueiros que lotaram o Maracanã e estão preparando um golpe, uma “marcha da família” para derrubá-lo como fizeram com Jango em 64? Quer dizer que (mais uma vez) ele se declarou “surpreso” com a extensão do apagão aéreo? Quer dizer que na véspera de um novo apagão de energia, o “grande timoneiro” nomeia Luiz Paulo Conde (e a turma do Garotinho) para o comando de Furnas?
É duro de engolir. É só recuar alguns anos, nem tantos assim. Lembram do Fora FHC? (O Fora Lula ainda não aconteceu, até aqui os ricos apenas “cansaram”, ai, ai... Ganhar dinheiro cansa). Pois é, o PT passou o governo do príncipe dos (soc)ciólogos vaiando, obstruindo e clamando contra ele. Passou o tempo todo acusando de um modo que hoje eles mesmos definem como “sem provas”. Não que FHC não o merecesse, mas é bom que se diga que o antecessor do Molusco jamais desenvolveu teorias conspiratórias e, colocado diante da crise de um apagão energético (também anunciado é bom que se diga), não usou a desculpa do “eu não sabia” e tomou medidas, mobilizou o país e conseguiu superar o problema.
Foram necessários 11 meses, cerca de 400 mortos e um imenso prejuízo econômico (além de manchetes diárias nos jornais) para que finalmente algo fosse feito para tentar resolver o apagão aéreo. O novo ministro da defesa, Nelson Jobim, pelo menos tem uma virtude:
age e transmite a impressão de que há um comandante na cabine tomando decisões e orientando o avião e não uma figura alegórica e alienada, que jamais sabe de nada, não decide e quando a coisa aperta joga a carga no mar, recitando sua “sabedoria”, um conjunto de sandices que nem mesmo presidentes primários como o general Figueiredo conseguiram igualar.
Está instituído entre nós o reino da mediocracia, no qual não estudar é mérito, em que a “sabedoria” brota das raízes “populares” e inatas do nosso governante, que se orgulha de seu apedeutismo, um detalhe que nada tem a ver com pobreza (pobreza, aliás, que abandonou há muito), haja vista o número de pobres que estudam para tentar chegar a uma posição na vida. Em sua alienação ele faz paralelos estapafúrdios como o de comparar-se a Jango e denunciar as elites que querem derrubá-lo. Quem? O João Dória Jr.? Fala sério!
Imaginem que Jango, em 64, estivesse aliado com pelo menos dois destes três políticos, Carlos Lacerda, Adhemar de Barros e Magalhães Pinto, e exercesse a política deles, com os banqueiros enchendo as burras. Teria havido golpe de 64? O problema é que Jango podia ter muitos defeitos, mas certamente tinha muito mais caráter que o Molusco e é fácil imaginar o que este faria se alguém como o general Amaury Kruel (na época comandante do Segundo Exército) lhe telefonasse na hora H e lhe dissesse que o apoiaria se ele se livrasse dos comunistas.
Como falar em elites golpistas quando vemos que tudo o que existe de mais elite e historicamente golpista está na chamada base de sustentação do governo? Gente da antiga UDN, da ex-Arena, da ex-república das Alagoas, tudo está no balaio do Molusco e agora mesmo quando se anunciam ameaças de nova crise energética, inevitável se o país começar de fato a crescer, oferece uma empresa estratégica como Furnas a um arquiteto sofrível (visitem a UERJ se quiserem comprovar) e a toda a turma de Garotinho & Rosinha que vem com ele. Positivamente, o atual governo (?) conseguiu a adesão de tudo aquilo que o PT passou a vida combatendo e denunciando, até o PSDB. Não é, senador José Sarney? Não é, ministro Jobim?
- Fernando Silva
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
E a mais-valia vai acabar? “Jornal do Brasil” 12/08/07
Fausto Wolff
A META DE UM mundo que não fosse dirigido em sua maior parte por jovens psicopatas deveria ser o respeito à dignidade humana e não a adoração pura e simples ao dinheiro, razão de todas as guerras. Tendo o dinheiro como o fim que dá significado às nossas existências, dificilmente conseguiremos transformar em cidadãos a maioria de escravos. Estes vivem tão longe do poder que acham que ele é uma ficção que só ocorre nas novelas de TV. Como não consegue descobrir o responsável por suas desgraças, o escravo brasileiro volta-se contra os escravos mais próximos: mulher, filhos, parentes, vizinhos.
Eis a química: desempregado e humilhado, o escravo toma uma cachaça atrás da outra —fiado — no boteco da esquina, enquanto vê um jogo de futebol. O Flamengo, seu time, aquilo que o fez sentir-se partícipe de uma coisa grande, perde. Apesar daquele ar de pugilista que não sabe onde está, olha-se no espelho, dá-se conta do seu estado miserável e começa a chorar. No barraco, um dos muitos filhos, um garoto de 14 anos, goza com a sua cara. “Mãe, vem ver o pai chorando como mulherzinha.” Sem pensar, o escravo, que também acha que homem não chora, dá um tapa no menino, que bate com a cabeça na quina da pia e morre no hospital O escravo talvez viva seu momento de glória através da notícia em uma coluna do jornal.
Este que chamam de monstro só colheu os frutos podres da árvore da vida. A classe média foge dos pobres e miseráveis. Não tem uma ideologia, a não ser a de ter um lugar entre os ricos e não cair no inferno do proletariado. Sua visão do mundo é pessoal e egoísta, incapaz de entender que sua união com o proletariado daria uma razão à sua vida de clone.
Outro dia, meu velho amigo Epílogo Jr. mandou-me um esquema que permitirá que eu exponha minhas idéias dentro do meu espaço. O Brasil é um regime feudal com rei. príncipes, nobres, mais a classe média e, finalmente, a massa, a maioria, o povão. Leitores, imaginem, portanto, uma enorme pirâmide. No topo, um pequeno triângulo, está a nobreza. Logo abaixo, num espaço 100 vezes maior, localiza-se a classe média. Finalmente, ocupando bem mais do que a metade da pirâmide, está o povão.
A nobreza é composta de industriais, banqueiros, latifundiários, altos executivos, políticos, juízes, uns 100 funcionários públicos e algumas celebridades de TV. A classe média, de pequenos empresários, executivos, profissionais liberais, professores universitários, a maioria dos jornalistas etc. O povão é a massa ignara que procura fugir, na maioria das vezes sem êxito, da vida de cachorro que o ameaça o tempo todo. São pessoas que quando não ganham nada ganham o salário-mínimo e cuja única opção é o crime.
A nobreza consome muito mais riquezas do que produz. A classe média produz muito mais riqueza do que consome. O povão produz muita riqueza, segura o país nos ombros esquálidos e consome quase nada.
Não tratarei dos ricos, pois estes, com as exceções de praxe, não têm coração. Não tratarei do povão, pois este, graças às ditaduras militares e civis, já emburreceu. Tratarei da classe média, que continua em movimento, sem sair do lugar. Eventualmente, quando está se aproximando do abismo do povão, promove passeatas, como a Cansamos, cujos organizadores não têm um só plano de reforma política que vá além do carro do ano.
Peguemos alguém da classe média que receba mensalmente R$ 5 mil. Somando os diversos tipos de impostos, o nosso herói pagará para a nobreza, no caso, os diversos poderes executivos, 35% do total. Já não estará recebendo R$ 5 mil, mas R$ 3,25 mil. Com esse dinheiro, comprará produtos e serviços, como pão e barbeiro. Nesses produtos e serviços estarão embutidos cerca de 40%. Que irão para a nobreza. Agora ele estará recebendo apenas R$ 1,95 mil.
Num país sério, ele, que deu 60% do seu salário ao governo, deveria receber, em contrapartida, educação, saúde, aposentadoria de qualidade. No Brasil, ele não recebe nada disso. Temos esses benefícios, mas a professora que ganha uma miséria está em greve, e a fila do remédio e do novo emprego exige 24 horas de antecedência. Se ele for aposentado, receberá 2% de aumento, embora a inflação tenha sido de quase 50% e o coitado tenha de provar que está vivo.
Mas voltemos ao bobo da corte que ganha R$ 5 mil. Dos 1,95 mil que sobraram terá de pagar R$ 1,2 mil em escola particular, previdência e plano de saúde. São serviços que deveria receber de graça, em troca do que o governo lhe roubou. Do seu salário de R$5 mil sobraram R$ 750. Isso significa que ele trabalhou R$ 5 mil e recebeu R$ 750. A nobreza roubou R$ 4,25 mil. Claro que podia ser pior. A empregada dele, que pega três conduções para ir ao serviço, recebe pouco mais que o mínimo e continua viva. Mas se ele tentasse explicar alguma coisa ela não entenderia, não é mesmo?
Nesse meio tempo, a nobreza joga migalhas como bolsa-família para os miseráveis, que, agradecidos, votam nela, principalmente porque o líder é um operário, gente nossa, que toma cachaça e come buchada de bode. E a classe média, em vez de se aproximar do povo, faz passeatas...
Fausto Wolff
A META DE UM mundo que não fosse dirigido em sua maior parte por jovens psicopatas deveria ser o respeito à dignidade humana e não a adoração pura e simples ao dinheiro, razão de todas as guerras. Tendo o dinheiro como o fim que dá significado às nossas existências, dificilmente conseguiremos transformar em cidadãos a maioria de escravos. Estes vivem tão longe do poder que acham que ele é uma ficção que só ocorre nas novelas de TV. Como não consegue descobrir o responsável por suas desgraças, o escravo brasileiro volta-se contra os escravos mais próximos: mulher, filhos, parentes, vizinhos.
Eis a química: desempregado e humilhado, o escravo toma uma cachaça atrás da outra —fiado — no boteco da esquina, enquanto vê um jogo de futebol. O Flamengo, seu time, aquilo que o fez sentir-se partícipe de uma coisa grande, perde. Apesar daquele ar de pugilista que não sabe onde está, olha-se no espelho, dá-se conta do seu estado miserável e começa a chorar. No barraco, um dos muitos filhos, um garoto de 14 anos, goza com a sua cara. “Mãe, vem ver o pai chorando como mulherzinha.” Sem pensar, o escravo, que também acha que homem não chora, dá um tapa no menino, que bate com a cabeça na quina da pia e morre no hospital O escravo talvez viva seu momento de glória através da notícia em uma coluna do jornal.
Este que chamam de monstro só colheu os frutos podres da árvore da vida. A classe média foge dos pobres e miseráveis. Não tem uma ideologia, a não ser a de ter um lugar entre os ricos e não cair no inferno do proletariado. Sua visão do mundo é pessoal e egoísta, incapaz de entender que sua união com o proletariado daria uma razão à sua vida de clone.
Outro dia, meu velho amigo Epílogo Jr. mandou-me um esquema que permitirá que eu exponha minhas idéias dentro do meu espaço. O Brasil é um regime feudal com rei. príncipes, nobres, mais a classe média e, finalmente, a massa, a maioria, o povão. Leitores, imaginem, portanto, uma enorme pirâmide. No topo, um pequeno triângulo, está a nobreza. Logo abaixo, num espaço 100 vezes maior, localiza-se a classe média. Finalmente, ocupando bem mais do que a metade da pirâmide, está o povão.
A nobreza é composta de industriais, banqueiros, latifundiários, altos executivos, políticos, juízes, uns 100 funcionários públicos e algumas celebridades de TV. A classe média, de pequenos empresários, executivos, profissionais liberais, professores universitários, a maioria dos jornalistas etc. O povão é a massa ignara que procura fugir, na maioria das vezes sem êxito, da vida de cachorro que o ameaça o tempo todo. São pessoas que quando não ganham nada ganham o salário-mínimo e cuja única opção é o crime.
A nobreza consome muito mais riquezas do que produz. A classe média produz muito mais riqueza do que consome. O povão produz muita riqueza, segura o país nos ombros esquálidos e consome quase nada.
Não tratarei dos ricos, pois estes, com as exceções de praxe, não têm coração. Não tratarei do povão, pois este, graças às ditaduras militares e civis, já emburreceu. Tratarei da classe média, que continua em movimento, sem sair do lugar. Eventualmente, quando está se aproximando do abismo do povão, promove passeatas, como a Cansamos, cujos organizadores não têm um só plano de reforma política que vá além do carro do ano.
Peguemos alguém da classe média que receba mensalmente R$ 5 mil. Somando os diversos tipos de impostos, o nosso herói pagará para a nobreza, no caso, os diversos poderes executivos, 35% do total. Já não estará recebendo R$ 5 mil, mas R$ 3,25 mil. Com esse dinheiro, comprará produtos e serviços, como pão e barbeiro. Nesses produtos e serviços estarão embutidos cerca de 40%. Que irão para a nobreza. Agora ele estará recebendo apenas R$ 1,95 mil.
Num país sério, ele, que deu 60% do seu salário ao governo, deveria receber, em contrapartida, educação, saúde, aposentadoria de qualidade. No Brasil, ele não recebe nada disso. Temos esses benefícios, mas a professora que ganha uma miséria está em greve, e a fila do remédio e do novo emprego exige 24 horas de antecedência. Se ele for aposentado, receberá 2% de aumento, embora a inflação tenha sido de quase 50% e o coitado tenha de provar que está vivo.
Mas voltemos ao bobo da corte que ganha R$ 5 mil. Dos 1,95 mil que sobraram terá de pagar R$ 1,2 mil em escola particular, previdência e plano de saúde. São serviços que deveria receber de graça, em troca do que o governo lhe roubou. Do seu salário de R$5 mil sobraram R$ 750. Isso significa que ele trabalhou R$ 5 mil e recebeu R$ 750. A nobreza roubou R$ 4,25 mil. Claro que podia ser pior. A empregada dele, que pega três conduções para ir ao serviço, recebe pouco mais que o mínimo e continua viva. Mas se ele tentasse explicar alguma coisa ela não entenderia, não é mesmo?
Nesse meio tempo, a nobreza joga migalhas como bolsa-família para os miseráveis, que, agradecidos, votam nela, principalmente porque o líder é um operário, gente nossa, que toma cachaça e come buchada de bode. E a classe média, em vez de se aproximar do povo, faz passeatas...
- RicardoVitor
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Alguns idiotas úteis estão arrependidos, mas não deixam de serem idiotas.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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- Bellé
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Re: Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Fernando Silva escreveu:E a mais-valia vai acabar? “Jornal do Brasil” 12/08/07
Fausto Wolff
A META DE UM mundo que não fosse dirigido em sua maior parte por jovens psicopatas deveria ser o respeito à dignidade humana e não a adoração pura e simples ao dinheiro, razão de todas as guerras. Tendo o dinheiro como o fim que dá significado às nossas existências, dificilmente conseguiremos transformar em cidadãos a maioria de escravos. Estes vivem tão longe do poder que acham que ele é uma ficção que só ocorre nas novelas de TV. Como não consegue descobrir o responsável por suas desgraças, o escravo brasileiro volta-se contra os escravos mais próximos: mulher, filhos, parentes, vizinhos.
Eis a química: desempregado e humilhado, o escravo toma uma cachaça atrás da outra —fiado — no boteco da esquina, enquanto vê um jogo de futebol. O Flamengo, seu time, aquilo que o fez sentir-se partícipe de uma coisa grande, perde. Apesar daquele ar de pugilista que não sabe onde está, olha-se no espelho, dá-se conta do seu estado miserável e começa a chorar. No barraco, um dos muitos filhos, um garoto de 14 anos, goza com a sua cara. “Mãe, vem ver o pai chorando como mulherzinha.” Sem pensar, o escravo, que também acha que homem não chora, dá um tapa no menino, que bate com a cabeça na quina da pia e morre no hospital O escravo talvez viva seu momento de glória através da notícia em uma coluna do jornal.
Este que chamam de monstro só colheu os frutos podres da árvore da vida. A classe média foge dos pobres e miseráveis. Não tem uma ideologia, a não ser a de ter um lugar entre os ricos e não cair no inferno do proletariado. Sua visão do mundo é pessoal e egoísta, incapaz de entender que sua união com o proletariado daria uma razão à sua vida de clone.
Outro dia, meu velho amigo Epílogo Jr. mandou-me um esquema que permitirá que eu exponha minhas idéias dentro do meu espaço. O Brasil é um regime feudal com rei. príncipes, nobres, mais a classe média e, finalmente, a massa, a maioria, o povão. Leitores, imaginem, portanto, uma enorme pirâmide. No topo, um pequeno triângulo, está a nobreza. Logo abaixo, num espaço 100 vezes maior, localiza-se a classe média. Finalmente, ocupando bem mais do que a metade da pirâmide, está o povão.
A nobreza é composta de industriais, banqueiros, latifundiários, altos executivos, políticos, juízes, uns 100 funcionários públicos e algumas celebridades de TV. A classe média, de pequenos empresários, executivos, profissionais liberais, professores universitários, a maioria dos jornalistas etc. O povão é a massa ignara que procura fugir, na maioria das vezes sem êxito, da vida de cachorro que o ameaça o tempo todo. São pessoas que quando não ganham nada ganham o salário-mínimo e cuja única opção é o crime.
A nobreza consome muito mais riquezas do que produz. A classe média produz muito mais riqueza do que consome. O povão produz muita riqueza, segura o país nos ombros esquálidos e consome quase nada.
Não tratarei dos ricos, pois estes, com as exceções de praxe, não têm coração. Não tratarei do povão, pois este, graças às ditaduras militares e civis, já emburreceu. Tratarei da classe média, que continua em movimento, sem sair do lugar. Eventualmente, quando está se aproximando do abismo do povão, promove passeatas, como a Cansamos, cujos organizadores não têm um só plano de reforma política que vá além do carro do ano.
Peguemos alguém da classe média que receba mensalmente R$ 5 mil. Somando os diversos tipos de impostos, o nosso herói pagará para a nobreza, no caso, os diversos poderes executivos, 35% do total. Já não estará recebendo R$ 5 mil, mas R$ 3,25 mil. Com esse dinheiro, comprará produtos e serviços, como pão e barbeiro. Nesses produtos e serviços estarão embutidos cerca de 40%. Que irão para a nobreza. Agora ele estará recebendo apenas R$ 1,95 mil.
Num país sério, ele, que deu 60% do seu salário ao governo, deveria receber, em contrapartida, educação, saúde, aposentadoria de qualidade. No Brasil, ele não recebe nada disso. Temos esses benefícios, mas a professora que ganha uma miséria está em greve, e a fila do remédio e do novo emprego exige 24 horas de antecedência. Se ele for aposentado, receberá 2% de aumento, embora a inflação tenha sido de quase 50% e o coitado tenha de provar que está vivo.
Mas voltemos ao bobo da corte que ganha R$ 5 mil. Dos 1,95 mil que sobraram terá de pagar R$ 1,2 mil em escola particular, previdência e plano de saúde. São serviços que deveria receber de graça, em troca do que o governo lhe roubou. Do seu salário de R$5 mil sobraram R$ 750. Isso significa que ele trabalhou R$ 5 mil e recebeu R$ 750. A nobreza roubou R$ 4,25 mil. Claro que podia ser pior. A empregada dele, que pega três conduções para ir ao serviço, recebe pouco mais que o mínimo e continua viva. Mas se ele tentasse explicar alguma coisa ela não entenderia, não é mesmo?
Nesse meio tempo, a nobreza joga migalhas como bolsa-família para os miseráveis, que, agradecidos, votam nela, principalmente porque o líder é um operário, gente nossa, que toma cachaça e come buchada de bode. E a classe média, em vez de se aproximar do povo, faz passeatas...
Se nós pessoas físicas pagassemos todos os nossos impostos...
e...
Se nossas empresas não sonegassem nenhum dos seus...
Pergunto:
Estariamos todos nós pessoas físicas ou jurídicas pagando tão exorbitantes porcentagens?
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Bellé
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- Bellé
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Somos a causa de todos os males e nenhum presidente ou partido tem poder para mudar nossas vontades mesquinhas!!!
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Trabalho em uma instituição financeira e vejo o desenrolar das taxas... os bons pagam pelos ruins em forma de altas taxas de juro, se todos pagassem corretamente seus devidos creditos não haveria necessidade disso e o lucro seria da mesmo forma gratificante para as instituições!!!
O poder é parte da fraqueza de um homem sem deus...
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- Fedidovisk
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Bem vindo à Demoniocracia.... 

- Bellé
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Estou com o saco cheio desta tal de Deocracia...
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Bellé
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
...Democracia
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- Fedidovisk
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Ela tem dessas coisas... muda de tempos em tempos... ainda que não agrade uns, existe a possibilidade de mudanças...
MAS QUANDO ESSAS OCORREM DEMOCRATICAMENTE
O populismo do nosso presidente está longe de ser democrátio... faz uso da maquina pública para indiscriminadamente implantar uma espécie de comunismo para as massas... e as massas decidem uma eleição...
MAS QUANDO ESSAS OCORREM DEMOCRATICAMENTE
O populismo do nosso presidente está longe de ser democrátio... faz uso da maquina pública para indiscriminadamente implantar uma espécie de comunismo para as massas... e as massas decidem uma eleição...
Herr Felipe escreveu:zencem escreveu:.
Sou contra o Lula ser derrubado.
Já não posso dizer, que entraria em depressão, se o aéroLulla fosse derrubado, por acaso, com o Lula dentro.![]()
zencen
o avião poderá ser usado nos próximos governos, então dizer que é aerolula é uma falácia
Dizer que vende um avião e depois da eleição comprar de novo pode...afinal......
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Fedidovisk
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Existe uma coisa chamada prioridades... uma avião super-luxo 4000 sempre vem à calhar... principalmente para um esquerdista populista, que adora fazer analogias com suas origens e associação com as massas...
Só que esse era o Lula ( se foi algum dia)... será que o Lula de hoje ainda levanta o pé pra mamãe varrer...
Vende uma falsa imagem....
Só que esse era o Lula ( se foi algum dia)... será que o Lula de hoje ainda levanta o pé pra mamãe varrer...
Vende uma falsa imagem....
Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Ou você se disfarça de lobo para acompanhar a matilha ou serve de refeição para a matilha. Se Lula ainda usasse a antiga argumentação e idéias, ele teria ganho as eleições? E se ele hoje voltasse com as idéias de antes, ele permaneceria no poder?
Ainda estou esperando as contas das empresas doadas, das vias superfaturadas, das ambulâncias, etc...
Ainda estou esperando as contas das empresas doadas, das vias superfaturadas, das ambulâncias, etc...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Fedidovisk
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Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Seguindo o modelo do Night;
"Retrato não romantizado do desgoverno"
http://br.youtube.com/watch?v=4oIbpkMZC ... ed&search=
"Retrato não romantizado do desgoverno"
http://br.youtube.com/watch?v=4oIbpkMZC ... ed&search=
- Fedidovisk
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- Registrado em: 02 Mar 2007, 17:46
Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Quando eu crescer, quero ser igual ao Olavo de Carvalho... 

- Fernando Silva
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Re: Re.: Quem quer que o lulla seja derrubado?
Johnny escreveu:Ou você se disfarça de lobo para acompanhar a matilha ou serve de refeição para a matilha. Se Lula ainda usasse a antiga argumentação e idéias, ele teria ganho as eleições? E se ele hoje voltasse com as idéias de antes, ele permaneceria no poder?
Há uma outra opção: reconhecer a própria mediocridade e não se candidatar. No caso da matilha, realmente era se disfarçar ou morrer, mas Lula tinha a opção de simplesmente não participar.
Johnny escreveu:Ainda estou esperando as contas das empresas doadas, das vias superfaturadas, das ambulâncias, etc...
Depois que todos os escândalos do governo Lula forem apurados, talvez haja tempo para se dar uma olhada nos governos anteriores, mas vai demorar.