Lúcifer escreveu:snake plissken escreveu:Najma escreveu:Alter-ego escreveu:Sejamos realistas. De ambos os lados.
Eu não estou dizendo que pessoas com determinados tipos de problemas neurológicos não possam ter alucinações de teor religiosos.
mas daí a, por extensão, inferir que a origem das religiões são transtornos do mesmo tipo, atingindo em escala macro quase que toda a população mundial, é teoria da paranóia.
Pior que não, Igor...
Digamos que apenas os mais influentes dentro de uma tribo tivessem algum distúrbio e com isso levassem os demais a acreditarem neles "por osmose", no estilo rebanho seguindo seu pastor... Se um desses "pastores" fosse esquizofrênico, subisse numa montanha e depois voltasse com umas tabuletas escritas umas coisas e depois dissesse que foi um ser supremo quem escreveu, quem no meio do rebanho teria coragem de discordar?
os xamas tomavam drogas para atingir o além. acreditava-se que só num estado mental alterado... em vez do normal estado, a que Hume chama HÁBITO (o que faz o monge, supostamente)... se poderia vislumbrar outra realidade.
Eu não diria um estado de mente alterado mas, sim, uma volta ao primitivismo perdido por causa da racionalização do cérebro. Como o homem desenvolveu o raciocínio, ele perdeu a sua ligação com as coisas da natureza e com o além. E, somente voltando para esse estado primitivo de "ser" é que os xamãs, treinados nessas artes, conseguiam tocar esse estado espiritual.
Pelo menos é o que eu acho.
Existe um certo preconceito nessas coisas. Os chamados primitivos (os bosquimanos actuais podem ser vistos assim) tem uma visão extremamente racionalizada da vida prática. O conhecimento que tem do seu meio ambiente é, segundo Sagan, científico. A forma como interpretam indicios para encontrar presas é quase como o método científico. O homem primitivo nunca foi uma besta irracional. Isso é uma concepção preconceituosa. Creio que veio de Nietzche e dos primeiros antropólogos. Eu diria que um Bosquimano é mais racional que a média dos chamados civilizados que nem sequer compreendem direito o seu meio ambiente. Aliás... destroem-no e nem pensam duas vezes