Pô, Miguel !! Ataque de nick megalomaníaco ?

Bjs
salgueiro escreveu:PrimitivosemmedodoTrovão escreveu:salgueiro escreveu:
Pô, Miguel !! Ataque de nick megalomaníaco ?![]()
Bjs
foi o primeiro nick que usei. pergunta ao ENCOSTO
Então é um ataque de nostalgia![]()
Bjs
NadaSei escreveu:Eu acho que você está subestimando o significado de um estado mental onde não pensamos, assim como subestima o significado de desapego.
salgueiro escreveu:
Sei não, aknatom, apesar de achar que a lógica diz que o desapego "total" acaba levando ao niilismo, resta uma dúvida de que ele poderia ser o estado natural, sei lá algo como a extrema lucidez. Até porque passaríamos por todas as etapas no desenvolvimento até digamos, o ápice
Bjs
aknatom escreveu:salgueiro escreveu:
Sei não, aknatom, apesar de achar que a lógica diz que o desapego "total" acaba levando ao niilismo, resta uma dúvida de que ele poderia ser o estado natural, sei lá algo como a extrema lucidez. Até porque passaríamos por todas as etapas no desenvolvimento até digamos, o ápice
Bjs
E existe um ápice? Essa é a questão. Assim como não existe ápice, desenvolver-se é uma "atitude" eterna, não existe estado estacionário, vc pode regredir tranquilamente pois num universo dinâmico, estacionar e não avançar é o primeiro passo pra regredir.
E o desapego total torna o Buda um ser transcedental, uma coisa impossível de ser em vida já que por mais que nos desapeguemos ainda assim precisaremos de alimento, por exemplo, portanto, não podemos obter o desapego total.
Buda é um outro nome para Humano.
aknatom escreveu:Não vejo nada de bom no desapego excessivo...
aknatom escreveu:o próprio Sakyamuni indicou o caminho do meio...
aknatom escreveu:não sofrer por não ter mas também não sofrer por ter.
aknatom escreveu:Desapego levado como objetivo se torna niilismo.
Este estado mental onde não pensamos, para pessoas que vivem o dia a dia como nós, é possível por poucos momentos.
aknatom escreveu:De duas a uma: ou o budismo é exclusividade de monges ou Sakyamuni ensinou outra coisa.
aknatom escreveu: Tenho a impreção que este estado causa êxtase e não iluminação.
aknatom escreveu:Iluminação deve ser vivida no dia a dia, enquanto se passa pelos outros sentimentos que são naturais e fazem parte da vida. O homem comum, que acorda, trabalha, tem família, este é o Buda.
aknatom escreveu:Iluminação é dar um direcionamento correto aos sentimentos, a todos eles, não abdicar de sentir e nem ser controlado por eles. Existe algo definitivamente errado com alguém que não fica feliz ou que não sofre, que não fica tranquilo ou não se enraivece.
Raiva direcionada contra injustiças é iluminação.
aknatom escreveu:Tranquilidade quando se está passeando com a família é iluminação.
Tristeza (não desespero) por perder um ente querido é iluminação.
Alegria por reencontrar um amigo é iluminação.
aknatom escreveu:Não gosto dessa tendência de se colocar a iluminação como um estado inalcançável, além de um muro que nunca vemos mas podemos estar prontos pra transpor, só não podemos desistir.
aknatom escreveu:Um estado onde vc não fica indignado e não sente empatia pelo sofrimento alheio só serve pra criar população massa de manobra.
aknatom escreveu:Mas perceba, sentir indignação ou tristeza é bem diferente de sofrer. Sofrer é ser controlado pela ira e pela tristeza, se sentir amarrado e impotente para fazer qualquer coisa.
Enfim, iluminação é uma condição plenamente possível de ser vivida no dia a dia.
salgueiro escreveu:
É ... até porque o Budismo foca no momento,"vida atual", aí fica impossível. E o meu raciocínio leva em conta reencarnações, dizem que a "verdadeira vida" é no mundo espiritual, que as encarnações servem como meio de desenvolvimento. As sensações físicas seriam mais "fortes"
Bjs
aknatom escreveu:E existe um ápice?
aknatom escreveu:E o desapego total torna o Buda um ser transcedental, uma coisa impossível de ser em vida já que por mais que nos desapeguemos ainda assim precisaremos de alimento, por exemplo, portanto, não podemos obter o desapego total.
Buda é um outro nome para Humano.
bhikkhu sutta escreveu:Em Savatthi. Então, um certo bhikkhu foi até o Abençoado e depois de cumprimentá-lo sentou a um lado e disse:
“Venerável senhor, dizem, ‘fatores da iluminação, fatores da iluminação.’ Com qual sentido eles são chamados de fatores da iluminação?”
“Eles conduzem à iluminação, bhikkhu, portanto eles são chamados de fatores da iluminação. Aqui, bhikkhu, alguém desenvolve o fator da iluminação da atenção plena, que tem como base o afastamento, o desapego e a cessação, que amadurece no abandono... Alguém desenvolve o fator da iluminação da equanimidade, que tem como base o afastamento, o desapego e a cessação, que amadurece no abandono. Enquanto ele desenvolve esses sete fatores da iluminação, a mente dele é libertada da impureza da sensualidade, da impureza do ser/existir, da impureza da ignorância. Quando ela está libertada surge o conhecimento: ‘Libertada.’ Ele compreende que: ‘O nascimento foi destruído, a vida santa foi vivida, o que deveria ser feito foi feito, não há mais vir a ser a nenhum estado.’ Eles conduzem à iluminação, bhikkhu, portanto eles são chamados de fatores da iluminação.”
nibbana sutta escreveu:Em certa ocasião, o Abençoado estava em Savatthi no Bosque de Jeta, no Parque de Anathapindika. Agora, naquela ocasião, o Abençoado estava instruindo, estimulando, encorajando e motivando os bhikkhus com um discurso do Dhamma relativo ao Desatamento. Os bhikkhus – receptivos, atentos, focando toda a sua atenção, dando ouvidos – ouviam o Dhamma.
Então, dando-se conta da significância daquilo, o Abençoado naquela ocasião exclamou:
“Existe aquela esfera da existência em que não há nem terra, nem água, nem fogo, nem ar; não há a experiência do espaço infinito, nem da consciência infinita, nem do nada, nem da nem percepção, nem não percepção; ali não há nem este mundo e tampouco outro mundo, nem sol, nem lua. Nessa esfera da existência, eu digo, não há vir, nem ir, nem permanecer; não há morte nem renascimento; não há base, não há evolução e não há suporte (objeto mental). Isso, justamente isso, é apenas o fim do sofrimento.”
Chatthapacinaninna Sutta escreveu:“Bhikkhus, há esses quatro jhanas. Quais quatro?
Neste caso, bhikkhus, afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis, um bhikkhu entra e permanece no primeiro jhana.
Ele é acompanhado pelo pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos do afastamento. Silenciando o pensamento aplicado e sustentado, um bhikkhu entra e permanece no segundo jhana.
Ele é acompanhado pela autoconfiança e unicidade da mente sem o pensamento aplicado e sustentado, com o êxtase e felicidade nascidos da concentração. Com o desaparecer do êxtase, um bhikkhu permanece com a equanimidade, plenamente atento e plenamente consciente, ainda sentindo felicidade no corpo, ele entra e permanece no terceiro jhana, acerca do qual os nobres declaram: ‘Possui uma estada feliz aquele que é equânime e plenamente atento.’
Com o abandono da felicidade e do sofrimento, e com o anterior desaparecimento da alegria e tristeza, um bhikkhu entra e permanece no quarto jhana, que possui nem felicidade, nem sofrimento e a atenção plena purificada devido à equanimidade.
Esses são os quatro jhanas.
“Bhikkhus, como o rio Gânges decliva, tende e se inclina na direção do oceano, um bhikkhu que desenvolve e cultiva os quatro jhanas também decliva, tende e se inclina na direção de Nibbana.[1]
“E como, bhikkhus, um bhikkhu desenvolve e cultiva os quatro jhanas para ele declivar, tender e se inclinar na direção de Nibbana? Neste caso, bhikkhus, afastado dos prazeres sensuais, afastado das qualidades não hábeis, um bhikkhu entra e permanece no primeiro jhana ... no segundo jhana ... no terceiro jhana ... no quarto jhana.
“É dessa forma, bhikkhus, que um bhikkhu desenvolve e cultiva os quatro jhanas para ele declivar, tender e se inclinar na direção de Nibbana.”
No dia a dia nós vivemos a ignorância, os ensinamentos visam nos levar a iluminação, ao estado desperto e livre, isso é o oposto de se viver preso a regras pré-estabelecidas no dia a dia.
Ilovefoxes escreveu:No dia a dia nós vivemos a ignorância, os ensinamentos visam nos levar a iluminação, ao estado desperto e livre, isso é o oposto de se viver preso a regras pré-estabelecidas no dia a dia.
NadaSei, em resumo, deixa eu ver se eu entendi bem: eu devo me livrar de toda emoção e apego emocinal para sentir um sentimento de realização e me apegar a ele?
Ilovefoxes escreveu:É claro, imagino que dentro das crenças há explicações "metafísicas" do porque é mágico esse estado resultante da realização, mas na realidade não deve de passar de algo parecido com excesso de dopamina que passa a ser liberado.
NadaSei escreveu:Ilovefoxes escreveu:No dia a dia nós vivemos a ignorância, os ensinamentos visam nos levar a iluminação, ao estado desperto e livre, isso é o oposto de se viver preso a regras pré-estabelecidas no dia a dia.
NadaSei, em resumo, deixa eu ver se eu entendi bem: eu devo me livrar de toda emoção e apego emocinal para sentir um sentimento de realização e me apegar a ele?
O apego surge do ego, nesse estado você elimina o ego.
Você não se "apega" a um estado mental, você atinge um estado mental onde não existe apego.Ilovefoxes escreveu:É claro, imagino que dentro das crenças há explicações "metafísicas" do porque é mágico esse estado resultante da realização, mas na realidade não deve de passar de algo parecido com excesso de dopamina que passa a ser liberado.
Então, essa é uma "hipótese" que você pode considerar e se quiser, pode "acreditar" nela... mas "saber" do que se trata é outra estória...
Fedidovisk escreveu:Se eu fosse ter uma religião, talvez fosse o Budismo, mas sem essas frescurinhas de Deuses e crendices... apenas a "filosofia"...
Pra isso, faço eu mesmo.
aknatom escreveu:A interpretação de iluminação que vc usa também é uma hipótese... vc pode acreditar nela mas saber do que se trata é outra história.
NadaSei escreveu:aknatom escreveu:A interpretação de iluminação que vc usa também é uma hipótese... vc pode acreditar nela mas saber do que se trata é outra história.
Sim, definitvamente é outra estória.
A diferença está na investigação das hipóteses.
Você pode olhar uma porta fechada e criar diversas "hipóteses" do que está por trás dela.
Alguns ficam olhando e considerando as hipóteses, outros andam até a porta, abrem-na e olham o que realmente está ali.
Eu olhei o que está ali, só que é um lugar muito grande e cheio de coisas para ver, sendo que eu abri a porta, dei uma espiada, mas o vento soprou e bateu a porta.
Sendo assim, eu dei uma espiada no que tem ali e sei do que se trata, melhor do que aqueles que apenas ficaram "levantando" hipóteses, mas nunca olharam por de trás dela... mesmo que eu não conheça tudo o que tem ali, já desprovei muitas dessas hipóteses levantadas. (como a da dopamina e a da filosofia de vida)
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:E quem decide o que é a vontade de Deus, você?
...
Pior ainda é decretar com base em suas próprias opiniões que seguir suas opiniões é entregar-se a vontade de Deus, coisa da qual só poderia ter certeza se o próprio o houvesse informado disto, coisa da qual, particularmente, duvido.
Quem decide é o próprio Deus Acauan, o ser humano apenas aceita, mesmo que isso contrarie aquilo que ele em sua ignorância gostaria.
NadaSei escreveu: Não se trata de um "jogo de palavras", mas do fato de aceitar essa decisão divina e a condição infernal do ser amado, a despeito do que pessoalmente queremos para ele.
NadaSei escreveu:Ele estar sofrendo no inferno, não significa que eu o ignore ou deixe de ama-lo, nem que eu ignore o sofrimento dele.
Significa apenas que eu aceito a decisão de Deus e não sofro com isso.
NadaSei escreveu:O problema aqui se atem a incapacidade atual do homem, de compreender o que é estar no controle dos sentimentos, ao invés de ser levado por eles.
NadaSei escreveu:Nessa perspectiva os sentimentos desempenham um papel diferente do que estamos acostumados.
Não ser egoísta, significa não ter desejos e repulsas, quereres e não-quereres.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:Você insiste em querer dar às palavras o significado que lhe interessa no momento.
Eu descrevi "compaixão" com base na acepção dada pelo Houaiss e no uso mais cotidiano do termo:
(...)
Ou seja, meu entendimento do conceito reflete o entendimento dado a ele nos últimos seiscentos anos. E o teu entendimento, vem de onde?
Vem do entendimento do que representa estar no controle dos sentimentos ao invés de ser levado por eles.
NadaSei escreveu:Você se atem ao sentimento com base em como funciona atualmente, em como ele toma posse de nós.
Eu falo sobre o que ele passa a representar quando somos senhores dele.
O sentimento é produto da mente, estando no controle dela, somos capazes de controla-lo, o que torna esse sentimento algo diferente daquilo a que você está acostumado.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:Quando falo de teologia me refiro a um conjunto de obras históricas-filosóficas, editadas e organizadas, que dão continuidade metódica à interpretação de questões religiosas específicas e gerais.
Verdades universais discutidas por yoguir, místicos e ocultistas têm a consistência intelectual de um pudim de gelatina, analogamente falando.
Eu diria que na maioria dos casos... é o oposto que ocorre.
São os pontos de vista limitados da teologia tradicional, que normalmente tem essa consistência intelectual, visto que se atem a fontes limitadas escolhidas de forma arbitraria, mal informada e dogmática.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:Do cristianismo é que não foi, pois a posição oficial da Santa Sé claramente explícita no Catecismo Católico define o inferno como um lugar de condenação, não como um estado mental. Protestantes, com exceção dos aniquilacionistas e algumas pouquíssimas vertentes liberais, mantém em maior ou menor grau a crença no lago de fogo onde o verme que o rói nunca morre etc.
Estou falando sobre o cristianismo, não sobre o catolicismo.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:E o cristianismo não é ambíguo a respeito coisa nenhuma, desde que você consulte as fontes teológicas certas, de Santo Agostinho a Bento XVI para os católicos e os versículos bíblicos referentes, para a interpretação protestante, quase sempre literal.
Sim ele é ambíguo.
O inferno na biblia cristã, pode ser interpretado de diferentes formas, aceita diferentes hipóteses não refutáveis com base na biblia.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:O inferno é parte essencial da doutrina cristã que posiciona o homem no centro de extremos e opostos entre os quais deve conviver e fazer suas escolhas, espírito e carne, natural e divino, individualidade e coletividade e, claro, Céu e Inferno.
As interpretações ou descrições podem variar conforme a época, mas o Inferno se inclui na própria natureza do cristianismo de ser uma religião que prega a salvação da alma pela escolha individual, logo se há uma salvação a ser escolhida, deve haver um oposto para quem opta por não escolhê-la.
Sim, o oposto é continuar aqui na terra sujeito ao sofrimento.
O "reino dos céus" é um estado mental e uma forma das pessoas se comportarem, algo que só pode ser conseguido ao seguir as praticas que são ensinadas.
Ou a pessoa faz isso, ou não entra nesse "estado", não entra no "reino dos céus"... não entrar no reino dos céus é estar no inferno.
Lembrando que o cristianismo nasce como uma seita judaica, com base em um judeu que pregava o judaísmo real, uma religião que fala da mesma verdade universal, como qualquer outra religião.
NadaSei escreveu:Acauan escreveu:Esta concepção é exclusiva do Cristianismo, ainda assim excluindo o Calvinismo predestinista, segundo o qual a escolha individual humana não existe.
O inferno tem concepção totalmente diferente do Islã, apesar de descrito em termos análogos ao inferno cristão e só pode sair abobrinha de se tentar correlacionar o inferno cristão com religiões orientais, animistas ou tribais.
O seu desconhecimento de que essas outras religiões falam sobre a mesma verdade universal que é tema no cristianismo, não torna correlaciona-las uma abobrinha.
NadaSei escreveu: Cristo fala sobre o mesmo "reino dos céus", "Deus panenteista", a mesma "yoga" (praticas que levam a mente a seu estado desperto), "karma", "pecado", etc... que religiosos, como Lao Tsé, Krishna e outros tantos.
NadaSei escreveu: É isso que torna a teologia tradicional um tanto estúpida, coloca todo o questionamento em Cristo, enquanto ignora outros que falam sobre EXATAMENTE a mesma coisa.
Seria como tentar discutir toda a filosofia existencialista, tendo base apenas em Albert Camus, enquanto se ignora todo o resto.
aknatom escreveu:Como filosofia de vida sei que não funciona... sem a prática a teoria perde sentido.
aknatom escreveu:Posso dizer que estou lá dentro mas a minha lanterna emite pouca luz, estou caminhando, olhando as coisas, e ajustando a lanterna de forma a ficar mais forte.