A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

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Aranha
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A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

EXAME Célebre pelas praias, florestas e montanhas retratadas na trilogia de filmes O Senhor dos Anéis, a Nova Zelândia é também uma referência mundial em termos de agências reguladoras. Uma das mais respeitadas é a Autoridade da Aviação Civil (CAA, na sigla em inglês). Reconhecida até mesmo pelo governo americano por causa da alta qualidade dos serviços que presta e dos rigorosos padrões de segurança que adota, a CAA é formada por um time pequeno e especializado de técnicos em aviação, segurança de vôo e negócios aeronáuticos. Na CAA, um perfil como o de Milton Zuanazzi, diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sua congênere no Brasil, muito provavelmente não cruzaria a porta de entrada. E tampouco seriam aceitos Denise de Abreu, Leur Lomanto e Josef Barat, os demais diretores -- todos sem nenhuma experiência no ramo ao assumir o cargo. Famoso por sua trágica incompetência, o quarteto só ganhou o emprego graças a padrinhos políticos no PT, PMDB e PDT. O modelo de agências reguladoras neozelandês não deve ser visto como uma particularidade de um país com poucos problemas. Sua estrutura, baseada no conhecimento, na experiência e no bom senso, é ideal para autoridades reguladoras de todo o mundo. É por isso que comparar a realidade da Nova Zelândia com a brasileira não poderia ser mais oportuno num momento em que o debate tortuoso sobre a autonomia das agências ganha força e perde racionalidade, e às vésperas de uma possível votação da nova Lei Geral das Agências Reguladoras. O exemplo internacional deixa claro que o que está errado no Brasil não são as agências como instituições -- mas o uso político que se fez e se faz delas.

Tome-se, por exemplo, o currículo de Steve Douglas, o diretor-geral da CAA. Formado em engenharia aeronáutica, ele tem mestrado no ramo, especialização em projetos de satélites comerciais na Inglaterra e amplo treinamento em primeiros socorros. Antes de chegar ao topo da instituição, Douglas acumulou uma experiência de 12 anos em cargos administrativos na própria agência. Nos últimos tempos, seu maior desafio foi gerir a crise que se seguiu a um acidente que matou oito pessoas no aeroporto de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, em 2003. A causa, um erro do piloto no procedimento de aterrissagem à noite, levou a CAA a rever as normas de controle de vôo nos pousos por instrumento.

HOJE RESPONSAVEL PELO DIA-A-DIA da instituição, Douglas presta contas a um conselho administrativo formado por cinco membros, os governadores da CAA. Indicado por representantes da sociedade civil e da indústria da aviação, o conselho é integrado por figuras de notório saber em direito, engenharia e negócios aeronáuticos. "A reputação de Douglas e sua experiência fazem dele um candidato impecável para o cargo", disse Rick Bettle, presidente do conselho da agência, na posse do novo diretor-geral, no último mês de junho. O trabalho de Douglas é facilitado porque a CAA conta com um quadro técnico de nível, as verbas de que necessita e um bom marco regulatório. Sua agilidade a posiciona até mesmo à frente dos órgãos reguladores americanos, que têm uma burocracia mais pesada e por vezes redundante nos níveis federal e estadual.

Mas, tanto na Oceania como nos Estados Unidos, os cargos de diretoria das agências são preenchidos por profissionais de reconhecida competência e conhecimento do setor. As nomeações não privilegiam a ligação política do candidato. Já os pontos altos do currículo de Zuanazzi são um diploma em engenharia mecânica, uma pós-graduação em sociologia e o chamado fator QI ("quem indica") -- no caso, os ministros Walfrido dos Mares Guia, das Relações Institucionais, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

De acordo com a lei brasileira atual, para tomar posse, o novo diretor de uma agência reguladora só precisa passar por uma sabatina no Senado, formalidade em que o candidato responde a questões rudimentares e recebe os rapapés dos aliados. Tal facilidade, somada ao critério partidário das nomeações, tornou as agências presas fáceis tanto dos interesses do governo como dos grupos econômicos que deveriam fiscalizar. "Quando a política passa a ser o principal critério de nomeação, em vez de investir tempo e dinheiro em pareceres técnicos elaborados, as empresas se sentem tentadas a caprichar apenas nos presentes de Natal que enviam a Brasília", diz o economista Gesner Oliveira, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O NOVO PROJETO DE LEI representa uma oportunidade única para que o Brasil adote um marco regulatório que garanta estabilidade e segurança aos consumidores, aos investidores priva dos e ao governo. Especialmente num momento de crise de liquidez dos mercados globais, a nova lei torna-se um instrumento indispensável para que o país consiga atrair o capital necessário para investir em sua infra-estrutura claudicante. "Talvez o governo não perceba, mas um bom marco regulatório caminha de mãos dadas com o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento", diz a economista Virgínia Parente, professora da Universidade de São Paulo e especialista em regulação do setor elétrico. "Se as regras do jogo forem claras e as agências tiverem autonomia, cada real investido pelo governo em hidrelétricas, estradas ou ferrovias atrairá outros três reais da iniciativa privada."

Concebida pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, a versão original do Projeto de Lei no 3.337 convertia as agências em meros apêndices dos ministérios, causando apreensão entre os investidores. O resultado foi a obstrução do projeto pela oposição e até mesmo por partidos aliados. "O governo começa a entender que as agências são um órgão de Estado", diz o deputado Ricardo Barros (PP-PR), coordenador da Frente Parlamentar das Agências Reguladoras e vice-líder do governo na Câmara. "Elas devem regular investimentos com ciclos de até 30 anos de duração, muito além do presidente ou do ministro em exercício." O governo tem demonstrado estar disposto a aumentar as exigências sobre as qualificações dos candidatos. "A lei vai exigir que eles tenham conduta ilibada, nível superior e comprovada experiência na área", diz o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aliado do governo e relator do projeto de lei.

Mas o Planalto ainda resiste a negociar pontos controversos, sinal de que o texto a ser aprovado ainda poderá ter graves erros conceituais. "Gostaríamos que o governo soubesse que o investidor, seja ele estrangeiro ou nacional, não tem uma perspectiva de utopia", diz Mickey Peters, conselheiro da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e presidente da Duke Energy Brasil. "Não existem leis perfeitas, mas elas devem ao menos garantir que as regras do jogo sejam claras e justas." São três os pontos principais a ser aperfeiçoados. Eles dizem respeito ao financiamento dos órgãos reguladores, à quebra da estabilidade dos mandatos dos diretores e ao poder de outorga das concessões do Estado. "Infelizmente, a experiência desastrosa da Anac trouxe um caráter emocional às negociações com o governo", diz o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP). "Num país de forte tradição presidencialista como o nosso, é preciso assegurar que as agências não sejam subordinadas ao Poder Executivo."

De saída, para garantir a autonomia dos órgãos regulatórios, é preciso que seu orçamento não seja cortado pelo governo. O projeto de lei ainda é confuso a esse respeito. De acordo com especialistas em regulação, o ideal é que o dinheiro venha diretamente de contribuições feitas pelos usuários dos serviços regulados. Outro ponto polêmico é a demissão de diretores notoriamente incompetentes. O governo quer tal prerrogativa para si. A oposição briga para que a quebra de mandato seja competência do Congresso. Quanto à avaliação do currículo dos candidatos, o projeto de lei ainda é fraco. "O ideal é que eles comprovem estar à altura do cargo, publicando o currículo na internet e passando por uma sabatina com perguntas técnicas em profundidade, feitas por especialistas, e não apenas por senadores", diz Semeghini. Finalmente, no terceiro ponto polêmico, o de outorga das concessões dos serviços, a proposta do governo é incoerente. Enquanto agências como a ANTT, responsável pelas malhas rodoviária e ferroviária, fariam leilões de licenças em seus setores, o mesmo não se aplicaria à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso dela, as concessões ficariam a cargo do Ministério das Comunicações.

Um levantamento feito por EXAME com dez agências reguladoras brasileiras revela que, dos atuais 43 cargos de direção preenchidos, apenas 17 são ocupados por profissionais exclusivamente técnicos. O levantamento revela também que nada menos do que 33 mandatos de diretores vão terminar até 2010. A mudança de critérios em seu preenchimento será crucial para restaurar a credibilidade das instituições. Novamente, o exemplo da Nova Zelândia é instrutivo. Até meados dos anos 90, o país estava estagnado economicamente. Mas uma série de reformas modernizou o Estado e suas leis, atraindo investimentos da iniciativa privada. A qualidade das agências reguladoras tornou-se uma das vantagens comparativas do país. A questão que se coloca no Brasil, hoje, é seguir um exemplo como o neozelandês ou complicar o ambiente para os investidores.


FONTE:Exame


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O ENCOSTO
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Re: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por O ENCOSTO »

Abmael escreveu:EXAME


Parei aqui.

Só leio a Veja.
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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Apo »

Eu só leio Exame.

A propósito....estou acompanhando regularmente a CPI do apagão aéreo. Alguém tem assistido? É de arrepiar. Não existe comando aéreo no Brasil. Num dia uma norma é publicada pela ANAC no seu site, no outro dia, a Infraero inventa que a norma não vale, divulga em outro lugar, ninguém sabe o que está valendo, as ordens e critérios adotados internacionalmente simplesmente não são levados em consideração, as empresas e os piltotos nunca sabem o que está acima do quê. Um caos total. O pouso sem reverso, pelas normas internacionais JAMAIS pode ser permitido em pista com lâmina de água acima de 3 mm. Porém a lâmina deve ser medida em toda a extensão da pista. No Brasil, um coitado vai lá comuma régua ( pasmem ) e vê no olho se tem 3mm. Num ponto qualquer. Mas ele não decide nada. é só para fins de relatório. Desce avião com alagamento e reverso pinado à vontade do cara que estiver de plantão na hora. E o piloto que paga o pato.
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RicardoVitor
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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por RicardoVitor »

Saudades do DAC... Malditos petralhas.
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Fabi
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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Fabi »

O problema da ANAC é que ela tá sendo usada pra dar cargos pra quem não tem o que fazer no governo... ou seja....desmilitarizaram o setor e substituiram por pessoas que não entendem nada do assunto...pelo menos os militares entendiam.... eu só fiquei tranquila quando tiraram aquela denise abreu...alguém leu a quantidade de absurdos que essa mulher falou naquela ANAC? e tem uma outra diretora que é amiga das companhias aéreas...que ninguém tem coragem de tirar...e ela foi responsável por superfaturamento nas obras de congonhas e outros aeroportos...só não lembro o nome da sujeita.... mas tem numa reportagem da época...
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Aranha
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:Saudades do DAC... Malditos petralhas.


- Esse tipo de comentário revela bem o desconhecimento do comentarista ou sua má-fé.

- Quem acabou com o DAC e criou a ANAC foram os PSDBistas de FHC e não os PTralhas, estude um pouco antes de atacar a esmo meu caro.


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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

Fabi escreveu:O problema da ANAC é que ela tá sendo usada pra dar cargos pra quem não tem o que fazer no governo... ou seja....desmilitarizaram o setor e substituiram por pessoas que não entendem nada do assunto...pelo menos os militares entendiam.... eu só fiquei tranquila quando tiraram aquela denise abreu...alguém leu a quantidade de absurdos que essa mulher falou naquela ANAC? e tem uma outra diretora que é amiga das companhias aéreas...que ninguém tem coragem de tirar...e ela foi responsável por superfaturamento nas obras de congonhas e outros aeroportos...só não lembro o nome da sujeita.... mas tem numa reportagem da época...


- Exato! - Esse é o problema, há uma falha em na sua definição legal que permitiu esse tipo de coisa e no seu uso atual por um grupo político que simplesmente não entende o que é uma agência.

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RicardoVitor
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por RicardoVitor »

Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:Saudades do DAC... Malditos petralhas.


- Esse tipo de comentário revela bem o desconhecimento do comentarista ou sua má-fé.

- Quem acabou com o DAC e criou a ANAC foram os PSDBistas de FHC e não os PTralhas, estude um pouco antes de atacar a esmo meu caro.


Abraços,


Revela mesmo, Marlene. Só que é o seu:

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência reguladora federal submetida a um regime autárquico especial, e está vinculada ao Ministério da Defesa, tendo sido criada pela lei federal nº 11.182 de 27 de setembro de 2005 e instalada através do decreto federal 5.731 de 20 de março de 2006. A ANAC foi formada a partir de vários órgãos pertencentes ao Comando da Aeronáutica, entre os quais o antigo "Departamento de Aviação Civil" (DAC), o "Instituto de Ciências da Atividade Física da Aeronáutica" (ICAF), o "Instituto de Aviação Civil" (IAC), a "Divisão de Certificação de Aviação Civil" do "Instituto de Fomento e Coordenação Industrial" (IFI) e os "Serviços Regionais de Aviação Civil" (SERAC).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAnc ... %A3o_Civil

A ignorância já era conhecida há algum tempo, mas o seu mau-caratismo acabou de ser comprovado cabalmente.
Editado pela última vez por RicardoVitor em 01 Set 2007, 09:30, em um total de 1 vez.
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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por RicardoVitor »

O mais curioso é que a data do início das atividades da AnarquiaNAC bate com o período de início da crise aérea atual.
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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por RicardoVitor »

Quanto tempo para uma CPI das Agências? Quantos escândalos vão descobrir além dos que já se conhece (Ribeirão, manipulação de slots, Varig, mordomias, falsificação de documentos, TAM3054, GLO1907)? Lulla mais uma vez só saberá que nada sabe, claro. Será que ele sabe que é presidente?
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:Saudades do DAC... Malditos petralhas.


- Esse tipo de comentário revela bem o desconhecimento do comentarista ou sua má-fé.

- Quem acabou com o DAC e criou a ANAC foram os PSDBistas de FHC e não os PTralhas, estude um pouco antes de atacar a esmo meu caro.


Abraços,


Revela mesmo, Marlene. Só que é o seu:

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência reguladora federal submetida a um regime autárquico especial, e está vinculada ao Ministério da Defesa, tendo sido criada pela lei federal nº 11.182 de 27 de setembro de 2005 e instalada através do decreto federal 5.731 de 20 de março de 2006. A ANAC foi formada a partir de vários órgãos pertencentes ao Comando da Aeronáutica, entre os quais o antigo "Departamento de Aviação Civil" (DAC), o "Instituto de Ciências da Atividade Física da Aeronáutica" (ICAF), o "Instituto de Aviação Civil" (IAC), a "Divisão de Certificação de Aviação Civil" do "Instituto de Fomento e Coordenação Industrial" (IFI) e os "Serviços Regionais de Aviação Civil" (SERAC).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAnc ... %A3o_Civil

A ignorância já era conhecida há algum tempo, mas o seu mau-caratismo acabou de ser comprovado cabalmente.



- Pois é, até eu que sou conhecido como PTralha aqui no Fórum sei que criar agências reguladoras é política liberal, logo é algo completamente fora do escopo do PT.

- Acusar o PT de criar uma agência reguladora é o mesmo que acusar Fidel de abrir o mercado.

- Resolvi ir até a página oficial da ANAC para te desmentir caro incauto, veja só:

Histórico


Depois de cinco anos tramitando no Congresso Nacional, a Lei 11.182 que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foi aprovada em 27 de setembro de 2005 e implantada em 20 de março de 2006. A diretoria colegiada, formada por cinco diretores, foi nomeada pelo Presidente da República e possui mandato de cinco anos.

A ANAC tem sua origem nas competências do DAC, as quais eram estabelecidas no art. 18 do Anexo I do Decreto nº 5.196, de 26 de agosto de 2004, que dispunha: “...ao Departamento de Aviação Civil compete planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com a aviação civil”. Portanto, em virtude dessa competência, qualificava-se como “autoridade aeronáutica”, exercendo, por via de conseqüência, as atividades relacionadas a essa função pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986).


FONTE: ANAC

- Se quiser o titio Abmael te ajuda a fazer as contas tá nene ?

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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por O ENCOSTO »

Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:
Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:Saudades do DAC... Malditos petralhas.


- Esse tipo de comentário revela bem o desconhecimento do comentarista ou sua má-fé.

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A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma agência reguladora federal submetida a um regime autárquico especial, e está vinculada ao Ministério da Defesa, tendo sido criada pela lei federal nº 11.182 de 27 de setembro de 2005 e instalada através do decreto federal 5.731 de 20 de março de 2006. A ANAC foi formada a partir de vários órgãos pertencentes ao Comando da Aeronáutica, entre os quais o antigo "Departamento de Aviação Civil" (DAC), o "Instituto de Ciências da Atividade Física da Aeronáutica" (ICAF), o "Instituto de Aviação Civil" (IAC), a "Divisão de Certificação de Aviação Civil" do "Instituto de Fomento e Coordenação Industrial" (IFI) e os "Serviços Regionais de Aviação Civil" (SERAC).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAnc ... %A3o_Civil

A ignorância já era conhecida há algum tempo, mas o seu mau-caratismo acabou de ser comprovado cabalmente.



- Pois é, até eu que sou conhecido como PTralha aqui no Fórum sei que criar agências reguladoras é política liberal, logo é algo completamente fora do escopo do PT.

- Acusar o PT de criar uma agência reguladora é o mesmo que acusar Fidel de abrir o mercado.

- Resolvi ir até a página oficial da ANAC para te desmentir caro incauto, veja só:

Histórico


Depois de cinco anos tramitando no Congresso Nacional, a Lei 11.182 que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foi aprovada em 27 de setembro de 2005 e implantada em 20 de março de 2006. A diretoria colegiada, formada por cinco diretores, foi nomeada pelo Presidente da República e possui mandato de cinco anos.

A ANAC tem sua origem nas competências do DAC, as quais eram estabelecidas no art. 18 do Anexo I do Decreto nº 5.196, de 26 de agosto de 2004, que dispunha: “...ao Departamento de Aviação Civil compete planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com a aviação civil”. Portanto, em virtude dessa competência, qualificava-se como “autoridade aeronáutica”, exercendo, por via de conseqüência, as atividades relacionadas a essa função pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986).


FONTE: ANAC

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Abmael, quem governava o Brasil em 2005?

De qualquer forma, a ANAC precisava ser criada para atender uma legislação internacional, ou algo parecido. Do contrário, a aviação civil brasileira teria problemas com outros paises. isso eu li na epoca de sua aprovação.

Só que ninguém esperava que ela se tornaria cabide de empregos do PT.
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

O ENCOSTO escreveu:
Abmael, quem governava o Brasil em 2005?



- A lei foi criada em 2000 e aprovada em 2005, ela não é do PT.

O ENCOSTO escreveu:De qualquer forma, a ANAC precisava ser criada para atender uma legislação internacional, ou algo parecido. Do contrário, a aviação civil brasileira teria problemas com outros paises. isso eu li na epoca de sua aprovação.


- OK, mas dentro do PT tem muito idiota que é contra essas agências pois "são uma imposição perversa do capitalismo internacional que fere a soberania da nação".

O ENCOSTO escreveu:Só que ninguém esperava que ela se tornaria cabide de empregos do PT.


- Porque foram regulamentadas de forma errada, veja o tôpico inicial, na finlândia isto não aconteceria pois os diretores das agências, por lei, tem que atender critérios técnicos e ser sabatinados.


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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por RicardoVitor »

O ENCOSTO escreveu:
Abmael escreveu:
RicardoVitor escreveu:
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RicardoVitor escreveu:Saudades do DAC... Malditos petralhas.


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- Pois é, até eu que sou conhecido como PTralha aqui no Fórum sei que criar agências reguladoras é política liberal, logo é algo completamente fora do escopo do PT.

- Acusar o PT de criar uma agência reguladora é o mesmo que acusar Fidel de abrir o mercado.

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Histórico


Depois de cinco anos tramitando no Congresso Nacional, a Lei 11.182 que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) foi aprovada em 27 de setembro de 2005 e implantada em 20 de março de 2006. A diretoria colegiada, formada por cinco diretores, foi nomeada pelo Presidente da República e possui mandato de cinco anos.

A ANAC tem sua origem nas competências do DAC, as quais eram estabelecidas no art. 18 do Anexo I do Decreto nº 5.196, de 26 de agosto de 2004, que dispunha: “...ao Departamento de Aviação Civil compete planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com a aviação civil”. Portanto, em virtude dessa competência, qualificava-se como “autoridade aeronáutica”, exercendo, por via de conseqüência, as atividades relacionadas a essa função pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986).


FONTE: ANAC

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Provavelmente ao menos isso ele deve saber.
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

RicardoVitor escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Abmael, quem governava o Brasil em 2005?


Provavelmente ao menos isso ele deve saber.


O Departamento de Aviação Civil (DAC) era uma caixa-preta e as decisões dependiam do bom humor de um brigadeiro ou de ordens do Estado Maior. O processo democrático finalmente chegou e a aviação civil continuou militarizada. E foi aí que ela ficou presa na teia sucateadora dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Já acenando que passaria o poder para os civis, com a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os militares, já em regime de inanição, deixaram de investir no setor. Os níveis foram tão críticos que o Brasil esteve ameaçado de descer do Grupo I para o Grupo II no final do governo FH, por não ter quadros de inspeção, o que levou o governo a realizar, em regime de urgência, contratações temporárias - que agora estão vencendo - que ainda hoje fazem parte da base funcional da Anac.

Nos últimos 12 anos, o quadro estatístico de investimento de pessoal, equipamentos em setores vitais para a aviação comercial, como o controle de vôo, foi tão pífio que o sistema começou a entrar em colapso com a falta de equipamentos e com recursos humanos pilhados por um salário de fome.

O raciocínio correto não é que os militares sucatearam a nossa aviação comercial. Mas que a nossa aviação teve os controles e fiscalização sucateados por estarem sob um regime que sofreu a tortura chinesa dos dois governos de FH. A situação foi tão grave que o processo de criação da Anac, todo gerido pelo governo tucano, foi postergado para a administração seguinte. Faltou coragem para colocá-lo em campo.

Durante o regime militar a aviação esteve amarrada ao peso do lobby dos oficiais generais. Era raro um vôo para Europa que não houvesse na primeira classe algum oficial ou até familiares, com tratamento de supervips. Uma fórmula que tentou se perpetuar quando a Varig montou a super-academia de ginástica do primeiro presidente eleito pelo voto popular. Depois, no governo FH, a velocidade inercial dos investimentos ainda realizados nos anos de chumbo começou a perder força e o sucateamento começou a ficar evidente. O lobby com os militares que regiam nossa aviação perdeu os tons nacionalistas e ganhou feições perigosamente mercantilistas.

O jogo de transição ainda continua, só que é preciso corrigir o erro histórico de colocar a aviação comercial sob a regência militar e começar a repassá-la à sociedade civil. Hoje, a Aeronáutica está dividida. Alguns setores querem o abacaxi de volta, enquanto outros sabem que não há mais como ter esta gerência, e as sinalizações do brigadeiro Juniti Saito o enquadram nesta segunda ala.

É preciso coragem para focar na origem dos problemas. Preservar o papel da Aeronáutica neste jogo é ofuscar a presença de um protagonista que só passou a coadjuvante há pouco mais de um ano.

O apagão aéreo começou com uma crise de caserna e com um ministro civil que subverteu a hierarquia militar dando guarida a sargentos e cabos. E só será resolvido com um posicionamento cirúrgico, que afaste definitivamente a regência dos quartéis e que se profissionalize, com salários decentes para um setor vital para um país de dimensões continentais como o nosso. O primeiro passo foi a criação da Anac e o segundo é tirar da Defesa, e passar para o Transporte, a gerência do executivo da aviação comercial. Para isso é preciso coragem e determinação política.


FONTE: Sindicado dos Aeronautas

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Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Apo »

Bom a esculhambação atual é coisa do atual governo. Portanto, a responsabilidade é dele. Se era ruim, que não piorassem mais ainda. Ainda se deram ao desrespeito de condecorar os caras dias depois do acidente...
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Re: Re.: A ANAC da Nova Zelândia, Um exemplo para o Brasil

Mensagem por Aranha »

Apo escreveu:Bom a esculhambação atual é coisa do atual governo. Portanto, a responsabilidade é dele. Se era ruim, que não piorassem mais ainda. Ainda se deram ao desrespeito de condecorar os caras dias depois do acidente...



- Ok, mas o tôpico inicial era sobre a forma de preenchimento dos cargos das agências, a ANAC foi concebida de tal forma que qualquer um poderia assumí-los bastando ter QI, isso que o PT fez seria impossível na Nova Zelândia.

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